segunda-feira, 30 de julho de 2012

Instituição de leitores e acólito em Frederico Westphalen

Neste domingo, 29 de julho, Dom Antônio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen (RS) presidiu na Catedral Diocesana a Celebração Eucarística no XVII Domingo do Tempo Comum, durante a qual instituiu dois leitores e um acólito dentre os seminaristas de sua diocese. Seguem algumas fotos:

Incensação da cruz
Saudação inicial
Durante os ritos iniciais
Evangelho
Breve homilia

O significado da Missa por Dom Fulton Sheen

Segue um vídeo no qual o Venerável Dom Fulton Sheen (1895-1979) fala sobre o significado da Missa:


"A Missa significa você alcançar o Calvário, segurando firme, com as suas mãos, a Cruz de Cristo com Ele pregado nela, e fincá-la aqui, hoje!"
(Venerável Fulton Sheen)


domingo, 29 de julho de 2012

O relicário

O relicário (do latim relicarium, lugar dos restos/relíquias) é um objeto, muito semelhante ao ostensório, no qual se colocam relíquias da Santa Cruz ou dos santos para a veneração dos fieis.


Por relíquia entende-se um fragmento da Santa Cruz ou dos corpos dos santos e beatos que, conforme definido pelo II Concílio de Niceia em 787, são dignos de nossa veneração.

O relicário, quando exposto à veneração dos fieis, nunca deve ser colocado sobre o altar, pois este destina-se exclusivamente ao Corpo e Sangue do Senhor. O relicário deve sempre ser colocado sobre uma mesa digna.


O relicário pode ser conduzido em procissão e ser utilizado para dar a bênção ao povo. Contudo, cuide-se que os fieis não deem demasiada importância às relíquias em detrimento da Eucaristia.

O pálio e a umbela

O pálio (do latim pallium, manto) é um manto sustentado por quatro ou mais hastes sob o qual se conduz o Santíssimo Sacramento exposto no ostensório em procissões fora da igreja.


O exemplo mais comum de uso do pálio é na procissão na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), ainda que possa ser utilizado em qualquer procissão eucarística. O sentido do pálio é manifestar reverência ao Santíssimo Sacramento e, de certa forma, protegê-lo quando é retirado da igreja.

Nas procissões eucarísticas que se fazem dentro da igreja, como na Missa da Ceia do Senhor, ao invés do pálio utiliza-se a umbela. A umbela (do latim umbella, guarda-chuva) é uma espécie de guarda-chuva sob o qual se conduz o Santíssimo Sacramento, seja no ostensório seja no cibório, dentro da igreja.


O termo "pálio" refere-se igualmente a uma insígnia episcopal, sobre a qual tratamos aqui

sábado, 28 de julho de 2012

A naveta

A naveta (do latim naveta, pequena nave, referência ao seu formato) é o vaso destinado a conter os grãos de incenso que são queimados nas celebrações solenes. É conduzida nas procissões por um acólito ou coroinha denominado naveteiro ou naviculário.


Para a Celebração Eucarística, antes da procissão de entrada, a naveta deve ser apresentada ao sacerdote para que este imponha o incenso sobre as brasas no turíbulo. Na procissão, o naveteiro caminha à esquerda do turiferário, à frente da procissão.

Chegando à frente do altar, o naveteiro faz uma reverência breve (inclinando apenas a cabeça) e aguarda com o turiferário à direita do altar a chegada do sacerdote e a incensação da cruz e do altar.


Nos demais momentos da celebração em que se usa o incenso (Evangelho, Apresentação das Oferendas e Sanctus) o naveteiro igualmente acompanha o turiferário, apresentando a naveta ao sacerdote ou diácono quando necessário.

Nas demais celebrações feitas com solenidade em que se utiliza o incenso, o naveteiro também acompanhe o turiferário seguindo as orientações dos livros litúrgicos para cada celebração.

O turíbulo

O turíbulo é um recipiente sustentado por quatro correntes no qual se queima incenso nas celebrações mais solenes. É conduzido nas procissões por um acólito ou coroinha denominado turiferário.


Para a Celebração Eucarística, o turíbulo deve ser preparado com brasas incandescentes. Antes da procissão de entrada, o sacerdote impõe incenso sobre as brasas e o turíbulo é conduzido, à frente da procissão, pelo turiferário.

Chegando à frente do altar, o turiferário faz uma reverência breve (inclinando apenas a cabeça) e aguarda à direita do altar a chegada do sacerdote, que passa a incensar o altar, a cruz e a imagem do padroeiro da igreja, lançando o turíbulo à frente como prescrito nos livros litúrgicos.


Para a aclamação ao Evangelho, o turiferário precede o diácono com o Livro dos Evangelhos até o ambão e aí permanece durante toda a proclamação do Evangelho.

No momento da Apresentação das Oferendas, o turiferário coloca-se à direita do altar até que o sacerdote imponha incenso no turíbulo e passe a incensar as oblatas, o altar e a cruz. Em seguida, o diácono ou o próprio turiferário incensa o sacerdote e o povo.


Durante o canto do Sanctus, o turiferário dirige-se à frente do presbitério e permanece diante do altar até a aclamação “Eis o mistério da fé” e sua resposta, ajoelhando-se desde a epiclese até a referida aclamação. A cada elevação, na falta do diácono, incensa o Santíssimo Sacramento.

Nas demais celebrações feitas com solenidade, pode-se utilizar o turíbulo, seguindo as orientações dos livros litúrgicos para cada celebração.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Os castiçais

O castiçal é um objeto no qual se encaixa uma vela, podendo ser colocado sobre o altar ou junto dele ou conduzido nas procissões por um acólito ou coroinha denominado ceroferário.


Para a celebração da Missa, devem ser colocados sobre o altar ou junto dele dois a seis castiçais com velas acesas. Se for o Bispo Diocesano a presidir a Missa, podem-se colocar até sete. As velas devem ser preferencialmente de cera, mas se forem de parafina que sejam brancas ou amarelas, nunca seguindo a cor litúrgica.

Ao menos nas celebrações mais solenes, dois a seis ceroferários (ou dois a sete, se preside o Bispo Diocesano) com castiçais de velas acesas ladeiam o cruciferário nas procissões de entrada e de saída, precedidos ou não pelo incenso.

Chegando à frente do altar, os ceroferários fazem uma reverência breve (inclinando apenas a cabeça). Os castiçais podem ser colocados sobre o altar ou junto dele ou, se já os houver, levados para a credência ou outro lugar digno na sacristia.


Para a aclamação ao Evangelho, dois ceroferários com seus castiçais de velas acesas acompanham o diácono com o Livro dos Evangelhos até o ambão e aí permanecem durante toda a proclamação do Evangelho.

Durante o canto do Sanctus, todos os ceroferários, acompanhados do incenso, dirigem-se à frente do presbitério e permanecem diante do altar até a aclamação “Eis o mistério da fé” e sua resposta, ajoelhando-se desde a epiclese até a referida aclamação.

Nas demais celebrações em que há procissão, os ceroferário sempre ladeiam o cruciferário à frente da procissão, precedidos ou não pelo incenso.

Sobretudo para procissões fora da igreja, podem-se usar castiçais com uma proteção de vidro. Em procissões com o Santíssimo Sacramento este é ladeado por tochas.

A cruz processional

A cruz processional, como o próprio nome diz, é uma cruz com a imagem do crucificado que possui uma haste e é conduzida nas procissões por um acólito ou coroinha denominado cruciferário.


Para a Celebração Eucarística, o cruciferário conduz a cruz processional elevada na procissão de entrada, ladeado pelos acólitos ou coroinhas com castiçais de velas acesas. Se houver incenso, este precede a cruz. Do contrário, a cruz guia a procissão. À procissão de saída, se feita com solenidade, proceda-se da mesma forma.

Chegando à frente do altar, o cruciferário faz uma reverência breve (inclinando apenas a cabeça). Se não houver outra cruz com a imagem do crucificado no presbitério, a cruz processional é colocada junto do altar; se houver, a cruz processional é colocada em um lugar digno na sacristia.


Nas demais celebrações em que há procissão, sempre deve haver o cruciferário que leva a cruz processional elevada à frente da procissão, precedida ou não pelo incenso.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A sineta e a matraca

As sinetas são pequenos conjuntos de sinos que são tocados em momentos festivos das celebrações litúrgicas por um acólito ou coroinha denominado sineteiro.


Normalmente as sinetas são tocadas nas elevações da hóstia e do cálice após a Consagração. Este gesto deve ser revalorizado em nossas comunidades, pois além de manifestar nossa reverência diante do mistério eucarístico, manifesta a alegria de termos o Senhor junto de nós.

Além das elevações, as sinetas podem ser tocadas durante o canto do Glória nas grandes solenidades, nas procissões festivas e na bênção do Santíssimo Sacramento. O mesmo vale para os sinos das torres das igrejas, podem ser tocados antes das celebrações, chamando os fieis à igreja, e dentro das celebrações, para expressar a alegria nas grandes solenidades.


A partir do Glória da Missa da Ceia do Senhor até o Glória da Vigília Pascal o toque dos sinos e sinetas é proibido. Dentro das celebrações litúrgicas, observe-se o silêncio; fora das celebrações, nas práticas de piedade popular como as procissões, pode-se utilizar as matracas, instrumentos de madeira com ruído surdo, que substituem as sinetas.


As crismeiras

As crismeiras (do grego chrismein, ungir), também chamadas em alguns lugares de âmbulas, são três pequenos vasos destinados a conservar os Óleos dos Enfermos e dos Catecúmenos e o Santo Crisma.


As igrejas catedrais devem possuir crismeiras maiores, utilizadas na bênção dos Santos Óleos pelo Bispo na Quinta-feira Santa. Após esta celebração, os óleos são levados pelos pároco às diversas igrejas da diocese, onde são armazenadas em crismeiras menores.

Cabe aos sacerdotes zelar pela conservação dos Santos Óleos em cada paróquia, guardando-os em um lugar digno na sacristia. Velem igualmente para que os Óleos sejam utilizados única e exclusivamente nas celebrações litúrgicas.


O Óleo dos Enfermos utiliza-se apenas na Unção dos Enfermos. O Óleo dos Catecúmenos apenas na celebração do Batismo. E o Santo Crisma no Batismo, na Confirmação, nas Ordenações de presbíteros e bispos e na Dedicação de altares e igrejas.

Nas celebrações com uso dos Óleos, coloquem-se as crismeiras na credência ou em outra mesa digna. Quando for necessário, o diácono, o acólito ou um coroinha leva a crismeira ao sacerdote, não esquecendo de levar também um pouco de algodão para que este retire o excesso de óleo dos dedos.


O óleo que tiver sobrado de um ano para o outro deve ser queimado. A cada ano se devem utilizar os Óleos que foram abençoados pelo Bispo na Quinta-feira Santa do mesmo ano.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Fotos da Missa do XVI Domingo Comum em Frederico Westphalen

No último domingo, 22 de julho, ocorreu em Frederico Westphalen (RS) o II Encontro Diocesano de Formação para Cerimoniários, que encerrou-se com a Celebração Eucarística presidida pelo Bispo diocesano, Dom Antônio Carlos Rossi Keller. Seguem algumas fotos da celebração:

Procissão de Entrada
Incensação do altar
Durante as leituras
Imposição do incenso
Evangelho

Divina Liturgia na memória de S. Bento

No último dia 11 de julho, memória de S. Bento, o Arquimandrita João Carlos Teodoro, da Igreja Greco-Católica Melquita, celebrou a Divina Liturgia de S,João Crisóstomo no Rito Bizantino-Melquita no Mosteiro da Santa Cruz, das irmãs beneditinas, em Juiz de Fora (MG). Seguem algumas fotos:

Procissão de entrada
Incensação da assembleia
Pequena Entrada (Procissão com o Livro dos Evangelhos)
Evangelho


O asperge e a caldeirinha

O asperge ou aspersório (do latim aspergere, espalhar) é um tubo de metal com pequenos furos na ponta utilizado para a aspersão de água benta sobre os fieis. Dentro do tubo do asperge já está contida a água benta.


Ao invés do asperge pode-se utilizar a hissope e a caldeirinha. A hissope (de Hyssopus officinalis, gênero de planta utilizado na Antiguidade em aspersões rituais), é muito semelhante ao asperge, diferindo deste pelo fato de não conter água em si mesma. Necessita-se então da caldeirinha, recipiente em forma de vaso, mormente com uma alça, que contém a água benta.


Na Celebração Eucarística, o asperge ou hissope com a caldeirinha é utilizado quando se adota a forma do Ato Penitencial com aspersão dos fieis. Também é utilizado naquelas Missas em que se acrescenta alguma bênção, por exemplo, a bênção dos ramos, das cinzas, das velas, entre outras.

Em alguns sacramentos e em praticamente todos os sacramentais, a aspersão com água benta é igualmente utilizada, como sinal da bênção de Deus.


Em todas as celebrações com aspersão de água benta, coloque-se o asperge ou a caldeirinha sobre a credência ou outra mesa, nunca sobre o altar. No momento em que for necessário, será levado ao sacerdote pelo acólito, coroinha ou cerimoniário.

terça-feira, 24 de julho de 2012

O atril e a pulvinária

O atril (originado provavelmente do latim lectroril, do leitor) é uma estante, de metal, de madeira ou de outro material resistente, colocada sobre o altar durante a Liturgia Eucarística para sustentar o Missal Romano, facilitando sua leitura pelo sacerdote.


Ao invés do atril pode-se utilizar uma almofada, a pulvinária (do latim pulvinar, almofada). Esta, como a toalha do altar, deve ser sempre branca. A pulvinária deve ser bem firme, a fim de que o Missal não fique escorregando durante a Liturgia Eucarística.

No início da Celebração Eucarística, o atril (ou a pulvinária) é colocado na credência, nunca sobre o altar. No momento da Apresentação das Oferendas, um acólito ou coroinha leva-o ao altar juntamente com o Missal, posicionando-o geralmente do lado esquerdo do sacerdote. Após a Comunhão do sacerdote, é retirado do altar com o Missal e colocado novamente na credência.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O manustérgio

O manustérgio (do latim manus, mão, e tergere, enxugar) é um pano, de linho ou de outro tecido branco, utilizado pelo sacerdote para enxugar as mãos após o Lavabo no momento da Apresentação das Oferendas.


Para a Celebração Eucarística, o manustérgio é colocado na credência junto ao conjunto do lavabo. Após a Apresentação das Oferendas, é levado pelo acólito ou coroinhas ao sacerdote para que, após lavar suas mãos, as enxugue devidamente.

Um manustérgio de menores proporções pode ser colocado junto ao purificatório, na credência, para que aqueles que distribuem a comunhão e purificam seus dedos, os enxuguem devidamente.


domingo, 22 de julho de 2012

A jarra e a bacia

O conjunto do lavabo (do latim lavabo, eu lavo) é composto por jarra e bacia utilizados para lavar as mãos do sacerdote após a Apresentação das Oferendas, como prescrito pelo Missal Romano.


A jarra e a bacia devem ser feitas preferencialmente de metal, mas pode-se utilizar outro material resistente. Apesar do vidro não ser o mais adequado, pode também ser utilizado.

Para a Celebração Eucarística, o conjunto do lavabo é colocado na credência. Logo após a Apresentação das Oferendas, o acólito ou os coroinhas aproximam-se do sacerdote com a jarra e a bacia e derramam água sobre suas mãos. Em seguida, levam novamente o conjunto do lavabo para a credência.


O próprio sacerdote, o diácono, o acólito e os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, após a Comunhão dos fieis, devem purificar seus dedos. Contudo, neste momento não se usa o conjunto do lavabo, e sim outro recipiente chamado purificatório, semelhante no formato ao cibório, mas de menores proporções. O purificatório permanece igualmente sobre a credência.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

As galhetas

As galhetas (do espanhol galleta, pequeno vaso) são dois pequenos frascos de vidro destinados a conter o vinho e a água para a Celebração Eucarística, desde o início da celebração até o momento da Apresentação das Oferendas.


O sentido de manter o vinho e a água nas galhetas e não no cálice é justamente para dar sentido ao rito da mistura da gota de água no vinho no momento da Apresentação das Oferendas: nossa humanidade, simbolizada pela gota d’água, é oferecida a Deus junto à divindade de Cristo, simbolizada pelo vinho.

Para a Celebração Eucarística, as galhetas são colocadas na credência. No momento da Apresentação das Oferendas, o acólito ou os coroinhas levam-nas ao diácono ou, na sua ausência, ao próprio sacerdote, que impõe o vinho e a água no cálice recitando a oração prescrita no Missal Romano. As galhetas são então levadas novamente à credência.


Ao menos nas celebrações mais solenes, as galhetas podem ser trazidas processionalmente ao altar por alguns fieis, juntamente com os cibórios, imediatamente antes da Apresentação das Oferendas.

A galheta da água pode ser acompanhada de uma pequena colher, que auxilia na imersão da gota de água junto ao vinho no cálice.


As galhetas podem ser entregues ao acólito, assim como a patena com o pão, em sua instituição.

O sanguíneo

O sanguíneo ou sanguinho (do latim sanguinis, relativo a sangue) é um pano retangular, de linho ou de outro tecido branco, utilizado para enxugar o cálice e os cibórios após a purificação. Pode ser ornado com  uma pequena cruz ou símbolo eucarístico.


Para a Celebração Eucarística, o sanguíneo é colocado sobre o cálice, com suas abas pendentes de um lado e de outro, e levado ao altar junto deste no momento da Apresentação das Oferendas. Durante a Liturgia Eucarística permanece sobre o altar, junto do cálice. Após a Comunhão do sacerdote, é utilizado para empurrar eventuais fragmentos da hóstia da patena sobre o cálice e para secar a borda deste. Após a Comunhão dos fieis, é levado com o cálice para a credência e utilizado na purificação dos vasos sagrados.

Se necessário, podem-se utilizar um número maior de sanguíneos, sobretudo nas grandes concelebrações, nas quais há mais de um cálice a ser purificado.



Para a lavagem do sanguíneo, vale o mesmo princípio da lavagem do corporal: enxague-se uma primeira vez e jogue-se a água em uma planta ou em água corrente. Só então lave-se normalmente. Importante lembrar que o sanguíneo deve ser utilizado uma vez e então lavado, para só então ser utilizado novamente.