sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mensagem do Papa para a Quaresma

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO
 PARA A QUARESMA DE 2014
Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9)

Queridos irmãos e irmãs!
Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?

A graça de Cristo
Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez connosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. Gaudium et spes, 22).
A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Baptista para O baptizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1, 2).
Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf.Rm 8, 29).
Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.

O nosso testemunho
Poderíamos pensar que este «caminho» da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d'Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.
À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiénicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.
Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína económica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.
O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana.
Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.
Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Vaticano, 26 de Dezembro de 2013 - Festa de Santo Estêvão, diácono e protomártir

FRANCISCO


Fonte: Santa Sé

Catequese do Papa sobre a Unção dos Enfermos

PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 26 de Fevereiro de 2014

Amados irmãos e irmãs, bom dia!
Gostaria de vos falar hoje do Sacramento da Unção dos enfermos, que nos permite ver concretamente a compaixão de Deus pelo homem. No passado era chamado «Extrema Unção», porque era entendido como conforto espiritual na iminência da morte. Ao contrário, falar de «Unção dos enfermos» ajuda-nos a alargar o olhar para a experiência da doença e do sofrimento, no horizonte da misericórdia de Deus.
1. Há um ícone bíblico que expressa em toda a sua profundidade o mistério que transparece na Unção dos enfermos: é a parábola do «bom samaritano», no Evangelho de Lucas (10, 30-35). Todas as vezes que celebramos este Sacramento, o Senhor Jesus, na pessoa do sacerdote, torna-se próximo de quem sofre e está gravemente doente, ou é idoso. Diz a parábola que o bom samaritano se ocupa do homem sofredor derramando sobre as suas feridas óleo e vinho. O óleo faz-nos pensar no que é abençoado pelos bispos todos os anos, na Missa crismal da Quinta-Feira Santa, precisamente em vista da Unção dos enfermos. O vinho, ao contrário, é sinal do amor e da graça de Cristo que brota do dom da sua vida por nós e expressam em toda a sua riqueza na vida sacramental da Igreja. Por fim, a pessoa sofredora é confiada a um hoteleiro, a fim de que continue a ocupar-se dela, sem se preocupar com a despesa. Mas, quem é este hoteleiro? É a Igreja, a comunidade cristã, somos nós, aos quais todos os dias o Senhor Jesus confia aqueles que estão aflitos, no corpo e no espírito, para que possamos continuar a derramar sobre eles, sem medida, toda a sua misericórdia e salvação.
2. Este mandato é reafirmado de maneira explícita e clara na Carta de Tiago, na qual se recomenda: «Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados» (5, 14-15). Por conseguinte, trata-se de uma prática que já se usava na época dos Apóstolos. Com efeito, Jesus ensinou aos seus discípulos a ter a sua mesma predilecção pelos doentes e pelos sofredores e transmitiu-lhes a capacidade e a tarefa de continuar a conceder no seu nome e segundo o seu coração alívio e paz, através da graça especial deste Sacramento. Mas isto não nos deve fazer cair na busca obstinada do milagre ou na presunção de poder obter sempre e apesar de tudo a cura. Mas é a certeza da proximidade de Jesus ao doente e também ao idoso, porque cada idoso, cada pessoa com mais de 65 anos, pode receber este Sacramento, mediante o qual é o próprio Jesus que se aproxima.
Mas na presença de um doente, por vezes pensa-se: «chamemos o sacerdote para que venha»; «Não, dá azar, não o chamemos», ou então, «o doente assusta-se». Por que se pensa assim? Porque um pouco há a ideia de que depois do sacerdote venha a agência funerária. E isto não é verdade. O sacerdote vem para ajudar o doente ou o idoso; por isto é tão importante a visita dos sacerdotes aos doentes. É preciso chamar o sacerdote para junto do doente e dizer: «venha, dê-lhe a unção, abençoe-o». É o próprio Jesus que chega para aliviar o doente, para lhe dar força, para lhe dar esperança, para o ajudar; também para lhe perdoar os pecados. E isto é muito bonito! E não se deve pensar que isto seja um tabu, porque é sempre bom saber que no momento da dor e da doença não estamos sós: com efeito, o sacerdote e quantos estão presentes durante a Unção dos enfermos representam toda a comunidade cristã que, como um único corpo se estreita em volta de quem sofre e dos familiares, alimentando neles a fé e a esperança, e apoiando-os com a oração e com o calor fraterno. Mas o maior conforto provém do facto de que quem está presente no Sacramento é o próprio Senhor Jesus, que nos guia pela mão, nos acaricia como fazia com os doentes e nos recorda que já lhe pertencemos e que nada - nem sequer o mal nem a morte - jamais nos poderá separar d’Ele. Temos este hábito de chamar o sacerdote para que aos nossos doentes - não digo doentes de gripe, uma doença de 3-4 dias, mas quando é uma doença séria - e também para os nossos idosos, venha lhes conferir este Sacramento, este conforto, esta força de Jesus para ir em frente? Façamo-lo



Fonte: Santa Sé

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Títulos e Diaconias dos novos Cardeais

Os novos Cardeais recebem um título (no caso dos Cardeais Presbíteros) ou uma diaconia (para os Cardeais Diáconos) em Roma, uma forma de simbolizar sua comunhão com o Papa.

Eis os títulos e diaconias dos novos Cardeais:


Cardeal Pietro Parolin
Secretário de Estado do Vaticano
Título dos Santos Simão e Judas Tadeu a Torre Angela
(Título cardinalício novo)


Cardeal Lorenzo Baldisseri
Secretário do Sínodo dos Bispos
Diaconia de Santo Anselmo all'Aventino
(Esta diaconia pertencia ao Cardeal Baldelli, falecido em 20/09/2012)
Nesta igreja inicia-se a procissão da Quarta-feira de Cinzas em Roma.


Cardeal Gerhard Ludwig Müller
Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé
Diaconia de Santa Inês in Agone
(Esta diaconia pertencia ao Cardeal Antonetti, falecido em 10/04/2013)


Cardeal Beniamino Stella
Prefeito da Congregação para o Clero
Diaconia dos Santos Cosme e Damião
(Esta diaconia pertencia ao Cardeal Cheli, falecido em 08/02/2013)


Cardeal Vincent Gerard Nichols
Arcebispo de Westminster (Inglaterra)
Título do Santíssimo Redentor e Santo Afonso in Via Merulana
(Este título pertencia ao Cardeal Bevilacqua, falecido em 31/01/2012)


Ângelus do Papa: VII Domingo do Tempo Comum - Ano A

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 23 de fevereiro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Na 2ª Leitura deste domingo, São Paulo afirma: «Ninguém, pois, se glorie nos homens, pois tudo é vosso: quer Paulo, quer Apolo, quer Cefas, quer o mundo, quer a vida, quer a morte, quer o presente quer o futuro, tudo é vosso; mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus» (1Cor 3,21-23). Por que diz isto o Apóstolo? Porque o problema que tem à sua frente é o das divisões na comunidade de Corinto, onde se tinham formado grupos que se referiam aos vários pregadores considerando-os seus chefes; diziam: «Eu sou de Paulo, eu sou de Apolo, eu sou de Cefas...» (1Cor 3,12). São Paulo explica que este modo de pensar é errado, porque a comunidade não pertence aos Apóstolos, mas são eles - os Apóstolos - que pertencem à comunidade; e a comunidade, na sua totalidade, pertence a Cristo!

Desta pertença deriva que nas comunidades cristãs - dioceses, paróquias, associações, movimentos - as diferenças não podem contradizer o fato de que todos, pelo Batismo, temos a mesma dignidade: todos, em Jesus Cristo, somos filhos de Deus. E esta é a nossa dignidade: em Jesus Cristo somos filhos de Deus! Todos os que receberam um ministério de guia, de pregação, de administração dos Sacramentos, não devem considerar-se proprietários de poderes especiais, donos, mas devem pôr-se ao serviço da comunidade, ajudando-a a percorrer com alegria o caminho da santidade.

Hoje a Igreja confia o testemunho deste estilo de vida pastoral aos novos Cardeais, com os quais celebrei esta manhã a santa Missa. Podemos saudar todos os novos Cardeais, com um aplauso. Saudemos todos! O Consistório de ontem e a Celebração Eucarística de hoje ofereceram-nos a ocasião preciosa para experimentar a catolicidade, a universalidade da Igreja, bem representada pela variegada proveniência dos membros do Colégio Cardinalício, reunidos em estreita comunhão em volta do Sucessor de Pedro. E que o Senhor nos conceda a graça de trabalhar pela unidade da Igreja, de construir esta unidade, porque a unidade é mais importante que os conflitos! A unidade da Igreja é de Cristo, os conflitos são problemas que nem sempre são de Cristo.

Os momentos litúrgicos e de festa, que tivemos a oportunidade de viver durante os últimos dias, reforcem em todos nós a fé, o amor a Cristo e à sua Igreja! Convido-vos também a apoiar estes Pastores e a assisti-los com a oração, para que guiem sempre com zelo o povo que lhes foi confiado, mostrando a todos a ternura e o amor do Senhor. Mas quanto precisa de oração um Bispo, um Cardeal, um Papa, para que possa ajudar o Povo de Deus a ir em frente! Digo «ajudar», isto é, servir o Povo de Deus, porque a vocação do Bispo, do Cardeal e do Papa é precisamente esta: ser servo, servir em nome de Cristo. Rezai por nós, para que sejamos bons servos: bons servos, não bons donos! Todos juntos, Bispos, presbíteros, pessoas consagradas e fiéis leigos devemos oferecer o testemunho de uma Igreja fiel a Cristo, animada pelo desejo de servir os irmãos e pronta para ir ao encontro com coragem profética das expectativas e das exigências espirituais dos homens e das mulheres do nosso tempo. Nossa Senhora nos acompanhe e nos proteja neste caminho.


Fonte: Santa Sé.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Fotos da Missa do Papa com os novos Cardeais

No último dia 23 de fevereiro, Sua Santidade o Papa Francisco presidiu a Santa Missa do VII Domingo Comum na Basílica Vaticana, com a presença dos novos Cardeais.

O Santo Padre foi assistido pelos Monsenhores Guido Marini e Guillermo Javier Karcher. Um dos diáconos assistentes foi o Diácono Márcio Luiz da Costa, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que ficou famoso durante a última Jornada Mundial da Juventude por sua semelhança com o Monsenhor Guido Marini.

O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Procissão de entrada

Incensação da cruz (Diácono Márcio à direita do Santo Padre)
Incensação do altar

Homilia do Papa: Missa com os novos Cardeais

Santa Missa com os Novos Cardeais
VII Domingo do Tempo Comum (Ano A)
Homilia do Papa Francisco
Basílica Vaticana
Domingo, 23 de fevereiro de 2014

«A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito» (Coleta).
Esta oração, pronunciada no início da Missa, convida-nos a uma atitude fundamental: a escuta do Espírito Santo, que vivifica a Igreja e a anima. Com a sua força criativa e renovadora, o Espírito sustenta sempre a esperança do povo de Deus que caminha na história, e sempre sustenta, como Paráclito, o testemunho dos cristãos. Neste momento, todos nós, juntamente com os novos Cardeais, queremos ouvir a voz do Espírito que nos fala através das Escrituras proclamadas.

Na 1ª Leitura, ressoou este apelo do Senhor ao seu povo: «Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo» (Lv 19,2). E faz-lhe eco, Jesus, no Evangelho: «Haveis, pois, de ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5,48). Estas palavras interpelam-nos a todos nós, discípulos do Senhor; e hoje são dirigidas especialmente a mim e a vós, queridos Irmãos Cardeais, de modo particular a vós que ontem começastes a fazer parte do Colégio Cardinalício. Imitar a santidade e a perfeição de Deus pode parecer uma meta inatingível; contudo, a 1ª Leitura e o Evangelho sugerem os exemplos concretos para que o comportamento de Deus se torne a regra do nosso agir. Lembremo-nos, porém, todos nós…, lembremo-nos de que o nosso esforço, sem o Espírito Santo, seria vão! A santidade cristã não é, primariamente, obra nossa, mas fruto da docilidade - deliberada e cultivada - ao Espírito do Deus três vezes Santo.

O Levítico diz: «Não odieis um irmão vosso no íntimo do coração (...). Não vos vingueis; não guardeis rancor (...). Amai o vosso próximo» (Lv 19,17-18). Estas atitudes nascem da santidade de Deus. Nós, porém, habitualmente somos tão diferentes, tão egoístas e orgulhosos... e no entanto a bondade e a beleza de Deus atraem-nos, e o Espírito Santo pode purificar-nos, pode transformar-nos, pode moldar-nos dia após dia. Fazer este trabalho de conversão, conversão no coração, conversão que todos nós - especialmente vós, Cardeais, e eu - devemos fazer. Conversão!

No Evangelho, também Jesus nos fala da santidade e explica a nova lei - a sua. Fá-lo através de algumas antíteses entre a justiça imperfeita dos escribas e fariseus e a justiça superior do Reino de Deus. A primeira antítese do texto de hoje tem a ver com a vingança. «Ouvistes que foi dito aos antigos: “Olho por olho e dente por dente”. Pois Eu digo-vos: (...) se alguém te bater na face direita, apresenta-lhe também a outra» (Mt 5,38-39). Não só não devemos restituir ao outro o mal que nos fez, mas havemos também de esforçar-nos por fazer o bem magnanimamente.

A segunda antítese refere-se aos inimigos: «Ouvistes que foi dito: “Hás de amar o teu próximo e odiar o teu inimigo”. Pois Eu digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem» (Mt 5,43-44). A quem quer segui-Lo, Jesus pede para amar a pessoa que não o merece, sem retribuição, a fim de preencher as lacunas de amor que há nos corações, nas relações humanas, nas famílias, nas comunidades e no mundo. Irmãos Cardeais, Jesus não veio para nos ensinar as boas maneiras, as cortesias; para isso, não era preciso que descesse do Céu e morresse na cruz. Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o único caminho de saída das areias movediças do pecado, e este caminho de santidade é a misericórdia, aquela que Ele usou e usa cada dia conosco. Ser santo não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo. Isto é o que o Senhor nos pede.

Queridos Irmãos Cardeais, o Senhor Jesus e a mãe Igreja pedem-nos para testemunharmos, com maior zelo e ardor, estas atitudes de santidade. É precisamente neste suplemento de oblatividade gratuita que consiste a santidade de um Cardeal. Por conseguinte, amemos aqueles que nos são hostis; abençoemos quem fala mal de nós; saudemos com um sorriso a quem talvez não o mereça; não aspiremos a fazer-nos valer, mas oponhamos a mansidão à prepotência; esqueçamos as humilhações sofridas. Deixemo-nos guiar sempre pelo Espírito de Cristo: Ele sacrificou-Se a Si próprio na cruz, para podermos ser «canais» por onde passa a sua caridade. Este é o comportamento, esta é deve ser a conduta de um Cardeal. O Cardeal - digo-o especialmente a vós - entra na Igreja de Roma, irmãos, não entra numa corte. Evitemos todos - e ajudemo-nos mutuamente a evitar - hábitos e comportamentos de corte: intrigas, críticas, facções, favoritismos, preferências. A nossa linguagem seja a do Evangelho: «Sim, sim; não, não»; as nossas atitudes, as das bem-aventuranças; e o nosso caminho, o da santidade. Rezemos mais uma vez: «A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito».

O Espírito Santo fala-nos, hoje, também através das palavras de São Paulo: «Sois templo de Deus (...); o templo de Deus é santo, e esse templo sois vós» (1Cor 3,16-17). Neste templo que somos nós, celebra-se uma liturgia existencial: a da bondade, do perdão, do serviço; numa palavra, a liturgia do amor. Este nosso templo fica de certo modo profanado, quando descuidamos os deveres para com o próximo: quando no nosso coração encontra lugar o menor dos nossos irmãos, é o próprio Deus que aí encontra lugar; e, quando se deixa fora aquele irmão, é o próprio Deus que não é acolhido. Um coração vazio de amor é como uma igreja dessacralizada, subtraída ao serviço de Deus e destinada a outro fim.

Queridos Irmãos Cardeais, permaneçamos unidos em Cristo e entre nós! Peço-vos que me acompanheis de perto, com a oração, o conselho, a colaboração. E todos vós, bispos, presbíteros, diáconos, pessoas consagradas e leigos, uni-vos na invocação do Espírito Santo, para que o Colégio dos Cardeais seja cada vez mais inflamado de caridade pastoral, cada vez mais cheio de santidade, para servir o Evangelho e ajudar a Igreja a irradiar pelo mundo o amor de Cristo.


Fonte: Santa Sé.

Fotos do Consistório para a criação de Cardeais

No último dia 22 de fevereiro, Festa da Cátedra de São Pedro, Sua Santidade o Papa Francisco presidiu na Basílica Vaticana o primeiro Consistório Ordinário Público para a criação de Cardeais de seu pontificado.

Dos 19 Cardeais nomeados pelo Santo Padre no dia 12 de janeiro, esteve ausente o Cardeal Loris Capovilla, Secretário do Bv. Papa João XXIII, por motivos de saúde, dada sua idade avançada (98 anos). O Cardeal Capovilla receberá o barrete em sua residência em Sotto il Monte de um Legado Pontifício.

A grande surpresa neste Consistório foi a presença do Papa Emérito Bento XVI, que pela primeira vez faz-se presente em uma celebração na Basílica Vaticana desde sua renúncia.

Assistiram ao Santo Padre como cerimoniários os Monsenhores Guido Marini e John Richard Cihak. O livreto de celebração está disponível aqui.

O abraço entre Francisco e Bento

Papa Bento é saudado pelo Cardeal Parolin
Papa Francisco ouve a saudação

Homilia do Papa no Consistório para a Criação de Cardeais

CONSISTÓRIO ORDINÁRIO PÚBLICO PARA A CRIAÇÃO DE NOVOS CARDEAIS
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
Sábado, 22 de Fevereiro de 2014

«Jesus caminhava à frente deles» (Mc 10, 32).
Também neste momento Jesus caminha à nossa frente. Ele está sempre à nossa frente. Precede-nos e abre-nos o caminho... E esta é a nossa confiança e a nossa alegria: ser seus discípulos, estar com Ele, caminhar atrás d’Ele, segui-Lo...
Quando eu e os Cardeais concelebrámos juntos a primeira santa Missa na Capela Sistina, «caminhar» foi a primeira palavra que o Senhor nos propôs: caminhar e, em seguida, construir e confessar.
Hoje volta aquela palavra, mas como um acto, como a acção de Jesus que continua: «Jesus caminhava…» Isto é uma coisa que impressiona nos Evangelhos: Jesus caminha muito e instrui os seus discípulos ao longo do caminho. Isto é importante. Jesus não veio para ensinar uma filosofia, uma ideologia... mas um «caminho», uma estrada que se deve percorrer com Ele; e aprende-se a estrada, percorrendo-a, caminhando. Sim, queridos Irmãos, esta é a nossa alegria: caminhar com Jesus.
E isso não é fácil, não é cómodo, porque a estrada que Jesus escolhe é o caminho da cruz. Enquanto estão a caminho, fala aos seus discípulos do que Lhe acontecerá em Jerusalém: preanuncia a sua paixão, morte e ressurreição. E eles ficam «surpreendidos» e «cheios de medo». Surpreendidos, sem dúvida, porque, para eles, subir a Jerusalém significava participar no triunfo do Messias, na sua vitória – como se vê em seguida pelo pedido de Tiago e João; e cheios de medo, por causa daquilo que Jesus haveria de sofrer e que se arriscavam a sofrer eles também.
Mas nós, ao contrário dos discípulos de então, sabemos que Jesus venceu e não deveríamos ter medo da Cruz; antes, é na Cruz que temos posta a nossa esperança. E, contudo, sendo também nós humanos, pecadores, estamos sujeitos à tentação de pensar à maneira dos homens e não de Deus.
E quando se pensa de maneira mundana, qual é a consequência? Diz o Evangelho: «Os outros dez indignaram-secom Tiago e João» (cf. Mc 10, 41). Indignaram-se. Se prevalece a mentalidade do mundo, sobrevêm as rivalidades, as invejas, as facções…
Assim, esta palavra que o Senhor nos dirige hoje, é muito salutar! Purifica-nos interiormente, ilumina as nossas consciências e ajuda a sintonizarmo-nos plenamente com Jesus; e a fazê-lo juntos, no momento em que aumenta o Colégio Cardinalício com a entrada de novos Membros.
Então «Jesus chamou-os...» (Mc 10, 42). Aqui temos o outro gesto do Senhor. Ao longo do caminho, dá-Se conta que há necessidade de falar aos Doze, pára e chama-os para junto de Si. Irmãos, deixemos que o Senhor Jesus nos chame para junto de Si! Deixemo-nos “con-vocar” por Ele. E ouçamo-Lo, com a alegria de acolhermos juntos a sua Palavra, de nos deixarmos instruir por ela e pelo Espírito Santo para, ao redor de Jesus, nos tornarmos cada vez mais um só coração e uma só alma.
E, enquanto nos encontramos assim convocados pelo nosso único Mestre, «chamados para junto d’Ele», digo-vos aquilo de que a Igreja precisa: precisa de vós, da vossa colaboração e, antes disso, da vossa comunhão comigo e entre vós. A Igreja precisa da vossa coragem, para anunciar o Evangelho a tempo e fora de tempo, e para dar testemunho da verdade. A Igreja precisa da vossa oração pelo bom caminho do rebanho de Cristo; a oração – não o esqueçamos! – que é, juntamente com o anúncio da Palavra, a primeira tarefa do Bispo. A Igreja precisa da vossa compaixão, sobretudo neste momento de tribulação e sofrimento em tantos países do mundo. Exprimamos juntos a nossa proximidade espiritual às comunidades eclesiais, e a todos os cristãos que sofrem discriminações e perseguições. Devemos lutar contra toda a discriminação! A Igreja precisa da nossa oração em favor deles, para que sejam fortes na fé e saibam reagir ao mal com o bem. E esta nossa oração estende-se a todo o homem e mulher que sofre injustiça por causa das suas convicções religiosas.
A Igreja precisa de nós também como homens de paz, precisa que façamos a paz com as nossas obras, os nossos desejos, as nossas orações. Fazer a paz! Artesãos da paz! Por isso invocamos a paz e a reconciliação para os povos que, nestes tempos, vivem provados pela violência, a exclusão e a guerra.
Obrigado, Irmãos muito amados! Obrigado! Caminhemos juntos atrás do Senhor e deixemo-nos cada vez mais convocar por Ele, no meio do povo fiel, do santo povo fiel de Deus, da Santa Mãe Igreja. Obrigado!


Fonte: Santa Sé

Catequese do Papa sobre a Confissão

PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2014

Amados irmãos e irmãs, bom dia!
Através dos Sacramentos da iniciação cristã, do Baptismo, da Confirmação e da Eucaristia, o homem recebe a vida nova em Cristo. Pois bem, todos nós sabemos que trazemos esta vida «em vasos de barro» (2 Cor 4, 7), ainda estamos submetidos à tentação, ao sofrimento, à morte e, por causa do pecado, até podemos perder a nova vida. Por isso, o Senhor Jesus quis que a Igreja continuasse a sua obra de salvação também a favor dos próprios membros, em particular com os Sacramentos da Reconciliação e da Unção dos enfermos, que podem ser unidos sob o nome de «Sacramentos de cura». O Sacramento da Reconciliação é um Sacramento de cura. Quando me confesso é para me curar, para curar a minha alma, o meu coração e algo de mal que cometi. O ícone bíblico que melhor os exprime, no seu vínculo profundo, é o episódio do perdão e da cura do paralítico, onde o Senhor Jesus se revela médico das almas e, ao mesmo tempo, dos corpos (cf. Mc 2, 1-12; Mt 9, 1-8; Lc 5, 17-26).
O Sacramento da Penitência e da Reconciliação brota directamente do mistério pascal. Com efeito, na noite de Páscoa o Senhor apareceu aos discípulos, fechados no cenáculo e, depois de lhes dirigir a saudação: «A paz esteja convosco!», soprou sobre eles e disse: «Recebei o Espírito Santo! A quantos perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados» (Jo 20, 21-23). Este trecho revela a dinâmica mais profunda contida neste Sacramento. Antes de tudo, a constatação de que o perdão dos nossos pecados não é algo que podemos dar-nos a nós mesmos. Não posso dizer: perdoo os meus pecados. O perdão é pedido a outra pessoa, e na Confissão pedimos o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas uma dádiva, um dom do Espírito Santo, que nos enche do lavacro de misericórdia e de graça que brota incessantemente do Coração aberto de Cristo Crucificado e Ressuscitado. Em segundo lugar, recorda-nos que só se nos deixarmos reconciliar no Senhor Jesus com o Pai e com os irmãos, conseguiremos verdadeiramente alcançar a paz. E todos nós sentimos isto no coração, quando nos confessamos com um peso na alma, com um pouco de tristeza; e quando recebemos o perdão de Jesus, alcançamos a paz, aquela paz da alma tão boa que somente Jesus nos pode dar, só Ele!
Ao longo do tempo, a celebração deste Sacramento passou de uma forma pública - porque no início era feita publicamente - para a pessoal, para a forma reservada da Confissão. Contudo, isto não deve fazer-nos perder a matriz eclesial, que constitui o contexto vital. Com efeito, a comunidade cristã é o lugar onde o Espírito se torna presente, que renova os corações no amor de Deus, fazendo de todos os irmãos um só em Cristo Jesus. Eis, então, por que motivo não é suficiente pedir perdão ao Senhor na nossa mente e no nosso coração, mas é necessário confessar humilde e confiadamente os nossos pecados ao ministro da Igreja. Na celebração deste Sacramento, o sacerdote não representa apenas Deus, mas toda a comunidade, que se reconhece na fragilidade de cada um dos seus membros, que ouve comovida o seu arrependimento, que se reconcilia com eles, os anima e acompanha ao longo do caminho de conversão e de amadurecimento humano e cristão. Podemos dizer: eu só me confesso com Deus. Sim, podes dizer a Deus «perdoa-me», e confessar os teus pecados, mas os nossos pecados são cometidos também contra os irmãos, contra a Igreja. Por isso, é necessário pedir perdão à Igreja, aos irmãos, na pessoa do sacerdote. «Mas padre, eu tenho vergonha...». Até a vergonha é boa, é saudável sentir um pouco de vergonha, porque envergonhar-se é bom. Quando uma pessoa não se envergonha, no meu país dizemos que é um «sem-vergonha»: um «sin verguenza». Mas até a vergonha faz bem, porque nos torna mais humildes, e o sacerdote recebe com amor e com ternura esta confissão e, em nome de Deus, perdoa. Até do ponto de vista humano, para desabafar, é bom falar com o irmão e dizer ao sacerdote estas coisas, que pesam muito no nosso coração. E assim sentimos que desabafamos diante de Deus, com a Igreja e com o irmão. Não tenhais medo da Confissão! Quando estamos em fila para nos confessarmos, sentimos tudo isto, também a vergonha, mas depois quando termina a Confissão sentimo-nos livres, grandes, bons, perdoados, puros e felizes. Esta é a beleza da Confissão! Gostaria de vos perguntar - mas não o digais em voz alta; cada um responda no seu coração: quando foi a última vez que te confessaste? Cada um pense nisto... Há dois dias, duas semanas, dois anos, vinte anos, quarenta anos? Cada um faça as contas, mas cada um diga: quando foi a última vez que me confessei? E se já passou muito tempo, não perca nem sequer um dia; vai, que o sacerdote será bom contigo. É Jesus que está ali presente, e é mais bondoso que os sacerdotes, Jesus receber-te-á com muito amor. Sê corajoso e vai confessar-te!
Caros amigos, celebrar o Sacramento da Reconciliação significa ser envolvido por um abraço caloroso: é o abraço da misericórdia infinita do Pai. Recordemos aquela bonita parábola do filho que foi embora de casa com o dinheiro da herança; esbanjou tudo e depois, quando já não tinha nada, decidiu voltar para casa, não como filho, mas como servo. Ele sentia muita culpa e muita vergonha no seu coração! Surpreendentemente, quando ele começou a falar, a pedir perdão, o pai não o deixou falar mas abraçou-o, beijou-o e fez uma festa. E eu digo-vos: cada vez que nos confessamos, Deus abraça-nos, Deus faz festa! Vamos em frente por este caminho. Deus vos abençoe!


Fonte: Santa Sé

Fotos da Missa do Papa no VI Domingo Comum

No último dia 16 de fevereiro, Sua Santidade o Papa Francisco celebrou a Santa Missa do VI Domingo do Tempo Comum durante sua visita à Paróquia São Tomé em Roma.

 O Santo Padre foi assistido pelo Mestre de Cerimônias Litúrgicas Pontifícias, Mons. Guido Marini.

Procissão de entrada


Evangelho
Homilia

Homilia do Papa: VI Domingo do Tempo Comum - Ano A

Visita Pastoral à Paróquia romana de São Tomé Apóstolo
Homilia do Papa Francisco
Domingo, 16 de fevereiro de 2014

Uma vez, os discípulos de Jesus estavam comendo trigo, porque tinham fome; no entanto, era sábado, e no sábado era proibido comer trigo. Pegavam nos grãos e faziam assim [esfrega as mãos]; depois, comiam o trigo. E [os fariseus] diziam: «Mas olha o que eles estão a fazer! Quem faz isto vai contra a lei e mancha a alma, porque deixa de cumprir a lei!». E Jesus respondeu: «Não mancha a alma aquilo que nós pegamos de fora. O que mancha a alma provém de dentro, do teu coração!». Creio que hoje nos fará bem pensar não tanto se a minha alma é pura ou impura, mas pensar naquilo que se encontra no meu coração, o que conservo dentro de mim, aquilo que só eu e ninguém mais sabe que existe. Devemos dizer a verdade a nós mesmos: e isto não é fácil! Porque sempre procuramos esconder-nos, quando sentimos que algo não está bem dentro de nós, não? Para que isto não saia, não? O que se esconde no nosso coração: o amor? Pensemos: amo os meus pais, os meus filhos, a minha esposa, o meu marido, a gente do bairro, os doentes? Amo? Há ódio? Odeio alguém? Pois muitas vezes descobrimos que há ódio, não? «Amo todos, exceto este, aquele, aquela!». Isto é ódio, não? O que se esconde no meu coração, o perdão? Há uma atitude de perdão em relação àqueles que me ofenderam, ou então uma atitude de vingança - «vais pagar-me por isso!». Devemos perguntar-nos o que temos dentro de nós, porque aquilo que está dentro sairá e fará mal, se for mal; e se for bom, sairá e fará bem. E é muito bonito dizer a verdade a nós mesmos, envergonhar-nos quando nos encontramos numa situação que não é como aquela que Deus quer, que não é boa; quando o meu coração se encontra numa situação de ódio, de vingança, de muitas situações pecaminosas. Como está o meu coração?

Hoje Jesus dizia, por exemplo - só citarei um exemplo: «Ouvistes que aos antigos foi dito: “Não matarás!”. Mas Eu digo-vos, quem se ira contra o seu próprio irmão, mata-o no seu coração!» (cf. Mt 5,21). E quem quer que insulte o seu irmão, mata-o no seu coração; quem quer que odeie o seu irmão, mata-o no seu coração; quem quer que fale mal do seu irmão, mata-o no seu coração. Talvez não nos demos conta disto, e depois falamos, «mandamos» a um e ao outro, maldizemos este e aquele... E isto significa matar o irmão. Por isso, é importante saber o que temos dentro de nós, o que acontece no nosso coração. Se alguém entende o seu irmão, as pessoas, ama porque perdoa: compreende, perdoa, é paciente... Trata-se de amor ou de ódio? Devemos distinguir bem isto. E pedir ao Senhor duas graças. A primeira: saber o que se esconde no meu coração, para não errar, para não viver enganado. A segunda graça: fazer o bem que se encontra no nosso coração, e não o mal que ali se esconde. E a propósito de «matar», recordemo-nos que as palavras matam. Também os desejos negativos contra o próximo matam. Muitas vezes, quando ouvimos as pessoas falar mal dos outros, parece que o pecado da calúnia e o pecado da difamação foram eliminados do decálogo, mas falar mal de uma pessoa é pecado. E por que motivo falo mal de alguém? Porque no meu coração se escondem o ódio, a antipatia, e não o amor. Devemos pedir sempre esta graça: saber o que acontece dentro do meu coração, para fazer sempre a escolha recta, a escolha do bem. E que o Senhor nos ajude a amar-nos uns aos outros. E se eu não consigo gostar de uma pessoa, por que motivo não posso? Devo rezar por aquela pessoa, para que o Senhor me leve a gostar dela. E assim ir em frente, recordando que quanto mancha a nossa vida é aquilo que de negativo sai do nosso coração. E que o Senhor nos ajude!


Fonte: Santa Sé.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Ângelus do Papa: VI Domingo do Tempo Comum - Ano A

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 16 de fevereiro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O Evangelho deste domingo ainda faz parte do chamado «Sermão da Montanha», a primeira grande pregação de Jesus (Mt 5,17-37). Hoje o tema é a atitude de Jesus em relação à Lei judaica. Ele afirma: «Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir» (v. 17). Portanto Jesus não quer cancelar os mandamentos que o Senhor deu por meio de Moisés, mas deseja levá-los à sua plenitude. E logo a seguir acrescenta que este «cumprimento» da Lei exige uma justiça superior, uma observância mais autêntica. Com efeito, diz aos seus discípulos: «Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus» (v. 20).

Mas o que significa este «pleno cumprimento» da Lei? E em que consiste esta justiça superior? O próprio Jesus nos responde com alguns exemplos. Jesus era prático, falava sempre com exemplos para se fazer compreender, pondo em confronto a Lei antiga e o que Ele nos diz. Começa pelo quinto mandamento do decálogo: «Ouvistes que foi dito aos antigos: “Não matarás”. Eu, porém, vos digo que qualquer um que, sem motivo, se encolerizar contra o seu irmão, será réu de juízo» (vv. 21-22). Com isto, Jesus recorda-nos que também as palavras podem matar! Quando se diz que uma pessoa tem língua de serpente, o que significa? Que as suas palavras matam! Portanto, não só não se deve atentar contra a vida do próximo, mas nem sequer fazer cair sobre ele o veneno da ira e da calúnia. Nem sequer falar mal dele. Chegamos às indiscrições: também os mexericos podem matar, porque matam a reputação das pessoas! É tão feio falar mal! No início pode parecer uma coisa agradável, até divertida, como comer um rebuçado. Mas no final, enche-nos o coração de amargura, e envenena também a nós. Digo-vos a verdade, estou certo de que se cada um de nós fizesse o propósito de evitar os mexericos, tornar-se-ia santo! É um bom caminho! Queremos tornar-nos santos? Sim ou não? [Sim!] Queremos viver apegados aos mexericos como costume? Sim ou não? [Não!] Então estamos de acordo: nada de indiscrições! A quem o segue, Jesus propõe a perfeição do amor: um amor cuja única medida é não ter medida, ir além de qualquer cálculo. O amor ao próximo é uma atitude tão fundamental que Jesus chega a afirmar que a nossa relação com Deus não pode ser sincera se não quisermos fazer as pazes com o próximo. E diz assim: «Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com o teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta» (vv. 23-24). Por isso somos chamados a reconciliar-nos com os nossos irmãos antes de manifestar a nossa devoção ao Senhor na oração.

De tudo isto compreende-se que Jesus não dá importância simplesmente à observância disciplinar e à conduta exterior. Ele vai à raiz da Lei, apostando sobretudo na intenção e por conseguinte no coração humano, onde têm origem as nossas ações boas e más. A fim de obter comportamentos bons e honestos não são suficientes as normas jurídicas, mas são necessárias motivações profundas, expressão de uma sabedoria escondida, a Sabedoria de Deus, que pode ser acolhida graças ao Espírito Santo. E nós, através da fé em Cristo, podemos abrir-nos à ação do Espírito, que nos torna capazes de viver o amor divino.

À luz deste ensinamento de Cristo, cada preceito revela o seu pleno significado como exigência de amor, e todos se reconhecem no maior mandamento: ama a Deus com todo o coração e ama o próximo como a ti mesmo.


Fonte: Santa Sé.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Festa da Apresentação do Senhor na Ucrânia

No último dia 15 de Fevereiro, Sua Beatitude Dom Sviatoslav Shevshuk, Arcebispo Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana, celebrou na igreja de São Basílio Magno em Kiev a Divina Liturgia na Festa da Apresentação do Senhor segundo o calendário juliano.

Apesar de ser uma festa eminentemente cristológica, comporta também uma dimensão mariana. Eis porque os paramentos utilizados são azuis ao invés de dourados.

Rezemos pela Ucrânia, que passa por um momento de grande sofrimento. Que o Senhor conceda a todos a paz tão desejada.

Litania da Paz


Homilia
Grande Entrada

A celebração do Consistório

No próximo sábado, 22 de fevereiro, Festa da Cátedra de São Pedro, Sua Santidade o Papa Francisco presidirá o primeiro Consistório Ordinário Público para a criação de Cardeais de seu pontificado, conforme anunciado no Angelus do último dia 13 de janeiro.


Um Consistório é uma reunião solene dos Cardeais, convocados e sob a presidência do Papa. Pode ser Ordinário (para a celebração de algum ato solene ou para a consulta aos cardeais sobre algum assunto de interesse da Igreja) ou Extraordinário (para a consulta aos cardeais em casos graves e de necessidades especiais da Igreja). Apenas o Consistório Ordinário pode ser público (CIC, cân. 353).

Os Cardeais são bispos ou presbíteros que constituem o Colégio Cardinalício, responsável pela eleição do Papa e por auxiliá-lo no governo da Igreja, aconselhando-o em questões mais graves e presidindo os Dicastérios da Cúria Romana (CIC cân. 349).


No início da Igreja eram chamados de cardeais os presbíteros que constituíam o conselho do bispo em uma diocese. A partir do século XI este título ficou restrito à diocese de Roma, mais especificamente aos presbíteros das principais igrejas da cidade, as tituli. Com o tempo, o título foi estendido aos sete diáconos que regiam as regiões em que se dividia a cidade para o serviço da caridade, as diaconias, e aos bispos das dioceses próximas a Roma, as dioceses suburbicárias. Desta tradição provém a atual divisão dos Cardeais em três ordens: Episcopal, Presbiteral e Diaconal (CIC, cân. 350).

Feita esta introdução, vamos conhecer o rito do consistório do próximo sábado, basicamente o mesmo utilizado durante o pontificado de Bento XVI, com pequenas alterações. O livreto da celebração já está disponível no site da Santa Sé.

A celebração inicia-se com a procissão de entrada, ao canto da tradicional antífona Tu est Petrus (Mt 16, 18-19). Chegando diante do altar, o Santo Padre se ajoelhará por um momento em silenciosa oração.


Chegando à sede, o Papa recita o sinal da cruz e a saudação, como na Missa, e recita a coleta ou oração do dia. Em seguida, se fará a proclamação do Evangelho (Mc 10, 32-45), a homilia do Santo Padre e um momento de silêncio.

Passa-se então ao rito da criação dos cardeais, iniciado pela alocução do Santo Padre:

Fratres carissimi, munus gratum idemque grave sumus expleturi, quod cum ad Romanam Ecclesiam imprimis pertineat totius quoque Ecclesia corpus afficit: in Patrum Cardinalium Collegium nonnullos Fratres cooptabimus, qui artiore vinculo cum Petri Sede devinciantur, Romani Cleri membra fiant et in apostolico servitio Nobiscum strictius cooperentur.
Ipsi sacra purpura exornati, in Urbe Roma et in dissitis regionibus intrepidi erunt Christi testes eiusque Evangelii.
Itaque auctoritate omnipotentis Dei, sanctorum Apostolorum Petri et Pauli ac Nostra hos Venerabiles Fratres creamus et sollemniter enuntiamus Sancta Romana Ecclesia Cardinales...

Irmãos caríssimos, nos dispomos a cumprir um ato gratificante e solene de nosso sacro ministério. Ele refere-se antes de tudo à Igreja de Roma, mas interessa também a toda comunidade eclesial: chamaremos a fazer parte do Colégio dos Cardeais alguns irmãos nossos, para que sejam unidos à Sé de Pedro com mais estreito vínculo, se tornem membros do Clero de Roma e cooperem mais intensamente com nosso serviço apostólico.
Eles, investidos da sagrada púrpura, deverão ser intrépidas testemunhas de Cristo e de seu Evangelho na cidade de Roma e nas regiões mais distantes.
Portanto, com a autoridade de Deus Onipotente, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, criamos e proclamamos solenemente Cardeais da Santa Igreja Romana estes nossos irmãos...

O Papa anuncia os nomes dos novos cardeais e a ordem a que pertencerão (Episcopal, Presbiteral ou Diaconal). Os novos cardeais então levantam-se e fazem a profissão de fé (Símbolo Apostólico, substituindo o Símbolo Niceno-Constantinopolitano, que era tradicionalmente usado nesta celebração) e o juramento de fidelidade ao Sumo Pontífice.

Em seguida, na ordem em que foram anteriormente anunciados, os cardeais aproximam-se do Santo Padre para receberem as insígnias cardinalícias.

Entrega do Barrete Cardinalício
O barrete é a principal insígnia cardinalícia, só podendo ser usado juntamente com a veste coral. A cor vermelha do barrete indica o sangue que o cardeal se propõe a derramar, se necessário, pela Igreja, como expressa a oração:

Ad laudem omnipotentis Dei et Apostolica Sedis ornamentum, accipite biretum rubrum, Cardinalatus dignitatis insigne, per quod significatur usque ad sanguinis effusionem pro incremento christiana fidei, pace et quiete populi Dei, libertate et diffusione Sancta Romana Ecclesia vos ipsos intrepidos exhibere debere.

Para o louvor de Deus Onipotente e decoro da Sé Apostólica, recebe o barrete vermelho, sinal da dignidade do Cardinalato, significando que deveis estar pronto a comprometer-se com força, até a efusão do sangue, pelo desenvolvimento da fé cristã, pela paz e tranquilidade do povo de Deus e pela liberdade e difusão da Santa Igreja Romana.


Entrega do Anel
O Cardeal, mesmo que não seja Bispo, deve sempre portar o anel, símbolo de sua íntima união com a Igreja. Será entregue aos novos Cardeais o mesmo anel dos Consistórios anteriores: em forma de cruz, com as imagens dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e uma estrela de oito pontas, símbolo da Virgem Maria; dentro do anel, em baixo relevo, o brasão do Santo Padre. À entrega do anel o Papa reza:

Accipe anulum de manu Petri et noveris dilectione Principis Apostolorum dilectionem tuam erga Ecclesiam roborari.

Recebe o anel das mãos de Pedro e sabei que com o amor do Príncipe dos Apóstolos se reforça o teu amor para com a Igreja.


Entrega do Título ou Diaconia
Como dito anteriormente, os cardeais dividem-se em três ordens e recebem uma Igreja Suburbicária (Cardeais Bispos), um Título (Cardeais Presbíteros) ou Diaconia (Cardeais Diáconos) de uma igreja de Roma. O Santo Padre entrega a cada cardeal a bula de nomeação dizendo:

Ad honorem Dei omnipotentis et sanctorum Apostolorum Petri et Pauli, tibi committimus Titulum (vel Diaconiam) N. In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti.

Para a honra de Deus Onipotente e dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo te entregamos o Título (ou Diaconia) N. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.


Segue-se o abraço de paz do novo cardeal com o Santo Padre e com os demais cardeais. A celebração prossegue com a Oração do Senhor (Pai Nosso) e uma oração conclusiva, encerrando-se com a bênção do Santo Padre e o canto da antífona mariana Salve Regina (Salve Rainha).

No domingo, dia 23, haverá a Concelebração Eucarística dos novos cardeais com o Santo Padre. No início desta celebração, o primeiro dentre os novos cardeais (Dom Pietro Parolin, Secretário de Estado) dirigirá um agradecimento ao Santo Padre. O livreto da celebração encontra-se disponível no site da Santa Sé.


Nota: As traduções das orações do rito do Consistório foram realizadas livremente pelo autor deste blog, utilizando-se do texto italiano disponível no livreto da celebração. Não são traduções oficiais, mas apenas aproximações ao sentido do texto, e portanto podem estar sujeitas a erros.

FONTES: Código de Direito Canônico cân. 349-359 e Livreto de Celebração do Consistório.