Prosseguindo com as
meditações do Papa sobre a Ladainha do Sagrado Coração, trazemos aqui a 12ª e a
13ª invocações:
Cor Iesu, omni laude dignissimum, miserere nobis.
Cor Iesu, rex et centrum
omnium cordium, miserere nobis.
Para acessar a apresentação e o sumário com os links de todas as postagens desta série, clique aqui.
13. Coração de Jesus,
digníssimo de todo o louvor
Ângelus do dia 04 de
agosto de 1985
1. Encontramo-nos reunidos, queridos irmãos e irmãs, para
venerar aquele momento único na história do universo, no qual Deus-Filho se fez
homem sob o Coração da Virgem de Nazaré.
É o momento da Anunciação, que se reflete na oração do Ângelus:
“Conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de
Jesus. Ele... será chamado Filho do Altíssimo” (Lc 1,31-32).
Maria disse: “Faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,38).
E desde aquele momento seu Coração se prepara para acolher o
Deus-homem: Coração de Jesus, digníssimo
de todo o louvor!
2. Unimo-nos à Mãe de Deus para adorar este Coração do homem
que, mediante o mistério da união hipostática, da união das naturezas, é ao
mesmo tempo o Coração de Deus.
Rendamos a Deus a adoração devida ao Coração de Cristo Jesus,
desde o primeiro momento de sua concepção no seio da Virgem.
Junto com Maria lhe rendamos a mesma adoração no momento do
nascimento: quando veio ao mundo na extrema pobreza de Belém. Rendamos-lhe a
mesma adoração, junto com Maria, durante todos os dias e os anos de sua vida
oculta em Nazaré, durante todos os dias e os anos nos que cumpre seu serviço messiânico
em Israel.
E quando chega o tempo da Paixão, do despojamento, da
humilhação e do opróbio da cruz, unamo-nos todavia mais ardentemente ao Coração
da Mãe para gritar: Coração de Jesus,
digníssimo de todo o louvor!
Sim. Digníssimo de todo louvor precisamente por causa deste
opróbio e humilhação! Com efeito, agora o Coração do Redentor alcança o ápice
do amor de Deus.
E precisamente o amor é digno de todo louvor!
Nós “não nos gloriemos senão na cruz de nosso Senhor Jesus
Cristo” (cf. Gl 6,14), escreverá São Paulo, enquanto São João ensina: “Deus é
amor” (1Jo 4,8.16).
3. Jesus Cristo está na glória de Deus Pai. Desta glória o
Pai circundou, no Espírito Santo, o Coração do seu Filho glorificado. Esta glória
anuncia nos séculos a Assunção ao céu do Coração de sua Mãe. E todos nós unimo-nos
a ela para professar: Coração de Jesus,
digníssimo de todo o louvor, tende piedade de nós!
14. Coração de Jesus,
rei e centro de todos os corações
Ângelus do dia 25 de
agosto de 1985
1. Coração de Jesus,
rei e centro de todos os corações, tende piedade de nós.
Jesus Cristo é rei dos corações. Sabemos que, durante sua atividade
messiânica na Palestina, o povo, ao ver os sinais que fazia, quis proclamá-lo
rei.
Via em Cristo um justo herdeiro de Davi, que durante seu
reino levou Israel ao ápice do seu esplendor.
2. Sabemos também que, diante do tribunal de Pilatos, à pergunta:
“Tu és rei?”, Jesus de Nazaré respondeu: “O meu reino não é deste mundo... Eu
sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz” (Jo 18,33.36-37).
3. Neste mundo Cristo é rei dos corações. Nunca quis ser
soberano temporal, nem sequer sobre o trono de Davi.
Só desejou esse reino que não é deste mundo e que, ao mesmo
tempo, está enraizado neste mundo mediante a verdade nos corações humanos: no
homem interior.
Por este reino anunciou o Evangelho e fez grandes sinais.
Por este reino, o reino dos filhos e das filhas adotivos de Deus, deu sua vida
na Cruz.
4. E confirmou novamente este reino com sua Ressurreição,
dando o Espírito Santo aos Apóstolos e aos homens e mulheres na Igreja.
Deste modo Jesus Cristo é o rei e centro de todos os corações.
Reunidos n’Ele por meio da verdade, nos aproximamos da união
do reino, no qual Deus “enxugará toda lágrima” (Ap 7,17), porque será “tudo em todos” (1Cor 15,28)
5. Hoje, reunidos para a costumeira oração dominical do Ângelus, elevemos, juntamente com a Mãe
de Deus, ao Coração de seu Filho a invocação: Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, tende piedade de
nós!
O Coração de Jesus no centro de um grupo de anjos em adoração (José de Paez - séc. XVIII, México) |
Fonte:
Santa Sé - 04 de agosto e 25 de agosto de 1985 (italiano; tradução nossa).
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