sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Ângelus: XXX Domingo Comum - Ano B

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 25 de outubro de 2015

Amados irmãos e irmãs, bom dia!
Esta manhã, com a Santa Missa celebrada na Basílica de São Pedro, concluiu-se a Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a família. Convido todos a dar graças a Deus por estas três semanas de trabalho intenso, animado pela oração e por um espírito de comunhão verdadeira. Foi cansativo, mas tratou-se de um verdadeiro dom de Deus, que certamente dará muito fruto.

A palavra «sínodo» significa «caminhar juntos». E a que vivemos foi a experiência da Igreja a caminho, a caminho sobretudo com as famílias do Povo santo de Deus espalhado por todo o mundo. Por isso me surpreendeu a Palavra de Deus que hoje vem ao nosso encontro na profecia de Jeremias. Diz assim: «Eis que os trarei da terra do norte, e os congregarei das extremidades da terra; entre os quais haverá cegos e aleijados, mulheres grávidas e as de parto; em grande congregação voltarão para aqui». E o profeta acrescenta: «Virão com choro, e com súplicas os levarei; os guiarei aos ribeiros de águas, por caminho direito, no qual não tropeçarão, porque sou um pai para Israel» (Jr 31,8-9).

Esta Palavra de Deus diz-nos que o primeiro que quis caminhar juntamente conosco, que quis fazer «sínodo» conosco, foi precisamente Ele, o nosso Pai. O seu «sonho», desde sempre e para sempre, é o de formar um povo, reuni-lo, guiá-lo rumo à terra da liberdade e da paz. E este povo é feito de famílias: nele haverá «mulheres grávidas e as de parto»; é um povo que enquanto caminha leva por diante a vida, com a bênção de Deus.

É um povo que não exclui os pobres e os desfavorecidos, aliás, inclui-os. Diz o profeta: entre eles «haverá cegos e aleijados». É uma família de famílias, na qual quem tem dificuldades não se encontra marginalizado, deixado para trás, mas consegue estar ao passo com os outros, porque este povo caminha ao ritmo dos últimos; como se faz nas famílias, e como nos ensina o Senhor, que se fez pobre com os pobres, pequeno com os pequeninos, último com os últimos. Não o fez para excluir os ricos, os grandes e os primeiros, mas porque esta é a única maneira de salvar também a eles, de salvar todos: andar com os pequeninos, com os excluídos, com os últimos.

Confesso-vos que confrontei esta profecia do povo a caminho também com as imagens dos refugiados em marcha pelas estradas da Europa, uma realidade dramática dos nossos dias. Também a eles Deus diz: «Virão com choro, e com súplicas os levarei». Também estas famílias mais sofredoras, desenraizadas das suas terras, estiveram presentes conosco no Sínodo, na nossa oração e nos nossos trabalhos, através da voz de alguns dos seus Pastores presentes na Assembleia. Estas pessoas em busca de dignidade, estas famílias à procura de paz permanecem ainda conosco, a Igreja não as abandona, porque pertencem ao povo que Deus quer libertar da escravidão e guiar à liberdade.

Por conseguinte, nesta Palavra de Deus, reflete-se quer a experiência sinodal que vivemos, quer o drama dos refugiados a caminho pelas estradas da Europa. O Senhor, por intercessão da Virgem Maria, nos ajude também a concretizá-la no estilo da comunhão fraterna.


Fonte: Santa Sé.

Fotos da Missa de Conclusão do Sínodo

No último dia 25 de outubro o Papa Francisco celebrou na Basílica de São Pedro a Santa Missa do XXX Domingo do Tempo Comum por ocasião da Conclusão da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

O Santo Padre foi assistido pelos Monsenhores Guido Marini e Marco Agostini. O livreto da celebração pode ser visto no site da Santa Sé.

Procissão de entrada


Incensação
Liturgia da Palavra

Homilia do Papa: Conclusão do Sínodo (2015)

XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos
Santa Missa de Encerramento
Homilia do Papa Francisco
Basílica Vaticana
XXX Domingo do Tempo Comum (Ano B), 25 de outubro de 2015

As três leituras deste domingo apresentam-nos a compaixão de Deus, a sua paternidade, que se revela definitivamente em Jesus.

O profeta Jeremias, em pleno desastre nacional, enquanto o povo é deportado pelos inimigos, anuncia que «o Senhor salvou o seu povo, o resto de Israel» (Jr 31,7). E por que o fez? Porque Ele é Pai (v. 9); e, como Pai, cuida dos seus filhos, acompanha-os ao longo do caminho, sustenta «o cego e o coxo, a mulher grávida e a que deu à luz» (v. 8). A sua paternidade abre-lhes um caminho desimpedido, um caminho de consolação depois de tantas lágrimas e tantas amarguras. Se o povo permanecer fiel, se perseverar na busca de Deus mesmo em terra estrangeira, Deus mudará o seu cativeiro em liberdade, a sua solidão em comunhão: e aquilo que o povo semeia hoje em lágrimas, o recolherá amanhã com alegria (cf. Sl 125,6).

Com o Salmo, também nós manifestámos a alegria que é fruto da salvação do Senhor: «A nossa boca encheu-se de sorrisos e a nossa língua de canções» (Sl 125,2). O crente é uma pessoa que experimentou na sua vida a ação salvífica de Deus. E nós, pastores, experimentamos o que significa semear com fadiga, por vezes em lágrimas, e alegrar-se pela graça duma colheita que sempre ultrapassa as nossas forças e as nossas capacidades.

O trecho da Carta aos Hebreus apresentou-nos a compaixão de Jesus. Também Ele «Se revestiu de fraqueza» (Hb 5,2), para sentir compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro. Jesus é o Sumo Sacerdote grande, santo, inocente, mas ao mesmo tempo é o Sumo Sacerdote que tomou parte nas nossas fraquezas e foi provado em tudo como nós, exceto no pecado (Hb 4,15). Por isso, é o mediador da nova e definitiva aliança, que nos dá a salvação.

O Evangelho de hoje liga-se diretamente à 1ª Leitura: como o povo de Israel foi libertado graças à paternidade de Deus, assim Bartimeu foi libertado graças à compaixão de Jesus. Jesus acaba de sair de Jericó. Mas Ele, apesar de ter apenas iniciado o caminho mais importante, o caminho para Jerusalém, detém-Se ainda para responder ao grito de Bartimeu. Deixa-Se comover pelo seu pedido, interessa-Se pela sua situação. Não Se contenta em dar-lhe uma esmola, mas quer encontrá-lo pessoalmente. Não lhe dá instruções nem respostas, mas faz uma pergunta: «Que queres que te faça?» (Mc 10,51). Poderia parecer uma pergunta inútil: que poderia um cego desejar senão a vista? E todavia, com esta pergunta feita «face a face», direta mas respeitosa, Jesus manifesta que quer escutar as nossas necessidades. Deseja um diálogo com cada um de nós, feito de vida, de situações reais, que nada exclua diante de Deus. Depois da cura, o Senhor diz àquele homem: «A tua fé te salvou» (v. 52). É belo ver como Cristo admira a fé de Bartimeu, confiando nele. Ele acredita em nós, mais de quanto acreditamos nós em nós mesmos.

Há um detalhe interessante. Jesus pede aos seus discípulos que vão chamar Bartimeu. Estes dirigem-se ao cego usando duas palavras, que só Jesus utiliza no resto do Evangelho. Primeiro, dizem-lhe «coragem!», uma palavra que significa, literalmente, «tem confiança, faz-te ânimo!» É que só o encontro com Jesus dá ao homem a força para enfrentar as situações mais graves. A segunda palavra é «levanta-te!», como Jesus dissera a tantos doentes, tomando-os pela mão e curando-os. Os seus limitam-se a repetir as palavras encorajadoras e libertadoras de Jesus, conduzindo directamente a Ele sem fazer sermões. A isto são chamados os discípulos de Jesus, também hoje, especialmente hoje: pôr o homem em contato com a Misericórdia compassiva que salva. Quando o grito da humanidade se torna, como o de Bartimeu, ainda mais forte, não há outra resposta senão adoptar as palavras de Jesus e, sobretudo, imitar o seu coração. As situações de miséria e de conflitos são para Deus ocasiões de misericórdia. Hoje é tempo de misericórdia!

Mas há algumas tentações para quem segue Jesus. O Evangelho de hoje põe em evidência pelo menos duas. Nenhum dos discípulos pára, como faz Jesus. Continuam a caminhar, avançam como se nada fosse. Se Bartimeu é cego, eles são surdos: o seu problema não é problema deles. Pode ser o nosso risco: face aos contínuos problemas, o melhor é continuar para diante, sem se deixar perturbar. Desta maneira, como aqueles discípulos, estamos com Jesus, mas não pensamos como Jesus. Está-se no seu grupo, mas perde-se a abertura do coração, perdem-se a admiração, a gratidão e o entusiasmo e corre-se o risco de tornar-se «consuetudinários da graça». Podemos falar d’Ele e trabalhar para Ele, mas viver longe do seu coração, que Se inclina para quem está ferido. Esta é a tentação duma «espiritualidade da miragem»: podemos caminhar através dos desertos da humanidade não vendo aquilo que realmente existe, mas o que nós gostaríamos de ver; somos capazes de construir visões do mundo, mas não aceitamos aquilo que o Senhor nos coloca diante de olhos. Uma fé que não sabe radicar-se na vida das pessoas, permanece árida e, em vez de oásis, cria outros desertos.

Há uma segunda tentação: cair numa «fé de tabela». Podemos caminhar com o povo de Deus, mas temos já a nossa tabela de marcha, onde tudo está previsto: sabemos aonde ir e quanto tempo gastar; todos devem respeitar os nossos ritmos e qualquer inconveniente perturba-nos. Corremos o risco de nos tornarmos como «muitos» do Evangelho que perdem a paciência e repreendem Bartimeu. Pouco antes repreenderam as crianças (cf. Mc 10,13), agora o mendigo cego: quem incomoda ou não está à altura há que excluí-lo. Jesus, pelo contrário, quer incluir, sobretudo quem está relegado para a margem e grita por Ele. Estes, como Bartimeu, têm fé, porque saber-se necessitado de salvação é a melhor maneira para encontrar Jesus.

E, no fim, Bartimeu põe-se a seguir Jesus ao longo da estrada (v. 52). Não só recupera a vista, mas une-se à comunidade daqueles que caminham com Jesus. Queridos Irmãos sinodais, nós caminhamos juntos. Agradeço-vos pela estrada que compartilhámos tendo o olhar fixo no Senhor e nos irmãos, à procura das sendas que o Evangelho indica, no nosso tempo, para anunciar o mistério de amor da família. Continuemos pelo caminho que o Senhor deseja. Peçamos-Lhe um olhar são e salvo, que saiba irradiar luz, porque recorda o esplendor que o iluminou. Sem nos deixarmos jamais ofuscar pelo pessimismo e pelo pecado, procuremos e vejamos a glória de Deus que resplandece no homem vivo.


Fonte: Santa Sé.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Posse do Cardeal Charles Maung Bo

No último dia 21 de outubro, quarta-feira, o Cardeal Charles Maung Bo, Arcebispo de Yangon (Myanmar) tomou posse de seu Título Cardinalício em Roma: o Título Presbiteral de Santo Irineu "a Centocelle".

O cerimoniário designado foi o Monsenhor Massimiliano Matteo Boiardi.

Ósculo da cruz
Aspersão
Oração da Capela do Santíssimo
Procissão de entrada
Entrega da bula de nomeação ao pároco

XXXI Catequese do Papa sobre a Família

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 21 de Outubro de 2015
A Família (31): Fidelidade do amor

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Na última meditação refletimos sobre as importantes promessas que os pais fazem às crianças, desde quando eles são pensados no amor e concebidos no ventre.
Podemos acrescentar que, observando bem, a inteira realidade familiar está fundada na promessa - pensai nisto: a identidade familiar está fundada na promessa - podemos dizer que a família vive da promessa de amor e de fidelidade que o homem e a mulher trocam reciprocamente. Ela inclui o compromisso de receber e educar os filhos; mas realiza-se também no cuidado dos pais idosos, na proteção e cura dos membros mais frágeis da família, na ajuda recíproca para realizar as próprias qualidades e na aceitação dos próprios limites. E a promessa conjugal alarga-se na partilha das alegrias e dos sofrimentos de todos os pais, mães, crianças, com abertura generosa em relação à convivência humana e ao bem comum. Uma família que se fecha em si mesma é uma contradição, uma mortificação da promessa que a fez nascer e a faz viver. Nunca esqueçais: a identidade da família é sempre uma promessa que se alarga, e estende-se a toda a família e também a toda a humanidade.
Nos nossos dias, a honra da fidelidade à promessa da vida familiar parece muito enfraquecida. Por um lado, porque um direito mal compreendido de procurar a própria satisfação, a qualquer preço e em qualquer relação, é exaltado como um princípio inegociável de liberdade. Por outro, porque os vínculos da vida de relação e do compromisso pelo bem comum se confiam exclusivamente à constrição da lei. Mas, na realidade, ninguém quer ser amado só pelos próprios bens nem por obrigação. O amor, assim como a amizade, devem a sua força e beleza precisamente a este facto: que geram um vínculo sem privar da liberdade. O amor é livre, a promessa da família é livre e esta é a beleza. Sem liberdade não há amizade, sem liberdade não há amor, sem liberdade não há matrimônio.
Portanto, liberdade e fidelidade não se opõem uma à outra, aliás, apoiam-se reciprocamente, nas relações quer interpessoais quer sociais. De facto, pensemos nos danos que produzem, na civilização da comunicação global, o aumento de promessas não mantidas, em vários campos, a indulgência à infidelidade à palavra dada e aos compromissos assumidos!
Sim, queridos irmãos e irmãs, a fidelidade é uma promessa de compromisso que se auto-realiza, crescendo na obediência livre à palavra dada. A fidelidade é uma confiança que «quer» ser realmente partilhada, e uma esperança que «quer» ser cultivada em conjunto. E falando de fidelidade vem-me à mente o que os nossos idosos e avós narravam: «Naquele tempo, quando se estabelecia um acordo, um aperto de mão era suficiente, porque havia a fidelidade às promessas. E também isto, que é um facto social, tem origem na família, no dar-se a mão do homem e da mulher para ir em frente juntos, por toda a vida.
A fidelidade às promessas é uma verdadeira obra-prima de humanidade! Se olharmos para a sua beleza audaz, sentimos temor, mas se desprezarmos a sua tenacidade corajosa, estaremos perdidos. Relação de amor alguma - amizade alguma, forma alguma de querer bem, felicidade alguma do bem comum - chega à altura do nosso desejo e da nossa esperança, se não conseguir habitar este milagre da alma. E digo «milagre», porque a força e a persuasão da fidelidade, em detrimento de tudo, não acabam por nos encantar e admirar. A honra à palavra dada, à promessa, não se podem comprar nem vender. Não podem ser obrigadas com a força nem guardadas sem sacrifício.
Nenhuma escola pode ensinar a verdade do amor, se a família não o fizer. Nenhuma lei pode impor a beleza e a herança deste tesouro da dignidade humana, se o vínculo pessoal entre amor e geração não for escrito na nossa carne.
Irmãos e irmãs, é necessário restituir honra social à fidelidade do amor: restituir honra social à fidelidade do amor! É necessário tirar da clandestinidade o milagre diário de milhões de homens e mulheres que regeneram o seu fundamento familiar, do qual hoje a sociedade vive, sem ser capaz de o garantir de modo algum. Não por acaso, este princípio da fidelidade à promessa do amor e da geração está inscrito na criação de Deus como uma bênção perene, à qual o mundo está confiado.
Se são Paulo pôde afirmar que no vínculo familiar se revela misteriosamente uma verdade decisiva também para o vínculo do Senhor e da Igreja, significa que a própria Igreja encontra nela uma bênção a ser conservada e da qual aprender sempre, antes ainda de a ensinar e disciplinar. A nossa fidelidade à promessa está sempre confiada à graça e à misericórdia de Deus. O amor pela família humana, na boa e má sorte, é um ponto de honra para a Igreja! Deus nos conceda que estejamos à altura desta promessa. E rezemos também pelos Padres do Sínodo: o Senhor abençoe o seu trabalho, desempenhado com fidelidade criativa, na confiança de que Ele em primeiro lugar, o Senhor - Ele em primeiro lugar! - é fiel às suas promessas. Obrigado.


Fonte: Santa Sé

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Posse do Cardeal José Luis Maestrojuán

No último dia 18 de outubro, XXIX Domingo do Tempo Comum, o Cardeal José Luis Lacunza Maestrojuán, Bispo de David (Panamá) tomou posse de seu Título Cardinalício em Roma: o Título Presbiteral de São José de Cupertino.

O Cerimoniário designado foi Monsenhor Vincenzo Peroni.

Veneração da cruz
Aspersão
Ritos iniciais

Liturgia da Palavra
Homilia

Fotos da Canonização de quatro novos Santos

No último dia 18 de outubro o Papa Francisco celebrou a Santa Missa do XXIX Domingo do Tempo Comum na Praça de São Pedro por ocasião da canonização de quatro novos santos:
Vincenzo Grossi, Presbítero
Maria da Imaculada Conceição, Religiosa
Luis Martín e Maria Zélia Guerín Martín, Casados

O Santo Padre foi assistido pelos Monsenhores Guido Marini e Diego Giovanni Ravelli. O livreto da celebração pode ser visto no site da Santa Sé.

A mitra e a casula do Papa e as dalmáticas dos Diáconos assistentes eram os da Missa do Papa em Sibari (Diocese de Cassano allo Jonio), em 21 de junho de 2014.

São Vincenzo Grossi
Santos Luis Martín e Zélia Guerín
Santa Maria da Imaculada Conceição
Procissão de entrada
Incensação

Homilia do Papa: Canonização de quatro Santos

Santa Missa e Canonização dos Beatos:
Vincenzo Grossi, Maria da Imaculada Conceição, Luis Martín e Maria Zélia Guerín Martín
Homilia do Papa Francisco
Praça São Pedro
XXIX Domingo do Tempo Comum (Ano B), 18 de outubro de 2015

As leituras bíblicas de hoje apresentam-nos o tema do serviço e chamam-nos a seguir Jesus pelo caminho da humildade e da cruz.

O profeta Isaías esboça a figura do Servo do Senhor (Is 53,10-11) e a sua missão salvífica. Trata-se dum personagem que não se gaba de genealogias ilustres; mas desprezado, evitado por todos, sabe o que é sofrer. Não se lhe atribuem empreendimentos grandiosos nem discursos célebres, mas realiza o plano de Deus através duma presença humilde e silenciosa, através do seu sofrimento. De facto, a sua missão realiza-se por meio do sofrimento, que lhe permite compreender os que sofrem, carregar o fardo das culpas alheias e expiá-las. A marginalização e o sofrimento do Servo do Senhor, suportados até à morte, revelam-se tão fecundos que resgatam e salvam as multidões.

Jesus é o Servo do Senhor: a sua existência e a sua morte, vividas inteiramente sob a forma de serviço (cf. Fl 2,7), foram causa da nossa salvação e da reconciliação da humanidade com Deus. O querigma, coração do Evangelho, atesta que, na sua Morte e Ressurreição, cumpriram-se as profecias do Servo do Senhor. A narração de São Marcos descreve a cena de Jesus a contas com os seus discípulos Tiago e João, que - apoiados pela mãe - queriam sentar-se, à sua direita e à sua esquerda, no reino de Deus (cf. Mc 10,37), reivindicando lugares de honra, de acordo com a sua própria visão hierárquica do reino. A perspectiva, em que se movem, aparece ainda inquinada por sonhos de realização terrena. Então Jesus dá um primeiro «abanão» naquelas convicções dos discípulos, recordando o caminho d’Ele na terra: «Bebereis o cálice que Eu bebo (...), mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo: é daqueles para quem está reservado» (vv. 39-40). Com esta imagem do cálice, Ele assegura aos dois discípulos a possibilidade de serem associados plenamente ao seu destino de sofrimento, mas sem garantir os desejados lugares de honra. A sua resposta é um convite a segui-Lo pelo caminho do amor e do serviço, rejeitando a tentação mundana de querer sobressair e mandar nos outros.

À vista de tantos que lutam por obter o poder e o sucesso, por dar nas vistas, frente a tantos que querem fazer valer os seus méritos, as suas realizações, os discípulos são chamados a fazer o contrário. Por isso adverte-os: «Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo» (vv. 42-43). Com estas palavras, Jesus indica o serviço como estilo da autoridade na comunidade cristã. Quem serve os outros e não goza efetivamente de prestígio, exerce a verdadeira autoridade na Igreja. Jesus convida-nos a mudar a nossa mentalidade e a passar da ambição do poder à alegria de se ocultar e servir; a desarraigar o instinto de domínio sobre os outros e exercer a virtude da humildade.

E, depois de apresentar um modelo a não imitar, oferece-Se a Si mesmo como ideal de referimento. No procedimento do Mestre, a comunidade encontrará o motivo da nova perspectiva de vida: «Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos» (v. 45). Na tradição bíblica, o Filho do Homem é aquele que recebe de Deus «as soberanias, a glória e a realeza» (Dn 7,14). Jesus enche de novo sentido esta imagem, especificando que Ele tem a soberania enquanto servo, a glória enquanto capaz de abaixamento, a autoridade real enquanto disponível ao dom total da vida. Na verdade, é com a sua paixão e morte que conquista o último lugar, alcança o máximo de grandeza no serviço, e oferece-o à sua Igreja.

Há incompatibilidade entre uma forma de conceber o poder segundo critérios mundanos e o serviço humilde que deveria caracterizar a autoridade segundo o ensinamento e o exemplo de Jesus; incompatibilidade entre ambições e carreirismo e o seguimento de Cristo; incompatibilidade entre honras, sucesso, fama, triunfos terrenos e a lógica de Cristo crucificado. Ao contrário, há compatibilidade entre Jesus «que sabe o que é sofrer» e o nosso sofrimento. Assim no-lo recorda a Carta aos Hebreus, que apresenta Cristo como o Sumo Sacerdote que compartilha a nossa condição humana em tudo, exceto no pecado: «de facto, não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, pois Ele foi provado em tudo como nós, exceto no pecado» (Hb 4,15). Jesus exerce, essencialmente, um sacerdócio de misericórdia e compaixão. Experimentou diretamente as nossas dificuldades, conhece a partir de dentro a nossa condição humana; o fato de não ter experimentado o pecado não O impede de compreender os pecadores. A sua glória não é a da ambição ou da sede de domínio, mas a glória de amar os homens, assumir e compartilhar a sua fraqueza e oferecer-lhes a graça que cura, acompanhá-los com ternura infinita, acompanhá-los no seu caminho atribulado.

Cada um de nós, enquanto batizado, participa a seu modo no sacerdócio de Cristo: os fiéis leigos no sacerdócio comum, os sacerdotes no sacerdócio ministerial. Assim, todos podemos receber a caridade que brota do seu Coração aberto, tanto para nós mesmos como para os outros, tornando-nos «canais» do seu amor, da sua compaixão, especialmente para aqueles que vivem no sofrimento, na angústia, no desânimo e na solidão.

Aqueles que hoje proclamámos Santos, serviram constantemente, com humildade e caridade extraordinárias, os irmãos, imitando assim o Mestre divino. São Vicente Grossi foi pároco zeloso, sempre atento às necessidades do seu povo, especialmente à fragilidade dos jovens. Com ardor, repartiu o pão da Palavra para todos e tornou-se bom samaritano para os mais necessitados.

Santa Maria da Imaculada Conceição, bebendo nas fontes da oração e da contemplação, serviu pessoalmente e com grande humildade os últimos, com uma atenção especial aos filhos dos pobres e aos doentes.

Os Santos esposos Luís Martin e Maria Zélia Guérin viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus.

O testemunho luminoso destes novos Santos impele-nos a perseverar no caminho dum serviço alegre aos irmãos, confiando na ajuda de Deus e na proteção materna de Maria. Que eles, do Céu, velem sobre nós e nos apoiem com a sua poderosa intercessão.


Fonte; Santa Sé.

XXX Catequese do Papa sobre a Família

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 14 de Outubro de 2015
A Família (30): As promessas às crianças

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Dado que hoje as previsões do tempo eram um pouco incertas, previa-se a chuva, esta audiência realiza-se contemporaneamente em dois lugares: nós aqui na praça e, na sala Paulo VI, setecentos enfermos que seguem a audiência através de um grande ecrã. Todos nós estamos unidos; saudemo-los com um aplauso!
Hoje a palavra de Jesus é forte: «Ai do mundo por causa dos escândalos!». Jesus é realista e diz: «É inevitável que haja escândalos, mas ai do homem por causa do qual se verifica o escândalo». Antes de dar início à catequese, em nome da Igreja, gostaria de vos pedir perdão pelos escândalos que nestes últimos tempos ocorreram tanto em Roma como no Vaticano; eu peço-vos perdão!
Hoje meditaremos sobre um tema muito importante: as promessas que fazemos às crianças. Não me refiro tanto às promessas que fazemos aqui e ali, durante o dia, para os contentar ou para que se comportem bem (talvez com algum pequeno truque inocente: dou-te um doce, e promessas semelhantes...), para os encorajar a aplicar-se na escola ou para os dissuadir de algum capricho. Refiro-me a outras promessas, às promessas mais importantes e decisivas para as suas expectativas em relação à vida, para a sua confiança nos seres humanos, para a sua capacidade de conceber o nome de Deus como uma bênção. São promessas que nós lhes fazemos.
Nós adultos estamos prontos para falar das crianças como de uma promessa de vida. Todos nós dizemos: as crianças são uma promessa de vida. E também nos comovemos facilmente, dizendo que os jovens são o nosso porvir; é verdade! Mas às vezes pergunto-me se somos igualmente sérios em relação ao seu futuro, ao porvir das crianças, ao futuro dos jovens! Eis uma pergunta que deveríamos fazer com frequência: quão leais somos às promessas que fazemos às crianças, permitindo-lhes que venham ao nosso mundo? Nós fazemo-las vir ao mundo, e esta é uma promessa; mas o que lhes prometemos?
Acolhimento e cuidado, proximidade e atenção, confiança e esperança são outras promessas básicas, que se podem resumir numa só: amor. Nós prometemos amor, ou seja, amor que se expressa no acolhimento, no cuidado, na proximidade, na atenção, na confiança e na esperança, mas a grande promessa é o amor. Este é o modo mais recto de receber um ser humano que vem ao mundo, e todos nós o aprendemos ainda antes de adquirirmos consciência acerca disto. Quando passo entre vós, gosto muito de ver os pais e as mães que me trazem um menino, uma menina pequeninos e pergunto: «Qual é a sua idade?» - «Três, quatro semanas... peço a bênção do Senhor!». Também isto se chama amor. O amor é a promessa que o homem e a mulher fazem a cada filho: desde que o concebem no pensamento. As crianças vêm ao mundo e esperam o cumprimento desta promessa: esperam-no de modo total, confiante, indefeso. É suficiente observá-las: em todas as etnias, em todas as culturas, em todas as condições de vida! Quando acontece o contrário, as crianças são feridas por um «escândalo», por um escândalo insuportável, ainda mais grave porque não dispõem dos meios para o decifrar. Não conseguem entender o que acontece. Deus vela sobre esta promessa, desde o primeiro instante. Recordais o que diz Jesus? Os Anjos das crianças refletem o olhar de Deus, e Deus nunca perde de vista as crianças (cf. Mt 18,10). Ai daqueles que traem a sua confiança, ai deles! O seu abandono confiante à nossa promessa, que nos compromete desde o primeiro instante, julga-nos.
E gostaria de acrescentar mais um aspecto, com muito respeito por todos, mas também com muita franqueza. A sua confiança espontânea em Deus nunca deveria ser ferida, sobretudo quando isto acontece por causa de uma certa presunção (mais ou menos inconsciente) de se substituir a Ele. A relação terna e misteriosa de Deus com a alma das crianças nunca deveria ser violada. Trata-se de uma relação real, que Deus deseja e preserva. A criança está pronta desde o seu nascimento para se sentir amada por Deus; está pronta para isto. Assim que se torna capaz de sentir que é amado por si mesmo, o filho sente também que existe um Deus que ama as crianças.
Recém-nascidas, as crianças começam a receber em dom, juntamente com o alimento e os cuidados, a confirmação das qualidades espirituais do amor. Os gestos de amor passam através do dom do seu nome pessoal, da partilha da linguagem, das intenções dos olhares, das iluminações dos sorrisos. Assim, aprendem que a beleza do vínculo entre os seres humanos aposta na nossa alma, procura a nossa liberdade, aceita a diversidade do outro, reconhece-o e respeita-o como interlocutor. Um segundo milagre, uma segunda promessa: nós - pai e mãe - entregamo-nos a ti, para te doar a ti mesmo! E isto é amor, que contém uma centelha do amor de Deus! Mas vós, pais e mães, tendes em vós esta centelha de Deus, que transmitis aos vossos filhos; vós sois instrumento do amor Deus, e isto é deveras bonito!
Somente se fitarmos as crianças com o olhar de Jesus conseguiremos compreender deveras em que sentido, defendendo a família, salvaguardamos a humanidade! O ponto de vista das crianças é o ponto de vista do Filho de Deus. No Batismo, a própria Igreja faz grandes promessas às crianças, comprometendo assim os pais e a comunidade cristã. A santa Mãe de Jesus - por meio da qual o Filho de Deus veio até nós, amado e gerado como um Menino - torne a Igreja capaz de seguir o caminho da sua maternidade e da sua fé. E são José - homem justo, que o acolheu e protegeu, honrando intrepidamente a bênção e a promessa de Deus - nos torne todos capazes e dignos de hospedar Jesus em cada criança que Deus envia à terra.


Fonte; Santa Sé 

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida no Mosteiro de São Bento

No último dia 12 de outubro o Abade Dom Mathias Tolentino Braga, O.S.B., celebrou na capela do Mosteiro de São Bento em São Paulo (SP) a Santa Missa na Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil.

Procissão de entrada


Procissão com o Livro dos Evangelhos
Homilia
Consagração
Bênção

Cardeal Parolin celebra Missa em Campobasso

No último dia 11 de outubro o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé, celebrou a Santa Missa do XXVIII Domingo do Tempo Comum na Catedral da Santíssima Trindade em Campobasso.

O Cardeal esteve presente para inaugurar uma placa comemorativa à visita do Papa Francisco à cidade, ocorrida em 05 de julho de 2014.

Procissão de entrada


Incensação do altar
Sinal da cruz

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Posse do Cardeal Kovithavanij

No último dia 11 de outubro, o Cardeal Francis Xavier Kriengsak Kovithavanij, Arcebispo de Bangkok (Tailândia), tomou posse do Título Presbiteral de Santa Maria “Addolorata” em Roma.

O cerimoniário pontifício designado foi Mons. Kevin Gillespie.

Ósculo da cruz
Aspersão dos fieis
Mons. Gillespie apresenta a Bula de criação cardinalícia
Cardeal Kovithavanij recebe uma cruz da paróquia

Homilia
Mons. Gillespie lê a ata de posse na sacristia

Ângelus: XXVIII Domingo do Tempo Comum - Ano B

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 11 de outubro de 2015

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
O Evangelho de hoje, tirado do capítulo 10 de Marcos, subdivide-se em três cenas, cadenciadas por três olhares de Jesus.

A primeira cena apresenta o encontro entre o Mestre e uma pessoa que - segundo o trecho paralelo de Mateus - é identificado como «jovem». O encontro de Jesus com um jovem. Ele corre ao encontro de Jesus, ajoelha-se e chama-lhe: «Bom Mestre». E depois, pergunta-lhe: «Que devo fazer para alcançar a vida eterna?», ou seja, a felicidade (v. 17). «Vida eterna» não é somente a vida do além, mas é a vida plena, completa, sem limites. Que devemos fazer para a alcançar? A resposta de Jesus resume os mandamentos que se referem ao amor pelo próximo. A este respeito, nada se pode repreender àquele jovem; mas evidentemente a observância dos preceitos não lhe é suficiente, não satisfaz o seu desejo de plenitude. E Jesus intui este desejo que o jovem traz no coração; por isso, a sua resposta traduz-se num olhar intenso, repleto de ternura e carinho. Assim diz o Evangelho: «Fixou nele o olhar, amou-o» (v. 21). Compreendeu que era um jovem bom... Mas Jesus entende também qual é o ponto fraco do seu interlocutor, e apresenta-lhe uma proposta concreta: distribuir todos os seus bens aos pobres e segui-lo. No entanto, aquele jovem tem um coração dividido entre dois senhores: Deus e o dinheiro, e por isso vai embora entristecido. Isto demonstra que fé e apego às riquezas não podem conviver. Assim, no fim, o impulso inicial do jovem dilui-se na infelicidade de um seguimento malogrado.

Na segunda cena, o evangelista enquadra o olhar de Jesus, e desta vez trata-se de um olhar pensativo, de admoestação: «Olhando ao seu redor, disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrarem no Reino de Deus!”» (v. 23). Diante da admiração dos seus discípulos, que se interrogavam: «Então, quem pode salvar-se?» (v. 26), Jesus responde com um olhar de encorajamento - é o terceiro olhar - e diz: sim, a salvação é «impossível para os homens, mas não para Deus!» (v. 27). Se confiarmos no Senhor, poderemos superar todos os obstáculos que nos impedem de o seguir pelo caminho da fé. Confiar no Senhor! Ele infunde-nos a força, dá-nos a salvação, acompanha-nos ao longo do caminho!

E assim chegamos à terceira cena, aquela da solene declaração de Jesus: Em verdade vos digo: quem deixa tudo para me seguir, terá a vida eterna no futuro e o cêntuplo já no presente (vv. 29-30). Este «cêntuplo» é composto pelos bens antes possuídos e depois deixados, mas que se encontram multiplicados ao infinito. Privando-nos dos bens, recebemos o benefício do verdadeiro bem; libertamo-nos da escravidão dos bens e adquirimos a liberdade do serviço por amor; renunciamos à posse e alcançamos a alegria do dom. Aquilo que Jesus dizia: «Há maior felicidade em dar do que em receber» (cf. At 20,35).

O jovem não se deixou conquistar pelo olhar de amor de Jesus, e deste modo não conseguiu mudar. Somente acolhendo o amor do Senhor com gratidão humilde poderemos libertar-nos da sedução dos ídolos e da cegueira das nossas ilusões. O dinheiro, o prazer e o sucesso deslumbram, mas depois decepcionam: prometem a vida mas causam a morte. O Senhor pede-nos que nos desapeguemos destas falsas riquezas para entrar na vida verdadeira, na vida plena, autêntica, luminosa. E eu pergunto-vos, a vós jovens, rapazes e moças, que agora vos encontrais na praça: «Sentistes o olhar de Jesus em vós? O que desejais responder-lhe? Preferis deixar esta praça com a alegria que nos dá Jesus, ou com a tristeza no coração que a mundanidade nos oferece?»...

A Virgem Maria nos ajude a abrir o coração ao amor de Jesus, ao olhar de Jesus, o Único que pode saciar a nossa sede de felicidade.


Fonte: Santa Sé.

Ordenação Episcopal do Núncio Apostólico no Iraque

No último dia 10 de outubro, o cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, celebrou no altar da Cátedra da Basílica Vaticana a Santa Missa para a Ordenação Episcopal de Mons. Alberto Ortega Martín, Arcebispo titular de Midila e Núncio Apostólico no Iraque e Jordânia.

Dom Alberto Ortega Martín, natural de Madri (Espanha) foi nomeado pelo Papa Francisco Núncio Apostólico no Iraque e na Jordânia em 01 de agosto deste ano.

Os Bispos co-sagrantes foram Dom Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé, e Dom Carlos Osoro Sierra, Arcebispo de Madri.

Ladainha


Imposição das mãos
Liturgia Eucarística
Te Deum (novo Bispo abençoa os fieis)
Discurso do novo Bispo