Na manhã do dia 26 de abril de 2025, Sábado da Oitava Pascal, a Praça de São Pedro no Vaticano acolheu a Missa Exequialdo Papa Francisco, falecido na segunda-feira, 21 de abril.
A Missa foi presidida pelo Cardeal Giovanni Battista Re, Decano do Colégio Cardinalício, assistido pelo Monsenhor Ján Dubina, endossando uma casula vermelha (cor do luto papal) que pertencia a São João Paulo II, a mesma usada pelo então Cardeal Joseph Ratzinger nas Exéquias do Papa polonês em 2005.
Junto ao altar foi colocada uma réplica do ícone da Virgem Maria Salus populi romani (Proteção do povo romano). Na fachada da Basílica, por sua vez, presente uma tapeçaria (arazzo) da Ressurreição do Senhor, já usada em funerais anteriores.
Ao longo desta postagem destacaremos algumas particularidades da Missa, conforme indicado no Ordo Exsequiarum Romani Pontificis e no livreto da celebração.
No início da celebração o féretro com o corpo do Papa foi depositado diante do altar, no chão, junto ao círio pascal. Dom Diego Giovanni Ravelli, Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, depositou o Evangeliário sobre o féretro.
Procissão de entrada
O Evangeliário é depositado sobre o féretro
Ritos iniciais
Hierarcas e representantes das Igrejas Ortodoxas
Liturgia da Palavra
Evangelho (Jo 21,15-19)
Homilia
Incensação das oferendas
Oração Eucarística
Consagração
Após a Comunhão foi celebrado o rito da Última Encomendação e Despedida (Ultima Commendatio et Valedictio), iniciando com uma monição do Cardeal Re e seguida pela Súplica da Igreja de Roma (Supplicatio Ecclesiae Romanae), através da Ladainha de Todos os Santos e uma oração recitada pelo Cardeal Baldassare Reina, Vigário Geral da Diocese de Roma.
Monição do Cardeal Decano
Ladainha de Todos os Santos
O vento agita as páginas do Evangelho
Seguiu-se a Súplica das Igrejas Orientais (Supplicatio Ecclesiae Orientalum): os Patriarcas, Arcebispos-Maiores e Metropolitas das Igrejas Católicas Orientais presentes [2] aproximaram-se do féretro e entoaram um trecho do ofício dos defuntos da Liturgia Bizantina,. durante o qual o Patriarca Greco-Melquita, Youssef Absi, incensou o féretro.
Hierarcas das Igrejas Católicas Orientais junto ao féretro
Patriarca Melquita incensa o féretro
Por fim o Cardeal Re aspergiu e incensou o féretro ao canto de um responsório (cf. Jó 19,25-27) e recitou uma oração. Em seguida, após a antífona In paradisum, o féretro foi conduzido à Basílica de São Pedro enquanto foi entoado o cântico da Virgem Maria, o Magnificat (Lc 1,46-55), de onde foi conduzido à Basílica de Santa Maria Maior para ser sepultado (como veremos na próxima postagem).
Aspersão
Incensação
O féretro é conduzido à Basílica
Confira também o vídeo da celebração (incluindo o translado à Basílica de Santa Maria Maior):
Das Igrejas Ortodoxas Orientais presentes o Patriarca da Igreja Sírio-Ortodoxa de Antioquia, Ignatius Aphrem II, os dois Catholicos da Igreja Apostólica Armênia, Karekin II e Aram I, e o Catholicos da Igreja Assíria do Oriente, Awa III.
[2] Ausentes o Patriarca de Antioquia dos Maronitas, o Arcebispo-Maior da Igreja Greco-Católica Romena e o Metropolita da Igreja Católica Eritreia.
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