segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Bênção das ovelhas no dia de Santa Inês

No último dia 21 de janeiro, Sua Santidade o Papa Francisco presidiu na Casa Santa Marta a bênção de duas ovelhas em honra a Santa Inês (que em latim é Agnes, ovelha).

Da lã destas ovelhas as monjas beneditinas tecem os pálios que serão entregues aos Arcebispos Metropolitanos pelo Santo Padre no dia 29 de Junho, Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.

Para a bênção, como de costume, as ovelhas são ornadas uma com fitas brancas (em alusão à virgindade de Santa Inês) e outra com fitas vermelhas (em alusão a seu martírio).

Seguem algumas fotos:





Fonte: Santa Sé

Divina Liturgia da Teofania na Ucrânia

No último dia 20 de Janeiro, Sua Beatitude Dom Sviatoslav Shevshuk, Arcebispo-Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana, celebrou na Catedral Patriarcal da Ressurreição a Divina Liturgia da Festa da Teofania.

No final da celebração, todos se dirigiram para as margens geladas do rio Dnipró, onde foram solenemente abençoadas as águas, recordando o Batismo do Senhor no Jordão.

Seguem algumas fotos:







Fonte: ugcc.tv

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Homilia do Papa: II Domingo do Tempo Comum - Ano A

Visita Pastoral à Paróquia romana do Sagrado Coração de Jesus a Castro Pretório
Homilia do Papa Francisco
Domingo, 19 de janeiro de 2014

Este trecho do Evangelho é bonito! (Jo 1,29-34). João que batizava; e Jesus, que já tinha sido batizado anteriormente - alguns dias antes - estava chegando e passou diante de João. João sentiu dentro de si o vigor do Espírito Santo para dar testemunho de Jesus. Contemplando-o e olhando para as pessoas que estavam ao seu redor, diz: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!». E dá testemunho de Jesus: assim é Jesus, assim é Aquele que vem para nos salvar; assim é Aquele que infunde em nós a força da esperança.

Jesus é chamado o Cordeiro: é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Poderíamos pensar: mas como, um cordeiro, tão frágil, um cordeirinho débil, como pode tirar tantos pecados, tantas maldades? Com o Amor. Com a sua mansidão. Jesus nunca deixou de ser cordeiro: manso, bom, cheio de amor, próximo dos mais pequeninos e dos pobres. Ele estava ali, no meio da multidão, curava todos, ensinava e rezava. Jesus era muito frágil, como um cordeiro. No entanto, teve a força para carregar sobre os seus ombros todos os nossos pecados. «Mas Padre, tu não conheces a minha vida: eu cometi algo que... não posso carregar nem sequer com um camião...». Muitas vezes, quando analisamos a nossa consciência, encontramos alguns que são deveras grandes! Mas Ele carrega-os. Ele veio para isto: para perdoar, para instaurar a paz no mundo, mas primeiro no coração. Talvez cada um de nós tenha um tormento no coração, uma escuridão do próprio coração; talvez se sinta um pouco triste por uma culpa... Ele veio para tirar tudo isto, Ele dá-nos a paz, Ele perdoa tudo. «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado»: tira o pecado com a raiz e tudo! Esta é a salvação de Jesus, com o seu amor e a sua mansidão. E sentindo o que diz João Baptista, que dá testemunho de Jesus como Salvador, devemos crescer na confiança em Jesus.

Muitas vezes temos confiança num médico: e isto é bom, porque o médico existe para nos curar; temos confiança numa pessoa: os irmãos e as irmãs podem ajudar-nos. É bom nutrir entre nós esta confiança humana. Contudo, nós esquecemos a confiança no Senhor: esta é a chave do sucesso da vida. A confiança no Senhor! Confiemos no Senhor! «Senhor, vê a minha vida: estou na escuridão, tenho que enfrentar esta dificuldade, cometi este pecado...»; tudo o que nós temos: «Olha para isto: eu confio em ti!». E esta é uma aposta que nós devemos fazer: confiar nele, que nunca desilude. Nunca, jamais! Ouvi bem, vós rapazes e moças, que começais a vida agora: Jesus nunca desilude. Nunca! Este é o testemunho de João: Jesus, o bom, o manso, que terminará como um cordeiro, morto. Sem gritar. Ele veio para nos salvar, para tirar o pecado. O meu, o teu e aquele do mundo: tudo, tudo!

E agora convido-vos a fazer algo: fechemos os olhos, imaginemos aquela cena ali, à margem do rio; enquanto João batiza, Jesus passa. E ouçamos a voz de João: «Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!». Contemplemos Jesus e, em silêncio, cada um de nós, diga algo a Jesus, do profundo do seu coração. Em silêncio! (Pausa de silêncio).

O Senhor Jesus, que é manso e bom - é um cordeiro - que veio para tirar os pecados, nos acompanhe ao longo do caminho da nossa vida. E assim seja!


Fonte: Santa Sé.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Ângelus do Papa: II Domingo do Tempo Comum - Ano A

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 19 de janeiro de 2014

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!
Com a Festa do Batismo do Senhor, celebrada no domingo passado, entramos no tempo litúrgico chamado «Comum». Neste II Domingo, o Evangelho apresenta-nos a cena do encontro entre Jesus e João Batista, à margem do rio Jordão (Jo 1,29-34). Quem a narra é a testemunha ocular, João Evangelista, que antes de ser discípulo de Jesus era discípulo de João Batista, juntamente com o seu irmão Tiago, com Simão e André, todos da Galileia, todos pescadores. Portanto, João Batista vê Jesus que se aproxima no meio da multidão e, inspirado pelo Alto, reconhece nele o Enviado de Deus; por isso, indica-o como as seguintes palavras: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!» (v. 29).

Literalmente, o verbo que é traduzido como «tira» significa «levantar», «carregar sobre si». Jesus veio ao mundo para cumprir uma missão específica: para o libertar da escravidão do pecado, assumindo as culpas da humanidade. De que forma? Amando. Não há outro modo para vencer o mal e o pecado, a não ser através do amor, que impele ao dom da própria vida pelo próximo. No testemunho de João Batista, Jesus manifesta as características do Servo do Senhor, que «tomou sobre si as nossas enfermidades, carregou os nossos sofrimentos» (Is 53,4), a ponto de morrer na Cruz. Ele é o verdadeiro Cordeiro pascal, que mergulha no rio dos nossos pecados para nos purificar.

João Batista vê diante de si um homem que se põe em fila juntamente com os pecadores para se fazer batizar, embora não tivesse necessidade de o fazer. Um homem que Deus enviou ao mundo como Cordeiro imolado. No Novo Testamento o termo «cordeiro» aparece várias vezes, e sempre em referência a Jesus. Esta imagem do cordeiro poderia causar admiração; com efeito, um animal que certamente não se caracteriza pela força nem pela robusteza carrega sobre os seus ombros um peso tão oprimente. A massa enorme do mal é levantada e carregada por uma criatura débil e frágil, símbolo de obediência, docilidade e amor inerme, que chega até ao sacrifício de si. O cordeiro não é um dominador, mas é dócil; não é agressivo, mas pacífico; não mostra as garras nem os dentes diante de qualquer ataque, mas suporta e é remissivo. Assim é Jesus! Assim é Jesus, como um cordeiro!

Que significa para a Igreja, para nós hoje, ser discípulos de Jesus, Cordeiro de Deus? Significa pôr no lugar da malícia a inocência, no lugar da força o amor, no lugar da soberba a humildade, no lugar do prestígio o serviço. E uma boa obra! Nós, cristãos, temos que agir assim: pôr no lugar da malícia a inocência, no lugar da força o amor, no lugar da soberba a humildade, no lugar do prestígio o serviço. Ser discípulo do Cordeiro significa não viver como que numa «cidadela cercada», mas como numa cidade posta sobre o monte, aberta, hospitaleira e solidária. Quer dizer não assumir atitudes de fechamento, mas propor o Evangelho a todos, dando testemunho com a nossa própria vida de que seguir Jesus nos torna mais livres e mais jubilosos.


Fonte: Santa Sé.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

II Catequese do Papa sobre o Batismo

PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2014

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!
Na quarta-feira passado demos início a uma breve série de catequeses sobre os Sacramentos, começando pelo Baptismo. E também hoje gostaria de meditar sobre o Baptismo, para ressaltar um fruto muito importante deste Sacramento: ele leva-nos a ser membros do Corpo de Cristo e do Povo de Deus. S. Tomás de Aquino afirma que quantos recebem o Baptismo são incorporados a Cristo quase como seus próprios membros e agregados à comunidade dos fiéis (cf. Summa Theologiae, III, q. 69, art. 5; q. 70, art. 1), ou seja, ao Povo de Deus. Na escola do Concílio Vaticano II, hoje dizemos que o Baptismo nos faz entrar no Povo de Deus, levando-nos a ser membros de um Povo a caminho, um Povo peregrino na história.
Com efeito, assim como a vida se transmite de geração em geração, também de geração em geração, através do renascimento na pia baptismal, é transmitida a graça, e com esta graça o Povo cristão caminha no tempo como um rio que irriga a terra e propaga no mundo a bênção de Deus. Desde que Jesus disse o que ouvimos do Evangelho, os discípulos partiram para baptizar; e desde aquela época até hoje há uma cadeia na transmissão da fé mediante o Baptismo. E cada um de nós é um elo daquela corrente: um passo em frente, sempre; como um rio que irriga. Assim é a graça de Deus, assim é a nossa fé, que devemos transmitir aos nossos filhos, às crianças, para que elas, quando forem adultas, possam transmiti-la aos seus filhos. Assim é o baptismo. Porquê? Porque o baptismo nos faz entrar neste Povo de Deus, que transmite a fé. Isto é deveras importante. Um Povo de Deus que caminha e transmite a fé.
Em virtude do Baptismo nós tornamo-nos discípulos missionários, chamados a levar o Evangelho ao mundo (cf. Exortação Apostólica Evangelii gaudium, 120). «Cada um dos baptizados, independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito activo de evangelização... A nova evangelização deve implicar um novo protagonismo» (ibid.) da parte de todos, de todo o Povo de Deus, um novo protagonismo de cada baptizado. O Povo de Deus é um Povo discípulo - porque recebe a fé - e missionário - porque transmite a fé. É isto que o Baptismo faz entre nós: confere-nos a Graça, transmite-nos a Fé. Todos na Igreja somos discípulos, e somo-lo sempre, a vida inteira; e todos nós somos missionários, cada qual no lugar que o Senhor lhe confiou. Todos: até o mais pequenino é missionário; e aquele que parece maior é discípulo. Mas algum de vós dirá: «Os Bispos não são discípulos, eles sabem tudo; o Papa sabe tudo, e não é discípulo». Não, até os bispos e o Papa devem ser discípulos, pois se não forem discípulos não farão o bem, não poderão ser missionários nem transmitir a fé. Todos nós somos discípulos e missionários.
Existe um vínculo indissolúvel entre as dimensões mística e missionária da vocação cristã, ambas arraigadas no Baptismo. «Ao receber a fé e o batismo, os cristãos acolhem a ação do Espírito Santo, que leva a confessar a Jesus como Filho de Deus e a chamar Deus “Abba”, Pai. Todos os batizados e batizadas... são chamados a viver e a transmitir a comunhão com a Trindade, pois “a evangelização é um chamado à participação da comunhão trinitária”» (Documento final de Aparecida, n. 157).
Ninguém se salva sozinho. Somos uma comunidade de fiéis, somos Povo de Deus e nesta comunidade experimentamos a beleza de compartilhar a experiência de um amor que nos precede a todos, mas que ao mesmo tempo nos pede para ser «canais» da graça uns para os outros, apesar dos nossos limites e pecados. A dimensão comunitária não é apenas uma «moldura», um «contorno», mas constitui uma parte integrante da vida cristã, do testemunho e da evangelização. A fé cristã nasce e vive na Igreja, e no Baptismo as famílias e as paróquias celebram a incorporação de um novo membro a Cristo e ao seu corpo, que é a Igreja (cf. ibid., n. 175b).
A propósito da importância do Baptismo para o Povo de Deus, é exemplar a história da comunidade cristã no Japão. Ela padeceu uma perseguição árdua no início do século XVII. Houve numerosos mártires, os membros do clero foram expulsos e milhares de fiéis foram assassinados. No Japão não permaneceu nem sequer um sacerdote, todos foram expulsos. Então, a comunidade retirou-se na clandestinidade, conservando a fé e a oração no escondimento. E quando nascia um filho, o pai ou a mãe baptizavam-no, pois todos os fiéis podem baptizar em circunstâncias particulares. Quando, depois de cerca de dois séculos e meio, 250 anos mais tarde, os missionários voltaram para o Japão, milhares de cristãos saíram do escondimento e a Igreja conseguiu reflorescer. Sobreviveram com a graça do seu Baptismo! Isto é grande: o Povo de Deus transmite a fé, baptiza os seus filhos e vai em frente. E apesar do segredo, mantiveram um vigoroso espírito comunitário, porque o Baptismo os tinha levado a constituir um único corpo em Cristo: viviam isolados e escondidos, mas eram sempre membros do Povo de Deus, membros da Igreja. Podemos aprender muito desta história!


Fonte: Santa Sé

Divina Liturgia na Festa de São Basílio na Ucrânia

No último dia 14 de Janeiro, Sua Beatitude Dom Sviatoslav Shevshuk, Arcebispo Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana celebrou na Igreja de São Basílio em Kiev a Divina Liturgia na Festa da Circuncisão do Senhor e São Basílio, segundo o calendário juliano.

"Bendito seja o reino..."
Litania da Paz


Bênção pontifical

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Ângelus do Papa: Batismo do Senhor - Ano A

Festa do Batismo do Senhor
Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 12 de janeiro de 2014

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje é a Festa do Batismo do Senhor, e pela manhã batizei trinta e dois recém-nascidos. Dou graças ao Senhor, juntamente convosco, por estas criaturas e por cada nova vida. Eu gosto de batizar crianças. Gosto muito! Cada criança que nasce é um dom de alegria e de esperança, e cada criança que é batizada constitui um prodígio da fé e uma festa para a família de Deus.

A página do Evangelho de hoje ressalta que, quando Jesus recebeu o batismo de João no rio Jordão, «eis que os céus se lhe abriram» (Mt 3,16). Isto realiza as profecias. Com efeito, há uma invocação que a Liturgia nos faz repetir no tempo de Advento: «Oh! Se rasgásseis os céus, se descêsseis!» (Is 64,1). Se os céus permanecessem fechados, o nosso horizonte nesta vida terrena seria obscuro, sem esperança. Ao contrário, celebrando o Natal, a fé confere-nos mais uma vez a certeza de que os céus se rasgaram com a vinda de Jesus. E no dia do batismo de Cristo ainda contemplamos os céus abertos. A manifestação do Filho de Deus na terra assinala o início do grande tempo da misericórdia, depois que o pecado tinha fechado os céus, elevando como que uma barreira entre o ser humano e o seu Criador. Com o nascimento de Jesus abrem-se os céus! Deus concede-nos em Cristo a garantia de um amor indestrutível. Portanto, desde que o Verbo se fez carne é possível ver os céus abertos. Foi possível para os pastores de Belém, para os Magos do Oriente, para João Batista, para os Apóstolos de Jesus, para santo Estêvão, o protomártir que exclamou: «Eis que contemplo os céus abertos!» (At 7,56). E será possível também para cada um de nós, se nos deixarmos invadir pelo amor de Deus, que nos é concedido pela primeira vez mediante o Batismo, por meio do Espírito Santo. Deixemo-nos invadir pelo amor de Deus! Este é o grande tempo da misericórdia! Não o esqueçais: este é o grande tempo da misericórdia!

Quando Jesus recebeu o batismo de penitência de João Batista, solidarizando com o povo penitente - Ele, sem pecado e não necessitado de conversão - Deus Pai fez ouvir a sua voz descida do céu: «Eis o meu Filho muito amado, em quem pus a minha complacência!» (v. 17). Jesus recebe a aprovação do Pai celeste, que O enviou precisamente para que aceitasse compartilhar a nossa condição, a nossa pobreza. Compartilhar é o verdadeiro modo de amar. Jesus não se dissocia de nós, considera-nos irmãos e compartilha conosco. E assim, juntamente com Ele, torna-nos filhos de Deus Pai. Esta é a revelação e a fonte do amor autêntico. E este é o grande tempo da misericórdia!

Não vos parece que, neste nosso tempo, há necessidade de um suplemento de partilha fraternal e amorosa? Não vos parece que todos nós precisamos de um suplemento de caridade? Não daquela que se contenta com a ajuda extemporânea, que não compromete, que não põe em jogo, mas daquela caridade que compartilha, que assume as dificuldades e o sofrimento do irmão. Que sabor adquire a vida, quando nos deixamos inundar pelo amor de Deus!

Peçamos à Virgem Santa que nos sustente com a sua intercessão no nosso compromisso de seguir Cristo ao longo do caminho da fé e da caridade, na senda traçada pelo nosso Batismo.

Batismo do Senhor (Pietro Perugino)


Fonte: Santa Sé.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Fotos da Festa do Batismo do Senhor no Vaticano

No último dia 12 de janeiro, Sua Santidade o Papa Francisco celebrou na Capela Sistina a Santa Missa da Festa do Batismo do Senhor, durante a qual administrou o Sacramento do Batismo a 32 crianças.

Assistido pelos Monsenhores Guido Marini e Pier Enrico Stefanetti, o Santo Padre celebrou a Missa "versus Deum", isto é, voltado para o altar da Capela, pela primeira vez em seu pontificado.

O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Sinal da cruz sobre os catecúmenos

Homilia
Batismo

Homilia do Papa na Festa do Batismo do Senhor

FESTA DO BATISMO DO SENHOR
CELEBRAÇÃO DA SANTA MISSA E BATISMO DE ALGUMAS CRIANÇAS
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Capela Sistina
Domingo, 12 de Janeiro de 2014

Jesus não tinha necessidade de ser baptizado, mas os primeiros teólogos afirmam que, com o seu corpo, com a sua divindade, no baptismo benzeu todas as águas, para que as águas tivessem o poder de conferir o Baptismo.
E em seguida, antes de subir ao Céu, Jesus disse-nos para ir por todo o mundo a baptizar. E a partir daquele momento, até aos dias de hoje, esta é uma cadeia ininterrupta: baptizavam-se os filhos, e depois os filhos baptizavam os filhos, e os filhos... E ainda hoje esta corrente continua.
Estas crianças são o elo de uma corrente. Vós, pais, tendes um filho ou uma filha para baptizar, mas daqui a alguns anos serão eles que terão um filho para baptizar, ou um pequeno neto... Esta é a cadeia da fé! O que significa isto? Só gostaria de vos dizer o seguinte: vós sois aqueles que transmitem a fé, os transmissores; vós tendes o dever de transmitir a fé a estas crianças. Eis a herança mais bonita que vós lhes deixareis: a fé! Somente isto. Hoje, levai este pensamento para casa. Nós temos o dever de ser transmissores da fé. Pensai nisto, pensai sempre sobre o modo de transmitir a fé aos vossos filhos.
Hoje o coro canta, mas o coro mais bonito é este das crianças, que fazem barulho... Algumas choram, porque não se sentem à vontade ou porque têm fome: mães, se elas têm fome, dai-lhes de comer, tranquilas, porque aqui elas são as protagonistas. E agora, com esta consciência de ser transmissores da fé, continuemos a cerimónia do Baptismo.


Fonte: Santa Sé

I Catequese do Papa sobre o Batismo

PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje começamos uma série de Catequeses sobre os Sacramentos, e a primeira diz respeito ao Baptismo. Por uma feliz coincidência, no próximo domingo celebra-se precisamente a festa do Baptismo do Senhor.
O Baptismo é o sacramento sobre o qual se fundamenta a nossa própria fé e que nos insere como membros vivos em Cristo e na sua Igreja. Juntamente com a Eucaristia e com a Confirmação forma a chamada «Iniciação cristã», a qual constitui como que um único, grande evento sacramental que nos configura com o Senhor e nos torna um sinal vivo da sua presença e do seu amor.
Pode surgir em nós uma pergunta: mas o Baptismo é realmente necessário para viver como cristãos e seguir Jesus? Não é no fundo um simples rito, uma acto formal da Igreja para dar o nome ao menino ou à menina? É uma pergunta que pode surgir. E a este propósito, é esclarecedor quanto escreve o apóstolo Paulo: «Ignorais, porventura, que todos nós, que fomos baptizados em Jesus Cristo, fomos baptizados na Sua morte? Pelo baptismo sepultámo-nos juntamente com Ele, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, mediante a glória do Pai, assim caminhemos nós também numa vida nova» (Rm 6, 3-4). Por conseguinte, não é uma formalidade! É um acto que diz profundamente respeito à nossa existência. Uma criança baptizada ou uma criança não baptizada não é a mesma coisa. Uma pessoa baptizada ou uma pessoa não baptizada não é a mesma coisa. Nós, com o Baptismo, somos imergidos naquela fonte inesgotável de vida que é a morte de Jesus, o maior acto de amor de toda a história; e graças a este amor podemos viver uma vida nova, já não à mercê do mal, do pecado e da morte, mas na comunhão com Deus e com os irmãos.
Muitos de nós não recordam minimamente a celebração deste Sacramento, e é óbvio, se fomos baptizados pouco depois do nascimento. Fiz esta pergunta duas ou três vezes, aqui, na praça: quem de vós conhece a data do próprio Baptismo, levante a mão. É importante conhecer o dia no qual eu fui imergido precisamente naquela corrente de salvação de Jesus. E permito-me dar um conselho. Mas, mais do que um conselho, trata-se de uma tarefa para hoje. Hoje, em casa, procurai, perguntai a data do Baptismo e assim sabereis bem o dia tão bonito do Baptismo. Conhecer a data do nosso Baptismo significa conhecer uma data feliz. Mas o risco de não o conhecer significa perder a memória daquilo que o Senhor fez em nós, a memória do dom que recebemos. Então acabamos por considerá-lo só como um evento que aconteceu no passado - e nem devido à nossa vontade, mas à dos nossos pais - por conseguinte, já não tem incidência alguma sobre o presente. Devemos despertar a memória do nosso Baptismo. Somos chamados a viver o nosso Baptismo todos os dias, como realidade actual na nossa existência. Se seguimos Jesus e permanecemos na Igreja, mesmo com os nossos limites, com as nossa fragilidades e os nossos pecados, é precisamente graças ao Sacramento no qual nos tornámos novas criaturas e fomos revestidos de Cristo. Com efeito, é em virtude do Baptismo que, libertados do pecado original, somos inseridos na relação de Jesus com Deus Pai; que somos portadores de uma esperança nova, porque o Baptismo nos dá esta nova esperança: a esperança de percorrer o caminho da salvação, a vida inteira. E esta esperança que nada e ninguém pode desiludir, porque a esperança não decepciona. Recordai-vos: a esperança no Senhor nunca desilude. É graças ao Baptismo que somos capazes de perdoar e amar também quem nos ofende e nos faz mal; que conseguimos reconhecer nos últimos e nos pobres o rosto do Senhor que nos visita e se faz próximo. O Baptismo ajuda-nos a reconhecer no rosto dos necessitados, dos sofredores, também do nosso próximo, a face de Jesus. Tudo isto é possível graças à força do Baptismo!
Um último elemento, que é importante. E faço uma pergunta: uma pessoa pode baptizar-se a si mesma? Ninguém pode baptizar-se a si mesma! Ninguém. Podemos pedi-lo, desejá-lo, mas temos sempre a necessidade de alguém que nos confira este Sacramento em nome do Senhor. Porque o Baptismo é um dom que é concedido num contexto de solicitude e de partilha fraterna.
Ao longo da história sempre um baptiza outro, outro, outro... é uma corrente. Uma corrente de Graça. Mas, eu não me posso baptizar sozinho: devo pedir o Baptismo a outra pessoa. É um acto de fraternidade, uma acto de filiação à Igreja. Na celebração do Baptismo podemos reconhecer os traços mais característicos da Igreja, a qual como uma mãe continua a gerar novos filhos em Cristo, na fecundidade do Espírito Santo.
Peçamos então de coração ao Senhor podermos para experimentar cada vez mais, na vida diária, esta graça que recebemos com o Baptismo. Que os nossos irmãos ao encontrar-nos possam encontrar verdadeiros filhos de Deus, verdadeiros irmãos e irmãs de Jesus Cristo, verdadeiros membros da Igreja. E não esqueçais a tarefa de hoje: procurar, perguntar a data do próprio Baptismo. Assim como eu conheço a data do meu nascimento, devo conhecer também a data do meu Baptismo, porque é um dia de festa.


Fonte: Santa Sé

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Ângelus do Papa: Solenidade da Epifania do Senhor 2014

Solenidade da Epifania do Senhor
Papa Francisco
Ângelus
Segunda-feira, 06 de janeiro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje celebramos a Epifania, isto é, a «manifestação» do Senhor. Esta Solenidade está ligada à narração bíblica da vinda dos magos do Oriente a Belém para prestar homenagem ao Rei dos Judeus: um episódio que o Papa Bento XVI comentou magnificamente no seu livro sobre a Infância de Jesus. Aquela foi precisamente a primeira «manifestação» de Cristo aos povos. Por isso a Epifania evidencia a abertura universal da salvação trazida por Jesus. A Liturgia deste dia aclama: «As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!», porque Jesus veio para todos nós, para todos os povos, para todos!

Com efeito, esta festa faz-nos ver um movimento duplo: por um lado o movimento de Deus rumo ao mundo, à humanidade - toda a história da salvação, que culmina em Jesus - e por outro, o movimento dos homens em direção a Deus - pensemos nas religiões, na busca da verdade, no caminho dos povos rumo à paz, à paz interior, à justiça e à liberdade. E este duplo movimento é suscitado por uma atração recíproca. Da parte de Deus, o que o atrai? É o amor por nós: somos seus filhos; Ele ama-nos e quer libertar-nos do mal, das doenças, da morte, e levar-nos para a sua casa, para o seu reino. «Deus, por pura graça, atrai-nos para nos unir a Si» (Exortação Apostólica Evangelii gaudium, n. 112). E existe também da nossa parte um amor, um desejo: o bem atrai-nos sempre, a verdade atrai-nos, a vida, a felicidade, a beleza atraem-nos... Jesus é o ponto de encontro desta atração recíproca, e deste movimento duplo. É Deus e homem: Jesus. Deus e homem. Mas quem toma a iniciativa? Sempre Deus! O amor de Deus vem sempre antes do nosso! Ele toma sempre a iniciativa. Ele espera-nos, convida-nos, a iniciativa é sempre sua. Jesus é Deus que se fez homem, se encarnou, nasceu para nós. A estrela nova que apareceu aos magos era o sinal do nascimento de Cristo. Se não tivessem visto a estrela, aqueles homens não teriam partido. A luz precede-nos, a verdade precede-nos, a beleza precede-nos. Deus precede-nos. O profeta Isaías dizia que Deus é como a flor da amendoeira. Por quê? Porque naquela terra a amendoeira é a primeira árvore que floresce. E Deus precede-nos, procura-nos sempre primeiro, Ele dá o primeiro passo. Deus precede-nos sempre. A sua graça precede-nos e esta graça surgiu em Jesus. Ele é a epifania. Ele, Jesus Cristo, é a manifestação do amor de Deus. Está conosco.

A Igreja inteira está dentro deste movimento de Deus para com o mundo: a sua alegria é o Evangelho, é refletir a luz de Cristo. A Igreja é o povo de quantos experimentaram esta atração e a trazem dentro de si, no coração e na vida. «Gostaria - sinceramente - gostaria de dizer àqueles que se sentem distantes de Deus e da Igreja - dizer respeitosamente - àqueles que têm medo e são indiferentes: o Senhor chama também a ti, chama-te para fazer parte do seu povo e o faz com grande respeito e amor!» (ibid., n. 113) O Senhor te chama. O Senhor te procura. O Senhor te espera. O Senhor não faz proselitismo, oferece amor, e este amor procura-te, espera-te, tu que neste momento não crês ou estás distante. Este é o amor de Deus.

Peçamos a Deus, por toda a Igreja, peçamos a alegria de evangelizar, porque «por Cristo foi enviada a revelar e a comunicar a caridade de Deus a todos os povos» (Decreto Ad gentes, n. 10). A Virgem Maria nos ajude a sermos todos discípulos-missionários, pequenas estrelas que refletem a sua luz. E rezemos a fim de que os corações se abram para receber o anúncio, e todos os homens sejam «participantes da promessa por meio do Evangelho» (Ef 3,6).


Fonte: Santa Sé.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Fotos da Solenidade da Epifania no Vaticano

No último dia 06 de janeiro, Sua Santidade o Papa Francisco celebrou na Basílica Vaticana a Santa Missa na solenidade da Epifania do Senhor.

O Santo Padre foi assistido pelos Monsenhores Guido Marini e Marco Agostini. O livreto de celebração pode ser visto aqui.

Procissão de entrada
Incensação da imagem da Virgem Maria
Evangelho


Homilia do Papa: Solenidade da Epifania do Senhor 2014

Santa Missa na Solenidade da Epifania do Senhor
Homilia do Papa Francisco
Basílica Vaticana
Segunda-feira, 06 de Janeiro de 2014

«Lumen requirunt lumine». Esta sugestiva frase de um hino litúrgico da Epifania refere-se à experiência dos Magos: seguindo uma luz, eles procuram a Luz. A estrela aparecida no céu acende, nas suas mentes e corações, uma luz que os move à procura da grande Luz de Cristo. Os Magos seguem fielmente aquela luz, que os penetra interiormente, e encontram o Senhor.

Neste percurso dos Magos do Oriente, está simbolizado o destino de cada homem: a nossa vida é um caminhar, guiado pelas luzes que iluminam a estrada, para encontrar a plenitude da verdade e do amor, que nós, cristãos, reconhecemos em Jesus, Luz do mundo. E, como os Magos, cada homem dispõe de dois grandes «livros» donde tirar os sinais para se orientar na peregrinação: o livro da criação e o livro das Sagradas Escrituras. Importante é estar atento, velar, ouvir Deus que nos fala - sempre nos fala. Como diz o Salmo, referindo-se à Lei do Senhor: «A tua palavra é farol para os meus passos e luz para os meus caminhos» (Sl 118,105). E, de modo especial, o ouvir o Evangelho, lê-lo, meditá-lo e fazer dele nosso alimento espiritual permite-nos encontrar Jesus vivo, ter experiência d’Ele e do seu amor.

A 1ª Leitura faz ressoar, pela boca do profeta Isaías, este apelo de Deus a Jerusalém: «Ergue-te e sê iluminada!» (Is 60,1). Jerusalém é chamada a ser a cidade da luz, que irradia sobre o mundo a luz de Deus e ajuda os homens a seguirem os seus caminhos. Esta é a vocação e a missão do Povo de Deus no mundo. Mas Jerusalém pode falhar a esta chamada do Senhor. Diz-nos o Evangelho que, chegados a Jerusalém, os Magos deixaram de ver a estrela durante algum tempo. Já não a viam. Em particular, a sua luz está ausente no palácio do rei Herodes: aquela habitação é tenebrosa; lá reinam a escuridão, a desconfiança, o medo, a inveja. Efetivamente Herodes mostra-se apreensivo e preocupado com o nascimento de um frágil Menino, que ele sente como rival. Na realidade, Jesus não veio para derrubar um miserável fantoche como ele, mas o Príncipe deste mundo! Todavia o rei e os seus conselheiros sentem fender-se os suportes do seu poder, temem que sejam invertidas as regras do jogo, desmascaradas as aparências. Todo um mundo construído sobre o domínio, o sucesso, a riqueza, a corrupção é posto em crise por um Menino! E Herodes chega ao ponto de matar os meninos: «Tu matas o corpo das crianças, porque o temor te matou o coração», escreve São Quodvultdeus (Sermão 2 sobre o Símbolo: PL 40, 655). É assim: tinha medo e, com este medo, enlouqueceu.

Os Magos souberam superar aquele perigoso momento de escuridão junto de Herodes, porque acreditaram nas Escrituras, na palavra dos profetas que indicava Belém como o local do nascimento do Messias. Assim escaparam do torpor da noite do mundo, retomaram a estrada para Belém e lá viram de novo a estrela, e o Evangelho diz que sentiram uma «enorme alegria» (Mt 2,10). Precisamente a estrela que não se via na escuridão da mundanidade daquele palácio.

Entre os vários aspectos da luz, que nos guia no caminho da fé, inclui-se também uma santa «astúcia». Também esta é uma virtude: a «astúcia» santa. Trata-se daquela sagacidade espiritual que nos permite reconhecer os perigos e evitá-los. Os Magos souberam usar esta luz feita de «astúcia» quando, no caminho de regresso, decidiram não passar pelo palácio tenebroso de Herodes, mas seguir por outra estrada. Estes sábios vindos do Oriente ensinam-nos o modo de não cair nas ciladas das trevas e defender-nos da obscuridade que teima em envolver a nossa vida. Com esta «astúcia» santa, eles  guardaram a fé. Também nós devemos guardar a fé. Guardá-la daquela escuridão, se bem que, muitas vezes, é uma escuridão travestida de luz! Porque às vezes o demónio, diz São Paulo, veste-se de anjo de luz. Daí ser necessária uma santa «astúcia», para guardar a fé, guardá-la do canto das sereias que te dizem: “Olha! Hoje devemos fazer isto, aquilo...” Mas, a fé é uma graça, é um dom. Compete-nos a nós guardá-la com esta «astúcia» santa, com a oração, com o amor, com a caridade. É preciso acolher no nosso coração a luz de Deus e, ao mesmo tempo, cultivar aquela astúcia espiritual que sabe combinar simplicidade e argúcia, como Jesus pede aos discípulos: «Sede, pois, prudentes como as serpentes e simples como as pombas»  (Mt 10,16).

Na festa da Epifania, em que recordamos a manifestação de Jesus à humanidade no rosto dum Menino, sentimos ao nosso lado os Magos como sábios companheiros de estrada. O seu exemplo ajuda-nos a levantar os olhos para a estrela e seguir os anseios grandes do nosso coração. Ensinam-nos a não nos contentarmos com uma vida medíocre, sem «grandes voos», mas a deixarmo-nos sempre fascinar pelo que é bom, verdadeiro, belo... por Deus, que é tudo isso elevado ao máximo! E ensinam-nos a não nos deixarmos enganar pelas aparências, por aquilo que, aos olhos do mundo, é grande, sábio, poderoso. É preciso não se deter aí. É necessário guardar a fé. Neste tempo, isto é muito importante: guardar a fé. É preciso ir mais além, além da escuridão, além do fascínio das sereias, além da mundanidade, além de muitas modernidades que existem hoje, ir rumo a Belém, onde, na simplicidade duma casa de periferia, entre uma mãe e um pai cheios de amor e de fé, brilha o Sol nascido do alto, o Rei do universo. Seguindo o exemplo dos Magos, com as nossas pequenas luzes, procuramos a Luz e guardamos a fé. Assim seja!


Fonte: Santa Sé.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Papa Francisco criará 19 novos Cardeais

Na manhã de hoje, 12 de janeiro de 2014, durante a tradicional oração do Ângelus, o Papa Francisco anunciou que no próximo dia 22 de fevereiro, Festa da Cátedra de São Pedro, presidirá o primeiro Consistório para criação de Cardeais de seu pontificado.

Serão criados 16 Cardeais eleitores (com menos de 80 anos) e três Cardeais não eleitores (com mais de 80 anos).

Os 16 novos Cardeais eleitores , provenientes de 12 países, serão:

1. Dom Pietro Parolin (59 anos), Secretário de Estado da Santa Sé

2. Dom Lorenzo Baldisseri (73 anos), Secretário Geral do Sínodo dos Bispos
(Núncio Apostólico no Brasil de 2002 a 2012)

3. Dom Gerhard Ludwig Müller (66 anos), Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé

4. Dom Beniamino Stella (72 anos), Prefeito da Congregação para o Clero

5. Dom Vicente Gerard Nichols (68 anos), Arcebispo de Westminster (Inglaterra)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Vídeos das celebrações do Papa no Segundo Semestre de 2013

Seguem abaixo os vídeos das celebrações presididas por Sua Santidade o Papa Francisco no segundo semestre (julho a dezembro) do ano de 2013:

Missa com os Seminaristas e Noviças
07.07.2013

Missa na Visita a Lampedusa (Itália)
08.07.2013

Missa no Santuário de Aparecida (Brasil)
24.07.2013

Cerimônia de acolhida da JMJ
25.07.2013

Via Sacra na JMJ
26.07.2013


Ângelus do Papa: II Domingo depois do Natal 2014

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 05 de janeiro de 2014

Estimados irmãos e irmãs bom dia!
A Liturgia deste domingo propõe-nos, no Prólogo do Evangelho de São João, o significado mais profundo do Natal de Jesus. Ele é a Palavra de Deus que se fez homem e estabeleceu a sua «tenda», a sua morada entre os homens. Escreve o evangelista: «O Verbo se fez carne e veio habitar no meio de nós» (Jo 1,14). Nestas palavras, que sempre nos causam admiração, está todo o Cristianismo! Deus fez-se mortal, frágil como nós, partilhou a nossa condição humana, exceto no pecado, mas assumiu sobre si os nossos pecados, como se fossem próprios. Entrou na nossa história, tornou-se plenamente Deus-conosco! Portanto, o nascimento de Jesus mostra-nos que Deus quis unir-se a cada homem e mulher, a cada um de nós, para nos comunicar a sua vida e a sua alegria.

Assim Deus é Deus conosco, Deus que nos ama, Deus que caminha conosco. Esta é a mensagem de Natal: o Verbo se fez carne. Deste modo o Natal revela-nos o amor imenso de Deus pela humanidade. Disto deriva também o entusiasmo, a esperança de nós, cristãos, que na pobreza sabemos que somos amados, visitados e acompanhados por Deus; e olhamos para o mundo e para a história como o lugar no qual caminhar juntamente com Ele e entre nós, rumo aos novos céus e à nova terra. Com o nascimento de Jesus nasceu uma promessa nova, nasceu um mundo novo, mas também um mundo que pode ser renovado sempre. Deus está sempre presente a suscitar homens novos, a purificar o mundo do pecado que o envelhece, do pecado que o corrompe. Mesmo que a história humana e pessoal de cada um de nós possa estar marcada pelas dificuldades e fragilidades, a fé na Encarnação diz-nos que Deus é solidário com o homem e com a sua história. Esta proximidade de Deus ao homem, a cada homem, a cada um de nós, é um dom que nunca acaba! Ele está conosco! Ele é Deus conosco! E esta proximidade nunca acaba. Eis o alegre anúncio do Natal: a luz divina, que inundou os corações da Virgem Maria e de São José, e guiou os passos dos pastores e magos, brilha também hoje para nós.

No mistério da Encarnação do Filho de Deus há também um aspecto ligado à liberdade humana, à liberdade de cada um de nós. De fato, o Verbo de Deus coloca a sua tenda entre nós, pecadores e carentes de misericórdia. E todos nós devemos apressar-nos a receber a graça que Ele nos oferece. Ao contrário, continua o Evangelho de São João «os seus não o ouviram» (v. 11). Também nós muitas vezes o rejeitamos, preferimos permanecer no fechamento dos nossos erros e na angústia dos nossos pecados. Mas Jesus não desiste e não cessa de se oferecer a si mesmo e a sua graça que nos salva! Jesus é paciente, sabe esperar, espera-nos sempre. Esta é uma mensagem de esperança, uma mensagem de salvação, antiga e sempre nova. E nós somos chamados a testemunhar com alegria esta mensagem do Evangelho da vida, do Evangelho e da luz, da esperança e do amor. Porque a mensagem de Jesus é: vida, luz, esperança e amor.

Maria, Mãe de Deus e nossa terna Mãe, nos apoie sempre para que permaneçamos fiéis à vocação cristã e possamos realizar os desejos de justiça e paz que trazemos em nós no início deste novo ano.

Depois do Ângelus:

Irmãos e irmãs
No clima de alegria, típico deste tempo natalício, desejo anunciar que de 24 a 26 de maio próximo, se Deus quiser, realizarei uma peregrinação à Terra Santa. A finalidade principal é comemorar o histórico encontro entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, realizado exatamente a 05 de janeiro, como hoje, há 50 anos. As etapas são três: Aman, Belém e Jerusalém. Três dias. Junto do Santo Sepulcro celebraremos um Encontro Ecumênico com todos os representantes das Igrejas cristãs de Jerusalém, juntamente com o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla. Desde já vos peço que rezeis por esta peregrinação, que será uma peregrinação de oração.


Fonte: Santa Sé.

Observação: No Brasil celebramos neste domingo a Solenidade da Epifania do Senhor, transferida do dia 06 de janeiro.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Ângelus do Papa: Solenidade da Santa Mãe de Deus 2014

Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus
47º Dia Mundial da Paz
Papa Francisco
Ângelus
Quarta-feira, 1º de janeiro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia e bom ano!
No início do novo ano dirijo a todos vós os bons votos mais cordiais de paz e de todo bem. Os meus votos são os da Igreja, são os votos cristãos! Não estão relacionados ao sentido meio mágico e fatalista de um novo ciclo que inicia. Sabemos que a história tem um centro: Jesus Cristo, Encarnado, Morto e Ressuscitado, que está vivo no meio de nós; tem um fim: o Reino de Deus, Reino de paz, justiça e liberdade no amor; e tem uma força que se move rumo a este fim: a força é o Espírito Santo. Todos nós temos o Espírito Santo que recebemos no Batismo, e Ele impele-nos a ir em frente na estrada da vida cristã, na estrada da história rumo ao Reino de Deus.

Este Espírito é o poder do amor que fecundou o ventre da Virgem Maria; e é o mesmo que anima os projetos e as obras de todos os construtores de paz. Onde estiver um homem ou mulher construtor de paz, é precisamente o Espírito Santo que o ajuda, o impele a promover a paz. Duas estradas que se cruzam hoje: Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz. Há oito dias ressoou o anúncio evangélico: «Glória a Deus e paz aos homens»; hoje ouvimo-lo de novo através da Mãe de Deus, que «conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração» (Lc 2,19), para fazer dele o nosso compromisso durante o ano que inicia.

O tema deste Dia Mundial da Paz é «Fraternidade, fundamento e caminho para a paz». Fraternidade: desenvolvi o tema em uma Mensagem, já publicada e que hoje vos entrego idealmente, no seguimento dos meus Predecessores, a partir de Paulo VI. Disto deriva para cada um a responsabilidade de agir a fim de que o mundo se torne uma comunidade de irmãos que se respeitem, se aceitem na própria diversidade e se cuidem uns aos outros. Somos chamados também a dar-nos conta das violências e injustiças presentes em muitas partes do mundo e que não podem nos deixar indiferentes ou imóveis: é necessário o compromisso de todos para construir uma sociedade verdadeiramente mais justa e solidária. Ontem recebi uma carta de um senhor, talvez um de vós, que ao me contar uma tragédia familiar, sucessivamente enumerava muitas tragédias e guerras de hoje, no mundo, e me perguntava: que acontece no coração do homem que faz tudo isto? E, no final, dizia: «É hora que acabe». Também eu acredito que nos fará bem acabar com esta estrada de violência e procurar a paz. Irmãos e irmãs, faço minhas as palavras desse homem: que acontece no coração do homem? Que acontece no coração da humanidade? É hora de acabar!

Hoje, de todos os cantos da terra, os crentes elevam orações para pedir ao Senhor o dom da paz e a capacidade de a levar em todos os âmbitos. Neste primeiro dia do ano, o Senhor nos ajude a dirigirmo-nos todos juntos com mais decisão para o caminho da justiça e da paz. E comecemos em casa! Justiça e paz em casa, entre nós. Comecemos em casa e depois nos alargamos a toda a humanidade. Mas devemos iniciar em casa. O Espírito Santo aja nos corações, abra os fechamentos e as durezas e conceda que nos enterneçamos diante da fragilidade do Menino Jesus. De fato, a paz requer a força da mansidão, a força não-violenta da verdade e do amor.

Nas mãos de Maria, Mãe do Redentor, coloquemos as nossas esperanças com confiança filial. A ela, que estende a sua maternidade a todos os homens, confiemos o grito de paz das populações oprimidas pela guerra e pela violência, para que a coragem do diálogo e da reconciliação prevaleça sobre as tentações de vingança, de prepotência e de corrupção. A ela peçamos que o Evangelho da fraternidade, anunciado e testemunhado pela Igreja, possa falar a cada consciência e abater os muros que impedem aos inimigos que se reconheçam irmãos.

Theotokos (Mãe de Deus) - Viktor Vasnetsov

Fonte: Santa Sé.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Fotos da Solenidade da Santa Mãe de Deus no Vaticano

No último dia 01 de janeiro, Sua Santidade o Papa Francisco celebrou na Basílica Vaticana a Santa Missa da Solenidade da Santa Mãe de Deus.

Assistido pelos Monsenhores Guido Marini e Jean-Pierre Kwambamba Masi, o Santo Padre usou uma casula branca com detalhes azuis, cor geralmente relacionada a Virgem Maria.

O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Procissão de entrada


Incensação da imagem brasileira da Virgem Maria
Ritos iniciais