sábado, 25 de agosto de 2012

Dez anos da Administração Apostólica S. João Maria Vianney

No último dia 18 de agosto Dom Fernando Areas Rifan presidiu a Missa Pontifical na Forma Extraordinária do Rito Romano em Campos (RJ) na comemoração dos 10 anos da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney e de sua sagração episcopal.

Seguem algumas fotos da celebração:

Procissão de entrada
Incensação do altar
Coleta
Durante a Epístola
Epístola

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Cerimonial dos Bispos

O Cerimonial dos Bispos é o livro litúrgico que contém as orientações para todas as celebrações litúrgicas nas quais preside ou ao menos está presente o Bispo. E, como a liturgia episcopal é modelo de toda celebração, pode ser empregado também às celebrações presididas por presbítero, feitas as devidas adaptações. Por isso este livro subintitula-se Cerimonial da Igreja.

Este livro foi reformado após o Concílio Vaticano II, tendo sua edição típica publicada em 1984 e traduzida em 1986. A tradução que utilizamos no Brasil foi a realizada pelo Secretariado Nacional de Liturgia de Portugal e ligeiramente adaptada, no que concerne à língua e a referência aos textos brasileiros, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O Cerimonial não é, em sentido estrito, um livro litúrgico, pois não é utilizado nas celebrações. Contudo, é um dos principais livros a ser utilizado em sua preparação, pois contém todas as rubricas (do latim ruber, vermelho, refere-se às normas para as celebrações, que comumente são impressas em vermelho) para as celebrações litúrgicas.

O Cerimonial divide-se em oito partes, além dos apêndices:

1. Liturgia Episcopal em Geral: Trata da importância da liturgia episcopal para a vida da Igreja, dos ministérios na liturgia episcopal, da igreja catedral e apresenta algumas normas mais gerais.


2. A Missa: Apresenta todas as normas para a Missa celebrada pelo Bispo (Missa estacional), além da Missa presidida pelo Bispo sem celebrar.

3. Liturgia das Horas e Celebrações da Palavra de Deus: Apresenta os ritos para a Liturgia das Horas e para a Celebração da Palavra de Deus presididas pelo Bispo.
                      
4. Celebrações dos Mistérios do Senhor no decurso do ano: Descreve as normas para as diversas celebrações do Ano Litúrgico, com destaque ao Tríduo Pascal, presididas pelo Bispo.


5. Os Sacramentos: Apresenta os ritos dos Sacramentos (Batismo, Confirmação, Ordem, Matrimônio, Penitência e Unção dos Enfermos) presididos pelo Bispo.

6. Os Sacramentais: Descreve os ritos dos Sacramentais (bênção de abade e abadessa, consagração de virgens, profissão de religiosos, instituição de leitores e acólitos, exéquias, bênção de pedra fundamental de igreja, dedicação de igreja e altar, bênção de igreja e altar, bênçãos de lugares e objetos destinados ao culto litúrgico, coroação de imagem da Virgem Maria, exposição e bênção eucarística e bênçãos em geral) presididos pelo Bispo.

7. Datas mais importantes na vida do Bispo: Trata de algumas celebrações episcopais mais importantes, como a tomada de posse da diocese e as exéquias do Bispo.


8. Celebrações litúrgicas relacionadas com atos solenes do ministério Episcopal: Descreve algumas celebrações ligadas ao ministério episcopal: os Concílios e Sínodos Diocesanos, a visita pastoral e a tomada de posse de pároco.

Apêndices: Normas para as vestes prelatícias e tabela dos dias litúrgicos, segundo a ordem de precedência.

O Ofício Divino (Liturgia das Horas)

O Ofício Divino ou Officium Divinum é o livro que contém os formulários para a oração da Liturgia das Horas (Liturgia Horarum). Esta é a oração comunitária oficial da Igreja, recitada por sacerdotes, religiosos e mesmo leigos a fim de, seguindo os ritmos do Ano Litúrgico, santificar as várias horas do dia.
O Ofício Divino, cuja estrutura foi reformulada pelo Concílio Vaticano II, teve sua primeira edição típica publicada em 1971. Posteriormente, em 1985 foi publicada a segunda edição típica, cuja tradução data de 1992 e é a versão atualmente utilizada.

Atualmente o Ofício Divino está dividido em sete momentos: Laudes (oração da manhã), Vésperas (oração da tarde), Ofício das Leituras (recitada a qualquer hora do dia), três Horas Médias (9h, 12h e 15h) e Completas (oração da noite). Uma oitava oração, o Invitatório, reza-se sempre junto da primeira hora rezada no dia (Laudes ou Ofício das Leituras).


O elemento central da Liturgia das Horas é a recitação dos Salmos, divididos em um ciclo de quatro semanas (Saltério). Excetuam-se as solenidades e festas, com salmodias próprias. Além dos salmos, a Liturgia das Horas contém leituras da Sagrada Escritura e dos escritos dos santos, hinos, preces e orações, conforme o tempo litúrgico.

De preferência, a Liturgia das Horas seja rezada em comunidade e acompanhada de canto, o que se observa nos mosteiros e casas religiosas. Onde isto não for possível, pode-se rezá-la individualmente. Além disso, permite-se a recitação da Liturgia das Horas unida à Exposição e Bênção Eucarística ou mesmo à Celebração Eucarística.


Os livros para a Liturgia das Horas atualmente são quatro:

1. Ciclo do Natal: Do I Domingo do Advento até a Festa do Batismo do Senhor.
2. Ciclo Pascal: Da Quarta-feira de Cinzas ao Domingo de Pentecostes.
3. Tempo Comum I: Da segunda-feira da I Semana Comum até o sábado da XVII Semana do Tempo Comum.
4. Tempo Comum II: Do XVIII Domingo do Tempo Comum até o sábado da XXXIV Semana Comum.

Além dos formulários para os vários tempos do Ano Litúrgico, os volumes da Liturgia das Horas contêm todas as solenidades, festas e memórias do Senhor, da Virgem Maria e dos santos presentes no Calendário Romano. Acrescentam-se vários formulários comuns para as diversas classes de santos, para dedicação de igreja e em honra dos fieis defuntos.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Dedicação de igreja em Campo Largo

No último dia 11 de Agosto, Dom Moacyr José Vitti, CSS, Arcebispo Metropolitano de Curitiba presidiu a Celebração Eucarística na qual dedicou a igreja do Senhor Bom Jesus, no município de Campo Largo.

A paróquia passou por uma reforma que alterou todo o espaço sagrado, sendo confeccionado um novo altar de pedra, além do ambão e da sede. É pároco o Côn. Pedro Vilson Alves de Souza Filho. 

Seguem as fotos da celebração, publicadas no site da paróquia:

Concentração à porta da igreja
Saudação
Explicação da reforma da igreja
Entrega da chave da igreja ao bispo
Procissão de entrada

Rituais II: dos Sacramentais

Os Rituais (do sânscrito rita, o que é conforme a ordem) são os livros litúrgicos que contêm todo rito para a celebração dos Sacramentos, dos Sacramentais e para o Culto Eucarístico fora da Missa: as orações, as leituras e as orientações. Excetua-se aqui a Eucaristia, cujas orações constam no Missal e as leituras nos Lecionários.
Antes do Concílio Vaticano II, todos os ritos eram publicados em um só volume, o Sacramentário ou Ritual Romano (Rituale Romanum). Após o Concílio, foram elaborados rituais distintos para cada Sacramento e Sacramental.

Os rituais para a Celebração dos Sacramentais são:

Ritual de Bênçãos (De Benedictionibus): Este Ritual, cuja edição típica data de 1984 e sua tradução de 1989, contém, precedidas de uma Introdução Geral, todas as celebrações de bênção realizadas pela Igreja. Divide-se em cinco partes: bênçãos de pessoas, bênçãos de edifícios e outras obras, bênçãos de lugares e objetos destinados ao uso litúrgico, bênçãos de objetos devocionais e bênçãos para diversos fins. Seguem-se os apêndices: antífonas e cantos, bênção de igreja e de altar, fórmula para profissão de fé e juramento de fidelidade e Ritual da Coroação de imagem da Bv. Virgem Maria.


Ritual de Exéquias (Ordo Exsequiarum): Este Ritual teve sua edição típica publicada em 1969 e sua tradução em 1971. Contudo, foi elaborado em 2003 outro ritual, denominado Nossa Páscoa: Subsídios para a Celebração da Esperança, próprio para o Brasil. Este Ritual contém, precedido de uma Introdução, os ritos do velório, da encomendação e do sepultamento. Seguem-se fórmulas próprias para as exéquias de crianças e para o caso de cremação. Como apêndices, seguem sugestões de leituras e cantos.


Ritual de Exorcismos e outras súplicas (De Exorcismis et Suplicationibus): Este Ritual, cuja edição típica data de 1998, contém o rito para os exorcismos, além de outras orações feitas para pedir a proteção de Deus contra o mal. Importante ressaltar que o Exorcismo só pode ser realizado por sacerdote com autorização do Bispo local.


A Sagrada Comunhão e o Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa (De Sacra Communione et de Cultu Mysterii Eucharistici extra Missam): Este Ritual, cuja edição típica foi publicada em 1973 e traduzida em 1975, contém os ritos para as celebrações relacionadas com o Mistério Eucarístico: Comunhão fora da Missa em Celebração da Palavra de Deus, Comunhão de enfermos e Viático e Exposição e Bênção Eucarística. Seguem-se, como apêndices, vários modelos de leituras e orações para estas celebrações.


Nas celebrações com o uso dos rituais, vale o mesmo princípio do uso do Missal: o acólito ou o coroinha toma o Ritual e apresenta-o aberto ao sacerdote quando necessário. Nunca se coloque um Ritual sobre o altar.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Rituais I: dos Sacramentos

Os Rituais (do sânscrito rita, o que é conforme a ordem) são os livros litúrgicos que contêm todo rito para a celebração dos Sacramentos, dos Sacramentais e para o Culto Eucarístico fora da Missa: as orações, as leituras e as orientações. Excetua-se aqui a Eucaristia, cujas orações constam no Missal e as leituras nos Lecionários.


Antes do Vaticano II, todos os ritos eram publicados em um só volume, denominado Sacramentário ou Ritual Romano (Rituale Romanum). Após a reforma conciliar, todos os Sacramentos e Sacramentais foram revistos e receberam mais elementos, sobretudo um número maior de leituras. Com isso, a publicação em um livro só ficaria inviável, sendo então elaborados rituais para cada Sacramento e Sacramental.

Os rituais para a Celebração dos Sacramentos são:

Ritual do Batismo de Crianças (Ordo Baptismi Parvolurom): Sua primeira edição típica data de 1969 e a segunda de 1973, cuja tradução data de 1998. Este Ritual contém, precedido de uma Introdução Geral, os ritos para o batismo de crianças, no plural e no singular, o rito a ser usado por ministro extraordinário, o rito abreviado em perigo de morte e o rito de acolhida na igreja de uma criança já batizada. Seguem-se várias leituras a serem utilizadas na celebração e os apêndices, com modelos alternativos de orações.


Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (Ordo Initiationis Christianae Adultorum): Este ritual, cuja edição típica foi publicada em 1972 e sua tradução em 1973, contém, precedidos de uma Introdução Geral, os ritos para a Iniciação Cristã de Adultos. Inicia-se com os ritos do Catecumenato (preparação), passando ao rito dos Sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia). Seguem-se o rito abreviado em perigo de morte e os ritos da iniciação cristã de criança em idade de catequese. Por fim, seguem-se várias orações e leituras a serem utilizadas nas celebrações e, como apêndice, o rito de admissão na igreja de uma pessoa já batizada.


Ritual da Penitência (Ordo Penitentiae): Tendo sua edição típica publicada em 1973 e traduzida em 1975, este Ritual contém, precedido de uma Introdução Geral, o rito da Penitência ou Reconciliação em suas várias formas: reconciliação individual, reconciliação de vários penitentes com confissão e absolvição individuais e reconciliação de vários penitentes com confissão e absolvição geral (este último utiliza-se apenas em casos específicos, prescritos pelo Direito Canônico e pelo próprio Ritual). Seguem-se várias leituras a serem utilizadas na celebração e, como apêndices, modelos de celebrações penitenciais conforme os tempos litúrgicos e para grupos específicos, além de um modelo de exame de consciência.


Ritual da Unção dos Enfermos e sua Assistência Pastoral (Ordo Unctionis Infirmorum): A edição típica deste Ritual foi publicada em 1972 e sua tradução em 1974. Contém, precedido de uma Constituição Apostólica do Papa Paulo VI e de uma Introdução Geral, os ritos para a comunhão dos enfermos, para a unção dos enfermos, para o viático, para a administração dos sacramentos em perigo de morte iminente e para a encomendação de agonizantes. Seguem-se várias orações e leituras a serem utilizadas nestas celebrações.


Ritual do Matrimônio (Ordo Celebrandi Matrimonium): Sua primeira edição típica foi publicada em 1969, sendo elaborada uma 2ª edição em 1990, cuja tradução data de 1993. Este Ritual contém, precedidos de uma Introdução Geral, os ritos do matrimônio dentro e fora da Missa, do Matrimônio assistido por ministro leigo e do Matrimônio quando só um cônjuge é católico. Seguem-se várias orações e leituras a serem utilizadas na celebração e os apêndices: bênção de noivado, bênção dos esposos em aniversário de casamento e ritos adaptados do Matrimônio.


Nas celebrações com o uso dos rituais, vale o mesmo princípio do uso do Missal: o acólito ou o coroinha toma o Ritual e apresenta-o aberto ao sacerdote quando necessário. Nunca se coloque um Ritual sobre o altar, exceto se for utilizado durante uma Liturgia Eucarística, quando então se coloca-o sobre a atril ou a pulvinária.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O Pontifical Romano

O Pontifical Romano ou Pontificale Romanum (do latim pontífice, o que faz pontes, título comumente dado aos bispos) é o livro que contém todas as orações e orientações para a celebração dos sacramentos e sacramentais que são celebradas apenas pelo bispo. Alguns, em caso de necessidade, podem ser celebrados também por um presbítero com mandato do bispo, como indicado em cada rito.
Este livro, na verdade, consiste na coletânea de vários rituais. Em algumas traduções, estes foram editados separadamente, em outras foram reunidos em uma só edição. No caso do Brasil, os rituais foram sendo traduzidos separadamente e, em 1999, foram também publicados em um volume único, então denominado Pontifical Romano.

Os rituais que compõem o Pontifical Romano em sua edição em língua portuguesa são:

Ritual da Confirmação (Ordo Confirmationis): Sua edição típica data de 1971 e sua tradução de 1973. Precedido de uma Constituição Apostólica do Papa Paulo VI apresentando-o e de uma Introdução explicando-o, este Ritual contém o rito da Confirmação tanto dentro quanto fora da Missa, além do rito breve em perigo de morte. Seguem-se as orações para a Missa (também presentes no Missal Romano) e as indicações das leituras (publicadas no Lecionário do Pontifical). A Confirmação pode ser celebrada também por presbítero, com mandato.


Ritual da Ordenação de Bispos, Presbíteros e Diáconos (De Ordinatione Epicopi, Presbyteri et Diaconi): Editado pela primeira vez em 1968, teve uma segunda edição em 1989 e sua tradução de 1993. Precedido de uma Constituição Apostólica do Papa Paulo VI e de uma Introdução Geral, este Ritual contém os ritos das Ordenações de Bispos, Presbíteros e Diáconos, além do rito da Ordenação Simultânea de Presbíteros e Diáconos. Cada um dos ritos possui uma introdução que o explica e apresenta as fórmulas tanto no plural quanto no singular. Seguem-se as orações para as Missas rituais das Ordenações (as quais não constam no Missal Romano) e as indicações das leituras (publicadas no Lecionário do Pontifical). As ordenações são celebradas unicamente por bispos.


Rito da Instituição de leitores e acólitos e Admissão entre os candidatos à ordem sacra (De institutione Lectorum et Acolythorum et De admissione inter candidatos ad Diaconatum et Presbyteratum): Sua edição típica data de 1972 e sua tradução de 1974. Precedido do Motu próprio Ministeria Quedam do Papa Paulo VI explicando a reforma das Ordens Menores (agora chamadas de Minsitérios), este Ritual contém o ritos das instituições de leitores e acólitos e o rito da admissão dos candidatos ao Diaconato e ao Presbiterato. Seguem-se as indicações das leituras (publicadas no Lecionário do Pontifical). Estas celebrações podem ser presididas também por presbítero, com mandato.


Ritual da Bênção de Abade e de Abadessa (Ordo Benedictionis Abbatis et Abatissae): Sua edição típica data de 1970 e sua tradução de 1994. Este Ritual contém os ritos da bênção de abade e de abadessa e as indicações das leituras (publicadas no Lecionário do Pontifical). Estas bênçãos podem ser conferidas também por outro abade.


Ritual da Consagração de Virgens (Ordo Consecrationis Virginum): Este ritual, que teve sua edição típica publicada em 1970 e sua tradução aprovada em 1971, contém os ritos para a Consagração de Virgens e o mesmo rito unido à profissão de monjas, precedidos de uma introdução e seguidos das indicações das leituras (publicadas no Lecionário do Pontifical), das orações para a Missa (também presentes no Missal Romano) e de um modelo de fórmula de profissão. A Consagração de Virgens só pode ser celebrada por um bispo.


Ritual da profissão religiosa (Ordo Professionis Religiosae): Sua edição típica data de 1970 e sua tradução aprovada de 1971. Precedido de uma Introdução Geral, este Ritual contém os ritos para a iniciação na vida religiosa, para a profissão temporária, para a profissão perpétua e para a renovação dos votos, tanto dos religiosos quanto das religiosas. Seguem-se as indicações das leituras (publicadas no Lecionário do Pontifical), as orações para as Missas (também presentes no Missal Romano) e um modelo de fórmula de profissão. As profissões podem ser celebradas tanto por bispo quanto por presbítero.


Ritual da Dedicação de igreja e de altar (Ordo Dedicationis ecclesiae et altaris):  Aprovado em sua edição típica em 1977 e traduzido em 1981, este Ritual contém os ritos da colocação da pedra fundamental de uma igreja, da dedicação de igreja, da dedicação de igreja onde já se costuma celebrar, da dedicação de altar, da bênção de igreja, da bênção de altar e da bênção de cálice e patena, sendo cada rito precedido da respectiva introdução. Igualmente em cada rito há a indicação das leituras (publicadas no Lecionário do Pontifical) e as orações para a Missa (também presentes no Missal Romano). A dedicação de igreja e altar pode ser celebrada também por presbítero, em caso de grave necessidade e com mandato especial; a bênção de igreja e altar, por presbítero com mandato; e a bênção de cálice e patena por presbítero, sem necessitar de mandato.


Rito da Bênção do Óleo dos Catecúmenos e dos Enfermos e Confecção do Crisma (Ordo Benedicendi Oleum catechumenorum et Infirmorum et Conficiendi Chrisma): Este ritual, publicado em 1970 e traduzido em 1977, contém, precedido de uma Introdução, o rito para a bênção dos Óleos dos Catecúmenos e dos Enfermos e para a Consagração do Crisma. Este rito é celebrado pelo bispo na Missa Crismal, na manhã da Quinta-feira Santa. As demais orações e leituras da Missa encontram-se no Missal Romano e no Lecionário, respectivamente.


Rito da Coroação de imagem da Bem-Aventurada Virgem Maria (Ordo Coronandi imaginem Beatae Mariae Virginis): Este Ritual, publicado em 1981 e traduzido em 1989, precedido de uma Introdução, utiliza-se na cerimônia de Coroação de imagem da Virgem Maria na Celebração Eucarística, na Celebração das Vésperas e na Celebração da Palavra de Deus. As orações para a Missa e as leituras tomam-se do Missal e do lecionário entre os formulários marianos. Este rito pode ser celebrado tanto por bispo quanto por presbítero e consta também no Ritual de Bênçãos.


Apêndices:
Instrução Immensae caritatis da Sagrada Congregação para a Disciplina dos Sacramentos, sobre os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESC’s);
Rito de colação de Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão;
Bênção Apostólica;
Rito da Posse de Pároco;
Profissão de Fé e Juramento de Fidelidade;
Hinos Veni Creator e Te Deum (português-latim).


Nas celebrações com o uso do Pontifical, vale o mesmo princípio do uso do Missal: Estando o sacerdote na cadeira, o acólito ou o coroinha toma o Pontifical e apresenta-o aberto ao sacerdote quando necessário. Nunca se coloque o Pontifical sobre o altar, exceto se for utilizado durante a Liturgia Eucarística, quando então se coloca-o sobre a atril ou a pulvinária.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Divina Liturgia na Preparação à Festa da Dormição

No último dia 10 de agosto, o Arquimandrita João Carlos Teodoro celebrou a Divina Liturgia de São João Crisóstomo no Rito Bizantino-Melquita na Catedral Nossa Senhora da Glória (de Rito Romano) em Valença (RJ) em preparação à Festa da Dormição da Mãe de Deus. Seguem algumas fotos:

Procissão de entrada
Paramentação

Incensação do altar
Ritos iniciais

O Evangeliário

O Evangeliário ou Evangeliarium (do grego evangelion, boa notícia) é o livro que contém as perícopes evangélicas, isto é, os trechos do Evangelho lidos nas celebrações. O Evangeliário contém especificamente o Evangelho para as Celebrações Eucarísticas dos domingos e solenidades em seu ciclo trienal (anos ABC)
.

Por conter as palavras do próprio Cristo, “a leitura do Evangelho constitui o ponto alto da Liturgia da Palavra, para o qual a assembleia se prepara com as outras leituras” (OLM n.13). Assim, “sendo sempre o anúncio evangélico o ponto alto da Liturgia da Palavra, as duas tradições litúrgicas, a ocidental e a oriental, mantiveram uma diferença entre o Evangelho e as demais leituras. Com efeito, o livro dos Evangelhos era elaborado com grande cuidado, adornado e venerado mais do que qualquer outro Lecionário” (OLM n.36).

Assim, convém que nas celebrações mais solenes utilize-se um Livro dos Evangelhos distinto do livro das leituras, a fim de manifestar a primazia do Evangelho sobre os demais livros da Sagrada Escritura. Este Livro dos Evangelhos distinga-se dos Lecionários tanto pela nobreza de sua confecção quanto pelos sinais de veneração. 


Para a Celebração Eucarística, o Evangeliário é conduzido elevado à procissão de entrada pelo diácono ou, na sua falta, por um leitor. À chegada ao altar, é depositado sobre este e aí permanece até a aclamação ao Evangelho.

Durante o canto da aclamação, o diácono ou o sacerdote toma o Evangeliário sobre o altar e, precedido pelos acólitos com incenso e velas, o conduz elevado até o ambão. Na proclamação do Evangelho, o livro recebe os sinais de reverência da incensação e do beijo do diácono ou do sacerdote.

Após a proclamação do Evangelho, se o celebrante for bispo, pode dar a bênção com o Evangeliário à assembleia, traçando com ele o sinal da cruz. Em seguida, o Evangeliário é conduzido a um lugar digno, na credência ou mesmo na sacristia.


Em algumas celebrações mais solenes, como na Solenidade do Natal do Senhor, na qual se recorda que “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1, 14), a íntima ligação entre a Palavra de Deus e a Encarnação pode ser ressaltada colocando-se o Evangeliário à vista dos fieis em um lugar destacado, inclusive junto à imagem do Menino Jesus, no Natal. Esta  prática é adotada no Vaticano para as celebrações do tempo do Natal.


Outros usos do Evangeliário na Liturgia são:
  • Proclamação do Evangelho nos sacramentos e sacramentais, quando celebrados com maior solenidade;
  • É entregue como insígnia ao Diácono e ao Bispo nas respectivas Ordenações;
  • É sustentado sobre a cabeça do Bispo durante a Oração Consecratória em sua ordenação;
  • É entregue ao pároco quando de sua posse;
  • Pode ser colocado sobre o féretro na celebração das exéquias, quando o defunto é sacerdote;
  • É exposto em uma estante no centro do presbitério nos Concílios e Sínodos.