segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ângelus do Papa: Sagrada Família - Ano A

Festa da Sagrada Família de Nazaré
Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 29 de dezembro de 2013

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Neste primeiro domingo depois do Natal, a Liturgia convida-nos a celebrar a Festa da Sagrada Família de Nazaré. De fato, todos os presépios nos mostram Jesus com Nossa Senhora e São José, na gruta de Belém. Deus quis nascer numa família humana, quis ter uma mãe e um pai, como nós.

E hoje o Evangelho apresenta-nos a Sagrada Família no doloroso caminho do exílio, em busca de refúgio no Egito. José, Maria e Jesus experimentam a condição dramática dos prófugos, marcada por medo, incerteza e dificuldades (Mt 2,13-15.19-23). Infelizmente, nos nossos dias, milhões de famílias podem reconhecer-se nesta triste realidade. Quase todos os dias a televisão e os jornais dão notícias de prófugos que fogem da fome, da guerra, de outros perigos graves, em busca de segurança e de uma vida digna para si e para as suas famílias.

Em terras distantes, mesmo quando encontram trabalho, nem sempre os prófugos e os imigrantes encontram acolhimento verdadeiro, respeito, apreço dos valores dos quais são portadores. As suas expectativas legítimas entram em conflito com situações complexas e dificuldades que às vezes parecem insuperáveis. Portanto, enquanto olhamos para a sagrada Família de Nazaré no momento em que foi obrigada a tornar-se prófuga, pensemos no drama daqueles migrantes e refugiados que são vítimas da rejeição e da exploração, que são vítimas do tráfico de pessoas e do trabalho escravo. Pensemos também nos outros «exilados»: eu os chamaria «exilados escondidos», os que existem dentro das próprias famílias: os idosos, por exemplo, que muitas vezes são tratados como presenças incômodas. Penso que um sinal para saber como está uma família é observar como são tratados as crianças e os idosos.

Jesus quis pertencer a uma família que enfrentou estas dificuldades, para que ninguém se sinta excluído da proximidade amorosa de Deus. A fuga para o Egito devido às ameaças de Herodes mostra-nos que Deus está presente onde o homem está em perigo, onde o homem sofre, para onde se refugia, onde experimenta a rejeição e o abandono; mas Deus está também onde o homem sonha, espera voltar à pátria em liberdade, projeta e escolhe a vida e a dignidade para si e para os seus familiares.

Hoje o nosso olhar para a Sagrada Família deixa-se atrair também pela simplicidade da vida que ela conduz em Nazaré. É um exemplo que faz muito bem às nossas famílias, ajuda-as a tornar-se cada vez mais comunidades de amor e de reconciliação, nas quais se sente a ternura, a ajuda e o perdão recíprocos. Recordemos as três palavras-chave para viver em paz e alegria em família: com licença, obrigado, desculpa. Quando numa família não somos invasores e pedimos «com licença», quando na família não somos egoístas e aprendemos a dizer «obrigado», e quando na família nos damos conta de que fizemos algo incorreto e pedimos «desculpa», nessa família existe paz e alegria. Recordemos estas três palavras. Mas podemos repeti-las juntos: com licença, obrigado, desculpa. (Todos: com licença, obrigado, desculpa!). Gostaria também de encorajar as famílias para que tomem consciência da importância que têm na Igreja e na sociedade. De fato, o anúncio do Evangelho passa sobretudo através das famílias, para depois alcançar os diversos âmbitos da vida diária.

Invoquemos com fervor Maria Santíssima, a Mãe de Jesus e nossa Mãe, e São José, seu esposo. Peçamos que nos iluminem, confortem, guiem todas as famílias do mundo, para que possam cumprir com dignidade e serenidade a missão que Deus lhes confiou.

Oração à Sagrada Família

Jesus, Maria e José, em vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, a vós, com confiança, nos dirigimos.
Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, escolas autênticas do Evangelho e pequenas Igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais se faça, nas famílias, experiência de violência, egoísmo e divisão: quem ficou ferido ou escandalizado depressa conheça consolação e cura.
Sagrada Família de Nazaré, que o próximo Sínodo dos Bispos possa despertar, em todos, a consciência do caráter sagrado e inviolável da família, a sua beleza no projeto de Deus.
Jesus, Maria e José, escutai, atendei a nossa súplica.

Fuga para o Egito (Giotto)

Fonte: Santa Sé.

Missa de Natal na Catedral de Foz do Iguaçu

No último dia 24 de Dezembro, Dom Dirceu Vegini, Bispo Diocesano de Foz do Iguaçu (PR) celebrou a Santa Missa da Noite na Solenidade do Natal do Senhor, na Catedral Nossa Senhora de Guadalupe.

Destacamos o arranjo beneditino, a imagem do Menino Jesus e o Evangeliário diante do ambão.

Seguem algumas fotos, do perfil da Diocese no Facebook:

Procissão de entrada

Saudação
Entronização da imagem do Menino Jesus durante o Glória

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Fotos da Bênção Urbi et Orbi de Natal

No último dia 25 de dezembro, Sua Santidade o Papa Francisco concedeu a Bênção Apostólica Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo) por ocasião da Solenidade do Natal do Senhor.

O Santo Padre foi assistido pelos Cardeais-Diáconos Jean-Louis Tauran e Guiseppe Bertello e pelos Monsenhores Guido Marini e Kevin Gillespie.

Seguem algumas fotos:

Praça São Pedro
Entrada
Santo Padre saúda os fieis

Execução do hino do Vaticano

Mensagem Urbi et Orbi de Natal do Papa Francisco

MENSAGEM URBI ET ORBI
DO PAPA FRANCISCO
NATAL 2013
Quarta-feira, 25 de Dezembro de 2013

«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado» (Lc 2, 14).
Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, bom dia e feliz Natal!
Faço meu o cântico dos anjos que apareceram aos pastores de Belém, na noite em que nasceu Jesus. Um cântico que une céu e terra, dirigindo ao céu o louvor e a glória e, à terra dos homens, votos de paz.
Convido todos a unirem-se a este cântico: este cântico é para todo o homem e mulher que vela na noite, que tem esperança num mundo melhor, que cuida dos outros procurando humildemente cumprir o seu dever.
Glória a Deus.
A primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é isto: dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. Neste dia, desejo a todos que possam reconhecer o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que nos deu Jesus. Desejo a todos que possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo, adorá-Lo.
Possa cada um de nós dar glória a Deus sobretudo com a vida, com uma vida gasta por amor d’Ele e dos irmãos.
Paz aos homens.
A verdadeira paz – como sabemos – não é um equilíbrio entre forças contrárias; não é uma bela «fachada», por trás da qual há contrastes e divisões. A paz é um compromisso de todos os dias, mas a paz é artesanal, realiza-se a partir do dom de Deus, da graça que Ele nos deu em Jesus Cristo.
Vendo o Menino no presépio, Menino de paz, pensamos nas crianças que são as vítimas mais frágeis das guerras, mas pensamos também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes... As guerras dilaceram e ferem tantas vidas!
Muitas dilacerou, nos últimos tempos, o conflito na Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a pedir ao Senhor que poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio, e as partes em conflito ponham fim a toda a violência e assegurem o acesso à ajuda humanitária. Vimos como é poderosa a oração! E fico contente sabendo que hoje também se unem a esta nossa súplica pela paz na Síria crentes de diversas confissões religiosas. Nunca percamos a coragem da oração! A coragem de dizer: Senhor, dai a vossa paz à Síria e ao mundo inteiro. E convido também os não crentes a desejarem a paz, com o seu anelo, aquele anelo que alarga o coração: todos unidos, ou com a oração ou com o desejo. Mas todos, pela paz.
Ó Deus Menino, dai paz à República Centro-Africana, frequentemente esquecida dos homens. Mas Vós, Senhor, não esqueceis ninguém e quereis levar a paz também àquela terra, dilacerada por uma espiral de violência e miséria, onde muitas pessoas estão sem casa, sem água nem comida, sem o mínimo para viver. Favorecei a concórdia no Sudão do Sul, onde as tensões actuais já provocaram demasiadas vítimas e ameaçam a convivência pacífica naquele jovem Estado.
Vós, ó Príncipe da Paz, convertei por todo o lado o coração dos violentos, para que deponham as armas e se empreenda o caminho do diálogo. Olhai a Nigéria, dilacerada por contínuos ataques que não poupam inocentes nem indefesos. Abençoai a Terra que escolhestes para vir ao mundo e fazei chegar a um desfecho feliz as negociações de paz entre Israelitas e Palestinianos. Curai as chagas do amado Iraque, ferido ainda frequentemente por atentados.
Vós, Senhor da vida, protegei todos aqueles que são perseguidos por causa do vosso nome. Dai esperança e conforto aos deslocados e refugiados, especialmente no Corno de África e no leste da República Democrática do Congo. Fazei que os emigrantes em busca duma vida digna encontrem acolhimento e ajuda. Que nunca mais aconteçam tragédias como aquelas a que assistimos este ano, com numerosos mortos em Lampedusa.
Ó Menino de Belém, tocai o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se dêem conta da gravidade deste crime contra a humanidade. Voltai o vosso olhar para as inúmeras crianças que são raptadas, feridas e mortas nos conflitos armados e para quantas são transformadas em soldados, privadas da sua infância.
Senhor do céu e da terra, olhai para este nosso planeta, que a ganância e a ambição dos homens exploram muitas vezes indiscriminadamente. Assisti e protegei quantos são vítimas de calamidades naturais, especialmente o querido povo filipino, gravemente atingido pelo recente tufão.
Queridos irmãos e irmãs, hoje, neste mundo, nesta humanidade, nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor. Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova: não tenhamos medo disso. Não tenhamos medo que o nosso coração se comova! Precisamos que o nosso coração se comova. Deixemo-lo abrasar-se pela ternura de Deus; precisamos das suas carícias. As carícias de Deus não fazem feridas: as carícias de Deus dão-nos paz e força. Precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; a Ele, o louvor e a glória pelos séculos! Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações, no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus.

Votos de um Natal feliz no final da Mensagem Urbi et Orbi do Santo Padre:
A vós, queridos irmãos e irmãs, vindos de todo o mundo e reunidos nesta Praça, e a quantos estão em ligação connosco nos diversos países através dos meios de comunicação, dirijo os meus votos de um Natal Feliz!
Neste dia, iluminado pela esperança evangélica que provém da gruta humilde de Belém, invoco os dons natalícios da alegria e da paz para todos: para as crianças e os idosos, para os jovens e as famílias, para os pobres e os marginalizados. Nascido para nós, Jesus conforte quantos suportam a prova da doença e da tribulação; sustente aqueles que se dedicam ao serviço dos irmãos mais necessitados. Feliz Natal para todos!


Fonte: Santa Sé

Fotos da Missa da Noite de Natal no Vaticano

No último dia 24 de dezembro, Sua Santidade o Papa Francisco celebrou na Basílica Vaticana a Santa Missa da Noite na Solenidade do Natal do Senhor.

A Santa Missa foi precedida pelo canto da Kalenda, como pode ser visto no livreto da celebração. O Santo Padre foi assistido pelos Monsenhores Guido Marini e Guillermo Javier Karcher.

Seguem algumas fotos:

Procissão de entrada

Incensação do altar
Ritos iniciais

Homilia do Papa: Missa da Noite de Natal 2013

Santa Missa da Noite de Natal
Homilia do Papa Francisco
Basílica Vaticana
Terça-feira, 24 de dezembro de 2013

1. «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9,1).
Esta profecia de Isaías não cessa de nos comover, especialmente quando a ouvimos na Liturgia da Noite de Natal. E não se trata apenas de um fato emotivo, sentimental; comove-nos, porque exprime a realidade profunda daquilo que somos: somos povo em caminho, e ao nosso redor - mas também dentro de nós - há trevas e luz. E nesta noite, enquanto o espírito das trevas envolve o mundo, renova-se o acontecimento que sempre nos maravilha e surpreende: o povo a caminho vê uma grande luz. Uma luz que nos faz refletir sobre este mistério: o mistério do andar e do ver.
Andar. Este verbo faz-nos pensar no curso da história, naquele longo caminho que é a história da salvação, com início em Abraão, nosso pai na fé, que um dia o Senhor chamou convidando-o a partir, a sair do seu país para a terra que Ele lhe havia de indicar. Desde então, a nossa identidade de crentes é a de pessoas peregrinas para a terra prometida. Esta história é sempre acompanhada pelo Senhor! Ele é sempre fiel ao seu pacto e às suas promessas. Porque fiel, «Deus é luz, e n’Ele não há trevas» (1Jo 1,5). Ao contrário, do lado do povo, alternam-se momentos de luz e de escuridão, fidelidade e infidelidade, obediência e rebelião; momentos de povo peregrino e momentos de povo errante.
E, na nossa historia pessoal, também se alternam momentos luminosos e escuros, luzes e sombras. Se amamos a Deus e aos irmãos, andamos na luz; mas, se o nosso coração se fecha, se prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse, então calam as trevas dentro de nós e ao nosso redor. «Aquele que tem ódio ao seu irmão - escreve o Apóstolo João - está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos» (1Jo 2,11). Povo a caminho, mas povo peregrino que não quer ser povo errante.

2. Nesta noite, como um facho de luz claríssima, ressoa o anúncio do Apóstolo: «Manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens» (Tt 2,11).
A graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Entrou na nossa história, partilhou o nosso caminho. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N’Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas de um mestre de sabedoria, nem de um ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs a sua tenda no meio de nós.

3. Os pastores foram os primeiros a ver esta «tenda», a receber o anúncio do nascimento de Jesus. Foram os primeiros, porque estavam entre os últimos, os marginalizados. E foram os primeiros porque velavam durante a noite, guardando o seu rebanho. É lei do peregrino velar, e eles velavam. Com eles, detemo-nos diante do Menino, detemo-nos em silêncio. Com eles, agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do coração o nosso louvor pela sua fidelidade: Nós Vos bendizemos, Senhor Deus Altíssimo, que Vos humilhastes por nós. Sois imenso, e Vos fizestes pequenino; sois rico, e  Vos fizestes pobre; sois onipotente, e Vos fizestes frágil.
Nesta Noite, partilhamos a alegria do Evangelho: Deus ama-nos; e ama-nos tanto que nos deu o seu Filho como nosso irmão, como luz nas nossas trevas. O Senhor repete-nos: «Não tenhais medo» (Lc 2,10). Assim disseram os anjos aos pastores: «Não tenhais medo». E repito também eu a todos vós: Não tenhas medo! O nosso Pai é paciente, ama-nos, dá-nos Jesus para nos guiar no caminho para a terra prometida. Ele é a luz que ilumina as trevas. Ele é a misericórdia: o nosso Pai perdoa-nos sempre. Ele é a nossa paz. Amém.


Fonte: Santa Sé.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Fotos da Missa do Dia de Natal em Butiatuvinha

No último dia 25 de Dezembro, o Revmo. Padre Elmo Heck celebrou a Santa Missa do Dia na Solenidade do Natal do Senhor na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Butiatuvinha.

Destacamos a imagem do Menino Jesus e o Evangeliário colocados diante do altar e o arranjo beneditino.

Procissão de entrada


Incensação da cruz
Incensação do altar

Fotos da Missa da Noite de Natal em Butiatuvinha

No último dia 24 de Dezembro, o Revmo. Padre Elmo Heck celebrou a Santa Missa da Noite na Solenidade do Natal do Senhor na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Butiatuvinha.

Destacamos o canto da Kalenda antes da celebração, a imagem do Menino Jesus e o Evangeliário colocados diante do altar, o arranjo beneditino e as patenas para a Comunhão.

Canto da Kalenda
Imagem do Menino Jesus sendo descoberta
Procissão de entrada
Reverência ao altar
Incensação da cruz

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Ângelus do Papa: IV Domingo do Advento - Ano A

Papa Francisco
Ângelus
IV Domingo do Advento, 22 de dezembro de 2013

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Neste IV Domingo do Advento, o Evangelho nos narra os fatos que precederam o nascimento de Jesus, e o evangelista Mateus apresenta-os sob o ponto de vista de são José, o noivo da Virgem Maria.

José e Maria viviam em Nazaré; mas ainda não conviviam, porque o matrimônio não tinha sido realizado. Entretanto, Maria, depois de ter ouvido o anúncio do Evangelho, engravidou por obra do Espírito Santo. Quando José teve conhecimento deste fato, ficou desconcertado. O Evangelho não explica quais eram os seus pensamentos, mas nos diz o essencial: ele procura fazer a vontade de Deus e está pronto para a renúncia radical. Em vez de se defender e de fazer valer os próprios direitos, José escolhe uma solução que para ele representa um sacrifício enorme. E o Evangelho diz: «Sendo que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente» (Mt 1,19).

Esta breve frase sintetiza um verdadeiro drama interior, se pensarmos no amor que José sentia por Maria! Mas também em tal circunstância, José deseja fazer a vontade de Deus e decide, certamente com grande sofrimento, deixar Maria em segredo. É necessário meditar sobre estas palavras para compreender qual é a provação que José teve que enfrentar nos dias que precederam o nascimento de Jesus. Uma provação semelhante àquela do sacrifício de Abraão, quando Deus lhe pediu o filho Isaac (cf. Gn 22): renunciar à coisa mais preciosa, à pessoa mais amada.

Mas, como no caso de Abraão, o Senhor intervém: encontrou a fé que procurava e abriu um caminho diferente, um caminho de amor e de felicidade: «José - diz-lhe - não temas de receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo» (Mt 1,20).

Este Evangelho mostra-nos toda a grandeza de alma de São José. Ele estava seguindo um bom projeto de vida, mas Deus reservava para ele outro desígnio, uma missão maior. José era um homem que ouvia sempre a voz de Deus, profundamente sensível ao seu desejo secreto, um homem atento às mensagens que lhe chegavam do fundo do coração e das alturas. Não se obstinou em perseguir aquele seu projeto de vida, não permitiu que o rancor lhe envenenasse a alma, mas esteve pronto para se pôr à disposição da novidade que, de forma desconcertante, lhe se apresentava. Era um homem bom. Não odiava, e não permitiu que o rancor lhe envenenasse a alma. Mas quantas vezes também a nós o ódio, a antipatia e o rancor nos envenenam a alma! E isto faz mal. Nunca o permitais: ele é um exemplo disto. E assim, José tornou-se ainda mais livre e grande. Aceitando-se segundo o desígnio do Senhor, José encontra-se plenamente a si mesmo, para além de si. Esta sua liberdade de renunciar ao que é seu, à posse da sua própria existência, e esta sua plena disponibilidade interior à vontade de Deus, nos interpelam e mostram o caminho.

Preparamo-nos então a celebrar o Natal contemplando Maria e José: Maria, a mulher cheia de graça que teve a coragem de se confiar totalmente à Palavra de Deus; José, o homem fiel e justo que preferiu acreditar no Senhor em vez de ouvir as vozes da dúvida e do orgulho humano. Caminhemos com eles rumo a Belém.

Sonho de São José (Luca Giordano)

Fonte: Santa Sé.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Papa Francisco encontra Bento XVI

Na tarde de hoje, 23 de dezembro, Sua Santidade o Papa Francisco visitou o Papa Emérito Bento XVI no Mosteiro Mater Ecclesiae para conceder-lhe sua saudação natalina.

Após um momento de oração na capela do mosteiro, os dois conversaram por cerca de 30 minutos.

Seguem algumas fotos deste encontro:





Catequese do Papa: O mistério do Natal

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
O mistério do Natal

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Este nosso encontro realiza-se no clima espiritual do Advento, que se tornou ainda mais intenso graças à Novena do Santo Natal, que estamos vivendo nestes dias e que nos conduz às festividades natalícias. Por isso, hoje gostaria de meditar convosco sobre o Natal de Jesus, festa da confiança e da esperança, que supera a incerteza e o pessimismo. E a razão da nossa esperança é a seguinte: Deus está ao nosso lado, Deus ainda confia em nós! Mas pensai bem nisto: Deus está ao nosso lado, Deus ainda confia em nós! Este Deus Pai é generoso! Ele vem habitar com os homens, escolhe a terra como a sua morada para estar ao lado do homem e para se encontrar lá onde o homem transcorre os seus dias na alegria ou na dor. Portanto, a terra já não é só um «vale de lágrimas», mas o lugar onde o próprio Deus construiu a sua tenda, o lugar do encontro de Deus com o homem, da solidariedade de Deus para com os homens.

Deus quis compartilhar a nossa condição humana, a ponto de se fazer um só conosco na pessoa de Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Contudo, existe algo ainda mais surpreendente. A presença de Deus no meio da humanidade não se concretizou em um mundo ideal, idílico, mas neste mundo real, marcado por muitas situações boas e más, caracterizado por divisões, maldade, pobreza, prepotências e guerras. Ele quis habitar na nossa história como ela é, com todo o peso dos seus limites e dos seus dramas. Agindo deste modo, demonstrou de modo insuperável a sua inclinação misericordiosa e repleta de amor pelas criaturas humanas. Ele é Deus conosco; Jesus é Deus conosco. Vós acreditais nisto? Juntos, façamos esta profissão de fé: Jesus é Deus conosco! Jesus é Deus conosco desde sempre e para sempre ao nosso lado nos sofrimentos e nas dores da história. O Natal de Jesus é a manifestação de que Deus se «alinhou» uma vez por todas da parte do homem, para nos salvar, para nos elevar da poeira das nossas misérias, das nossas dificuldades, dos nossos pecados.

É daqui que provém o grande «presente» do Menino de Belém: Ele traz-nos uma energia espiritual, uma energia que nos ajuda a não precipitar nas nossas dificuldades, nos nossos desesperos e nas nossas amarguras, porque se trata de uma energia que aquece e transforma o coração. Com efeito, o nascimento de Jesus traz-nos a bonita notícia de que somos amados imensa e singularmente por Deus, e de que Ele não só nos faz conhecer este amor, mas também o concede, o comunica!

Da contemplação jubilosa do mistério do Filho de Deus que nasceu para nós, podemos fazer duas considerações.
A primeira é que, se no Natal Deus se revela não como alguém que está no alto e que domina o universo, mas como Aquele que se abaixa, que desce sobre a terra pequenino e pobre, significa que para sermos semelhantes a Ele não devemos colocar-nos acima dos outros mas, ao contrário, abaixar-nos, pôr-nos ao seu serviço, tornar-nos pequeninos com os pequeninos, pobres com os pobres. Mas é triste quando vemos um cristão que não quer humilhar-se, que não aceita servir. É triste quando o cristão se vangloria em toda a parte: ele não é cristão, mas pagão. O cristão serve, abaixa-se. Façamos com que estes nossos irmãos e irmãs nunca se sintam sozinhos!

A segunda consideração: se, através de Jesus, Deus se comprometeu com o homem a ponto de se tornar como um de nós, quer dizer que tudo o que fizermos a um irmão ou a uma irmã, a Ele o fazemos. Foi o próprio Jesus quem o recordou: quem alimenta, acolhe, visita e ama um destes mais pequeninos e mais pobres entre os homens, ao Filho de Deus que o faz.

Confiemo-nos a Deus, à intercessão maternal de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, a fim de que nos ajude neste Santo Natal, já iminente, a reconhecer no rosto do nosso próximo, especialmente das pessoas mais frágeis e marginalizadas, a imagem do Filho de Deus que se fez homem.


Fonte: Santa Sé.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Ângelus do Papa: III Domingo do Advento - Ano A

Papa Francisco
Ângelus
III Domingo do Advento, 15 de dezembro de 2013

Amados irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje é o III Domingo do Advento, chamado também “Gaudete”, ou seja, “Domingo da Alegria”. Na Liturgia ressoa várias vezes o convite a alegrar-se, a rejubilar, porquê? Porque o Senhor está próximo. O Natal está próximo. A mensagem cristã chama-se «evangelho», isto é, «boa nova», um anúncio de alegria para todo o povo; a Igreja não é um refúgio para pessoas tristes, a Igreja é a casa da alegria! E quantos estão tristes encontram nela a alegria, a verdadeira alegria!

Mas a alegria do Evangelho não é uma alegria qualquer! Tem a sua razão de ser no saber que se é acolhido e amado por Deus, como nos recorda hoje o profeta Isaías, Deus é aquele que nos vem salvar, e socorre sobretudo os desorientados de coração (Is 35,1-6a.8a.10). A sua vinda entre nós fortalece, torna firme, dá coragem, faz exaltar e florescer o deserto e a estepe, ou seja, a nossa vida quando se torna árida. E quando é que a nossa vida se torna árida? Quando está sem a água da Palavra de Deus e do seu Espírito de amor. Por maiores que sejam os nossos limites e as nossas desorientações, não nos é permitido ser débeis nem vacilantes face às dificuldades e às nossas próprias debilidades. Ao contrário, somos convidados a fortalecer as mãos, a tornar firmes os joelhos, a ter coragem e a não temer, porque o nosso Deus nos mostra sempre a grandeza da sua misericórdia. Ele dá-nos a força para ir em frente. Ele está sempre conosco para nos ajudar a ir em frente. É um Deus que gosta muito de nós, que nos ama e por isso está conosco, para nos ajudar, para nos fortalecer e ir em frente. Coragem! Sempre em frente! Graças à sua ajuda podemos recomeçar sempre do início. Como? Recomeçar do início? Talvez haja quem diga: «Não, Pai, eu fiz tantas... Sou um grande pecador, uma grande pecadora... Não posso recomeçar de zero!». Erras! Tu podes recomeçar de zero! Porquê? Porque Ele espera por ti, está ao teu lado, ama-te, é misericordioso, perdoa-te, dá-te a força para recomeçar de zero! A todos! Então, sejamos capazes de reabrir os olhos, de superar tristezas e choros, de entoar um cântico novo. E esta alegria verdadeira permanece também nas provações, nos sofrimentos, mas desce ao profundo da pessoa que se confia a Deus e que n’Ele confia.

A alegria cristã, como a esperança, tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, na certeza que Ele mantém sempre as suas promessas. O profeta Isaías exorta quantos perderam o caminho e estão desconfortados, a confiar na fidelidade do Senhor, porque a sua salvação não tardará a irromper na sua vida. Quantos encontraram Jesus ao longo do caminho, experimentam no coração uma serenidade e uma alegria das quais nada nem ninguém os poderá privar. A nossa alegria é Jesus Cristo, o seu amor fiel e inexaurível! Por isso, quando um cristão se torna triste, significa que se afastou de Jesus. Mas então não se deve deixá-lo sozinho! Devemos rezar por ele, e fazer-lhe sentir o calor da comunidade.

A Virgem Maria nos ajude a apressar os passos para Belém, para encontrar o Menino que nasceu para nós, para a salvação e a alegria de todos os homens. A ela o Anjo disse: «Alegra-te, ó cheia de graça: o Senhor está contigo» (Lc 1,28). Que ela nos obtenha viver a alegria do Evangelho em família, no trabalho, na paróquia e em todos os ambientes. Uma alegria íntima, feita de admiração e ternura. A que sente uma mãe quando olha para o seu filho recém-nascido, e sente que é um dom de Deus, um milagre que se deve agradecer!


Fonte: Santa Sé

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Catequese do Papa: Creio na vida eterna

PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2013

Amados irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje, gostaria de começar a última série de catequeses sobre a nossa profissão de fé, discorrendo sobre a afirmação: «Creio na vida eterna». Medito em particular sobre o juízo final. Mas não devemos ter medo: ouçamos o que diz a Palavra de Deus. A este propósito, lemos no Evangelho de Mateus: então, Cristo «voltará na sua glória e todos os anjos com Ele... Todas as nações se reunirão diante dele e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda... E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna» (Mt 25, 31-33.46). Quando pensamos na volta de Cristo e no seu juízo final, que manifestará até às suas últimas consequências o bem que cada um tiver realizado ou deixado de fazer durante a sua vida terrena, compreendemos que nos encontramos diante de um mistério que nos excede, que nem sequer conseguimos imaginar. Um mistério que, quase instintivamente, suscita em nós um sentido de temor e talvez até de trepidação. Contudo, se meditarmos bem, esta realidade só pode dilatar o coração do cristão, constituindo um grande motivo de consolação e confiança.
A este propósito, o testemunho das primeiras comunidades cristãs ressoa sugestivo como nunca. Com efeito, elas costumavam acompanhar as celebrações e preces com a aclamação Maranata, uma expressão constituída por duas palavras aramaicas que, segundo o modo como são cadenciadas, podem ser entendidas como uma súplica: «Vem, Senhor!», ou então como uma certeza alimentada pela fé: «Sim, o Senhor vem, o Senhor está próximo!». É a exclamação na qual culmina toda a Revelação cristã, no final da maravilhosa contemplação que nos é oferecida no Apocalipse de João (cf. Ap 22, 20). Em tal caso é a Igreja-Esposa que, em nome da humanidade inteira e enquanto suas primícias, se dirige a Cristo, seu esposo, e não vê a hora de ser envolvida pelo seu abraço: o abraço de Jesus, que é plenitude de vida e de amor. É assim que Jesus nos abraça. Se pensarmos no juízo nesta perspectiva, desaparecem o medo e a hesitação, deixando espaço à expectativa e a um júbilo profundo: será precisamente o momento em que seremos julgados finalmente prontos para ser revestidos pela glória de Cristo, como que por uma veste nupcial, e conduzidos ao banquete, imagem da comunhão plena e definitiva com Deus.
Um segundo motivo de confiança é-nos oferecido pela constatação de que, no instante no juízo, não seremos abandonados. No Evangelho de Mateus, o próprio Jesus prenuncia que no fim dos tempos aqueles que O tiverem seguido ocuparão um lugar na sua glória, para julgar juntamente com Ele (cf. Mt 19, 28). Depois, escrevendo à comunidade de Corinto, o Apóstolo Paulo afirma: «Não sabeis que os santos julgarão o mundo? [...] Quanto mais as pequenas questões desta vida!» (1 Cor 6, 2-3). Como é bom saber que naquele momento poderemos contar não só com Cristo, nosso Paráclito, nosso Advogado junto do Pai (cf. 1 Jo 2, 1), mas também com a intercessão e a benevolência de muitos dos nossos irmãos e irmãs mais velhos, que nos precederam no caminho da fé, que ofereceram a própria vida por nós e que continuam a amar-nos de modo indizível! Os santos já vivem diante de Deus, no esplendor da sua glória, intercedendo por nós que ainda vivemos na terra. Quanta consolação suscita esta certeza no nosso coração! A Igreja é verdadeiramente uma mãe e, como tal, procura o bem dos seus filhos, sobretudo dos mais distantes e aflitos, até encontrar a sua plenitude no corpo glorioso de Cristo com todos os seus membros.
Uma sugestão ulterior é-nos oferecida pelo Evangelho de João, onde se afirma explicitamente que «Deus não enviou o Filho ao mundo para o condenar, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do único Filho de Deus» (Jo 3, 17-18). Então, isto significa que aquele juízo final já está em curso, que ele começa agora, durante a nossa existência. Este juízo é pronunciado em cada instante da vida, como referência do nosso acolhimento, com fé, da salvação presente e concreta em Cristo, ou então da nossa incredulidade, com o consequente fechamento em nós mesmos. Mas se nos fecharmos no amor de Jesus, condenamo-nos a nós mesmos. A salvação é abrir-se a Jesus, e Ele salva-nos; se somos pecadores - e todos somos - peçamos-lhe perdão; e se o procurarmos com o desejo de ser bons, o Senhor perdoa-nos. Mas por isso devemos abrir-nos ao amor de Jesus, que é mais forte que todas as outras coisas. O amor de Jesus é grande, o amor de Jesus é misericordioso, o amor de Jesus perdoa; mas tu deves abrir-te, e abrir-se significa arrepender-se, acusar-se das coisas que não são boas e que fizemos. O Senhor Jesus entregou-se e continua a doar-se a nós, para nos colmar com toda a sua misericórdia e com a graça do Pai. Portanto, somos nós que podemos tornar-nos, num certo sentido, juízes de nós mesmos, autocondenando-nos à exclusão da comunhão com Deus e com os irmãos. Por isso, não nos cansemos de velar sobre os nossos pensamentos e e atitudes, para prelibar desde já o calor e o esplendor da Face de Deus - e será maravilhoso! - que na vida eterna contemplaremos em toda a sua plenitude. Em frente, pensando neste juízo que começa agora, que já começou. Em frente, fazendo com que o nosso coração se abra a Jesus e à sua salvação; em frente sem receio, porque o amor de Jesus é maior, e se pedirmos perdão dos nossos pecados, Ele perdoa-nos. Jesus é assim. Então, em frente com esta certeza, que nos levará à glória do Céu!


Fonte: Santa Sé

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Fotos da Homenagem do Papa à Imaculada 2013

No dia 08 de dezembro de 2013 o Papa Francisco presidiu um momento de oração diante da estátua da Imaculada na Praça de Espanha em Roma, por ocasião da Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria:

O Santo Padre contempla a imagem


Momento de oração

Oração do Papa Francisco à Imaculada 2013

Ato de veneração à Imaculada Conceição
Oração do Papa Francisco
Praça da Espanha, Roma
Domingo, 08 de dezembro de 2013

Virgem Santa e Imaculada,
que sois a honra do nosso povo e a guardiã solícita da nossa cidade,
a ti nos dirigimos com amorosa confidência.

Toda formosa sois, ó Maria!
Em ti não há pecado.
Suscitai em todos nós um renovado desejo de santidade:
na nossa palavra refulja o esplendor da verdade,
nas nossas obras ressoe o cântico da caridade,
no nosso corpo e no nosso coração habitem pureza e castidade,
na nossa vida se torne presente toda a beleza do Evangelho.

Toda formosa sois , ó Maria!
Em ti Se fez carne a Palavra de Deus.
Ajuda-nos a permanecer numa escuta atenta da voz do Senhor:
o grito dos pobres nunca nos deixe indiferentes,
o sofrimento dos doentes e de quem passa necessidade não nos encontre distraídos,
a solidão dos idosos e a fragilidade das crianças nos comovam,
cada vida humana sempre seja, por todos nós, amada e venerada.

Toda formosa sois, ó Maria!
Em ti está a alegria plena da vida beatífica com Deus.
Faz com que não percamos o significado do nosso caminho terreno:
a luz terna da fé ilumine os nossos dias,
a força consoladora da esperança oriente os nossos passos,
o calor contagiante do amor anime o nosso coração,
os olhos de todos nós se mantenham bem fixos em Deus, onde está a verdadeira alegria.

Toda formosa sois, ó Maria!
Ouve a nossa oração, atende a nossa súplica:
esteja em nós a beleza do amor misericordioso de Deus em Jesus,
seja esta beleza divina a salvar-nos a nós, à nossa cidade, ao mundo inteiro.
Amém.


Fonte: Santa Sé.

Ângelus: Imaculada Conceição de Maria (2013)

Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria
Papa Francisco
Ângelus 
II Domingo de Advento, 08 de dezembro de 2013

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Este II Domingo do Advento celebra-se no dia da Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, e então o nosso olhar é atraído pela beleza da Mãe de Jesus, nossa Mãe! Com grande alegria a Igreja contempla-a «cheia de graça» (Lc 1,28) e, começando com estas palavras, saudemo-la todos juntos: «Cheia de graça!». Digamos três vezes: «Cheia de graça!». Todos juntos: Cheia de graça! Cheia de graça! Cheia de graça! Assim Deus contemplou-a desde o primeiro instante do seu desígnio de amor. Viu-a bela, precisamente cheia de graça! A nossa Mãe é linda! Maria sustém-nos no nosso caminho rumo ao Natal, porque nos ensina a viver este tempo do Advento à espera do Senhor. Porque este tempo do Advento é uma expectativa do Senhor, que visitará todos nós na solenidade, mas também cada um de nós, no nosso coração. O Senhor vem! Esperemo-lo!

O Evangelho de São Lucas apresenta-nos Maria, uma jovem de Nazaré, pequena localidade da Galileia, nos confins do Império Romano e também na periferia de Israel. Um pequeno povoado. E, no entanto, sobre ela, uma jovem daquela aldeia pequena e longínqua, pousou o olhar do Senhor, que a escolheu para ser a Mãe do seu Filho. Em vista desta maternidade, Maria foi preservada do pecado original, ou seja, daquela ruptura na comunhão com Deus, com os outros e com a criação que fere cada ser humano em profundidade. Mas esta ruptura foi curada antecipadamente na Mãe d’Aquele que veio para nos libertar da escravidão do pecado. A Imaculada está inscrita no desígnio de Deus; é fruto do amor de Deus que salva o mundo.

E Nossa Senhora nunca se afastou daquele amor: a sua vida inteira, todo o seu ser constitui um «sim» àquele amor, é um «sim» a Deus. Mas certamente isto não foi fácil para ela! Quando o Anjo lhe chama «cheia de graça» (Lc 1,28), ela «ficou perturbada», porque na sua humildade se sente como nada diante de Deus. O Anjo consola-a: «Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus» (vv. 30-31). Este anúncio inquieta-a ainda mais, também porque ainda não estava casada com José; mas o Anjo acrescenta: «O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus» (v. 35). Maria ouve, obedece interiormente e responde: «Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!» (v. 38).

O mistério desta jovem de Nazaré, que se encontra no Coração de Deus, não nos é alheio. Não significa que ela está lá e nós aqui. Não, estamos unidos. Com efeito, Deus pousa o seu olhar de amor sobre cada homem e mulher! Com um nome e um sobrenome. O seu olhar de amor está sobre cada um de nós. O Apóstolo Paulo afirma que Deus «nos escolheu n’Ele [em Cristo] antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis» (Ef 1,4). Também nós, desde sempre, fomos escolhidos por Deus para levar uma vida santa, livre do pecado. É um desígnio de amor que Deus renova cada vez que nós O frequentamos, especialmente nos Sacramentos.

Então, na festa de hoje, contemplando a nossa bela Mãe Imaculada, reconhecemos inclusive o nosso destino mais autêntico, a nossa vocação mais profunda: sermos amados, sermos transformados pelo amor, sermos transformados pela beleza de Deus. Contemplemos a nossa Mãe, deixando que ela olhe para nós, porque se trata da nossa Mãe, que nos ama muito; deixemos que ela olhe para nós para aprendermos a ser mais humildes, mas também mais intrépidos no seguimento da Palavra de Deus; para recebermos o abraço terno do seu Filho Jesus, um abraço que nos confere vida, esperança e paz.


Fonte: Santa Sé.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Fotos da Solenidade da Imaculada Conceição em Butiatuvinha (Domingo)

No último dia 08 de Dezembro, o Revmo. Padre Elmo Heck celebrou a Santa Missa na Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria na Paróquia N. Sra. da Conceição em Butiatuvinha (Curitiba).


Destacamos o uso do arranjo beneditino e do véu de cálice.


Procissão de entrada



Incensação do altar

Fotos da Solenidade da Imaculada Conceição em Butiatuvinha (Sábado)

No último dia 07 de Dezembro, o Revmo. Padre Elmo Heck celebrou a Santa Missa na Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria na Paróquia N. Sra. da Conceição em Butiatuvinha (Curitiba).

Durante a Missa, foi solenemente coroada a imagem de N. Sra. da Conceição, padroeira da paróquia.

Destacamos o uso do arranjo beneditino e do véu de cálice.

Procissão de entrada


Reverência ao altar
Incensação da cruz