sexta-feira, 31 de maio de 2024

Solenidade de Corpus Christi em Jerusalém (2024)

Entre os dias 29 e 30 de maio de 2024 o Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, presidiu as celebrações da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) na Basílica do Santo Sepulcro: as I Vésperas na tarde da quarta-feira, dia 29, e a Santa Missa precedida da oração das Laudes na quinta-feira, dia 30.

29 de maio: I Vésperas

O Patriarca venera a Pedra da Unção
Procissão de entrada
Salmodia
Incensação do altar durante o cântico evangélico (Magnificat)

30 de maio: Laudes, Santa Missa e Procissão Eucarística

Procissão de entrada

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Homilia do Papa Bento XVI: Corpus Christi - Ano B (2009)

Nesta Solenidade de Corpus Christi resgatamos a Homilia do Papa Bento XVI (†2022) na Missa dessa Solenidade em 2009 e sua reflexão durante a oração do Ângelus no domingo seguinte, a partir das leituras do Ano B: Ex 24,3-8; Sl 115; Hb 9,11-15; Mc 14,12-16.22-26.

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
Santa Missa e Procissão Eucarística
Homilia do Papa Bento XVI
Átrio da Basílica de São João do Latrão
Quinta-feira, 11 de junho de 2009

“Isto é o meu Corpo... Isto é o meu Sangue”.
Queridos irmãos e irmãs!
Estas palavras que Jesus pronunciou na Última Ceia são repetidas todas as vezes que se renova o Sacrifício eucarístico. Ouvimo-las há pouco no Evangelho de Marcos (Mc 14,22.24) e ressoam com singular poder evocativo hoje, Solenidade do Corpus Christi. Elas conduzem-nos idealmente ao Cenáculo, fazem-nos reviver o clima espiritual daquela noite quando, celebrando a Páscoa com os seus, o Senhor antecipou no mistério o sacrifício que se consumaria no dia seguinte na cruz. A instituição da Eucaristia parece-nos assim como que a antecipação e a aceitação por parte de Jesus da sua morte. Escreve a respeito Santo Efrém, o Sírio: durante a ceia Jesus imolou-se a si mesmo; na cruz Ele foi imolado pelos outros (cf. Hino sobre a crucificação, 3, 1).


Isto é o meu Sangue”. É evidente aqui a referência à linguagem sacrifical de Israel. Jesus apresenta-se como o sacrifício verdadeiro e definitivo, no qual se realiza a expiação dos pecados que, nos ritos do Antigo Testamento, nunca tinha sido totalmente cumprido. A esta expressão seguem-se outras duas muito significativas. Antes de tudo, Jesus Cristo diz que o seu sangue é “derramado em favor de muitos”, com uma referência compreensível aos cânticos do Servo de Deus, que se encontram no Livro de Isaías (cf. Is 53). Com o acréscimo “sangue da aliança Jesus faz ainda sobressair que, graças à sua morte, se realiza a profecia da nova aliança fundada na fidelidade e no amor infinito do Filho que se fez homem, por isso uma aliança mais forte que todos os pecados da humanidade. A antiga aliança tinha sido sancionada no Sinai com um rito sacrifical de animais, como ouvimos na 1ª leitura, e o povo eleito, libertado da escravidão do Egito, tinha prometido cumprir todos os mandamentos dados pelo Senhor (cf. Ex 24,3).

terça-feira, 28 de maio de 2024

Fotos da Missa na Jornada Mundial das Crianças (2024)

No dia 26 de maio de 2024 o Papa Francisco presidiu sem celebrar a Missa da Solenidade da Santíssima Trindade (Ano B) na Praça de São Pedro por ocasião da I Jornada Mundial das Crianças.

A Liturgia Eucarística, por sua vez, foi celebrada pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça, Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação.

O Santo Padre foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Massimiliano Matteo Boiardi. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Ritos iniciais



Imposição do incenso

Homilia do Papa: Jornada Mundial das Crianças (2024)

No dia 26 de maio de 2024 o Papa Francisco presidiu a Missa da Solenidade da Santíssima Trindade (Ano B) por ocasião da I Jornada Mundial das Crianças. Sua breve homilia, porém, não fez referência às leituras proclamadas (Dt 4,32-34.39-40; Sl 32; Rm 8,14-17; Mt 28,16-20).

Jornada Mundial das Crianças
Solenidade da Santíssima Trindade
Homilia do Papa Francisco
Praça São Pedro
Domingo, 26 de maio de 2024

Queridos meninos, queridas meninas, estamos aqui para rezar, rezar juntos, rezar a Deus. Concordais? Estais de acordo com isto? Sim? E rezamos a Deus, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Quantos «deuses» são? Um em três pessoas: o Pai que nos criou a todos, que tanto nos ama. Quando rezamos a Deus Pai, qual é a oração, qual é a oração que todos rezamos? [Respondem: O Pai Nosso]. Rezemos sempre a Deus, o Pai nosso, para que nos acompanhe na vida e faça crescer.

E como se chama o Filho? Qual é o nome do Filho? [Jesus]. Não ouvi bem! [Jesus]. Jesus! E rezamos a Jesus para que nos ajude, para que permaneça junto de nós. Quando vamos à Comunhão, recebemos Jesus... E também é Jesus que nos perdoa todos os pecados. É verdade que Jesus perdoa tudo? [Sim!] Não se ouve..., por que será? É mesmo verdade que Ele sempre perdoa tudo? [Sim!] Sempre, sempre, sempre? [Sim!] E se for um homem ou uma mulher, pecador, mesmo pecador, mas pecador com muitos pecados, Jesus perdoa-os? [Sim!] Perdoa, mesmo ao pior dos pecadores? [Sim!] Sim! Não vos esqueçais disso: Jesus perdoa tudo, perdoa sempre e nós devemos ter a humildade de pedir perdão. «Perdoa-me, Senhor! Errei. Sou fraco. A vida colocou-me em dificuldade... Mas Tu perdoa tudo. Quero mudar de vida e Tu ajuda-me». Sabem? Parece-me que antes não ouvi bem... É verdade que perdoa tudo? [Sim!] Muito bem, não vos esqueçais disso.

Agora outro problema: quem é o Espírito Santo? Não é fácil dizê-lo, porque o Espírito Santo é Deus, está dentro de nós. Recebemos o Espírito Santo no Batismo, recebemo-lo nos Sacramentos. É o Espírito Santo que nos acompanha na vida. Pensemos nisto e digamos juntos: «O Espírito Santo nos acompanha na vida». Todos juntos: «O Espírito Santo nos acompanha na vida». É quem nos diz, no coração, as coisas boas que devemos fazer. Outra vez: «O Espírito Santo nos acompanha na vida». É quem nos repreende no nosso íntimo, quando fazemos algo de mal. «O Espírito Santo...». Já esquecestes? Não ouço... [Nos acompanha na vida]. Outra vez! O Espírito Santo é quem nos dá a força, consola nas dificuldades. Juntos: «O Espírito Santo nos acompanha na vida».

Assim, queridos irmãos e irmãs, meninos e meninas, somos todos felizes, porque acreditamos. A fé nos faz felizes. E acreditamos em Deus que é «Pai, Filho e Espírito Santo». Todos juntos: «Pai, Filho e Espírito Santo». O Pai que nos criou, Jesus que nos salvou e o Espírito Santo... o que Ele faz? [Nos acompanha na vida].

Muito obrigado a todos vós... Nós os cristãos, para estar seguros, temos também uma Mãe. Como se chama a nossa Mãe? Como se chama a nossa Mãe do Céu? [Maria]. Vós sabeis rezar a Nossa Senhora? [Sim!] Tendes certeza? Façamo-lo agora; quero ouvir... [Ave Maria...]. Muito bem, rapazes e moças, muito bem meninas e meninos... Vejo que a sabeis. O Pai que nos criou, o Filho que nos salvou e... que fazia o Espírito Santo? [Nos acompanha na vida]. Muito bem! Que Deus vos abençoe, rezai por nós, para podermos continuar adiante... todos nós! Rezai pelos pais, rezai pelos avós, rezai pelas crianças doentes. Aqui, atrás de mim, estão muitas crianças doentes. Rezai sempre, e sobretudo rezai pela paz, para que não haja guerras. Agora vamos continuar a Missa. Mas - para não esquecermos -, que fazia Espírito Santo? [Nos acompanha na vida]. Muito bem. Continuai assim.


Fonte: Santa Sé.

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Ordenações Presbiterais em Cracóvia (2024)

Na manhã do sábado, dia 25 de maio de 2024, o Arcebispo de Cracóvia (Polônia), Dom Marek Jędraszewski, celebrou a Santa Missa na Catedral de Wawel para a Ordenação Sacerdotal de treze novos presbíteros.

A Missa foi celebrada no altar das relíquias de Santo Estanislau, Bispo e Mártir, co-titular da Catedral (junto com São Venceslau) e co-padroeiro da Polônia (junto com Santo Adalberto).

Na Arquidiocese de Cracóvia, com efeito, tradicionalmente se celebram as Ordenações Diaconais no dia 08 de maio, Festa de Santo Estanislau, e as Ordenações Presbiterais no último sábado desse mês.

Procissão de entrada
Bênção com o Livro dos Evangelhos
Homilia

Propósitos dos eleitos

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Solenidade de Pentecostes em Jerusalém (2024)

Nesta postagem trazemos algumas imagens das celebrações da Solenidade de Pentecostes em Jerusalém entre os dias 18 e 19 de maio de 2024:

Na tarde do sábado, dia 18, o Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, presidiu a Missa da Vigília na igreja do Santíssimo Salvador, sede da Custódia Franciscana.

Na manhã do domingo, dia 19, o Bispo Auxiliar do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom William Shomali, presidiu a Missa do Dia na Abadia beneditina da Dormição, sendo acolhido pelo Abade, Dom Nikodemus Schnabel (que há um ano, nessa mesma celebração, recebia a bênção abacial).

À tarde, por sua vez, o Padre Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, presidiu as II Vésperas da Solenidade no Cenáculo.

18 de maio: Missa da Vigília de Pentecostes

Procissão de entrada
Incensação
Ritos iniciais
Leituras

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Regina Coeli: Domingo de Pentecostes 2024

Solenidade de Pentecostes
Papa Francisco
Regina Coeli
Domingo, 19 de maio de 2024

Queridos irmãos e irmãs, feliz festa de Pentecostes, bom dia!
Hoje, Solenidade de Pentecostes, celebramos a descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos. No Evangelho Jesus fala do Espírito Santo e diz que Ele nos ensina “tudo o que ouviu” (cf. Jo 16,13). Mas o que significa esta expressão? O que ouviu o Espírito Santo? De que Ele nos fala?

Fala-nos com palavras que exprimem sentimentos maravilhosos, como o afeto, a gratidão, a confiança, a misericórdia. Palavras que nos dão a conhecer uma relação bela, luminosa, concreta e duradoura como é o Amor eterno de Deus: as palavras que o Pai e o Filho dizem um ao outro. São precisamente as palavras transformadoras do amor, que o Espírito Santo repete em nós, e que é bom ouvirmos, porque estas palavras fazem nascer e crescer no nosso coração os mesmos sentimentos e propósitos: são palavras fecundas.

Por isso é importante que nos alimentemos diariamente das Palavras de Deus, das Palavras de Jesus, inspiradas pelo Espírito. E muitas vezes eu digo: ler um trecho do Evangelho, ter um Evangelho pequeno, de bolso, e levá-lo conosco, aproveitando os momentos favoráveis. O padre e poeta Clemente Rebora, falando da sua conversão, escreveu no seu diário: «E a Palavra silenciou a minha tagarelice!» (Curriculum vitae).  A Palavra de Deus silencia a nossa tagarelice superficial e faz-nos dizer palavras sérias, palavras belas, palavras jubilosas. «E a Palavra silenciou a minha tagarelice». A escuta da Palavra de Deus faz silenciar a tagarelice. É assim que damos espaço em nós à voz do Espírito Santo. E depois na adoração - não esqueçamos a oração de adoração em silêncio - especialmente a simples, silenciosa, como é a adoração. E aí dizer boas palavras dentro de nós, dizê-las ao nosso coração para que possamos dizê-las aos outros, depois, uns para os outros. E assim vemos que elas vêm da voz do Consolador, do Espírito.

Queridos irmãs e irmãos, ler e meditar o Evangelho, rezar em silêncio, proferir boas palavras, não são coisas difíceis, não, todos nós podemos fazê-las. São mais fáceis do que insultar, zangar-se... E então perguntemo-nos: que lugar têm estas palavras na minha vida? Como posso cultivá-las, para me colocar melhor à escuta do Espírito Santo e tornar-me um eco d’Ele para os outros?

Que Maria, presente no Pentecostes com os Apóstolos, nos torne dóceis à voz do Espírito Santo.


Fonte: Santa Sé.

Fotos do Domingo de Pentecostes no Vaticano (2024)

No dia 19 de maio de 2024 o Papa Francisco presidiu sem celebrar a Santa Missa do Domingo de Pentecostes na Basílica de São Pedro.

A Liturgia Eucarística, por sua vez, foi celebrada pelo Cardeal Arthur Roche, Prefeito do Dicastério para o Culto Divino, assistido pelo Monsenhor Krzysztof Marcjanowicz, que é também Subsecretário do Dicastério.

O Santo Padre foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Didier Jean-Jacques Bouable. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

O Papa acompanha a procissão de entrada

Ritos iniciais
Liturgia da Palavra

Homilia do Papa: Domingo de Pentecostes 2024

Santa Missa na Solenidade de Pentecostes
Homilia do Papa Francisco
Basílica de São Pedro
Domingo, 19 de maio de 2024

A narração do Pentecostes (cf. At 2,1-11) mostra-nos um duplo âmbito de ação do Espírito Santo na Igreja: em nós e na missão, com duas características: força e gentileza.

A ação do Espírito em nós é forte como simbolizam os sinais do vento e do fogo, que aparecem na Bíblia, frequentemente, associados com a força de Deus (cf. Ex 19,16-19). Sem esta força, nunca conseguiremos derrotar o mal, nem vencer os desejos da carne referidos por São Paulo, vencer impulsos íntimos como a «impureza... idolatria... discórdia... inveja» (cf. Gl 5,19-21): com o Espírito podem ser vencidas; Ele nos dá a força para consegui-lo, porque entra no nosso coração árido, duro e frio (cf. Sequência Veni Sancte Spiritus). Aqueles impulsos arruínam as nossas relações com os outros e dividem as nossas comunidades; Ele entra no coração e cura tudo. Isto mesmo nos mostra Jesus, quando, impelido pelo Espírito, se retira durante quarenta dias para o deserto (cf. Mt 4,1-11) a fim de ser tentado. Também durante esse tempo cresce a sua humanidade, que se revigora preparando-se para a missão.


Ao mesmo tempo a ação do Paráclito em nós é gentil: é forte e gentil. O vento e o fogo não destroem nem reduzem a cinza o que tocam: um enche a casa onde se encontram os discípulos e o outro pousa delicadamente, em forma de chamas, sobre a cabeça de cada um dos presentes. Esta delicadeza é também um traço da ação de Deus, que encontramos muitas vezes na Bíblia.

E é maravilhoso ver como a mesma mão robusta e calejada que, primeiro, desenterrou os torrões das paixões, depois depõe delicadamente as plantinhas da virtude, rega-as, cuida delas (cf. Sequência Veni Sancte Spiritus) e protege-as amorosamente a fim de crescerem e se fortalecerem, permitindo-nos saborear, depois do cansaço da luta contra o mal, a doçura da misericórdia e da comunhão com Deus. Assim é o Espírito: forte, dando-nos a força para vencer, e também delicado: fala-se da unção do Espírito, o Espírito unge-nos, está conosco. Como diz uma estupenda oração da Igreja antiga, «a vossa mansidão, ó Senhor, permaneça comigo bem como os frutos do vosso amor» (Odes de Salomão, 14, 6).

terça-feira, 21 de maio de 2024

Fotos da Missa do Papa em Verona

No dia 18 de maio de 2024 o Papa Francisco presidiu sem celebrar a Missa da Vigília de Pentecostes no Estádio Bentegodi em Verona (Itália) durante sua visita à cidade.

A Liturgia Eucarística, por sua vez, foi celebrada pelo Bispo de Veneza, Dom Domenico Pompili.

O Santo Padre foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Marco Agostini, natural dessa Diocese.

Procissão de entrada
Sinal da cruz
Ritos iniciais
Evangelho
Homilia

Homilia do Papa: Missa em Verona

No dia 18 de maio de 2024 o Papa Francisco presidiu a Missa da Vigília de Pentecostes durante sua visita à cidade de Verona (Itália). Sua breve homilia, porém, não fez referência às leituras proclamadas (Jl 3,1-5; Sl 103; Rm 8,22-27; Jo 7,37-39).

Visita a Verona
Vigília de Pentecostes
Homilia do Papa Francisco
Estádio Bentegodi, Verona
Sábado, 18 de maio de 2024

Uma vez o Apóstolo Paulo foi a uma comunidade cristã e perguntou: “Recebestes o Espírito Santo?”. E eles responderam: “O que é o Espírito Santo?” (cf. At 19,1-2). Não sabiam o que era o Espírito Santo. Penso que hoje, em muitas comunidades cristãs, se eu perguntasse o que é o Espírito Santo não saberiam como responder.

Uma vez, em uma Missa com crianças - um dia como este de Pentecostes, eram mais ou menos duzentas crianças -, eu perguntei: “Quem é o Espírito Santo?”, e as crianças: “Eu! Eu! Eu!”, todas queriam responder. Eu disse: “Tu” - “É o paralítico!”. Tinha ouvido falar do “Paráclito” e entendeu “paralítico”. E muitas vezes, se eu perguntasse, não digo que a resposta será “o paralítico”, mas não sabemos quem é o Espírito Santo.


Irmãos e irmãs, o Espírito Santo é o protagonista da nossa vida! É quem nos porta avante, quem nos ajuda a seguir em frente, quem nos faz progredir na vida cristã. O Espírito Santo está dentro de nós. Estejamos atentos: todos recebemos, com o Batismo, o Espírito Santo, e mais ainda com a Crisma! Mas eu escuto o Espírito Santo que está dentro de mim? Escuto o Espírito que move o coração e me diz: “Não faça isso, isso sim”? Ou para mim não existe o Espírito Santo?

Hoje celebramos a festa do dia em que o Espírito Santo veio. Pensemos: os Apóstolos estavam todos fechados no Cenáculo. Tinham medo, as portas fechadas... Veio o Espírito Santo, mudou seus corações, e eles saíram para pregar com coragem. Coragem: o Espírito Santo nos dá a coragem de viver a vida cristã. E por isso, com essa coragem, muda a nossa vida.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Comemoração do Primado de Pedro em Tabgha (2024)

Na sexta-feira da VII semana da Páscoa a Igreja de Rito Romano recorda no Evangelho a aparição do Ressuscitado às margens do Mar da Galileia, na qual Ele reafirma o primado de Pedro (Jo 21,15-19).

Essa data é celebrada com solenidade na igreja do Primado de Pedro em Tabgha, próximo a Cafarnaum. Neste ano de 2024 a Missa, no dia 17 de maio, foi presidida pelo Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton.

Após a Missa os presentes se dirigiram em procissão à igreja para rezar junto da “mensa Christi”, uma pedra que simboliza aquela sobre a qual Jesus partilhou a refeição com os Apóstolos (Jo 21,9-13).

Imagem do encontro de Pedro com o Ressuscitado
Procissão de entrada

Incensação do altar
Liturgia da Palavra

sábado, 18 de maio de 2024

Homilia do Papa Bento XVI: Pentecostes (2011)

Nesta Solenidade de Pentecostes propomos de maneira retrospectiva a Homilia e a meditação durante o Regina Coeli proferidas pelo Papa Bento XVI (†2022) no Pentecostes de 2011:

Solenidade de Pentecostes
Homilia do Papa Bento XVI
Basílica Vaticana
Domingo, 12 de junho de 2011

Queridos irmãos e irmãs,
Hoje celebramos a importante Solenidade do Pentecostes. Se, em certo sentido, todas as solenidades litúrgicas da Igreja são grandes, maior é o Pentecostes porque, chegando ao quinquagésimo dia, assinala o cumprimento do acontecimento da Páscoa, da Morte e Ressurreição do Senhor Jesus, através da dádiva do Espírito do Ressuscitado. Para o Pentecostes, a Igreja preparou-nos nos dias passados com a sua oração, com a invocação reiterada e intensa a Deus, para alcançar uma renovada efusão do Espírito Santo sobre nós. Assim, a Igreja reviveu aquilo que acontecera nas suas origens quando os Apóstolos, reunidos no Cenáculo de Jerusalém, «perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, Mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus» (At 1,14). Estavam congregados na expectativa humilde e confiante, que se cumprisse a promessa do Pai, a eles comunicada por Jesus: «Vós sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias... recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós» (At 1,5.8).


Na Liturgia do Pentecostes, à narração dos Atos dos Apóstolos sobre o nascimento da Igreja (cf. At 2,1-11), corresponde o Salmo 103 que ouvimos: um louvor de toda a criação, que exalta o Espírito Criador que fez tudo com sabedoria: «Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, e que sabedoria em todas elas! Encheu-se a terra com as vossas criaturas... Que a glória do Senhor perdure sempre, e alegre-se o Senhor em suas obras!» (Sl 103,24.31). O que a Igreja quer nos dizer é isto: o Espírito criador de todas as coisas e o Espírito Santo que Cristo fez descer do Pai sobre a comunidade dos discípulos são um só e único: criação e redenção pertencem-se reciprocamente e constituem, em profundidade, um único mistério de amor e de salvação. O Espírito Santo é antes de tudo Espírito Criador e, portanto, o Pentecostes é também festa da criação. Para nós, cristãos, o mundo é fruto de um gesto de amor de Deus, que criou também todas as coisas e pelo qual Ele se alegra porque é «coisa boa», «coisa muito boa», como diz a narração da criação (cf. Gn 1,1-31). Por isso, Deus não é o totalmente Outro, inominável e obscuro. Deus revela-se, tem uma face, Deus é razão, Deus é vontade, Deus é amor, Deus é beleza. A fé no Espírito Criador e a fé no Espírito que Cristo Ressuscitado concedeu aos Apóstolos e oferece a cada um de nós estão unidas para sempre.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Guia para as grandes celebrações

“Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9).

Daqui alguns dias celebraremos a Solenidade de Corpus Christi, na qual em muitos lugares se realizam grandes celebrações (por exemplo, a nível diocesano). Portanto, aproveitamos a ocasião para resgatar o “Guia para as grandes celebrações” publicado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos há 10 anos, em junho de 2014.

A partir da experiência da Santa Sé com as celebrações presididas pelo Papa, tanto em Roma como em suas Viagens Apostólicas, além de outros grandes eventos (Jornadas Mundiais da Juventude, Encontros Mundiais das Famílias, Congressos Eucarísticos Internacionais...), o Guia traz sugestões práticas para as grandes celebrações, que podem ser aplicadas conforme as circunstâncias.

Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos
Guia para as grandes celebrações

A reflexão sobre a necessária atenção a se prestar às celebrações litúrgicas especiais nas quais, além de um elevado número de fiéis, há também muitos sacerdotes concelebrantes, tinha sido programada pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos na sequência da consideração sobre esse tema que emergiu no Sínodo dos Bispos de 2005 e que foi retomado no n. 61 da Exortação Apostólica Sacramentum Charitatis do Papa Bento XVI.
Ouvido o parecer de consultores e peritos, bem como de Organismos da Sé Apostólica implicados na matéria, publicou-se uma primeira contribuição sobre o assunto, intitulada “As grandes celebrações: Uma reflexão em curso” em Notitiae 43 (2007), pp. 535-542.

Missa de envio da Jornada Mundial da Juventude
(Rio de Janeiro - 2013)

A atenção ao tema prosseguiu, resultando na elaboração do presente “Guia para as grandes celebrações que se tornou público nas páginas de Notitiae. O texto, submetido em várias ocasiões ao exame dos Membros do Dicastério, obteve parecer positivo dos Padres na Reunião Ordinária de 22 de novembro de 2013 e recebeu o beneplácito do Papa Francisco na audiência concedida ao Cardeal Prefeito em 07 de junho de 2014.
Esta Congregação deseja que o Guia, no qual se recordam critérios, indicações e sugestões presentes nas normas vigentes, contribua de modo eficaz para a diligente preparação e frutuosa celebração dos santos mistérios em circunstâncias particulares, caracterizadas pelo elevado número de sacerdotes e fiéis leigos participantes.

Da Sede da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, 13 de junho de 2014, Memória de Santo Antônio, Presbítero e Doutor da Igreja.

Cardeal Antonio Cañizares Llovera, Prefeito
Dom Arthur Roche, Secretário

Introdução

Importância, problemática, responsabilidade

1. Contemplando a realidade que nos rodeia, com as suas luzes e sombras, vemos “a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo” (Bento XVI, Motu proprio Porta fidei, n. 2). E a Liturgia é o lugar privilegiado do encontro com Cristo, vivente na Igreja. Neste sentido, também as grandes celebrações assumiram um papel específico.

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Indulgências durante o Jubileu de 2025

Há uma semana, no dia 09 de maio de 2024, o Papa Francisco convocou oficialmente o Jubileu Ordinário de 2025, promulgando a Bula Spes non confundit.

Na sequência, a Penitenciaria Apostólica, tribunal responsável por algumas questões relativas ao Sacramento da Penitência, publicou as normas para a obtenção das indulgências durante o Jubileu.

A indulgência, com efeito, é uma graça especial concedida àqueles que, arrependidos dos seus pecados e absolvidos no Sacramento da Confissão, realizam uma obra de piedade (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 1471-1479). No caso do Jubileu de 2025, destacam-se a peregrinação e as obras de misericórdia.

As Normas são assinadas pelo novo Penitenciário-Mor, Cardeal Angelo De Donatis, e pelo Regente da Penitenciaria Apostólica, Monsenhor Krzysztof Józef Nykiel, recentemente eleito Bispo Titular de Velia.

Penitenciaria Apostólica
Normas sobre a concessão da Indulgência durante o Jubileu Ordinário do Ano 2025 proclamado pelo Papa Francisco

“Agora chegou o momento de um novo Jubileu, em que se abre novamente de par em par a Porta Santa para oferecer a experiência viva do amor de Deus” (Spes non confundit, n. 6). Na Bula de proclamação do Jubileu Ordinário de 2025, o Santo Padre, no momento histórico atual em que, “esquecida dos dramas do passado, a humanidade encontra-se de novo submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência” (ibid., n. 8), convida todos os cristãos a se tornarem peregrinos de esperança. Esta é uma virtude a redescobrir nos sinais dos tempos, os quais, contendo “o desejo do coração humano, carecido da presença salvífica de Deus, pedem para ser transformados em sinais de esperança” (ibid., n. 7), que deverá ser obtida sobretudo na graça de Deus e na plenitude da sua misericórdia.


Já na Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia de 2015, o Papa Francisco sublinhava o quanto a Indulgência adquiria, naquele contexto, “uma relevância particular” (Misericordiae vultus, n. 22), uma vez que a misericórdia de Deus “torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado” (ibid.). Do mesmo modo, hoje, o Santo Padre declara que o dom da Indulgência “permite-nos descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus. Não é por acaso que, na antiguidade, o termo «misericórdia» era intercambiável com o de «indulgência», precisamente porque pretende exprimir a plenitude do perdão de Deus que não conhece limites” (Spes non confundit, n. 23). A Indulgência é, pois, uma graça jubilar.

Também por ocasião do Jubileu Ordinário de 2025, portanto, por vontade do Sumo Pontífice, este “Tribunal de Misericórdia”, ao qual compete dispor tudo o que diz respeito à concessão e ao uso das Indulgências, pretende estimular os ânimos dos fiéis a desejar e alimentar o piedoso desejo de obter a Indulgência como dom de graça, próprio e peculiar de cada Ano Santo, e estabelece as seguintes prescrições, para que os fiéis possam usufruir das “disposições necessárias para poder obter e tornar efetiva a prática da Indulgência Jubilar” (ibid.).

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Festa da Invenção da Santa Cruz em Jerusalém (2024)

No dia 07 de maio celebra-se em Jerusalém a Festa da Invenção da Santa Cruz (Inventio Sanctae Crucis), que anteriormente tinha lugar no dia 03 de maio, recordando a descoberta (em latim, inventio) das supostas relíquias da Cruz por Santa Helena. Para saber mais, confira nossa postagem sobre a história da Festa da Exaltação da Santa Cruz.

Neste ano de 2024, extraordinariamente, a Festa foi transferida para a semana seguinte, para não coincidir com as celebrações da Páscoa pelas Igrejas Orientais.

As celebrações foram presididas pelo Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton na Gruta de Santa Helena da Basílica do Santo Sepulcro, desde as I Vésperas na tarde do dia 13 de maio até a Santa Missa no dia 14.

13 de maio: I Vésperas

Relíquia da Cruz na Gruta de Santa Helena
Acolhida do Custódio
Procissão até a Gruta de Santa Helena

I Vésperas: Salmodia

terça-feira, 14 de maio de 2024

Procissão e Missa em honra de Santo Estanislau em Cracóvia (2024)

No domingo após o dia 08 de maio, data em que se celebra na Polônia a Solenidade de Santo Estanislau, Bispo e Mártir (†1079), co-padroeiro do país junto com Santo Adalberto, se realiza uma procissão da Catedral de Wawel em Cracóvia até o Mosteiro de Skałka (polonês para “pequena rocha”), local do martírio do santo.

Esta procissão, na qual são conduzidas as relíquias de Santo Estanislau e de outros Santos poloneses, se realiza há 770 anos, desde maio de 1254, após a Canonização de Santo Estanislau em setembro de 1253, sendo interrompida apenas em circunstâncias extraordinárias.

Neste ano de 2024 a procissão teve lugar no dia 12 de maio, seguida da Santa Missa da Solenidade da Ascensão do Senhor no “altar do Terceiro Milênio” junto à Basílica de Skałka, presidida por Dom Antonio Guido Filipazzi, Núncio Apostólico na Polônia, que participou pela primeira vez da celebração após sua nomeação em agosto de 2023 [1].

Relíquia de Santo Estanislau
A procissão com as relíquias dos santos parte da Catedral de Wawel

Santa Missa no Mosteiro de Skałka: Procissão de entrada