quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Ângelus: Festa da Apresentação do Senhor (2025)

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 02 de fevereiro de 2025

Amados irmãos e irmãs, bom domingo!
O Evangelho da Liturgia de hoje (Lc 2,22-40), Festa da Apresentação do Senhor, fala-nos de Maria e José que levam o menino Jesus ao Templo de Jerusalém. Segundo a Lei, eles o apresentam na morada de Deus, para recordar que a vida vem do Senhor. E enquanto a Sagrada Família faz o que sempre se fazia no povo de Israel, de geração em geração, passa-se algo que nunca tinha acontecido antes.

Dois idosos, Simeão e Ana, profetizam sobre Jesus: ambos louvam a Deus e falam do menino «a todos que esperavam a redenção de Jerusalém» (v. 38). As suas vozes comovidas ressoam entre as velhas pedras do Templo, anunciando a realização das expectativas de Israel. Deus está verdadeiramente presente no meio do seu povo: não porque habita entre quatro paredes, mas porque vive como homem entre os homens. É esta a novidade de Jesus. Na velhice de Simeão e Ana acontece a novidade que muda a história do mundo.

Maria e José, por sua vez, ficaram admirados com as coisas que ouviram (v. 33). Quando Simeão toma o menino nos braços, de fato, chama-o de três maneiras muito bonitas, que merecem reflexão. Três modos, três nomes que lhe dá. Jesus é a salvação; Jesus é a luz; Jesus é sinal de contradição.

Antes de tudo, Jesus é a salvação. Assim diz Simeão, rezando a Deus: «Os meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos» (vv. 30-31). Isto deixa-nos sempre admirados: a salvação universal concentrada em um só! Sim, porque em Jesus habita toda a plenitude de Deus, do seu Amor (cf. Cl 2,9).

Segundo aspecto: Jesus é «luz para iluminar as nações» (Lc 2,32). Como o sol que nasce sobre o mundo, este menino o resgatará das trevas do mal, da dor e da morte. Como temos necessidade, ainda hoje, de luz, desta luz!

Por fim, o menino abraçado por Simeão é sinal de contradição para que sejam «revelados os pensamentos de muitos corações» (v. 35). Jesus revela o critério para julgar toda a história e o seu drama, e também a vida de cada um de nós. E qual é esse critério? É o amor: quem ama vive, quem odeia morre.

Jesus é a salvação, Jesus é a luz, Jesus é o sinal de contradição.

Iluminados por este encontro com Jesus, podemos então nos perguntar: o que espero na minha vida? Qual é a minha grande esperança? O meu coração anseia por ver o rosto do Senhor? Espero a manifestação do seu projeto de salvação para a humanidade?

Rezemos juntos a Maria, Mãe Puríssima, para que nos acompanhe nas luzes e nas sombras da história, nos acompanhe sempre ao encontro do Senhor.

Apresentação do Senhor (Aert de Gelder)

Fonte: Santa Sé.

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