quinta-feira, 30 de julho de 2020

II Catequese do Papa João Paulo II sobre o Batismo

João Paulo II
Audiência Geral
Quarta-feira, 15 de abril de 1998
O único Batismo da comunidade cristã

1. A hodierna Audiência Geral realiza-se na oitava da Páscoa. Nesta semana e durante o inteiro arco de tempo que vai até ao Pentecostes, a comunidade cristã percebe de modo especial a presença viva e operante de Cristo ressuscitado. Na esplêndida moldura de luz e de exultação próprias do tempo pascal, prosseguimos as nossas reflexões em preparação para o Grande Jubileu do ano 2000. Hoje, detemo-nos ainda no sacramento do Batismo que, imergindo o homem no mistério da morte e da ressurreição de Cristo, lhe comunica a filiação divina e o incorpora à Igreja.
O Batismo é essencial para a comunidade cristã. Em particular a Carta aos Efésios põe o Batismo entre os fundamentos da comunhão que une os discípulos de Cristo: «Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança no chamamento que recebestes. Há um único Senhor, uma única fé, um único batismo. Há um só Deus e Pai de todos...» (Ef 4,4-6).
A afirmação de um só Batismo no contexto das outras bases da unidade eclesial reveste uma importância particular. Na realidade, ele remete ao único Pai, que no Batismo oferece a todos a filiação divina. Está intimamente ligado a Cristo, único Senhor, que une os batizados no seu Corpo Místico, e ao Espírito Santo, princípio de unidade na variedade dos dons. Sacramento da fé, o Batismo comunica uma vida que abre o acesso à eternidade, e portanto faz referência à esperança, que aguarda com certeza o cumprimento das promessas de Deus.
O único Batismo exprime, pois, a unidade do inteiro mistério da salvação.

2. Quando Paulo quer mostrar a unidade da Igreja, compara-a a um corpo, o Corpo de Cristo, edificado precisamente através do Batismo: «Foi num só Espírito que todos nós fomos batizados, a fim de formarmos um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres; e todos temos bebido de um só Espírito» (1Cor 12,13).
O Espírito Santo é o princípio da unidade do Corpo, uma vez que anima tanto Cristo cabeça como os seus membros. Ao receberem o Espírito, todos os batizados, não obstante as diferenças de origem, nação, cultura, sexo e condição social, são unificados no Corpo de Cristo, de maneira que Paulo pode dizer: «Não há judeu, nem grego; não há servo nem livre, não há homem nem mulher, pois todos vós sois um só em Cristo» (Gl 3,28).

3. Tendo como fundamento o Batismo, a Primeira Carta de Pedro exorta os cristãos a aproximarem-se de Cristo, a fim de contribuírem para a construção do edifício espiritual por Ele e sobre Ele fundado: «Aproximai-vos d'Ele (Cristo), pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus. E vós mesmos, como pedras vivas, entrai na construção dum edifício espiritual, por meio dum só sacerdócio santo, cujo fim é oferecer sacrifícios espirituais que serão agradáveis a Deus, por Jesus Cristo» (1Pd 2,4-5). O Batismo unifica, portanto, todos os fiéis no único sacerdócio de Cristo, habilitando-os para participar nos atos de culto da Igreja e para transformar a própria existência em oferta espiritual agradável a Deus. Desse modo, eles crescem em santidade e influem sobre o desenvolvimento da inteira comunidade.
O Batismo é também fonte de dinamismo apostólico. A tarefa missionária dos batizados, em conformidade com a própria vocação, é amplamente recordada pelo Concílio que, na Constituição Lumen gentium, ensina: «A todo o discípulo de Cristo incumbe o encargo de difundir a fé, segundo a própria medida» (n. 17). Na Encíclica Redemptoris missio ressaltei que, em virtude do Batismo, todos os leigos são missionários (cf. n. 71).

4. O Batismo é um ponto de partida fundamental também para a aproximação ecumênica.
Ao falar dos nossos irmãos separados, o Decreto sobre o Ecumenismo declara: «Os que creem em Cristo e foram devidamente batizados, estão numa certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja católica» (Unitatis redintegratio, 3). O Batismo conferido validamente opera, na realidade, uma efetiva incorporação a Cristo e torna todos os batizados, seja qual for a confissão a que pertençam, verdadeiramente irmãos e irmãs no Senhor. Este é o ensinamento do Concílio a respeito disso: «O Batismo, pois, constitui o vínculo sacramental da unidade que liga todos os que foram regenerados por ele» (ibid., 22).
É uma comunhão inicial, que pede que seja desenvolvida na direção da plena unidade, como o mesmo Concílio adverte: «O Batismo, porém, de per si é o início e o exórdio, pois tende à consecução da plenitude de vida em Cristo. Por isso, o Batismo ordena-se à completa profissão da fé, à íntegra incorporação na obra da salvação, tal como o próprio Cristo o quis, e finalmente à total inserção na comunhão eucarística» (ibid.).

5. Na perspectiva do Jubileu, este aspecto ecumênico do Batismo merece ser evidenciado de modo particular (cf. Tertio millennio adveniente, 4).
A dois mil anos desde a vinda de Cristo, os cristãos, infelizmente, apresentam-se ao mundo sem a unidade plena, que Ele desejou e pela qual orou. Entretanto, não devemos esquecer que quanto já nos une é muito grande. É necessário promover a todos os níveis o diálogo doutrinal, a recíproca abertura e colaboração e, sobretudo, o ecumenismo espiritual da oração e do empenho de santidade. Precisamente a graça do Batismo é o fundamento sobre o qual construir aquela plena unidade, à qual o Espírito nos impele sem nos dar trégua.


Fonte: Santa Sé

Para ler a primeira Catequese do Papa João Paulo II sobre o Batismo, clique aqui.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Festa de São Vladimir em Moscou

No último dia 28 de julho o Patriarca Kirill da Igreja Ortodoxa Russa celebrou a Divina Liturgia na Catedral Patriarcal do Cristo Salvador em Moscou por ocasião da Festa de São Vladimir de Kiev, segundo o calendário juliano (celebrado no dia 15 de julho no calendário gregoriano).

Ícone dos Santos Vladimir e Olga de Kiev
Entrada do Patriarca
O Patriarca abençoa os fiéis
Litania da paz
Os Bispos dirigem-se ao presbitério

terça-feira, 28 de julho de 2020

Leitura litúrgica da Primeira Carta aos Tessalonicenses

“Esta é a vontade de Deus: vivei na santidade” (1Ts 4,3)

Em nossa série de postagens sobre a leitura litúrgica dos livros da Sagrada Escritura, retornamos ao Novo Testamento (após analisar as três cartas joaninas no ano de 2019) com a análise da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses (1Ts), considerada o primeiro escrito neotestamentário, que foi tema do “Mês da Bíblia” de 2017.

1. Breve introdução à Primeira Carta aos Tessalonicenses

A pregação de Paulo na cidade de Tessalônica, na província romana da Macedônia, deu-se durante sua segunda viagem apostólica (At 17,1-9). A redação da Carta aconteceu provavelmente pouco depois, entre os anos 50 e 51, quando Paulo estava em Corinto, tornando-a portanto o primeiro escrito do Novo Testamento.

A estrutura da Carta, com os típicos elementos do gênero epistolar, é a seguinte:
a) 1Ts 1,110: Saudação e ação de graças;
b) 1Ts 2,1–3,13: Narração da atividade de Paulo e seus colaboradores (Silvano e Timóteo);
c) 1Ts 4,1–5,22: Parênese: recomendações morais e apelo à esperança;
d) 1Ts 5,23-28: Conclusão.

A grande maioria dos autores aceita a autoria paulina da Carta. Contudo, ao compará-la com outros escritos do Apóstolo, nota-se a ausência dos grandes temas da teologia paulina, como a justificação pela fé. O tema central aqui é a parusia, isto é, a última vinda do Senhor.

O Apóstolo utiliza-se de imagens da apocalíptica judaica, como a “voz do arcanjo” e o “som da trombeta” (1Ts 4,16), embora fundamente sua escatologia no querigma cristão: “Se Jesus morreu e ressuscitou - e esta é nossa fé - de modo semelhante Deus trará de volta, com Cristo, os que através dele entraram no sono da morte” (1Ts 4,14).

Como o Dia do Senhor virá “como ladrão” (1Ts 5,2), isto é, em um momento inesperado, Paulo exorta os tessalonicenses à vigilância e à vivência das virtudes: “esta é a vontade de Deus: vivei na santidade” (1Ts 4,3). São referidas particularmente ao longo da carta as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade.

Para saber mais, confira a bibliografia indicada no final da postagem [1].

São Paulo, Apóstolo

2. Leitura litúrgica da 1Ts: Composição harmônica

São dois os critérios de escolha das leituras propostos no Elenco das Leituras da Missa (n. 66): a composição harmônica e a leitura semicontínua [2]. Começamos com a composição harmônica, que consiste na escolha do texto por sua sintonia com o tempo ou a festa litúrgica.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Ângelus do Papa: XVII Domingo do Tempo Comum - Ano A

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 26 de julho de 2020

Amados irmãos e irmãs, bom dia!
O Evangelho deste Domingo (cf. Mt 13,44-52) corresponde aos últimos versículos do capítulo que Mateus dedica às parábolas do Reino dos Céus. O trecho inclui três parábolas mencionadas superficialmente e muito breves: a do tesouro escondido, a da pérola preciosa e a da rede lançada ao mar.
Comento as duas primeiras, nas quais o Reino dos Céus é assimilado a duas realidades «preciosas» diferentes, nomeadamente o tesouro escondido no campo e a pérola de grande valor. A reação de quem encontra a pérola ou o tesouro é praticamente a mesma: o homem e o comerciante vendem tudo para comprar o que agora mais lhes agrada. Com estas duas semelhanças, Jesus propõe-se envolver-nos na construção do Reino dos Céus, apresentando uma caraterística essencial da vida cristã, da vida do Reino dos Céus: aderem plenamente ao Reino aqueles que estão dispostos a apostar tudo, que são corajosos. Na verdade, tanto o homem como o comerciante das duas parábolas vendem tudo o que têm, abandonando assim as suas seguranças materiais. A partir disto compreendemos que a construção do Reino exige não só a graça de Deus, mas também a disponibilidade ativa do homem. A graça faz tudo, tudo! Da nossa parte, apenas a disponibilidade de a receber, não a resistência à graça: a graça faz tudo, mas é necessária a “minha” responsabilidade, a “minha” disponibilidade.
Os gestos daquele homem e do comerciante que procuram, privando-se dos seus bens, para comprar realidades mais preciosas, são gestos decisivos, são gestos radicais, diria apenas de ida, não de ida e volta: são gestos de ida. E, além disso, feitos com alegria, porque ambos encontraram o tesouro. Somos chamados a assumir a atitude destas duas personagens evangélicas, tornando-nos também nós saudáveis buscadores inquietos do Reino dos Céus. Trata-se de abandonar o pesado fardo das nossas certezas mundanas que nos impedem de procurar e construir o Reino: a luxúria da posse, a sede de lucro e de poder, pensando apenas em nós próprios.
Nos nossos dias, todos sabemos, a vida de algumas pessoas pode ser medíocre e monótona porque provavelmente não foram em busca de um verdadeiro tesouro: contentavam-se com coisas atraentes mas efémeras, com brilho cintilante mas ilusório porque depois deixam na escuridão. Ao contrário, a luz do Reino não é um fogo de artifício, é luz: o fogo de artifício dura apenas um instante, a luz do Reino acompanha-nos toda a vida.
O Reino dos Céus é o oposto das coisas supérfluas que o mundo oferece, é o oposto de uma vida trivial: é um tesouro que renova a vida todos os dias e a expande para horizontes mais amplos. De fato, aqueles que encontraram este tesouro têm um coração criativo e investigador, que não repete, mas inventa, traça e segue novos caminhos, que nos levam a amar a Deus, a amar os outros, a amar verdadeiramente a nós próprios. O sinal daqueles que caminham por esta vereda do Reino é a criatividade, procurando sempre mais. E criatividade é aquela que ganha a vida e dá vida,  dá, dá, dá e dá... Sempre à procura de tantas formas diferentes de dar a vida.
Jesus, que é o tesouro escondido e a pérola de grande valor, só pode suscitar alegria, toda a alegria do mundo: a alegria de descobrir um sentido para a própria vida, a alegria de se sentir comprometido com a aventura da santidade.
Que a Santíssima Virgem nos ajude a procurar todos os dias o tesouro do Reino dos Céus, para que nas nossas palavras e gestos se manifeste o amor que Deus nos deu, através de Jesus.


Fonte: Santa Sé

Ordenação Episcopal em Toledo

No último dia 25 de julho, Solenidade de São Tiago Maior, padroeiro da Espanha, o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé, presidiu a Santa Missa na Catedral Primada de Santa Maria em Toledo (Espanha) para a Ordenação Episcopal de Mons. Luís Miguel Muñoz Cárdaba, presbítero desta diocese, nomeado pelo Papa Francisco como Núncio Apostólico no Sudão e Eritreia.

Os co-ordenantes foram Dom Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados, e Dom Francisco Cerro Chaves, Arcebispo de Toledo.

A Arquidiocese de Toledo possui um rito próprio, o rito hispano-mozárabe (estendido por João Paulo II a toda a Espanha), que é usado em algumas solenidades. Podemos falar mais sobre ele no futuro.

Procissão de entrada
O Bispo eleito entre os dois presbíteros assistentes

Ladainha de Todos os Santos
Imposição das mãos

Exéquias do Cardeal Zenon Grocholewski: Poznan

Após as exéquias em Roma, presididas pelo Papa Francisco, o corpo do Cardeal Zenon Grocholewski, Prefeito Emérito da Congregação para a Educação Católica, falecido no último dia 17 de julho aos 80 anos, foi conduzido à Polônia para ser sepultado.

No último sábado, dia 25 de julho, a Missa exequial foi celebrada na Catedral Basílica de São Pedro e São Paulo em Poznań, sua diocese de origem, em cuja cripta o Cardeal foi sepultado.

Presidiu a celebração o Cardeal Konrad Krajeski, Elemosinário Pontifício. A homilia ficou a cargo do Arcebispo de Cracóvia, Dom Marek Jędraszewski, também ele natural de Poznań. O Arcebispo de Poznań, Dom Stanislaw Gądecki, presidiu os ritos da Última Encomendação e Despedida.

Acolhida do corpo diante da Catedral

Estranhamente o caixão está sobre um suporte. O Cerimonial orienta colocá-lo no chão e sobre ele o Evangeliário
Procissão de entrada

sábado, 25 de julho de 2020

Homilia: XVII Domingo do Tempo Comum - Ano A

Orígenes
Sermão 10 sobre o Evangelho de São Mateus
As pérolas preciosas conduzem à pérola de grande valor

O texto que buscava pérolas preciosas podem compará-lo com este: buscai e achareis; e com este outro: quem busca, encontra. Por que se diz buscai e quem busca encontra? Arrisco a ideia de que se trata “das” pérolas e “a” pérola, pérola que adquire o que deu tudo e aceitou perder tudo, pérola a propósito da qual diz Paulo: Eu perdi tudo para ganhar a Cristo. Ao dizer “tudo” se refere às pérolas preciosas; e ao referir “para ganhar a Cristo” aponta para a única pérola de grande valor.
Preciosa é a lâmpada para aqueles que vivem nas trevas, e seu uso é necessário até que se levante o sol; preciosa era também a glória que irradiava a face de Moisés e penso que também a dos profetas: espetáculo tão maravilhoso que, graças a ele, nos abrimos à possibilidade de contemplar a glória de Cristo, glória para a qual o Pai presta testemunho, dizendo: Este é o meu Filho amado, meu predileto. Aquele esplendor já não é esplendor, eclipsado por esta glória incomparável, e nós necessitamos, em um primeiro momento, de uma glória suscetível de desaparecer para dar lugar a uma glória mais excelente, assim como temos necessidade de um conhecimento “parcial”, que será extinto quando chegar o perfeito.
Assim, toda alma que adere à primeira infância e caminha para a perfeição necessita, até que o tempo se cumpra, de pedagogo, tutores e curadores, para que ao chegar à idade prefixada por seu pai, aquele que em nada se diferenciava de um escravo, sendo senhor de tudo, receba, uma vez libertado da mão do pedagogo, dos tutores e curadores, seus bens patrimoniais, comparáveis à pérola de grande valor e à futura perfeição que extingue com o que é parcial, no momento em que for capaz de aderir à excelência do conhecimento de Cristo, depois de exercitar-se naqueles conhecimentos que, por assim dizer, estão sob o conhecimento de Cristo.
Porém, a grande massa, que não captou a beleza das numerosas pérolas da lei, nem o conhecimento ainda “parcial” que se encontra em todas as profecias, imaginam-se poder encontrar – sem antes ter esclarecido e compreendido perfeitamente essas riquezas – a única pérola de grande valor e contemplar a excelência do conhecimento de Cristo, em comparação da qual pode-se dizer que tudo o que precedeu a tão elevado e perfeito conhecimento, sem ser por sua própria natureza lixo, aparece como tal, pois se pode compará-la ao esterco que o Senhor da vinha lança ao redor da figueira, para que produza mais fruto.
Assim, tudo tem o seu tempo e ocasião, todas as tarefas debaixo do sol: tempo de recolher pedras, isto é, pérolas preciosas, e depois de tê-las recolhido, tempo de encontrar a única pérola de grande valor, momento em que é preciso vender tudo o que se possui e comprá-la.


Fonte: Lecionário Patrístico Dominical, pp. 184-185. Para adquiri-lo no site da Editora Vozes, clique aqui.

Confira também uma homilia de Santo Irineu de Lião para este domingo clicando aqui.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

I Catequese do Papa João Paulo II sobre o Batismo

Além das seis catequeses sobre a Eucaristia proferidas durante o Grande Jubileu do ano 2000, que publicamos nas últimas semanas, o Papa João Paulo II proferiu outras quatro catequeses sobre os demais sacramentos da Iniciação Cristã - o Batismo e a Confirmação - durante os anos preparatórios ao Jubileu.

Publicaremos aqui estas catequeses ao longo das próximas quintas-feiras:

João Paulo II
Audiência Geral
Quarta-feira, 01 de abril de 1998
O Batismo, fundamento da existência cristã

1. Segundo o Evangelho de Marcos, os últimos ensinamentos de Jesus aos seus discípulos apresentam juntos fé e Batismo, como única via de salvação: «Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não acreditar será condenado» (16,16). Também Mateus, ao referir o mandato missionário que Jesus dá aos Apóstolos, sublinha o nexo entre pregação do Evangelho e Batismo: «Ide, pois, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (28,19).
Em conformidade com estas palavras de Cristo, Pedro no dia de Pentecostes, ao dirigir-se ao povo para exortá-lo à conversão, convida os seus ouvintes a receber o Batismo: «Convertei-vos e peça cada um o Batismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo» (At 2,38). A conversão, portanto, não consiste só numa atitude interior, mas implica também o ingresso na comunidade cristã através do Batismo, que opera a remissão dos pecados e insere no Corpo místico de Cristo.

2. Para captar o sentido profundo do Batismo é preciso meditar de novo o mistério do Batismo de Jesus, no início da Sua vida pública. Trata-se dum episódio à primeira vista surpreendente, porque o Batismo de João, que Jesus recebeu, era um Batismo de «penitência», que dispunha o homem a receber a remissão dos pecados. Jesus sabia bem que não tinha necessidade daquele Batismo, sendo perfeitamente inocente. Certo dia, Ele dirá em tom de desafio aos seus adversários: «Qual de vós me acusará de pecado?» (Jo 8,46).
Na realidade, ao submeter-se ao Batismo de João, Jesus recebe-o não para a própria purificação, mas em sinal de solidariedade redentora com os pecadores. No seu gesto batismal está ínsita uma intenção redentora, pois Ele é «o cordeiro [...] que tira o pecado do mundo» (Jo 1,29). Mais tarde chamará «Batismo» à sua paixão, experimentando-a como uma espécie de dimensão no sofrimento, aceite com a finalidade redentora para a salvação de todos: «Tenho de receber um Batismo, e que angústias as minhas até que se realize!» (Lc 12,50).

3. No Batismo no Jordão, Jesus não só anuncia o empenho do sofrimento redentor, mas obtém também uma especial efusão do Espírito, que desce em forma de pomba, isto é, como Espírito da reconciliação e da benevolência divina. Esta descida preludia o dom do Espírito Santo, que será comunicado no Batismo dos cristãos.
Além disso, uma voz celeste proclama: «Tu és o Meu filho muito amado, em ti pus toda a minha complacência» (Mc 1,11). É o Pai que reconhece o próprio Filho e exprime o vínculo de amor que o une a Ele. Na realidade, Cristo está unido ao Pai por uma relação singular, porque Ele é o Verbo eterno, «consubstancial ao Pai». Contudo, em virtude da filiação divina conferida pelo Batismo, pode-se dizer que para cada pessoa batizada e inserida em Cristo, ainda ressoa a voz do Pai: «Tu és o meu filho muito amado».
No Batismo de Cristo encontra-se assim a fonte do Batismo dos cristãos e da sua riqueza espiritual.

4. São Paulo ilustra o Batismo sobretudo como participação nos frutos da obra redentora de Cristo, ressaltando a necessidade de renunciar ao pecado e iniciar uma vida nova. Escreve aos romanos: «Ignorais, porventura, que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Pelo Batismo sepultamo-nos juntamente com Ele, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, mediante a glória do Pai, assim caminhemos nós também numa vida nova» (Rm 6, 3-4).
Precisamente porque imerge no mistério pascal de Cristo, o Batismo cristão tem um valor muito superior aos ritos batismais hebraicos e pagãos, que eram abluções destinadas a significar a purificação, mas incapazes de cancelar os pecados. O Batismo cristão, ao contrário, é um sinal eficaz, que opera realmente a purificação das consciências, comunicando o perdão dos pecados. Ele, além disso, confere um dom muito maior: a nova vida de Cristo ressuscitado, que transforma de maneira radical o pecador.

5. Paulo revela o efeito essencial do Batismo, quando escreve aos gálatas: «Todos os que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo» (Gl 3,27). Existe uma semelhança fundamental do cristão com Cristo, que implica o dom da filiação divina adoptiva. Precisamente porque «batizados em Cristo», os cristãos são a título especial «filhos de Deus». O Batismo produz um verdadeiro «renascimento».
A reflexão de Paulo une-se à doutrina transmitida pelo Evangelho de João, de modo especial ao diálogo de Jesus com Nicodemos: «Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne, é carne, e o que nasceu do Espírito, é espírito» (3,5-6).
«Nascer da água» é uma clara referência ao Batismo, que desse modo resulta um verdadeiro nascimento do Espírito. Nele, de fato, é dado ao homem o Espírito da vida que «consagrou» a humanidade de Cristo desde o momento da Encarnação e que Cristo mesmo efundiu, em virtude da sua obra redentora.
O Espírito Santo faz nascer e crescer no cristão uma vida «espiritual», divina, que anima e eleva todo o seu ser. Através do Espírito, a própria vida de Cristo produz os seus frutos na existência cristã.
Dom e mistério grande é o do Batismo! É para desejar que todos os filhos da Igreja, especialmente neste período de preparação para o evento jubilar, tomem cada vez mais profunda consciência disto.


Fonte: Santa Sé

Divina Liturgia no Santuário de Zarvanytsia

No último domingo, 19 de julho, o Arcebispo Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana, Dom Sviatoslav Shevchuk, celebrou a Divina Liturgia no Santuário Mariano de Zarvanytsia, renovando o ato de consagração do povo ucraniano à proteção da Santíssima Virgem feito há 25 anos pelo então Arcebispo Maior, Cardeal Myroslav Ivan Lubachivsky (1984-2000).

Mosaico da "proteção" da Santíssima Virgem (Pokrov)
Dom Sviatoslav Shevchuk
Fiéis reunidos na área externa do Santuário
Divina Liturgia
Homilia

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Basílica de Santa Anastásia em Roma acolhe a Igreja Siro-Malabar

Segundo informações divulgadas pelo site Vatican News, o Cardeal Ângelo de Donatis, Vigário Geral do Papa para a Diocese de Roma, ofereceu aos fiéis da Igreja Sírio-Malabar, uma das igrejas orientais católicas, a Basílica de Santa Anastásia para que possam celebrar segundo o seu rito.

A decisão é fruto de um pedido dos Bispos da Igreja Siro-Malabar ao Papa durante sua Visita Ad Limina em 2019. São cerca de sete mil fiéis desta igreja sui iuris em Roma e nas proximidades que até então não tinham um templo oficial onde celebrar.

Basílica de Santa Anastásia al Palatino, Roma

Sobre a Basílica de Santa Anastásia:

A Basílica de Santa Anastásia al Palatino é uma das igrejas mais antigas de Roma. Foi construída no início do século IV, provavelmente sob o patrocínio de uma romana chamada Anastásia. Posteriormente, ela foi dedicada a Deus em honra da mártir de mesmo nome, Santa Anastásia de Sirmio.

Esta, muito venerada entre os cristãos orientais como uma curadora, foi martirizada em 25 de dezembro de 304 em Sirmio, na província romana da Panônia (na atual Sérvia).

Santa Anastásia de Sirmio

Uma vez que a Basílica de Santa Anastásia está construída junto ao Monte Palatino, onde ficava o palácio imperial, a igreja adquiriu grande importância. A partir do final do século IV o Papa celebrava uma Missa em honra à mártir na manhã do dia 25 de dezembro (dando origem assim à Missa da aurora do Natal). Em 514 o Papa Símaco a incluiu entre as mártires mencionadas no Cânon Romano.

A Basílica está ligada também à figura de São Jerônimo, que teria pregado nesta igreja ou até residido junto a ela por um tempo. Alguns colocam Jerônimo como o primeiro “Cardeal titular de Santa Anastásia” (por isso o santo costuma ser representado com as vestes, ainda que anacrônicas, de um Cardeal) [1].

Ao longo dos séculos a igreja foi restaurada diversas vezes. A sua forma atual remonta à restauração de 1636, no tempo do Papa Urbano VIII.

Interior da Basílica de Santa Anastásia

Sobre a Igreja Siro-Malabar:

A Igreja Siro-Malabar é a segunda maior das igrejas orientais católicas, com cerca de 4 milhões de fiéis, a sua maioria na Índia, no estado de Kerala, na Costa do Malabar (donde o seu nome).

Esta igreja está em comunhão plena com Roma desde 1599, quando se separou da Igreja Assíria do Oriente. Após passar por um processo de latinização, readquiriu sua autonomia e foi elevada a Arcebispado Maior em 1992.

Utiliza o rito siríaco oriental ou caldeu e possui como línguas litúrgicas o siríaco e o malaiala. Seu hierarca é o Arcebispo-Maior de Ernakulam-Angamaly, atualmente o Cardeal George Alencherry.

Cardeal Alencherry distribui a Comunhão

[1] O atual titular da Basílica é Dom Eugenio Dal Corso, criado Cardeal pelo Papa Francisco em 2019.

terça-feira, 21 de julho de 2020

As mudanças na terceira edição do Missal Romano (3)

Já dedicamos duas postagens aqui em nosso blog a analisar algumas mudanças que serão trazidas pela terceira edição do Missal Romano, cujo processo de tradução pela CETEL (Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos) encontra-se em suas etapas finais.  Lembrando que atualmente no Brasil usamos a segunda edição do Missal Romano, publicada em latim em 1975 e traduzida em 1991.

A primeira parte foi dedicada ao Próprio do Tempo, isto é, aos diversos períodos do Ano Litúrgico, e a segunda parte trouxe as Missas dos santos. Nesta terceira e última parte vamos analisar as Missas rituais, para diversas necessidades e votivas.

Missal Romano, tradução da 3ª edição: Material de estudo (CNBB)

3. Missas rituais

As Missas rituais são aquelas utilizadas para alguns sacramentos e sacramentais quando estes são celebrados na Missa, conforme as normas dos respectivos Rituais.

3.1 Iniciação Cristã

Começamos pela Iniciação Cristã de adultos, que antes dos sacramentos possui uma série de ritos preparatórios, durante o período do catecumenato.

O primeiro deles é o Rito da Eleição ou da Inscrição do nome, o qual possui uma Missa própria (cf. Missal Romano, 2ª edição, p. 777). Sobre esta se esclarece no novo Missal que deve ser celebrada quando se realiza o Rito fora do tempo próprio, isto é, o I Domingo da Quaresma (quando então se reza a Missa do dia).

Passamos então aos Escrutínios, que possuem três formulários próprios de orações (pp. 788-791). Na nova edição do Missal se esclarece que nestas Missas sempre se usam os prefácios próprios dos Domingos III, IV e V da Quaresma (pp. 197.204.212), mesmo em outro tempo litúrgico [1].

Há também, atualmente, uma intercessão própria pelos padrinhos dos catecúmenos a ser dita nas três celebrações quando se usa a Oração Eucarística I (Missal, p. 789; Ritual da Iniciação Cristã de Adultos, p. 200). Na terceira edição do Missal, porém, são acrescentadas intercessões pelos padrinhos também nas Orações Eucarísticas II e III.

Para o Batismo a nova edição traz apenas um esclarecimento: nesta Missa omite-se o Ato Penitencial (substituído pelos ritos de acolhida do Batismo) e o Creio (substituído pela renovação das promessas batismais), mas reza-se ou canta-se o Glória.

Praticamente o mesmo é dito para o sacramento da Crisma: omite-se o Creio (substituído pela renovação das promessas batismais), mas reza-se ou canta-se Glória.

Porém, aqui também há uma mudança similar à Missa dos escrutínios: além da intercessão própria pelos crismandos na Oração Eucarística I (Missal, p. 795; Pontifical Romano, p. 45), são acrescentadas intercessões próprias também nas Orações Eucarísticas II e III.

3.2 Demais sacramentos

Festa do Redentor em Veneza

No terceiro domingo de julho acontece em Veneza a Festa do Redentor. Esta celebração, que remonta ao ano de 1577, recorda a ação de graças a Deus pelo fim de uma peste que havia assolado a população da cidade.

Portanto, no último domingo, 19 de julho, o Patriarca de Veneza, Dom Francesco Moraglia, celebrou a Santa Missa na igreja do Redentor e concedeu a Bênção Eucarística na porta da igreja em direção à cidade.

Ponte que conduz até a igreja do Redentor
Procissão de entrada

Ritos iniciais
Doxologia da Oração Eucarística

Ângelus do Papa: XVI Domingo do Tempo Comum - Ano A

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 19 de julho de 2020

Amados irmãos e irmãs, bom dia!
No Evangelho de hoje (cf. Mt 13,24-43) voltamos a encontrar Jesus, que fala à multidão sobre o Reino dos Céus com parábolas. Comento apenas a primeira, a do joio, através da qual Jesus nos dá a conhecer a paciência de Deus, abrindo o nosso coração à esperança.
Jesus narra que no campo onde foi semeado o bom trigo, brota inclusive o joio, termo que resume todas as ervas daninhas que infestam o solo. Entre nós, podemos dizer também que ainda hoje o solo é devastado por muitos herbicidas e pesticidas, que afinal também fazem mal para a erva, o solo e a saúde. Mas isto, entre parênteses. Então, os servos vão ter com o senhor para saber de onde vem o joio, e ele responde: «Um inimigo fez isto!» (v. 28). Pois semeamos trigo bom! Um inimigo, um concorrente, veio e fez isto. Eles gostariam de arrancar imediatamente as ervas daninhas que cresciam; mas o senhor impede-os, pois com as ervas daninhas - o joio - se correria o risco se arrancar também o trigo. É necessário esperar até ao momento da colheita: só então haverá a separação e as ervas daninhas serão queimadas. É também uma história de bom senso.
Pode-se ler nesta parábola uma visão da história. Ao lado de Deus - o dono do campo - que semeia sempre e apenas boas sementes, há um adversário, que semeia o joio para dificultar o crescimento do trigo. O dono age abertamente, à luz do sol, e o seu objetivo é uma boa colheita; o adversário, ao contrário, aproveita-se da escuridão da noite e trabalha por inveja, por hostilidade, para arruinar tudo. O adversário a quem Jesus se refere tem um nome: é o diabo, o opositor por excelência de Deus. A sua intenção é dificultar o trabalho de salvação, fazer com que o Reino de Deus seja impedido por trabalhadores injustos, semeadores de escândalos. Com efeito, a boa semente e o joio não representam o bem e o mal abstrato, mas nós, seres humanos, que podemos seguir Deus ou o diabo. Muitas vezes, ouvimos dizer que uma família estava em paz, depois começaram as guerras, a inveja... um bairro estava em paz, depois houve situações negativas... E estamos habituados a dizer: “Alguém foi lá para semear contendas”, ou “esta pessoa da família, com bisbilhotices, semeia joio”. Semear o mal destrói sempre. E isto é feito pelo diabo ou pela nossa tentação: quando caímos na tentação de tagarelar para destruir os outros.
A intenção dos servos é eliminar imediatamente o mal, ou seja, as pessoas más, mas o dono é mais sábio, vê além: devem saber esperar, pois suportar a perseguição e a hostilidade faz parte da vocação cristã. Certamente, o mal há de ser rejeitado, mas os ímpios são pessoas com as quais é preciso ter paciência. Não se trata da tolerância hipócrita que esconde ambiguidades, mas da justiça temperada pela misericórdia. Se Jesus veio em busca mais de pecadores do que de justos, para curar os doentes antes ainda que os saudáveis (cf. Mt 9,12-13), também a ação dos seus discípulos deve ter em vista não suprimir os ímpios, mas salvá-los. Eis no que consiste a paciência!
O Evangelho de hoje apresenta duas formas de agir e de habitar a história: por um lado, o olhar do dono, que vê além; por outro, o olhar dos servos, que veem o problema. Os servos preocupam-se com um campo sem ervas daninhas, o dono preocupa-se com o trigo bom. O Senhor convida-nos a ter o seu olhar, que se fixa no trigo bom, que sabe conservá-lo até no meio das ervas daninhas. Não coopera com Deus quem procura os limites e defeitos dos outros mas, ao contrário, quem sabe reconhecer o bem que cresce silenciosamente no campo da Igreja e da história, cultivando-o até ao amadurecimento. E então será Deus, e só Ele, que recompensará os bons e castigará os ímpios. Que a Virgem Maria nos ajude a compreender e a imitar a paciência de Deus, o qual não quer que se perca nenhum dos seus filhos, aos quais Ele ama com amor de Pai.


Fonte: Santa Sé

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Festa de São Sérgio de Radonezh em Moscou

O monge São Sérgio de Radonezh é um dos santos mais venerados pela Igreja Ortodoxa Russa, razão pela qual possui duas festas no calendário desta igreja: 05 de julho (18 de julho no calendário juliano), data da descoberta de suas relíquias, e 25 de setembro (08 de outubro no calendário juliano), data da sua morte.

O Patriarca Kirill presidiu, portanto, no último dia 18 de julho uma Divina Liturgia no Mosteiro da Trindade, por ele fundado, próximo a Moscou.

Cumpre notar que na tradição bizantina os santos monges são celebrados com a cor verde, a cor da vida divina, usada também nas celebrações do Espírito Santo.

Vista aérea do Mosteiro da Trindade
As relíquias de São Sérgio
O Patriarca Kirill reza diante das relíquias
Divina Liturgia campal
O Patriarca abençoa os fiéis

Posse de Dom Amilton como Bispo de Guarapuava

Dom Amilton Manoel da Silva, até então Bispo Auxiliar de Curitiba (PR), tomou posse no último dia 18 de julho do ofício de Bispo Diocesano de Guarapuava, após sua nomeação pelo Papa Francisco no último dia 06 de maio.

A celebração, restrita ao Bispos e representantes do clero e dos fiéis devido à pandemia de coronavírus, aconteceu na Catedral Diocesana de Nossa Senhora de Belém.

Confira algumas fotos, divulgadas pelo próprio Bispo em seu perfil no Facebook:

Acolhida ao Bispo: Veneração da cruz
Oração diante do Santíssimo Sacramento
Procissão de entrada
Ritos iniciais
Liturgia da Palavra

Exéquias do Cardeal Zenon Grocholewski: Roma

No último dia 18 de julho foram celebradas no altar da Cátedra da Basílica Vaticana as Exéquias do Cardeal Zenon Grocholewski, Prefeito Emérito da Congregação para a Educação Católica, falecido no dia 17 de julho aos 80 anos.

A Santa Missa Exequial foi presidida pelo Cardeal Leonardo Sandri, Vice-Decano do Colégio Cardinalício. No final da celebração o Papa Francisco presidiu os ritos da Última Encomendação e Despedida.

O Santo Padre foi assistido pelo Monsenhor Diego Giovanni Ravelli.

Caixão com o Evangeliário 
Homilia do Cardeal Sandri

Rito da Última Encomendação
Aspersão