quinta-feira, 22 de maio de 2025

Missa de Início do Ministério Petrino do Papa Leão XIV

Na manhã do domingo, 18 de maio de 2025, o Papa Leão XIV presidiu na Praça de São Pedro a Missa de Início do Ministério Petrino do Bispo de Roma com a imposição do Pálio e a entrega do Anel do Pescador.

Presentes delegações oficiais de vários países e das Igrejas Ortodoxas e Ortodoxas Orientais [1].

Leão XIV, assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Yala Banorani Djetaba, usou uma casula de São João Paulo II e a férula realizada pelo artista Lelo Scorzelli para Paulo VI, ambas usadas igualmente pelos Papas seguintes. O cálice usado e o frontal do altar, por sua vez, remontam ao pontificado de Leão XIII.

A Missa, com orações e leituras próprias, seguiu o Ordo Rituum pro Ministerii Petrini Initio Romae Episcopi aprovado em 2005, como é possível ver no livreto da celebração e como destacaremos ao longo desta postagem.

A celebração teve início com o canto da antífona Tu es Petrus (Mt 16,18-19), durante a qual o Papa, acompanhado pelos Patriarcas das Igrejas Católicas Orientais [2], dirigiu-se ao túmulo de São Pedro sob o altar da Confissão da Basílica Vaticana para um momento de oração.

Para saber mais, confira nossas postagens sobre a Solenidade de São Pedro e São Paulo e sobre a Memória da Dedicação da Basílica.

Em seguida a procissão de entrada dirigiu-se ao adro da Basílica ao canto das Laudes Regiae (Louvores reais), uma forma particular da Ladainha de Todos os Santos: as invocações aos santos são intercaladas por aclamações a Cristo Rei e preces pela Igreja, pelo Papa e pelo mundo.

Sendo um domingo do Tempo Pascal, o Ato Penitencial foi realizado na forma da bênção e aspersão da água em memória do Batismo.

Junto ao altar foi colocada uma imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho e na fachada da Basílica uma impressão da tapeçaria (arazzo) da “pesca milagrosa” em alusão ao Evangelho (Jo 21,15-19), proclamado em latim e em grego, recordando os “dois pulmões” da Igreja (Oriente e Ocidente).

O Papa saúda os fiéis antes da Missa
O Papa e os Patriarcas rezam diante do túmulo de São Pedro

Procissão de entrada
Incensação do altar

Incensação da imagem da Virgem Maria
Ritos iniciais
Aspersão

Evangelho

Após o Evangelho, como prevê o Ordo, teve lugar a entrega das insígnias: primeiramente um Cardeal da Ordem dos Diáconos impôs o Pálio pastoral ao Papa. Seguiu-se uma oração recitada por um Cardeal da Ordem dos Presbíteros. Por fim, um Cardeal da Ordem dos Bispos entregou o Anel do Pescador [3]. À entrega do pálio e do anel o coro entoou um versículo dos Salmos (Sl 67,29).

Para saber mais sobre esses símbolos, confira a homilia do Papa Bento XVI nesta ocasião em 2005.

O Papa então abençoou os fiéis com o Livro dos Evangelhos e, em seguida, sentou-se com a mitra e a férula enquanto o coro grego entoou a aclamação Ad multos annos. Leão XIV recebeu então a homenagem de alguns representantes do Povo de Deus: três Cardeais [4], um Bispo, um presbítero, um diácono, dois religiosos, um casal e dois jovens.

O Papa então proferiu sua homilia e a Missa prosseguiu como de costume. Destacamos a fórmula da bênção, com expressões do Salmo 79.

Imposição do Pálio

Oração pelo Papa
Entrega do Anel do Pescador

O Papa, emocionado, contempla o Anel
Bênção com o Livro dos Evangelhos
Ad multos annos!

Homenagem dos representantes do Povo de Deus
Homilia

Creio
Procissão das oferendas

Oração Eucarística
Silêncio após a Comunhão
Oração após a Comunhão
Bênção



Após a Missa o Papa recebeu as delegações oficiais dos diversos países diante do altar da Confissão da Basílica de São Pedro, endossando o hábito coral com uma estola vermelha que pertenceu a Paulo VI e que também foi usada por João Paulo II e Francisco:

O Papa, em hábito coral, saúda o Presidente da Itália

Confira também o vídeo da celebração (incluindo a saudação aos fiéis antes da Missa e às delegações oficiais após esta):


Imagens: Vatican News.

Notas:

[1] Incluindo três hierarcas: os Patriarcas Bartolomeu de Constantinopla e Teófilo III de Jerusalém e o Catholicos da Igreja Assíria do Oriente, Awa III.

[2] Ausente apenas o Patriarca da Igreja Católica Maronita, Cardeal Béchara Boutros Raï.

[3] Segundo o Ordo, esses gestos deveriam ser realizados pelo primeiro Cardeal de cada Ordem segundo a precedência. Nesta ocasião, porém, foram escolhidos Cardeais de diversos continentes, representando a universalidade da Igreja: Mario Zenari (Itália, Europa), Fridolin Ambongo Besungu (Congo, África) e Luis Antonio Gokim Tagle (Filipinas, Ásia).

[4] Representando outros três continentes: Francis Leo (Canadá, América do Norte), Jaime Spengler (Brasil, América do Sul) e John Ribat (Papua Nova Guiné, Oceania).

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