Mostrando postagens com marcador Alfaias e Paramentos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Alfaias e Paramentos. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 11 de maio de 2021

Santa Inês Paramentos: Casulas do Sagrado Coração de Jesus

No próximo dia 11 de junho (daqui a um mês, a contar da publicação desta postagem), a Igreja de Rito Romano celebra neste ano de 2021 a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus (sexta-feira da III semana após o Pentecostes).

Como fizemos recentemente com os paramentos para as celebrações de São José, gostaríamos de propor aos nossos leitores dois modelos de casulas do Sagrado Coração confeccionadas pelo nosso site parceiro, Santa Inês Paramentos.

Ambas possuem a imagem do Coração de Jesus na frente (o coração rodeado por uma coroa de espinhos sobre uma cruz em chamas) e do Coração de Maria nas costas (o coração rodeado por uma coroa de rosas), recordando assim a relação “cordial” entre a Mãe e o Filho. Vale lembrar que a Memória do Imaculado Coração de Maria é celebrada no dia seguinte à Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

A primeira casula possui detalhes em veludo vermelho, que pode ser interpretado em alusão ao sangue de Cristo, que brotou do seu coração ferido pela lança na cruz (cf. Jo 19,34). A segunda casula, por sua vez, é inteiramente branca.

Ambas podem ser usadas na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, nas Missas votivas em sua honra (que costumam ser celebradas na 1ª sexta-feira de cada mês) e em outras celebrações do Senhor (Cristo Rei, Corpus Christi, etc...), uma vez que a devoção ao Sagrado Coração é a devoção ao mistério de Cristo em sua totalidade: “o Coração de Cristo é Cristo, Verbo Encarnado e Salvador” (Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, n. 166).

Além das duas casulas, o site Santa Inês Paramentos possui uma toalha de altar com a imagem do Sagrado Coração unida aos símbolos do trigo e da uva, que remetem à Eucaristia, bem como um conjunto de frontais para o altar e o ambão com os mesmos símbolos.

Para conferir os preços das casulas e toalhas e adquiri-las, além de obter outras informações, basta clicar nos títulos sobre as imagens abaixo:









Confira também dois breves vídeos com os detalhes das Casulas:



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Santa Inês Paramentos: Casulas de São José

No dia 19 de março (daqui a um mês, a contar da publicação desta postagem), a Igreja de Rito Romano celebra a Solenidade de São José, Esposo da Virgem Maria.

Já publicamos aqui em nosso blog duas postagens sobre a história da sua celebração:
uma postagem mais ampla, sobre a presença de São José na Liturgia em geral;
e uma postagem mais específica, sobre as celebrações de 19 de março e 01 de maio (São José Operário).

Neste ano de 2021 a celebração do insigne Patriarca será particularmente significativa, uma vez que estamos no “Ano de São José” por ocasião dos 150 anos da sua proclamação como Padroeiro da Igreja universal, com especiais indulgências de 08 de dezembro de 2020 a 08 de dezembro de 2021.

Como também os paramentos podem contribuir para a beleza da ação sagrada (cf. Introdução Geral do Missal Romano, n. 335), gostaríamos de propor aos nossos leitores alguns modelos de casulas de São José confeccionadas pelo nosso site parceiro, Santa Inês Paramentos.

Vale lembrar que já o II Concílio de Niceia (787), o 7º Concílio Ecumênico, em sua célebre definição sobre os sagrados ícones, determinou que as imagens de Cristo, da Virgem Maria, dos anjos e santos, sejam expostas “nas santas igrejas de Deus, sobre os sagrados utensílios e paramentos, sobre as paredes e painéis, nas casas e nas ruas” [1].

As casulas da Santa Inês Paramentos com a imagem de São José são quatro, em dois modelos: um que poderíamos chamar mais “solene” e outro mais “simples” ou “quotidiano”.

Para conferir os preços das casulas e adquiri-las, além de obter outras informações, basta clicar nos títulos sobre as imagens abaixo:









Além dessas quatro casulas com a imagem de São José, que podem ser utilizadas sobretudo nas celebrações em honra desse santo (19 de março, 01 de maio, Missas votivas), há ainda outra casula onde ele aparece.

Trata-se da casula da Sagrada Família, com as imagens de Jesus, Maria e José, que pode ser utilizada na respectiva Festa (no domingo após o Natal) ou em outras celebrações associadas (Solenidade do Natal do Senhor, Solenidade da Epifania, Festa da Apresentação do Senhor).



Para acessar o site da Santa Inês Paramentos e conferir todas as suas opções de alfaias e paramentos litúrgicos, clique aqui.

Confira também este pequeno vídeo com alguns detalhes da Casula solene de São José:


[1] II Concílio de Niceia. 7ª sessão: Definição a respeito dos sagrados ícones. in: DENZINGER, Heinrich. Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral. São Paulo: Paulinas; Loyola, 2007, n. 600, p. 218.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

O racional ou superhumeral

O capítulo 28 do Livro do Êxodo descreve, dentre as insígnias dos sacerdotes da primeira aliança, o efod (Ex 28,6-14) e o peitoral ou hoshen (Ex 28,15-30). O primeiro era uma espécie de colete de linho bordado com duas pedras de ônix nos ombros com o nome das tribos de Israel, enquanto o segundo era uma placa que o sacerdote usava sobre o peito, com doze pedras simbolizando as tribos de Israel (sobre o simbolismo destas doze pedras em um Evangeliário do Vaticano, clique aqui).

Na Idade Média surgiu o costume de endossar uma insígnia que, recordando as do sumo sacerdote do Antigo Testamento, fosse um equivalente do pálio para os Bispos que não tinham direito a ele (desde os séculos VII-VIII o pálio era restrito ao Papa e aos Arcebispos Metropolitanos). Trata-se do racional ou superhumeral.

Racional de Cracóvia na Sacristia da Catedral de Wawel

A palavra racional deriva da usada por São Jerônimo na Vulgata para traduzir o termo hoshen: rationale, enquanto superhumeral (sobre os ombros) é termo que traduz efod.

Segundo a Historia de la Liturgia de Mario Righetti, as primeiras menções do racional são do século X. Este se popularizou nas dioceses pertencentes ao Sacro Império Romano-Germânico ou em territórios vizinhos: Alemanha, França, Bélgica, República Checa, Polônia e norte da Itália.

Poucos exemplares do racional sobreviveram. A maior parte das evidências deriva de estátuas dos Bispos, uma vez que esta insígnia cairia em desuso na maioria dos lugares a partir dos séculos XIII e XIV.

Estátua de São Mansuy, Bispo de Toul (França)

Dessas estátuas podemos aferir seu formato tradicional: uma tela retangular de tecido com franjas nas quatro pontas e uma abertura central para a cabeça, que o Bispo endossava sobre a casula para a celebração das Missas mais solenes.

Estátua de São Willibald, Bispo de Eichstätt (Alemanha)

No racional geralmente estavam inscritas virtudes que o Bispo deveria possuir para “governar” bem o seu povo. Segundo Righetti, o racional é “símbolo da ciência e da verdade”.

Atualmente, o uso do racional é preservado em quatro dioceses: Eichstätt e Paderborn na Alemanha, Nancy-Toul na França e Cracóvia na Polônia. Paderborn e Cracóvia foram posteriormente elevadas a Arquidioceses: portanto, seus Bispos têm direito tanto ao racional quanto ao pálio.

Diocese de Eichstätt

A Diocese de Eichstätt foi criada em meados do século VIII. Seu primeiro Bispo, São Wilibaldo (741-787), costuma ser representado com o racional, ainda que anacrônico (cf. a imagem acima).

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Símbolos das Basílicas: O umbráculo e o tintinábulo

Em nossas postagens sobre a Revista Notitiae, publicação oficial da Congregação para o Culto Divino, sempre temos assinalado a concessão do título de Basílica Menor, sobretudo a igrejas do Brasil.

O que é uma “basílica”?

A basílica (do grego βασιλική, pertencente ao rei) era originalmente um edifício público romano onde, entre outras atividades, era administrada a justiça. Suas características arquitetônicas eram: uma grande nave central que terminava em uma abside geralmente semicircular; e naves laterais menores, separadas da nave central por colunas.

Após o Edito de Milão (313), com o qual o imperador Constantino proibiu a perseguição aos cristãos, começaram a ser construídas as primeiras igrejas com o formato da basílica romana. A primeira basílica cristã foi provavelmente a Basílica do Latrão, a Catedral de Roma. Ainda no século IV foram construídas também as outras três basílicas maiores romanas, sobre as quais falaremos mais adiante, e as três principais basílicas da Terra Santa (da Anunciação em Nazaré, da Natividade em Belém e do Santo Sepulcro em Jerusalém).

Posteriormente, a “basílica” perdeu sua relação com o formato arquitetônico e passou a ser um título honorífico conferido pelo Papa a igrejas de especial importância. A concessão deste título é regulamentada pelo Decreto Domus Dei de 06 de junho de 1968 [1], confirmado pela Congregação do Culto Divino em 1975 [2].

Diferentemente do título de “santuário”, cujo critério para concessão é ser um destino de peregrinação [3], o grande critério para a concessão do título de “basílica” é o valor histórico e artístico da igreja.

As basílicas dividem-se em “maiores” e “menores”. As maiores são apenas quatro:
- Arquibasílica do Santíssimo Salvador e São João Batista e Evangelista no Latrão (Catedral de Roma);
- Basílica de São Pedro no Vaticano;
- Basílica de São Paulo fora dos muros na Via Ostiense;
- Basílica de Santa Maria Maior no Esquilino.

As quatro basílicas maiores possuem uma Porta Santa, que só é aberta durante os Jubileus, e um Cardeal Arcipreste nomeado pelo Papa [4]. Além disso, o aniversário da sua dedicação é celebrado por todos que seguem o Rito Romano [5].

Arquibasílica do Latrão, "omnium urbis et orbis ecclesiarum mater et caput"
(mãe e cabeça de todas as igrejas da cidade e do mundo)

Todas as demais basílicas, tanto em Roma quanto no resto do mundo, são basílicas menores. Segundo o site GCatholic.org, no final de 2019 havia 1.820 basílicas menores em todo o mundo (sendo 71 delas no Brasil) [5].

Além de algumas concessões a respeito das indulgências, todas as basílicas possuem por tradição duas insígnias próprias: o umbráculo e o tintinábulo.

O umbráculo e o tintinábulo basilicais

O umbráculo (do latim umbraculum, aquele que faz sombra), ou umbela basilical, é uma espécie de guarda-sol de seda com listras amarelas e vermelhas (as cores da antiga bandeira da Santa Sé). Permanece sempre semi-aberto, seja no presbitério da igreja ou levado nas procissões que partem da basílica ou a ela se dirigem, só sendo aberto totalmente na presença do Papa.

Geralmente nas franjas do umbráculo são bordados símbolos religiosos e brasões (como o do Papa que concedeu o título, do Bispo, da diocese e da própria basílica). O umbráculo costuma ser encimado por um globo e uma cruz.

Umbráculo da Basílica de Santa Ana (Arquidiocese de São Paulo)

O tintinábulo (do latim tintinnabulum, pequeno sino) é, como o nome indica, um pequeno sino colocado no alto de uma haste, no topo da qual é representada a imagem do titular da igreja, ladeada por anjos e corada pelo símbolo da Santa Sé (as duas chaves cruzadas sob a tiara papal).

Geralmente fica no presbitério da basílica, no lado oposto ao umbráculo, e junto com este é conduzido nas procissões que partem da basílica ou a ela se dirigem.

Tintinábulo da Basílica de Santa Ana

A origem destas duas insígnias, com efeito, está ligado às procissões: o umbráculo era levado sobre o Papa para protegê-lo do sol, enquanto o tintinábulo ia à frente para anunciar aos fiéis a sua presença na procissão.

Com o tempo, as igrejas onde o Bispo de Roma costumava celebrar tinham cada uma seu umbráculo e seu tintinábulo, à sua espera. Alguns remontam este costume ao pontificado de Alexandre VI (1492-1503). Com o tempo, os dois objetos tornaram-se símbolos das basílicas, representando a união destas igrejas com o Romano Pontífice.

O umbráculo sobre as chaves petrinas é também o emblema do Colégio dos Cardeais e particularmente do Cardeal Camerlengo, indicando sua função de “proteger” a Santa Sé até a eleição de um novo Papa durante a Sede Vacante.

Símbolo da Sede Vacante

Os mesmos elementos aparecem no brasão das basílicas, indicando sua relação com o Papa. Por exemplo, no brasão da Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, Catedral da Arquidiocese de Curitiba (PR), que recebeu o título em 1993 (para conhecer a explicação do brasão, clique aqui).





[3] cf. SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS. Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia. São Paulo: Paulinas, 2003, p. 228; Código de Direito Canônico, cân. 1230-1234.

[4] No momento da publicação desta postagem os quatro Arciprestes são:
Basílica do Latrão: Cardeal Angelo De Donatis;
Basílica de São Pedro: Cardeal Angelo Comastri;
Basílica de São Paulo fora dos muros: Cardeal James Michael Harvey;
Basílica de Santa Maria Maior: Cardeal Stanisław Ryłko.

[5] Basílica do Latrão: 09 de novembro, com o grau de festa;
Basílicas de São Pedro e São Paulo: 18 de novembro, com o grau de memória facultativa;
Basílica de Santa Maria Maior: 05 de agosto, também como memória facultativa.


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

O ferraiolo, o tabarro e a greca

Para acessar a postagem introdutória desta série, na qual explicamos os conceitos de vestes corais e vestes talares, clique aqui.

Por fim, em nossa série de postagens sobre as vestes talares e corais, concluímos com duas capas - o ferraiolo e o tabarro - e um casaco, a greca.

O ferraiolo

O ferraiolo é uma capa que o Cerimonial denomina “manto talar amplo”. Trata-se de uma capa leve de seda, presa junto ao pescoço por fitas, sem romeira, usada pelos clérigos em ocasiões solenes fora da Liturgia (e nunca dentro dela).

Venerável Fulton Sheen com o ferraiolo episcopal

Por exemplo, o ferraiolo era obrigatório para encontrar-se com o Santo Padre, o que atualmente caiu em desuso. A capa se usa, então, no encontro com o Chefe de Estado ou em uma ocasião civil mais formal.

O então Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d'Aniello usa o ferraiolo em encontro com a Chefe de Estado

O ferraiolo previsto no Cerimonial dos Bispos é vermelho para os Cardeais e violáceo para os Bispos e Protonotários Apostólicos numerários e supranumerários.

Embora não esteja prescrito, é costume que os demais Monsenhores e os presbíteros usem um ferraiolo negro.

O tabarro

O tabarro, por sua vez, é indicado no Cerimonial como “uma capa digna, de cor preta, à qual é permitido acrescentar uma romeira”.


Trata-se de uma capa de lã, mais grossa que o ferraiolo, usada no inverno. Geralmente é uma veste de uso cotidiano.

Como indica o Cerimonial, é preta para todos os clérigos, exceto para o Papa, que endossa um tabarro vermelho.

João Paulo II com o tabarro vermelho (com romeira)

A greca

Por fim, embora não seja mencionada no Cerimonial, temos a greca (chamada em espanhol de dulleta), que consiste em um grande casaco que se usa sobre o hábito talar no dia-a-dia para proteger-se do frio. A greca é branca para o Papa e preta para todos os demais.

Papa Francisco com a greca branca e os demais com a greca negra

Fonte:
CERIMONIAL DOS BISPOS, Cerimonial da Igreja. Tradução portuguesa da edição típica. Apêndice I: Vestes prelatícias. São Paulo: Paulus, 1988, pp. 311-313.

sábado, 22 de agosto de 2020

O solidéu, o barrete e o saturno

Para acessar a postagem introdutória desta série, na qual explicamos os conceitos de vestes corais e vestes talares, clique aqui.

Nesta postagem vamos tratar de três coberturas para a cabeça que fazem parte das vestes talares e corais: o solidéu, o barrete e o saturno.

O solidéu

O solidéu (do latim soli Deo, só para Deus) é um pequeno gorro redondo de seda que se usa no alto da cabeça.


Derivado de coberturas de cabeça ordinárias, foi reduzindo de tamanho ao longo da história e adquiriu um sentido simbólico “inverso”, isto é, o solidéu em si não significa nada. Ele só tem sentido quando é retirado, pois só é removido na presença do Santíssimo Sacramento exposto e, na Sexta-feira Santa, da Santa Cruz.

Na Missa, o Bispo usa o solidéu desde o início, depondo-o logo após a oração sobre as oferendas e repondo-o antes da oração após a Comunhão [1], exceto na Missa da Ceia do Senhor e na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, quando não retoma o solidéu, uma vez que o Santíssimo Sacramento permanece sobre o altar.
  
Sobre o uso do solidéu pelos distintos membros da hierarquia:

Presbíteros, cônegos, monsenhores: Embora o Cerimonial não prescreva, podem por tradição usar o solidéu negro fora da Missa. Todos os antigos manuais de Liturgia são concordes em afirmar que os presbíteros não usam o solidéu na Missa [3];
  
Bispos: Podem usar sempre, mesmo no quotidiano, o solidéu violáceo;

Cardeais: O mesmo dos Bispos, porém com o solidéu vermelho;

Papa: Usa sempre o solidéu branco.

O barrete

Também o barrete (do latim biretum) deriva de uma cobertura de cabeça ordinária. Trata-se de um chapéu quadrado, com três palas levantadas e geralmente uma borla ao centro.


Embora o atual Cerimonial não prescreva, tradicionalmente aquele que preside uma celebração usa o barrete nos seguintes momentos:

- nas procissões de entrada e de saída, exceto se o Santíssimo Sacramento estiver exposto (como na procissão de saída de Corpus Christi);

- enquanto se está sentado, exceto se o Santíssimo Sacramento estiver exposto (por exemplo, durante a Comunhão);

- para fazer a homilia.

Os antigos manuais de Liturgia são enfáticos ao afirmar que não se usa o barrete para realizar ações sagradas [4]. Por exemplo, o presbítero não pode dar a bênção no final da Missa com o barrete, nem, administrando o Batismo, realizar a infusão da água ou as unções endossando o barrete.

Também o barrete doutoral, com quatro palas, usado pelos sacerdotes que possuem um Doutorado, é proibido na Liturgia, sendo permitido apenas fora dela.

O barrete geralmente integra as vestes corais dos diversos clérigos, podendo ser usado também com a veste talar de uso quotidiano (exceto, como veremos, os Cardeais):


Presbíteros: Barrete negro com borla também negra;

Cônegos: conforme os estatutos de cada Cabido. Se não houver, usam o barrete negro, como os presbíteros;

Monsenhores: para os Capelães de Sua Santidade o Cerimonial não especifica, ficando subentendido que poderiam usar o mesmo barrete dos presbíteros, uma vez que este é prescrito para os Monsenhores Prelados de honra;

Protonotários apostólicos numerários: são os únicos a quem o Cerimonial prescreve o barrete negro com borla vermelha;

Bispos: barrete violáceo com borla na mesma cor;

Cardeais: barrete vermelho sem borla. Por ser o sinal distintivo do Cardinalato, imposto pelo Papa na cabeça de cada Cardeal, o barrete cardinalício só pode ser usado com as vestes corais.

O saturno

Por fim, temos o saturno, um chapéu redondo de felpo preto com aba larga que é assim chamado por sua semelhança com o planeta Saturno e o anel que o rodeia.


O saturno pode ser usado em ocasiões solenes fora das celebrações litúrgicas (e nunca dentro da Liturgia) ou no quotidiano por todos os clérigos. O chapéu é preto para todos, exceto para o Papa, que usa um saturno vermelho.

O saturno pode ainda ser ornado com cordões e borlas, que são pretas para os presbíteros, verdes para os Bispos e vermelhas para os cardeais.

Bento XVI com o saturno vermelho

[1] cf. CERIMONIAL DOS BISPOS, nn. 153.166.
[2] ibid., n. 322.
[3] cf. COELHO, Dom António. Curso de Liturgia Romana. Tomo II: Liturgia sacrifical. Editora Pax: Braga, 1943, p. 238; ROWER, Frei Basílio. Dicionário Litúrgico para uso do revmo. clero e dos fiéis. Petrópolis: Vozes, 1947, p. 183.
[4] cf. REUS, Pe. João Batista. Curso de Liturgia. São Paulo: Cultor de Livros, 2018, p. 142.

Fonte:
CERIMONIAL DOS BISPOS, Cerimonial da Igreja. Tradução portuguesa da edição típica. Apêndice I: Vestes prelatícias. São Paulo: Paulus, 1988, pp. 311-313.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

A mozeta e o mantelete

Para acessar a postagem introdutória desta série, na qual explicamos os conceitos de vestes corais e vestes talares, clique aqui.

A mozeta ou murça

A mozeta ou murça é uma pequena capa, até a altura dos cotovelos, fechada na frente com botões, usada sobre os ombros por alguns clérigos.

Dom Angelo De Donatis (antes de ser criado Cardeal) com a mozeta episcopal

Sua origem, assim como a romeira (que se difere desta por ser aberta), provém de capas de viagem usadas por peregrinos para proteger-se do frio.

A partir desta origem, a mozeta possuía antes um pequeno capuz, que acabou sendo suprimido com o tempo. Este permanece por tradição apenas na mozeta do Papa e de alguns Cabidos de cônegos.

Seu uso faz parte das vestes corais de alguns membros da hierarquia:

Presbíteros: Não usam a mozeta, exceto os reitores de Basílicas que, por privilégio concedido pela Santa Sé, endossam como veste coral o hábito talar com sobrepeliz e a mozeta negra com botões e detalhes em cor violeta [1];

Cônegos: A mozeta é a veste característica dos cônegos. O Cerimonial prevê como veste coral a mozeta negra com detalhes violeta para os cônegos catedráticos (cônegos maiores), isto é, aqueles que efetivamente fazem parte do Cabido, e mozeta inteiramente negra para cônegos honorários (cônegos menores ou beneficiários), que recebem o título apenas por distinção.

Cônegos da Diocese de Bruges (Bélgica)

Porém, as vestes dos cônegos são determinadas pelos Estatutos de cada Cabido. Assim, podemos encontrar mozetas em outras cores, ou mesmo outras vestes em seu lugar. Em alguns lugares encontramos também uma cruz ou medalha pendente de um cordão ou fita sobre a mozeta, conforme os costumes de cada Cabido.
  
Bispos: Como veste coral, os Bispos revestem sobre a talar violácea com roquete a mozeta também violácea, com botões e detalhes vermelhos. Sobre a mozeta, como vimos anteriormente, o Bispo endossa a cruz peitoral pendente de cordão verde e ouro.

Cardeais: O mesmo que os Bispos, exceto que a mozeta é inteiramente vermelha e o cordão para a cruz peitoral é vermelho e ouro.

Cardeal De Donatis com a mozeta cardinalícia

Papa: O Papa possui tradicionalmente três mozetas, embora o Papa Francisco tenha optado por não endossar nenhuma.

A mozeta de inverno é de um vermelho bem escuro e feita de lã guarnecida com peles, enquanto que a mozeta de verão é de um vermelho mais vivo e feita de seda, mais leve. A terceira mozeta é a pascal, de lã branca guarnecida com peles, que tradicionalmente o Papa usava apenas na Oitava Pascal (o Papa Bento XVI a usava durante todo o Tempo Pascal).

Sobre a mozeta o Papa leva sempre a cruz peitoral pendente de um cordão dourado.

Bento XVI com a mozeta de inverno
Bento XVI com a mozeta de verão
Bento XVI com a mozeta pascal

O mantelete

O mantelete é um manto amplo, até a altura dos joelhos, aberto na frente e com abertura dos lados por onde passam os braços. É de cor violeta com detalhes em vermelho.

Antes do Concílio Vaticano II, os Bispos usavam a mozeta dentro de sua Diocese e o mantelete fora dela. Porém, tal prática foi abolida.

Dom Karol Wojtyla (depois Papa João Paulo II) com o mantelete

Seu uso, porém, foi conservado pelos Protonotários Apostólicos Numerários e pelos Superiores de Dicastérios da Cúria Romana que não são Bispos como parte de sua veste coral, endossado sobre o hábito talar violeta com roquete.

Por exemplo, Monsenhor Guido Marini, sendo Superior do Ofício das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, endossou o mantelete em algumas ocasiões, como durante a Sé Vacante de 2013 ou durante os ritos da Recognitio e da Muratura das Portas Santas durante o Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

Mons. Guido Marini com o mantelete no Conclave de 2013

Extraordinariamente, o uso do mantelete conserva-se por tradição em alguns Cabidos de cônegos. Inclusive podem ser encontrados manteletes em outras cores, como pretos, por exemplo.


Fonte:
CERIMONIAL DOS BISPOS, Cerimonial da Igreja. Tradução portuguesa da edição típica. Apêndice I: Vestes prelatícias. São Paulo: Paulus, 1988, pp. 311-313.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

A sobrepeliz e o roquete

Para acessar a postagem introdutória desta série, na qual explicamos os conceitos de vestes corais e vestes talares, clique aqui.

Dentre as vestes talares e corais, encontramos apenas uma que pode ser considerada uma veste litúrgica: trata-se da sobrepeliz (do latim superpelliceum, sobre as peles, sendo na origem um agasalho para o inverno).


Esta é uma simplificação da alva ou túnica, mais curta (se estendendo até acima dos joelhos) e com mangas mais largas. Costuma ser ornada com pregas, com rendas ou crivos, e algumas possuem cordões junto ao pescoço (o mais, comum, porém, é possuírem uma gola quadrada).

Quando a sobrepeliz é de um modelo mais simples, sem ornatos e sem pregas, costuma receber o nome de cota.


A sobrepeliz usa-se sempre sobre o hábito talar. É prevista em algumas celebrações substituindo a alva, mas nunca para presidir ou concelebrar a Missa [1]. Indicamos a seguir alguns exemplos de uso da sobrepeliz:

- por um presbítero ou diácono que exerce uma função distinta ao seu ministério, como cerimoniário ou regente do coro. Para exercer algumas funções, como proferir a homilia ou distribuir a Comunhão, convém endossar também a estola;

Dom Henrique Soares da Costa proferindo a homilia com estola sobre as vestes corais

- para presidir a oração solene das Laudes e Vésperas o presbítero ou o Bispo pode usar a talar com a sobrepeliz sob a estola e o pluvial [2]. Para as demais horas é suficiente a sobrepeliz sobre a talar, sendo então a estola facultativa;

- para participar das procissões, como, por exemplo, a da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (aqui também o uso da estola e do pluvial é facultativo) [3];

- para os presbíteros que assistem ao Bispo ou a outro presbítero na administração dos Sacramentos fora da Missa ou mesmo para administrar os sacramentos fora da Missa de forma menos solene. Neste caso é obrigatório o uso da estola [4];

- para impor as mãos sobre o eleito nas ordenações presbiteral e episcopal. Aqui também é obrigatório o uso da estola [5].

Nos sacramentais (bênçãos) e no sacramento da Reconciliação a sobrepeliz pode ser dispensada, usando o sacerdote a estola diretamente sobre o hábito talar ou hábito religioso. Porém, é proibido usar a estola diretamente sobre o traje civil. Para presidir ou concelebrar a Missa, além disso, é proibido usar a estola sobre o hábito, sendo obrigatório o uso da alva ou túnica [6].

Papa Francisco com sobrepeliz e estola sobre a talar para administrar um Batismo

A sobrepeliz é ainda parte da veste coral dos presbíteros, dos cônegos e dos Monsenhores:

Presbíteros: hábito talar preto com sobrepeliz;

Cônegos: hábito talar conforme os estatutos do Cabido com sobrepeliz e mozeta (ou murça), também conforme os estatutos;

Monsenhores Capelães de Sua Santidade: hábito talar negro com detalhes em violeta com sobrepeliz;

Monsenhores Prelados de Honra: hábito talar violeta com sobrepeliz.

Cumpre notar que aos presbíteros que não estejam paramentados ou ao menos revestidos de sobrepeliz sobre a talar é vedado o assento no presbitério [7]. Vale recordar também que os presbíteros e Bispos que participam da Missa em vestes corais, sem presidir ou concelebrar, devem receber a Comunhão, uma vez que só podem comungar por conta o sacerdote que preside a Missa e os concelebrantes [8].

Sacerdotes assistentes recebendo a Comunhão

Os demais membros da hierarquia não usam a sobrepeliz com a veste coral e sim o roquete. Este difere da sobrepeliz por possuir mangas mais estreitas e uma renda mais prolongada, além de geralmente possuir fitas junto ao pescoço.

O uso do roquete está indicado sobre o hábito talar como parte da veste coral dos Protonotários Apostólicos numerários, Bispos, Cardeais e do Papa. Porém, o roquete não “pode substituir a sobrepeliz na administração dos sacramentos e sacramentais” [9]. Por exemplo, um Bispo que administra um Batismo de forma menos solene, em vestes corais, embora tenha direito ao roquete, deve neste caso vestir a sobrepeliz, sobre a qual endossará a estola.

[1] cf. CERIMONIAL DOS BISPOS, n. 65.
[2] ibid., n. 192.
[3] ibid., n. 390.
[4] ibid., nn. 449.473.614.622.661.
[5] ibid., nn. 532.567.
[6] cf. Instrução Liturgicae Instaurationes, n. 8c; Instrução Redemptionis Sacramentum, n. 126.
[7] CERIMONIAL DOS BISPOS, n. 50.
[8] cf. Introdução Geral do Missal Romano, 3ª edição, nn. 157-158.242-249.
[9] COELHO, Dom António. Curso de Liturgia Romana. Tomo II: Liturgia sacrifical. Editora Pax: Braga, 1943, p. 230.

Fonte:
CERIMONIAL DOS BISPOS, Cerimonial da Igreja. Tradução portuguesa da edição típica. Apêndice I: Vestes prelatícias. São Paulo: Paulus, 1988, pp. 311-313.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

A batina ou hábito talar

Para acessar a postagem introdutória desta série, na qual explicamos os conceitos de vestes corais e vestes talares, clique aqui.

A veste conhecida como batina ou sotaina é referida no Cerimonial dos Bispos como “hábito talar” (do latim talus, calcanhar).

O hábito talar é, pois, uma veste ampla, que desce até os calcanhares, utilizada por todos os clérigos. Sua origem remonta aos monges eremitas que, para expressar sua consagração, costumavam trajar uma túnica longa na cor preta, símbolo de sua “morte para o mundo”.

Com o tempo seu uso foi estendido a todos os sacerdotes. Além disso, foi enriquecida por alguns elementos, como os 33 botões no corpo (em alusão aos anos da vida terrena de Cristo) e cinco em cada manga (recordando o número das chagas do Senhor). Em algumas versões são 23 botões no corpo, que somados com os cinco de cada manga perfazem 33.


Em sua origem o hábito talar era inteiramente negro (como é até hoje nas Igrejas Orientais). Posteriormente, sob a influência da tradição protestante, foi acrescentada uma gola ou colarinho na cor branca, que passou a ser usado também em camisas. Este colarinho clerical é chamado de clergyman, aportuguesado para “clérgima”.

A talar costuma ser guarnecida de uma faixa, pendente sobre a perna esquerda e ornada com franjas. De um elemento prático, para ajustar a veste ao corpo, foi-lhe dado um sentido simbólico análogo ao cíngulo: prontidão para o serviço e domínio sobre o “fogo das paixões”, duplo simbolismo associado ao gesto de “cingir os rins”.


Além da faixa, a talar pode ser possuir também uma pequena capa, aberta na frente, chamada no Cerimonial de “romeira”, também conhecida como “peregrineta”. Os dois nomes remontam a uma capa usada por peregrinos ou romeiros.

Papa João Paulo II com a "romeira" do Caminho de Santiago

A seguir detalhamos as cores da veste talar usada por cada membro da hierarquia:

Presbíteros:
Os presbíteros (assim como os diáconos e seminaristas) usam sempre o hábito talar inteiramente negro, com faixa negra. Tradicionalmente o uso da romeira negra é restrita aos presbíteros: os diáconos e seminaristas comumente não a usam.

Cumpre recordar que o uso da talar por seminaristas depende da autorização do Bispo diocesano. O mesmo vale para ministros leigos que atuam como cerimoniários ou acólitos: estes usam a talar negra com sobrepeliz apenas quando permitido e somente enquanto exercem o seu ministério nas celebrações.

Quanto aos diáconos permanentes, devem estar atentos às orientações do Bispo diocesano, que pode limitar o uso da veste talar e da camisa clerical para os diáconos casados, a fim de evitar confusão entre os fiéis.

Monsenhor Guido Marini com a talar negra de presbítero

Cônegos                                               
As vestes dos cônegos variam conforme a Diocese, sendo indicadas no Estatuto de cada Cabido. Porém, uma vez que os cônegos estão diretamente ligados ao Bispo, se possuírem o direito a vestes específicas, eles só a usam dentro de sua Diocese [1].

Fora de sua Diocese e no uso quotidiano os cônegos vestem a talar negra, como os presbíteros, geralmente sem a faixa e sem a romeira.

Monsenhores Capelães de Sua Santidade
Tanto como veste coral quanto em ocasiões solenes fora da Liturgia usam a talar negra com detalhes (como orla, costuras e botões) na cor violeta (também dita violácea) e faixa violeta. Não usam a romeira.
No quotidiano usam a talar negra, como os presbíteros, sem faixa e sem romeira.

Monsenhores Prelados de Honra ou Protonotários Apostólicos supranumerários
Possuem o direito a dois tipos de hábito talar:
- talar violeta com faixa da mesma cor, usada como veste coral;
- talar negra com detalhes em vermelho, faixa violeta e sem romeira, para ocasiões solenes fora da Liturgia.
No quotidiano usam a talar negra, como os presbíteros, sem a faixa e sem a romeira.

Protonotários Apostólicos numerários
As mesmas vestes dos Monsenhores Prelados de honra, como acima.

Monsenhores Guido Marini e Ján Dubina assistem ao Papa com a talar de Prelados de Honra

Bispos
Os Bispos também possuem direito a duas vestes:
- talar inteiramente violeta, com detalhes e mangas em vermelho, com faixa violeta, como veste coral;
- talar negra com detalhes em vermelho, faixa violeta e romeira também com detalhes em vermelho, para ocasiões solenes fora da Liturgia.

Sempre que usam a talar os Bispos usam também a cruz peitoral, pendente de cordão verde e ouro com as vestes corais ou pendente de corrente simples com as demais vestes.

No quotidiano os Bispos usam a talar negra, como os presbíteros, sem a faixa e sem a romeira, com a cruz peitoral pendente de corrente simples. Os Bispos religiosos, por sua vez, podem usar o hábito da sua Ordem ou congregação. O uso do solidéu nestes casos é facultativo.

Cardeal Ratzinger com a talar negra e cruz peitoral

Cardeal Sean O'Malley com o hábito franciscano e cruz peitoral

Cardeais
Os Cardeais usam as mesmas vestes que os Bispos, exceto que a faixa é também na cor vermelha e o cordão para a cruz peitoral usada com as vestes corais é vermelho e ouro.

Papa
Por fim, embora o Cerimonial dos Bispos não o mencione, o Papa usa sempre uma talar branca, com a faixa branca (geralmente com o seu brasão bordado) e romeira.

A cruz peitoral do Papa costuma ser usada com um cordão dourado quando acompanha as vestes corais ou com uma corrente simples, como os Bispos, nos demais casos.

Cumpre notar que o Bispo Emérito de Roma, Bento XVI, conservou o uso da batina branca, porém sem a faixa e sem a romeira, para distingui-lo do Papa reinante.

Papa Francisco (com a romeira) e Bento XVI (sem a romeira)

Hábito talar em países tropicais
Por fim, cabe ressaltar a concessão feita por tradição a países tropicais, por conta do calor: todos os clérigos podem usar uma talar branca ou creme, porém com os botões, detalhes e a faixa nas respectivas cores, conforme a hierarquia.

Por exemplo, um presbítero em um país tropical (como o Brasil) poderia usar uma talar branca com detalhes e faixa na cor preta.

Monsenhores Guido Marini e Vincenzo Peroni assistem ao Papa com a talar tropical no Panamá

[1] cf. COELHO, Dom António. Curso de Liturgia Romana. Tomo II: Liturgia sacrifical. Editora Pax: Braga, 1943, p. 242.

Fonte:
CERIMONIAL DOS BISPOS, Cerimonial da Igreja. Tradução portuguesa da edição típica. Apêndice I: Vestes prelatícias. São Paulo: Paulus, 1988, pp. 311-313.