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quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

III Domingo do Tempo Comum no Vaticano (2025)

No dia 26 de janeiro de 2025 o Papa Francisco presidiu sem celebrar a Santa Missa do III Domingo do Tempo Comum (Ano C) na Basílica de São Pedro por ocasião do Domingo da Palavra de Deus.

A Liturgia Eucarística, por sua vez, foi celebrada por Dom Rino Fisichella, Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização (1ª seção), assistido pelo Monsenhor Ján Dubina.

O Santo Padre foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Didier Jean-Jacques Bouable. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Durante a celebração, inserida no contexto do Jubileu do Mundo da Comunicação [1], o Papa instituiu no Ministério de Leitor quarenta homens e mulheres de diversos países do mundo. 

Procissão de entrada

Incensação
Ritos iniciais

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Dedicação da igreja do Batismo do Senhor na Jordânia

Na sexta-feira, 10 de janeiro de 2025, o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé, presidiu em nome do Papa Francisco a Missa da Dedicação da igreja do Batismo do Senhor na localidade de Al-Maghtas (Jordânia), junto ao rio Jordão.

No altar da igreja foram depositadas relíquias dos Mártires de Damasco, canonizados em outubro de 2024, e de São João Paulo II.

Discurso do Cardeal Pierbatista Pizzaballa, Patriarca de Jerusalém
Procissão de entrada
Diáconos com as relíquias dos Mártires
Abertura das portas da igreja
Bênção da água

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Leitura litúrgica da Carta aos Efésios (3)

“Há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo” (Ef 4,5).

Nas postagens anteriores desta série sobre a leitura litúrgica dos livros da Sagrada Escritura iniciamos um estudo sobre a presença da Carta de São Paulo aos Efésios (Ef) nas celebrações do Rito Romano.

Após uma breve introdução, analisamos sua leitura sob o critério da composição harmônica (sintonia com o tempo ou a festa litúrgica), como indicado pelo Elenco das Leituras da Missa (n. 66) [1], na Celebração Eucarística. Para acessar, clique aqui: 1ª parte / 2ª parte.

Agora prosseguiremos com os demais Sacramentos e os Sacramentais.


2. Leitura litúrgica da Carta aos Efésios: Composição harmônica

b) Sacramentos

Além da Eucaristia, a Carta aos Efésios consta entre as opções de leitura ad libitum (à escolha) de todos os outros seis Sacramentos.

Primeiramente, em relação à Iniciação Cristã de Adultos, vale destacar o Rito da eleição ou inscrição do nome, que tradicionalmente se celebra no I Domingo da Quaresma e com o qual tem início o “Tempo da Purificação e Iluminação”. Quando esse rito se celebra na Missa, entoa-se a antífona da Comunhão da sexta-feira da IV semana da Quaresma, como vimos anteriormente: “Temos a redenção em Cristo pelo seu sangue e a remissão dos pecados segundo as riquezas de sua graça” (Ef 1,7) [2].

No IV Domingo da Quaresma, por sua vez, celebra-se o II Escrutínio, com uma leitura de Efésios, que é proclamada mesmo quando os Escrutínios são celebrados em outro tempo: Ef 5,8-14 [3], sobre o tema da “iluminação”.

Para a celebração do sacramento do Batismo há três leituras ad libitum (à escolha) da nossa Carta:
- Ef 1,3-10.13-14: o “hino”, que como o Batismo possui uma dinâmica trinitária, destacando-se aqui também o tema da adoção filial (vv. 5-6);
- Ef 4,1-6: a afirmação de que há “um só Senhor, uma só fé, um só Batismo”;
- Ef 5,8-14: esta leitura, sobre o tema da “iluminação” é prevista apenas para o Batismo de crianças, uma vez que os adultos já a ouviram no II Escrutínio [4].

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Profissões religiosas em Jerusalém (2024)

Na tarde do sábado, 05 de outubro de 2024, o Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, presidiu a Santa Missa na igreja do Santíssimo Salvador em Jerusalém durante a qual dezesseis religiosos fizeram sua Profissão Perpétua na Ordem dos Frades Menores (franciscanos):

Procissão de entrada
Ósculo do altar
Incensação
Ritos iniciais

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Leitura litúrgica da Carta aos Colossenses (3)

“Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós” (Cl 3,16).

Nas postagens anteriores desta série sobre a leitura litúrgica dos livros da Sagrada Escritura iniciamos um estudo sobre a presença da Carta de São Paulo aos Colossenses (Cl) nas celebrações do Rito Romano.

Após uma breve introdução, analisamos sua leitura sob o critério da composição harmônica, isto é, da sintonia com o tempo ou a festa litúrgica (cf. Elenco das Leituras da Missa, n. 66) [1] na Celebração Eucarística e nos demais Sacramentos. Para acessar, clique aqui: 1ª parte / 2ª parte.

Agora concluiremos a análise sob esse critério com os Sacramentais e a Liturgia das Horas.

Jesus Cristo, Senhor dos Anjos
(Edward Burne-Jones)

2. Leitura litúrgica da Carta aos Colossenses: Composição harmônica

c) Sacramentais

Quanto aos Sacramentais, consideremos primeiramente aqueles que implicam a consagração de pessoas.

Na Bênção de abade ou abadessa consta dentre as leituras ad libitum (à escolha) o texto de Cl 3,12-17 [2], com a exortação à prática das virtudes. Destaca-se aqui o v. 16: “Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria”, recordando a função do abade ou abadessa como guia da comunidade.

Dessa mesma perícope é tomada uma das opções de aclamação ao Evangelho para essa celebração: “A paz de Cristo reine em vossos corações, para a qual fostes chamados num só corpo!” (Cl 3,15) [3].

Uma versão ligeiramente mais longa desse texto conta como 2ª opção de antífona de entrada para a Missa ritual: “Acima de tudo tende a caridade, que é laço da perfeição; e exulte em vossos corações a paz do Cristo” (Cl 3,14-15) [4].

Para a Consagração das virgens e a Profissão religiosa, que compartilham as mesmas opções de leituras, propõem-se dois textos à escolha: Cl 3,12-17, como acima, e Cl 3,1-4 [5], com a exortação a buscar “as coisas do alto, onde está Cristo”.

Na sequência contemplemos as bênçãos de pessoas, lugares e objetos, nas quais identificamos sete leituras do nosso escrito à escolha:

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Dedicação de altar no Patriarcado de Jerusalém

No sábado, 31 de agosto de 2024, o Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, presidiu a Santa Missa da Dedicação do altar da igreja da Bem-aventurada Virgem Maria, Arca da Aliança, pertencente às Irmãs de São José da Aparição (Soeurs de Saint-Joseph-de-l'Apparition) na localidade de Kiryat Ye'arim, próximo a Jerusalém.

Neste local, com efeito, a arca da aliança do Antigo Testamento teria permanecido por um período (cf. 1Sm 7,1-2). A igreja, por sua vez, celebra Maria como Arca da Aliança, pois ela trouxe em seu ventre o Verbo feito carne que veio para estabelecer com a humanidade a nova e eterna aliança.

Além da Dedicação do altar, durante a celebração o Patriarca também abençoou a nova porta e o novo tabernáculo da igreja.

Imagem de Maria, Arca da Aliança
Procissão de entrada
Bênção da porta
Os diáconos abrem a porta

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Leitura litúrgica da Carta aos Filipenses (3)

“Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto” (Fl 4,4-5).

Nas postagens anteriores desta série sobre a leitura litúrgica dos livros da Sagrada Escritura iniciamos um estudo sobre a presença da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl) nas celebrações do Rito Romano.

Após uma breve introdução, analisamos sua leitura sob o critério da composição harmônica, isto é, da sintonia com o tempo ou a festa litúrgica (cf. Elenco das Leituras da Missa, n. 66) [1] na Celebração Eucarística. Para acessar a primeira parte, clique aqui; para a segunda parte, clique aqui.

Nesta postagem concluiremos a análise sob esse critério com os demais Sacramentos, os Sacramentais e a Liturgia das Horas.

Batismo de Lídia em Filipos (At 16,11-15)

2. Leitura litúrgica da Carta aos Filipenses: Composição harmônica

b) Sacramentos e Sacramentais

Além da Eucaristia, alguns textos da Carta aos Filipenses constam entre as leituras ad libitum (à escolha) dos Sacramentos da Unção dos Enfermos e do Matrimônio e de dois ritos relacionados ao Batismo.

Primeiramente, no contexto da Iniciação Cristã de adultos, quando estes recebem o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia na Vigília Pascal, na manhã do Sábado Santo podem celebrar-se os Ritos de preparação imediata. A leitura indicada para esses ritos é Fl 3,4-15 [2], na qual Paulo exorta a lançar-se “para frente”, isto é, para Cristo.

Para o Rito da Admissão dos batizados, pelo qual são acolhidas na Igreja pessoas já batizadas em outras comunidades eclesiais, sugere-se a leitura de Fl 4,4-8 [3], com o convite à alegria e a exortação a praticar a virtude.

Na Unção dos Enfermos, por sua vez, é possível ler Fl 2,25-30 [4], sobre a doença de Epafrodito, enviado da comunidade a Paulo, e sua recuperação: “Estava às portas da morte, mas Deus compadeceu-se dele” (v. 27).

Para o Matrimônio, por fim, a leitura sugerida da nossa Carta é Fl 4,4-9 [5], com o convite à alegria e a exortação à virtude, como vimos acima.

Quanto aos Sacramentais, consideremos primeiramente aqueles que dizem respeito à consagração de pessoas, com duas ocorrências da nossa Carta dentre as opções de leituras ad libitum (à escolha):

No novo rito da Instituição de Catequistas (De Institutione Catechistarum), promulgado pelo Dicastério para o Culto Divino em dezembro de 2021, propõe-se a leitura de Fl 4,4-9, destacando-se aqui a exortação do v. 9: “Praticai o que aprendestes”.

Para a Consagração das virgens e a Profissão religiosa, celebrações que compartilham as mesmas opções de leituras, propõem-se dois textos de Filipenses [6]:
- Fl 2,1-4: a exortação do Apóstolo à unidade, fundamental na vida religiosa: “Vivei em harmonia, procurando a unidade” (v. 3);
- Fl 3,8-14: o convite a “esquecer o que ficou para trás” e a lançar-se “para frente”, isto é, para Cristo.

Deste último texto é tomada também uma das opções de aclamação ao Evangelho para essas celebrações: “Em tudo considero como perda e lixo, a fim de ganhar Cristo e ser achado n’Ele” (Fl 3,8-9) [7].

Ainda em relação aos Sacramentais, contemplemos as bênçãos de pessoas, lugares e objetos, nas quais identificamos seis leituras da Carta à escolha:

- Bênção de noivos: Fl 2,1-5 [8], a exortação a viver “unidos no mesmo amor”.

- Bênção de idosos: Fl 3,20–4,1 [9], onde o Apóstolo exorta: “Permanecei firmes no Senhor”, pois “nós somos cidadãos do céu”.

Ruínas de um batistério na cidade de Filipos

- Bênção de edifício sede de comunicação: Fl 4,8-9 [10], com uma exortação à ética nas comunicações: “Irmãos, ocupai-vos com tudo que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso...” (v. 8).

- Bênção de instalações esportivas: Fl 3,12-15 [11], aqui, como na Primeira Carta aos Coríntios, Paulo usa a metáfora do esporte, afirmando: “Corro direto para a meta, rumo ao prêmio, que, do alto, Deus me chama a receber em Cristo Jesus” (v. 14).

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Instituição de Ministérios e Corpus Christi em Jerusalém (2024)

No último sábado, 01 de junho de 2024, o Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, presidiu a Santa Missa na igreja do Santíssimo Salvador em Jerusalém durante a qual 28 religiosos da Ordem dos Frades Menores foram instituídos nos Ministérios de Leitor e Acólito (sendo 12 novos leitores e 16 novos Acólitos).

No domingo, dia 02 de junho, por sua vez, após a celebração principal da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) na Basílica do Santo Sepulcro, o Custódio celebrou a Missa da Solenidade, transferida da quinta-feira, no Convento de São Francisco junto ao Cenáculo, conhecido como “Cenacolino” (pequeno Cenáculo).

A sede original da Custódia Franciscana da Terra Santa, com efeito, era o Cenáculo. Nos séculos seguintes, porém, este passou ao controle dos muçulmanos e dos judeus. Apenas em 1936 os franciscanos conseguiram adquirir um terreno próximo ao local, onde foi construído o citado Convento de São Francisco ad Coenaculum.

Vitral da capela principal do Cenacolino

01 de junho: Missa com Instituição de Ministérios

Evangelho
Homilia
Instituição dos Leitores
Entrega das Sagradas Escrituras

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Missas na 61ª Assembleia Geral da CNBB (2024)

De 10 a 19 de abril de 2024 teve lugar no Santuário Nacional de Aparecida a 61ª Assembleia Geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Durante a Assembleia, os Bispos celebraram diariamente a Santa Missa unida às Laudes (oração da manhã da Liturgia das Horas).

10 de abril: Quarta-feira da II semana da Páscoa

Missa de abertura presidida por Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre (RS), Presidente da CNBB.


Liturgia da Palavra
Evangelho
Homilia

11 de abril: Memória de Santo Estanislau, Bispo e Mártir

Missa presidida pelo Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé.

Procissão de entrada

quarta-feira, 6 de março de 2024

O IV Domingo da Quaresma: Domingo Laetare

Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações” (cf. Is 66,10-11).

O IV Domingo da Quaresma é conhecido também como Domingo Laetare, em referência à antífona de entrada: Laetáre, Ierúsalem...

Os “motivos” dessa alegria são a proximidade da Páscoa, na qual a Igreja acolherá novos filhos pelo sacramento do Batismo, e a chegada da primavera no hemisfério norte, como veremos ao longo dessa postagem.

A cruz, venerada pelos bizantinos no centro da Quaresma

1. A origem do Domingo Laetare

Entre os séculos IV e V os fiéis de Rito Bizantino começaram a solenizar a metade da Quaresma e da Páscoa com festas em honra de Cristo como Mediador entre nós e o Pai (cf. 1Tm 2,5).

Na quarta-feira da IV semana da Páscoa, o 25º dia desse Tempo, com efeito, os bizantinos celebram a festa do “Meio-Pentecostes” (ou Meso-Pentecostes), recordando o texto de Jo 7,14: “Quando a festa já estava pela metade, Jesus subiu ao Templo para ensinar...”. O convite de Jesus a beber da “água viva” (Jo 7,37-38), por sua vez, precede a leitura do Evangelho da samaritana no domingo seguinte (Jo 4,5-42).

A metade da Quaresma, porém, oscila entre a terceira e a quarta semanas nas diversas tradições, uma vez que há diferentes formas de contar os “40 dias”.
Para saber mais, confira nossa postagem sobre a história da Quaresma.

No Rito Bizantino a Quaresma começa na segunda-feira da 7ª semana antes da Páscoa, de modo que a “metade” desse Tempo, do qual se exclui a Semana Santa, é celebrada no III Domingo, conhecido como Domingo da Santa Cruz [1].
Para saber mais, confira nossa postagem sobre a história da Festa da Exaltação da Santa Cruz.

No Rito Romano, por sua vez, a Quaresma originalmente começava no 6º domingo antes da Páscoa, de modo que a “hebdomada mediana” (semana média) tradicionalmente era a quarta.

Como “eco” do citado Domingo da Santa Cruz, em Roma fixou-se como “igreja estacional” para o IV Domingo da Quaresma a Basílica da Santa Cruz em Jerusalém (Santa Croce in Gerusalemme), na qual conservam-se algumas das supostas relíquias da Paixão e sob a qual Santa Helena (†330) teria mandado espalhar terra de Jerusalém.
Para saber mais, confira nossa postagem sobre as estações quaresmais romanas.

Basílica da Santa Cruz “em Jerusalém” (Roma)

Vários textos litúrgicos desse Domingo, portanto, faziam referência à “cidade santa”, como a célebre antífona de entrada: “Laetáre, Ierúsalem...” - “Alegra-te, Jerusalém...”, tomada da terceira parte do Livro de Isaías (Is 56–66), expressando a alegria do povo de Israel em retornar a casa após o exílio da Babilônia.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

III Domingo do Tempo Comum no Vaticano (2024)

No dia 21 de janeiro de 2024 o Papa Francisco presidiu sem celebrar a Santa Missa do III Domingo do Tempo Comum (Ano B) na Basílica de São Pedro por ocasião do V Domingo da Palavra de Deus.

A Liturgia Eucarística, por sua vez, foi celebrada por Dom Rino Fisichella, Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização (1ª seção), assistido pelo Monsenhor Ján Dubina.

Durante a celebração o Papa conferiu os Ministérios de Leitor e de Catequista a alguns homens e mulheres de diversas partes do mundo (duas Leitoras e nove Catequistas).

O Santo Padre foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Massimiliano Matteo Boiardi. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Livro dos Evangelhos exposto à veneração
Dom Fisichella incensa a imagem da Virgem Maria
Imposição do incenso
Evangelho

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Leitura litúrgica da Primeira Carta de Pedro (3)

“Alegrai-vos por participar dos sofrimentos de Cristo, para que possais também exultar de alegria na revelação da sua glória” (1Pd 4,13).

Nas postagens anteriores desta série sobre a leitura litúrgica dos livros da Sagrada Escritura iniciamos um estudo sobre a presença da Primeira Carta de Pedro (1Pd) nas celebrações do Rito Romano.

Após uma breve introdução, analisamos sua leitura na Celebração Eucarística e nos demais sacramentos sob o critério da composição harmônica, isto é, da sintonia com o tempo ou a festa litúrgica, como indicado no n. 66 do Elenco das Leituras da Missa (ELM) [1]. Para acessar as primeiras duas partes, clique aqui: 1ª parte / 2ª parte.

Nesta postagem concluiremos a análise sob esse critério com os sacramentais e a Liturgia das Horas.

São Pedro (Bartolomé Esteban Murillo)

2. Leitura litúrgica de Primeira Carta de Pedro: Composição harmônica

c) Sacramentais

Iniciamos essa terceira parte do nosso estudo com os sacramentais, particularmente com as consagrações de pessoas e lugares e com as bênçãos.

Primeiramente, nas consagrações de pessoas e lugares há três leituras ad libitum (à escolha) da nossa Carta:

- Bênção de abade ou abadessa: 1Pd 5,1-4 [2], a exortação aos presbíteros a apascentar o “rebanho de Deus” que lhes confiado. Trata-se, portanto, de uma leitura mais adequada para a bênção de abades.

- Consagração das virgens e Profissão religiosa (celebrações que compartilham os mesmos textos bíblicos): 1Pd 1,3-9 [3], parte da “ação de graças” da Carta, com a promessa de que, após as provações deste mundo, receberemos “uma herança incorruptível” (v. 4).

- Dedicação de igreja: 1Pd 2,4-9 [4], a exortação a formarmos, “como pedras vivas”, um “edifício espiritual”, do qual o templo cristão é a imagem.

Quanto às bênçãos de pessoas, lugares e objetos, há cinco leituras à escolha de 1Pd:

- Bênção de peregrinos por ocasião da partida: 1Pd 2,4-12 [5], com a exortação aos cristãos, “peregrinos e forasteiros neste mundo”, a um bom comportamento, para que os pagãos, “vendo as suas boas obras, glorifiquem a Deus”;

- Bênção de pedra fundamental de edifício: 1Pd 2,4-10 [6], exortando a formar um “edifício espiritual” alicerçado em Cristo, “a pedra viva”;

- Bênção de imagens de santos para veneração pública: 1Pd 4,7b-11 [7], uma exortação ao amor fraterno e ao serviço, fontes de toda santidade;

- Bênção de estações da Via Sacra: por fim, nesta Bênção são sugeridas duas leituras de 1Pd à escolha: 1Pd 2,19-25, com o “cântico” ou “hino” à Paixão de Cristo, e 1Pd 3,18–4,2, com a recordação do Mistério Pascal: “Cristo morreu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, a fim de vos conduzir a Deus” [8].

Jesus Cristo, a “pedra viva” do “edifício espiritual”
(Porta da Basílica da Sagrada Família, Barcelona)

d) Liturgia das Horas

Em relação à Liturgia das Horas (LH) é preciso distinguir dois tipos de leituras: as leituras longas, proferidas no Ofício das Leituras, e as leituras breves, proferidas nas demais horas (Laudes, Hora Média e Vésperas).

Começaremos nossa análise da leitura em composição harmônica de 1Pd na LH com as leituras longas, que são quatro, todas nos Comuns dos Santos:

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Leitura litúrgica do Livro de Tobias (1)

“Bendize o Senhor em todo o tempo, e pede-lhe para que sejam retos os teus caminhos” (Tb 4,19).

Dedicamos as postagens anteriores da nossa série sobre a leitura litúrgica dos livros da Sagrada Escritura aos livros do Antigo Testamento (AT) definidos como “novelas bíblicas”, isto é, narrativas sobre diversos aspectos da vida quotidiana, com propósito didático.

Após analisar os três livros que têm mulheres como protagonistas (Rute, Ester e Judite), cabe-nos agora contemplar o último escrito desse bloco: o Livro de Tobias (Tb).

Tobias e o Arcanjo Rafael
(Szymon Czechowicz)

1. Breve introdução ao Livro de Tobias

Assim como Judite, Tobias é um livro deuterocanônico (“da segunda lista”), isto é, tendo sido escrito em grego, não foi aceito na Bíblia hebraica (e posteriormente rejeitado também pelos protestantes). Contudo, é possível que tenha existido um original aramaico ou hebraico que se perdeu.

Em grego o livro possui duas versões, razão pela qual há diferenças na numeração dos versículos nas traduções. Seu nome em grego é Τοβίτ, Tobit, embora o conheçamos como Tobias, nome do seu filho. Ambos são nomes simbólicos que provêm da mesma raiz hebraica: tôb, bom.

Como as demais “novelas bíblicas”, trata-se de uma história fictícia. Isto fica claro pelos erros históricos e geográficos em sua narrativa: são “erros” propositais, que o autor usa para recordar ao leitor que a sua mensagem serve para todos os tempos e lugares.

A redação do livro pode ser datada entre o final do século III e o início do século II a. C., no início do período helênico, quando os primeiros reis selêucidas foram tolerantes com a fé judaica. A obra tem como objetivo exortar à prática das “boas obras”, como dar esmolas ou sepultar os mortos.

Sua narrativa pode ser organizada em três grandes partes:
a) Tb 1–4: As “desventuras” de Tobit e Sara;
b) Tb 5–10: A viagem de Tobias e o seu casamento com Sara;
c) Tb 11–14: A cura de Tobit e o seu cântico de ação de graças.

A história é ambientada na Assíria, após o fim do reino do norte, Israel (722 a. C.) Primeiramente Tobit se apresenta: é um judeu piedoso, que dá esmolas e sepulta os mortos (cap. 1). Porém, quase como um “novo Jó”, é perseguido, perde seus bens e fica cego (cap. 2), entoando então uma súplica a Deus (Tb 3,1-6).

Em Tb 3,7 somos apresentados a Sara, filha de Raguel (“amigo de Deus”): ela casara-se sete vezes, mas o demônio Asmodeu (cujo nome poderia significar “destruidor”) matara todos os seus maridos antes que a união fosse consumada. Ela então também eleva a Deus uma súplica (Tb 3,11-15).

Deus ouve as súplicas dos dois “desventurados” e envia-lhes o anjo Rafael, isto é, “Deus cura” (Tb 3,16-17). Antes da sua intervenção, porém, a primeira parte encerra-se com o envio de Tobias a outra cidade para resgatar um dinheiro depositado por Tobit. O cap. 4 é formado por conselhos de caráter sapiencial e religioso do pai a seu filho.

A segunda parte do livro começa com a viagem de Tobias, acompanhado por Rafael, que a princípio não se dá a conhecer (cap. 5–6). Por sua intervenção, Tobias casa-se com Sara e a jovem é libertada do demônio Asmodeu (cap. 7–8). Essa segunda parte encerra-se com a recuperação do dinheiro e a viagem de volta (cap. 9–10).

A última parte da história é marcada pelo encontro entre pai e filho e pela cura de Tobit, novamente pela intervenção de Rafael (cap. 11), que por fim se dá a conhecer (cap. 12). A obra se encerra com um cântico de ação de graças de Tobit (cap. 13) e a narração da sua morte (cap. 14).

Tobit sepultando os mortos
(Andrea di Lione)

Como podemos ver, o Livro de Tobias é uma “história de família”, sobre o valor do matrimônio e a importância de praticar boas ações. O recurso a diversos gêneros literários dá um colorido particular à obra. Está próxima dos escritos sapienciais, enquanto sua teologia é deuteronomista, marcada pela promessa de que, no final, Deus recompensará o justo.

Para saber mais, confira a bibliografia indicada no final da postagem.

2. Leitura litúrgica do Livro de Tobias: Composição harmônica

Como fizemos com as demais “novelas bíblicas”, analisaremos a presença do Livro de Tobias nas celebrações litúrgicas segundo os dois critérios de seleção dos textos bíblicos indicados pelo Elenco das Leituras da Missa (ELM) em seu n. 66: a composição harmônica e a leitura semicontínua [1].

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Leitura litúrgica da Carta aos Romanos (3)

“Nada poderá nos separar do amor de Deus” (cf. Rm 8,38-39).

Nas postagens anteriores desta série sobre a leitura litúrgica dos livros da Sagrada Escritura iniciamos um estudo sobre a presença da Carta de São Paulo aos Romanos (Rm) nas celebrações do Rito Romano.

Na 1ª parte, após uma breve introdução, analisamos sua leitura sob o critério da composição harmônica, isto é, da sintonia com o tempo ou a festa litúrgica (cf. Elenco das Leituras da Missa, n. 66) [1], na Celebração Eucarística ao longo do Ano Litúrgico.

Na 2ª parte, por sua vez, analisamos as Missas dos santos, para diversas necessidades e votivas e os sacramentos da Iniciação Cristã.

Agora prosseguiremos a análise segundo este critério com os demais sacramentos, os sacramentais e a Liturgia das Horas.

São Paulo com suas Cartas
(Simone Martini)

2. Leitura litúrgica da Carta aos Romanos: Composição harmônica

b) Sacramentos

Da Iniciação Cristã passamos aos dois sacramentos de cura, começando pela Reconciliação ou Penitência, para a qual são indicados nada menos que dez textos da Carta aos Romanos.

Como leitura facultativa para a confissão individual consta Rm 5,8-9 [2], atestando que Cristo morreu por amor a nós.

Há outros sete textos mais longos indicados no Ritual da Penitência para a celebração comunitária da Reconciliação com confissões individuais ou para celebrações penitenciais em preparação ao sacramento:
- Rm 3,22-26: Todos pecaram, mas Deus gratuitamente nos redimiu em Cristo;
- Rm 5,6-11: Fomos reconciliados com Deus pela morte de Cristo;
- Rm 6,2b-13: Pelo Batismo morremos para o pecado;
- Rm 6,16-23: O pecado é escravidão e morte, mas Deus nos liberta para a vida eterna;
- Rm 7,14-25: Oposição entre o pecado e a lei de Deus, entre carne e espírito;
- Rm 12,1-2.9-19: Série de conselhos para a vida cristã;
- Rm 13,8-14: Exortação a “despojar-se” das ações das trevas e “revestir-se” de Cristo [3].

Por fim, o Ritual traz ainda modelos de celebrações penitenciais com leituras próprias. Para a celebração penitencial com jovens são indicadas duas opções:
- Rm 7,18-25: Versão mais breve da leitura sobre a oposição entre o pecado e a lei;
- Rm 8,19-23: O mundo presente aguarda sua libertação da corrupção [4].

terça-feira, 27 de junho de 2023

Natividade de São João Batista em Manila (2023)

O Arcebispo de Manila (Filipinas), Cardeal Jose Fuerte Advincula, presidiu no dia 24 de junho de 2023 a Santa Missa da Solenidade da Natividade de São João Batista na Paróquia de São João Batista de Pinaglabanan na cidade de San Juan, região metropolitana de Manila, durante a qual abençoou a nova pia batismal da igreja:

Imagem de São João Batista venerada na igreja
Procissão de entrada
Ritos iniciais
Evangelho