A primeira meditação
do Papa que propomos nesta postagem traz a quarta e a sétima invocações da
Ladainha, enquanto a segunda meditação está centrada na oitava:
Cor Iesu, maiestatis
infinitae, miserere nobis. (...)
Cor Iesu, domus Dei et
porta caeli, miserere nobis.
Cor Iesu, fornax
ardens caritatis, miserere nobis.
Para acessar a apresentação e o sumário com os links de todas as postagens desta série, clique aqui.
7. Coração de Jesus, de
majestade infinita
Coração de Jesus,
casa de Deus e porta do Céu
Ângelus do dia 16 de
junho de 1985 - Visita do Papa a Treviso
1. A hora do Ângelus
nos convida a dirigir o olhar a Maria. (...) Por meio do Imaculado Coração de
Maria queremos dirigir-nos ao Coração Divino do seu Filho, ao Coração de Jesus,
de majestade infinita.
Vede: a infinita majestade de Deus se oculta no Coração
humano do Filho de Maria.
Este Coração é nossa Aliança.
Este Coração é a máxima proximidade de Deus em relação aos
corações humanos e à história humana.
Este Coração é a maravilhosa “condescendência” de Deus: o
Coração humano que bate com a vida divina; a vida divina que pulsa no coração
humano.
2. Na Santíssima Eucaristia descobrimos com o “senso da fé”
o mesmo Coração, o Coração de majestade infinita, que continua batendo com o
amor humano de Cristo, Deus-Homem.
Quão profundamente sentiu este amor o Papa São Pio X, que
foi Patriarca de Veneza, quando desejou que todos os cristãos, desde os anos da
infância, se aproximassem da Eucaristia, recebendo a santa Comunhão, para que
se unam a este Coração que é, ao mesmo tempo, para cada um dos homens, “casa de
Deus” e “porta do Céu”.
“Casa”: aqui,
mediante a Comunhão Eucarística, o Coração de Jesus estende sua morada a cada
um dos corações humanos.
“Porta”, porque em
cada um destes corações humanos Ele abre a perspectiva da eterna união com a
Santíssima Trindade.
3. Mãe de Deus, enquanto meditamos o mistério da tua
Anunciação, nos aproximamos deste Coração divino, o Coração de majestade
infinita, casa de Deus e porta do céu, deste Coração que desde o momento da
Anunciação do Anjo começou a bater junto ao teu Coração virginal e materno.
8. Coração de Jesus,
fornalha ardente de caridade
Ângelus do dia 23 de
junho de 1985
1. Coração de Jesus,
fornalha ardente de caridade, tende piedade de nós.
Durante a oração do Ângelus
desejamos dirigir, juntamente com a Mãe de Deus, nossos corações para o Coração
do seu Filho divino.
Falam-nos profundamente as invocações desta esplêndida
Ladainha, que rezamos ou cantamos sobretudo no mês de junho. Que a Mãe nos
ajude a entender melhor os mistérios do Coração do seu Filho.
2. “Fornalha de
caridade”. O forno arde. Ao arder, queima todo o material, seja a lenha ou
outra substância facilmente combustível.
O Coração de Jesus, o Coração humano de Jesus, arde de amor,
que o preenche. É o amor pelo Eterno Pai e o amor pelos homens: pelas filhas e
pelos filhos adotivos.
O forno, queimando, pouco a pouco se apaga. O Coração de
Jesus, ao contrário, é forno inextinguível. Nisto se parece com a “sarça
ardente” do Livro do Êxodo, na qual
Deus se revelou a Moisés. A sarça que ardia com o fogo, porém... não se
“consumia” (Ex 3,2).
De fato, o amor que arde no Coração de Jesus é sobretudo o
Espírito Santo, no qual Deus-Filho se une eternamente ao Pai. O Coração de
Jesus, o Coração humano de Deus-Homem, está abrasado pela “chama viva” do Amor
trinitário, que jamais se extingue.
3. Coração de Jesus,
fornalha ardente de caridade... O forno, enquanto arde, ilumina as trevas
da noite e aquece os corpos dos viajantes.
Hoje queremos pedir à Mãe do Verbo Eterno para que, no horizonte
da vida de cada uma e de cada um de nós, nunca cesse de arder o Coração de
Jesus, fornalha ardente de caridade. Para que Ele nos revele o Amor que não se
extingue e não se deteriora jamais, o Amor que é eterno. Para que ilumine as
trevas da noite terrena e aqueça os corações.
4. (...) Dando graças pelo único amor capaz de transformar o
mundo e a vida humana, nos dirigimos, com a Virgem Imaculada, no momento da
Anunciação, ao Coração Divino que não cessa de ser “fornalha ardente de
caridade”. Ardente como aquela “sarça” que Moisés viu ao pé do monte Horeb.
Vitral representando o Sagrado Coração de Jesus, "fornalha ardente de caridade" |
Fonte: Santa Sé - 16 de junho e 23 de junho de 1985 (italiano; tradução nossa)
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