Após a Missa Exequial celebrada na Praça de São Pedro na manhã do sábado, 26 de abril de 2025, o corpo do Papa Francisco, falecido no dia 21 de abril, foi conduzido à Basílica de Santa Maria Maior para o sepultamento.
Na noite da véspera, dia 25 de abril, por sua vez, teve lugar o rito do fechamento do féretro na Basílica de São Pedro, onde o corpo esteve exposto desde a manhã da quarta-feira, dia 23.
O rito, seguindo o Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, como é possível ver no livreto da celebração, foi presidido pelo Cardeal Kevin Joseph Farrell, Camerlengo da Santa Igreja Romana, assistido pelo Monsenhor Marco Agostini. Presentes também alguns Cardeais, cônegos da Basílica Vaticana e colaboradores do Pontífice falecido.
Após uma monição introdutória, o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, Dom Diego Giovanni Ravelli, leu o rogito (rogitus), breve resumo da vida e do ministério do Papa, que foi então assinado pelos presentes enquanto se entoava o cântico de Zacarias, o Benedictus (Lc 1,68-79).
Em seguida Dom Diego Ravelli cobriu o rosto do Papa com um véu, gesto precedido de uma oração do Camerlengo aprofundando o seu simbolismo.
Após o Camerlengo aspergir o corpo com água benta, foram depositados no féretro o texto do rogito em um tubo de metal e moedas cunhadas durante o pontificado, elementos que facilitam a identificação do corpo em uma eventual exumação.
Em seguida o caixão interno, de metal, foi lacrado (sobretudo por questões higiênicas) e foram impressos na tampa alguns selos que garantem sua autenticidade. Por fim, foi fechada a tampa do caixão externo, de madeira. Ambos os gestos foram acompanhados pelo canto de salmos.
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Dom Ravelli cobre o rosto do Papa com um véu |
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Aspersão do corpo |
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O caixão de metal é lacrado e recebe o selo do Camerlengo |
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Vista do caixão interno de metal |
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Fechamento do caixão externo, de madeira |
No dia 26 de abril, por sua vez, concluída a Missa Exequial, o féretro foi conduzido à Basílica de Santa Maria Maior, onde o Papa Francisco desejava ser sepultado, conforme estabeleceu em seu testamento. O túmulo foi preparado em um espaço próximo à Capela Paulina (ou Capela Borghese), que abriga o célebre ícone da Virgem Maria Salus populi romani (Proteção do povo romano), ao qual o Papa tinha particular veneração.
Após o translado do féretro à Basílica, o rito do sepultamento foi presidido novamente pelo Camerlengo, Cardeal Kevin Joseph Farrell, assistido pelo Monsenhor Massimiliano Matteo Boiardi, igualmente na presença de alguns Cardeais, cônegos da Basílica e colaboradores do falecido Papa.
À chegada do corpo na igreja, conforme indicado no livreto da celebração, foram entoados alguns salmos, seguidos de preces, do Pai nosso e de uma oração do Camerlengo.
Foram então impressos no caixão externo (de madeira) alguns selos, que já haviam sido impressos no caixão interno (de metal) na vésperas, gesto que garante a autenticidade do ato. Por fim, o féretro foi depositado no sepulcro e aspergido, concluindo-se o rito com uma antífona mariana (Regina caeli).
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O veículo com o féretro passa pela Via Merulana |
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Chegada na Basílica de Santa Maria Maior |
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Entrada na Basílica |
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O féretro passa diante da Capela Paulina |
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Preparação do féretro para o sepultamento |
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O caixão recebe o selo do Camerlengo |
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Túmulo do Papa Francisco |
Confira também, após a transmissão da Missa Exequial, o translado à Basílica de Santa Maria Maior, até a “estação” diante da Capela Paulina:
Imagens: Vatican News.
Confira também:
Morte do Papa Francisco (21 de abril)
Transladação do corpo até a Basílica de São Pedro (23 de abril)
Missa Exequial: Homilia do Cardeal Re / Fotos da celebração (26 de abril)
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