sexta-feira, 5 de agosto de 2022

História da Festa da Transfiguração do Senhor

“Este é o meu Filho amado... Escutai-o” (Mt 17,5).

São duas as ocasiões no Evangelho em que se ouve a voz do Pai dando testemunho a respeito do Filho: no seu Batismo no Jordão (cf. Mt 3,13-17 e paralelos) e na sua Transfiguração sobre o monte.

Nesta postagem gostaríamos de traçar brevemente a história da Festa da Transfiguração do Senhor, celebrada pelas Igrejas do Oriente e do Ocidente no dia 06 de agosto.

A mais antiga representação da Transfiguração:
Mosteiro de Santa Catarina no Monte Sinai, séc. VI

1. A importância do mistério da Transfiguração

A Transfiguração de Jesus (em grego, μεταμόρφωσις, metamorphosis) é narrada nos três Evangelhos Sinóticos (Mt 17,1-9; Mc 9,2-10; Lc 9,28-36) e mencionada na Segunda Carta de Pedro (2Pd 1,16-18). Segundo alguns estudiosos, também Jo 1,14 (“nós vimos sua glória”) é uma referência indireta ao evento.

A Transfiguração é antes de tudo uma teofania, isto é, uma manifestação divina, assim como o Batismo do Senhor. O grande historiador das religiões Mircea Eliade (†1986) afirma, com efeito, que toda experiência religiosa tem como fundamento a hierofania, a “irrupção” do sagrado no tempo e no espaço [1].

Um dos espaços característicos das teofanias é justamente a montanha: o topo da montanha é o lugar do “abraço” entre o céu e a terra. Seu simbolismo é reforçado no relato pela presença de Moisés e de Elias, que foram testemunhas de teofanias sobre a montanha, particularmente no Sinai ou Horeb (Ex 3; 19–20; 24; 34... e 1Rs 19) [2].

Outros elementos típicos de uma teofania são a voz, a luz, a nuvem. Santo Tomás de Aquino (†1274) os interpreta em alusão à Trindade: “Tota Trinitas apparuit: Pater in voce; Filius in homine; Spiritus in nube clara” - “Apareceu toda a Trindade: o Pai na voz; o Filho no homem; o Espírito na nuvem luminosa” (Suma Teológica, III, q. 45, 4; in: Catecismo da Igreja Católica, n. 555).

Assim, se com a manifestação trinitária no Batismo começou a vida pública de Jesus, com a Transfiguração começa sua caminhada para Jerusalém (Lc 9,51) e, por conseguinte, para o Mistério Pascal da sua Morte-Ressurreição: Moisés e Elias conversam com Jesus “a respeito da Paixão” (cf. Lc 9,31), e este exorta os Apóstolos a guardar segredo do que viram até a sua Ressurreição (cf. Mt 17,9; Mc 9,9-10).

Além disso, nos três Evangelhos Sinóticos a Transfiguração ocorre após a profissão de fé de Pedro e o primeiro anúncio da Paixão, servindo como “contraponto” a este último, fortalecendo os Apóstolos com uma antecipação da glória divina.

Ícone bizantino da Transfiguração (séc. XV)
(Confira nossa postagem sobre esse ícone clicando aqui)

O mistério da Transfiguração possui também um alcance escatológico. Tomás de Aquino compara o Batismo de Jesus no Jordão à nossa “primeira regeneração”, isto é, ao sacramento do Batismo, e a Transfiguração à “segunda regeneração”: a ressurreição dos mortos (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 556), quando Cristo “transfigurará nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo glorioso” (Fl 3,21).

Nesse sentido, a Transfiguração é imagem da própria Liturgia, pela qual “participamos, saboreando-a já, na Liturgia celeste” (Sacrosanctum Concilium, n. 8). A celebração litúrgica é o “ápice” ou “cume” do monte, para o qual subimos para beber da fonte e do qual descemos para dar de beber a quem tem sede da Palavra, da presença, do amor de Deus (ibid., n. 10).

Vale destacar, por fim, a importância do mistério da Transfiguração na espiritualidade cristã, sobretudo no Oriente, onde se destaca a “divinização” (em grego, θέωσις, theosis), o deixar-se iluminar pela “luz do Tabor” [3].

2. Origem da Festa da Transfiguração no Oriente

Uma vez mencionado o Tabor, cumpre dizer que os Evangelhos não identificam o local da Transfiguração. A primeira associação desse mistério com o Monte Tabor, a sudoeste do mar da Galileia, próximo a Nazaré, remonta ao século III, em um Comentário ao Salmo 88 atribuído a Orígenes (†253). Para saber mais, confira nossa postagem sobre o santuário do Monte Tabor.

Mais recentemente alguns estudiosos sugeriram um local mais próximo a Cesareia de Filipe, local da profissão de fé de Pedro, como o Monte Hermon, bem mais ao norte. Contudo, a tradição do Tabor já está bastante consolidada, uma vez que foi amplamente acolhida pelos Padres da Igreja.

Os primeiros registros de uma festa em honra da Transfiguração, porém, são do final do século V, no Rito Siríaco Oriental ou Caldeu e no Rito Armênio. Neste último consta entre as cinco grandes festas (Daghavar), junto com o Natal-Teofania, a Páscoa, a Dormição de Maria e a Exaltação da Santa Cruz.

Na tradição armênia essa festa é chamada Vartavar (ou Vardavar), termo que remete a uma antiga celebração do verão (no hemisfério norte), associada ao simbolismo das flores e da água. É celebrada no 14º Domingo após a Páscoa (o 7º Domingo após o Pentecostes), oscilando, portanto, entre o final de junho e o início de agosto [4].

Na sequência a festa foi acolhida pelo Rito Bizantino, no qual consta entre as “Doze Grandes Festas”, e pelos demais ritos orientais (Copta e Siríaco Ocidental ou Antioqueno), como atesta, por exemplo, a célebre homilia proferida por Anastácio Sinaíta (†700) em meados do século VII.

Vista do Monte Tabor com o Santuário da Transfiguração

O peregrino anônimo de Piacenza (Itália), que visitou a Terra Santa em torno ao ano de 570, atesta a presença de três igrejas sobre o Monte Tabor, em alusão às “três tendas” para Jesus, Moisés e Elias. Inclusive alguns estudiosos sugerem que a escolha do dia 06 de agosto para a festa deve-se justamente ao aniversário da dedicação dessas igrejas.

O Abade Prosper Guéranger (†1875), em contrapartida, faz notar que a Festa da Transfiguração é celebrada sete meses após a Epifania (06 de janeiro - 06 de agosto), que no Oriente é a festa do Batismo do Senhor. Como vimos acima, “o Jordão” e “o Tabor” estão diretamente relacionados.

Guéranger associa a festa também à leitura dos livros sapienciais na Liturgia das Horas do Rito Romano durante o mês de agosto: se Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas, Jesus estaria relacionado ao terceiro bloco de escritos bíblicos, os livros sapienciais. Ele é, pois, a “Sabedoria de Deus” (cf. 1Cor 1,22-25.30-31).

Outros estudiosos aludem ainda ao intervalo de cerca de 40 dias entre a Transfiguração e a Exaltação da Santa Cruz, no dia 14 de setembro, associando a celebração do dia 06 de agosto com o Mistério Pascal de Cristo.

No Oriente, a Festa da Transfiguração é também o tradicional dia para a bênção das frutas. Inicialmente ligado ao ciclo das estações, o gesto logo adquiriu um significado teológico:
- entre os gregos é mais comum a bênção das uvas, em alusão à Eucaristia, que também é uma “transfiguração” (metamorphosis) do Senhor;
- entre os eslavos, por sua vez, é mais comum a bênção das maçãs, remetendo ao “fruto” do pecado (Gn 3) “transfigurado” por Cristo em fonte de bênçãos.

Na verdade, são três as festas cristológicas do início do mês de agosto no Rito Bizantino, cada uma com sua respectiva bênção. Além da Transfiguração no dia 06 de agosto, com a bênção das maçãs e outras frutas, há:
- a Festa da Procissão com a Santa Cruz, no dia 01 de agosto, com a bênção do mel;
- e a Festa da Transladação do Mandylion de Edessa para Constantinopla (944), no dia 16 de agosto, com a bênção das nozes [5].


Vale lembrar, porém, que a maioria das Igrejas Orientais (tanto Católicas quanto Ortodoxas) segue o calendário juliano, com uma diferença de 13 dias em relação ao gregoriano. Assim, o dia 06 de agosto no calendário juliano corresponde a 19 de agosto no gregoriano.

3. A acolhida da Festa da Transfiguração no Ocidente

No Ocidente, o relato da Transfiguração sempre esteve associado ao Tempo da Quaresma, de modo que a Festa do dia 06 de agosto chegou muito mais tarde.

Ao menos desde o tempo do Papa São Leão Magno (†461), a perícope de Mt 17,1-9 era lida no sábado da I semana da Quaresma, o sábado das Têmporas da primavera, durante a solene vigília noturna que tinha lugar na Basílica de São Pedro.

Essa vigília noturna era a própria Missa do domingo, de modo que durante o dia não havia outra celebração. Contudo, à medida que a vigília das Têmporas foi sendo gradativamente antecipada para a manhã do sábado, surge a necessidade de uma Missa própria para o II Domingo da Quaresma, na qual se repetia o relato da Transfiguração, posição que este ocupa até hoje no Rito Romano.

Em algumas igrejas, porém, o relato da Transfiguração era lido no último domingo antes do início da Quaresma, o último dos chamados “Domingos após a Epifania”, traçando novamente um paralelo com o Batismo do Senhor. Tal costume é conservado até hoje, por exemplo, na Igreja Luterana.

Os primeiros registros de uma celebração própria do mistério da Transfiguração no Ocidente remontam aos séculos IX e X, em regiões das atuais França, Espanha e Alemanha.

No século XII, Pedro, o Venerável (†1156), Abade de Cluny (França), instituiu a Festa da Transfiguração em sua Abadia. Dada a influência de Cluny, logo a celebração foi acolhida em outros mosteiros. Nesse período, após a 1ª Cruzada, a igreja sobre o Monte Tabor havia sido restaurada pelos beneditinos, que mantiveram o controle do local por um século, até que esse foi tomado novamente pelos muçulmanos.

Altar superior do Santuário da Transfiguração no Monte Tabor

Em Roma, porém, a Festa encontrou resistência, uma vez que no dia 06 de agosto se celebra o martírio do Papa Sisto II e de seus companheiros, os diáconos romanos, em 258, durante a perseguição do Imperador Valeriano. Quatro dias depois, a 10 de agosto, seria martirizado o diácono São Lourenço, muito venerado na Cidade Eterna.

A instituição da Festa da Transfiguração no Rito Romano viria apenas no século XV, graças ao Papa Calisto III (†1458). Após a queda de Constantinopla em 1453, o Papa estava preocupado com o avanço do Império Otomano pela Europa. Tentou convocar os reinos cristãos para frear o seu avanço, mas não foi atendido.

Assim, em julho de 1456, coube ao militar húngaro João Corvino (János Hunyadi) liderar a defesa da cidade de Belgrado (na atual Sérvia), sitiada pelos otomanos. O franciscano São João de Capistrano, que havia sido enviado pelo Papa como uma espécie de “capelão militar”, convocou um grande número de cidadãos comuns para defender a cidade, levando à vitória no dia 22 de julho do mesmo ano.

Ao receber a notícia, o Papa atribuiu a vitória à intervenção divina. Assim, em honra de Cristo Salvador, Calisto III institui a Festa da Transfiguração para toda a Igreja de Rito Romano, através da Carta Apostólica Inter divinae dispositionis, de 06 de agosto de 1457.

Essa celebração tomou o lugar da memória do Papa Sisto e seus companheiros. Apenas nas Missas privadas o sacerdote, após a coleta (oração do dia), recitava uma segunda oração em honra dos mártires romanos.

Inicialmente se acolheu também o costume grego da bênção das uvas, que era realizada durante a Oração Eucarística, na ação de graças pelos dons da criação: “Por Ele não cessais de criar e santificar estes bens e distribui-los entre nós”. Logo, porém, esse costume caiu em desuso. Para saber mais, confira nossa postagem sobre a bênção dos santos óleos.

Papa Calisto III (†1458)

A festa do dia 06 de agosto se popularizou rapidamente pelo Ocidente, sendo associadas a ela diversas devoções cristológicas: Cristo Salvador, Cristo Redentor, Senhor Bom Jesus, entre outras.

Esta última é digna de nota: a devoção ao “Bom Jesus”, de origem portuguesa, contempla nosso Senhor nas diversas etapas da sua Paixão: na flagelação, na coroação de espinhos e no julgamento (Ecce Homo), no caminho do Calvário, na Crucificação...

Celebrando a festa do Bom Jesus no dia da Transfiguração, os fiéis contemplam a dupla dimensão do mistério de Cristo, isto é, sua Paixão e sua glorificação, que “são inseparáveis na narrativa evangélica e no projeto salvífico de Deus” (Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, n. 128).

O Cristo que “esvaziou-se a si mesmo”, descendo a nós na Encarnação, é o mesmo que sobe o Monte Tabor para oferecer aos Apóstolos uma antecipação da sua glória; Aquele que desce rumo “à morte e morte de cruz” é o mesmo que será exaltado pelo Pai (cf. Fl 2,5-11); o “Servo Sofredor” que vemos sem beleza na Paixão (cf. Is 52,13–53,12) é o próprio “esplendor da glória divina” (cf. Hb 1,3).

Como sintetiza poeticamente Santo Agostinho (†430), ao falar do Cristo que desce o Tabor: “A Vida desce para se fazer matar: o Pão desce para passar fome; o Caminho desce para se cansar de andar; a Fonte desce para ter sede” (Sermão 78; in: Catecismo da Igreja Católica, n. 556).

Imagem do Senhor Bom Jesus venerada em Tremembé (SP):
Uma das mais antigas do Brasil (final do séc. XVII)

4. A Festa da Transfiguração na reforma do Concílio Vaticano II

A reforma litúrgica do Concílio Vaticano II conservou tanto a proclamação do Evangelho da Transfiguração no II Domingo da Quaresma, enriquecida com mais leituras e um Prefácio próprio [6], quanto a Festa do dia 06 de agostoin Transfiguratione Domini”. A Memória de São Sisto e seus companheiros, por sua vez, foi transferida para o dia seguinte, 07 de agosto.

Sendo uma Festa do Senhor, a Transfiguração tem precedência inclusive sobre os domingos do Tempo Comum. Assim, quando o dia 06 de agosto cai em um domingo (como em 2017 ou em 2023), a Transfiguração se celebra como se fosse uma Solenidade: com I Vésperas, duas leituras na Missa, recitação do Creio...

Para a Missa, foram conservadas praticamente as mesmas orações do anterior Missale Romanum:
- a coleta (oração do dia) sofreu apenas um pequeno retoque, enfatizando nosso desejo de “ouvir a voz do Filho”;
- a oração sobre as oferendas permaneceu intacta. Segundo o Bem-aventurado Cardeal Alfredo Ildefonso Schuster (†1954), esta era originalmente uma oração para o Natal, que foi adaptada para a nossa Festa, destacando o simbolismo da luz;
- a oração após a Comunhão, por sua vez, foi substituída por uma oração tomada do Missale Parisiense de 1738, com o pedido para que “nos transformemos na imagem de Cristo”.

Cabe destacar ainda o novo Prefácio próprio para a Festa, De mysterio Transfigurationis, inspirado nos próprios textos bíblicos e no Sermão n. 51 de São Leão Magno. Podemos dizer que, enquanto o Prefácio do II Domingo da Quaresma é mais “cristológico”, o Prefácio próprio da Festa é mais “eclesiológico”, enfatizando o esplendor da luz do Senhor que refulge em todos os cristãos [7].

Transfiguração - Duccio di Buoninsegna (séc. XIV)

Quanto às leituras, antes da reforma litúrgica proclamavam-se sempre os mesmos textos: 2Pd 1,16-19; Sl 44,3.2; Mt 17,1-9. Atualmente, além de outra opção de leitura à escolha (Dn 7,9-10.13-14) e de um novo salmo (Sl 96,1-2.5-6.9), são propostos os três Evangelhos da Transfiguração, seguindo o ciclo trienal, como no II Domingo da Quaresma: Mt 17,1-9 (ano A); Mc 9,2-10 (ano B); Lc 9,28b-36 (ano C).

Para a Liturgia das Horas, destacam-se os três hinos, composições anônimas da Idade Média recuperadas pela reforma litúrgica:
Ofício das Leituras: Caelestis formam gloriae (A beleza da glória celeste);
Laudes: Dulcis Iesu memoria (Jesus, suave lembrança);
Vésperas: O nata lux de lumine (Ó Luz da Luz nascida).

Esses substituem os dois hinos entoados anteriormente - Quicumque Christum quaeritis e Lux alma, Jesu -, que eram na verdade trechos de outras composições maiores, sobre as quais esperamos falar futuramente aqui em nosso blog.

A Festa da Transfiguração é também a única ocasião do Ano Litúrgico, além da Solenidade da Epifania, na qual se entoa o breve cântico de 1Tm 3,16 nas Vésperas, que celebra a “manifestação” e a “exaltação” do Senhor.

Por fim, quanto à piedade popular, cumpre mencionar a proposta dos “mistérios luminosos” do rosário feita por São João Paulo II (†2005) em 2002, através da Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae. A Transfiguração é o 4º desses mistérios, como destaca o Papa polonês:

“Mistério de luz por excelência é a Transfiguração que, segundo a tradição, se deu no Monte Tabor. A glória da Divindade reluz no rosto de Cristo, enquanto o Pai O acredita aos Apóstolos extasiados para que O ‘escutem’ (cf. Lc 9,35 e paralelos) e se disponham a viver com Ele o momento doloroso da Paixão, a fim de chegarem com Ele à glória da Ressurreição e a uma vida transfigurada pelo Espírito Santo” (Rosarium Virginis Mariae, n. 21).

Transfiguração (detalhe) - Rafael Sanzio (séc. XVI)

Notas:

[1] cf. ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano: A essência das religiões. 3ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

[2] Sobre o simbolismo bíblico da montanha, confira, por exemplo:
LÉON-DUFOUR, Xavier et al. Vocabulário de Teologia Bíblica. Petrópolis: Vozes, 2008, pp. 626-629.
LURKER, Manfred. Dicionário de figuras e símbolos bíblicos. São Paulo: Paulus, 1993, pp. 150-151.

[3] Para saber mais, cf. ALFEYEV, Hilarion. O mistério da fé: Introdução à teologia dogmática ortodoxa. Petrópolis: Vozes, 2018, pp. 270-277.

[4] cf. Diocese of the Armenian Church of the United Kingdom and Ireland. Worship and Prayer: Fasts and Feasts. Acesso em 04 de agosto de 2022.

[5] A procissão com a relíquia da Cruz no dia 01 de agosto era realizada em Constantinopla a partir do século XII para pedir ao Senhor a proteção contra doenças e outros males no auge do verão, em paralelo com as Rogações do Rito Romano.
Sobre a festa da transladação do mandylion, confira nossa postagem sobre a história da devoção à Santa Face de Jesus.

[6] Seguindo o ciclo trienal, leem-se os três relatos da Transfiguração: Mt 17,1-9 (ano A); Mc 9,2-10 (ano B); Lc 9,28b-36 (ano C). As leituras do Antigo Testamento não têm relação com o Evangelho, oferecendo uma síntese da história da salvação, enquanto as leituras do Novo Testamento ora estão em harmonia com a 1ª leitura, ora com o Evangelho - como 2Tm 1,8b-10 no ano A e Fl 3,17–4,1 no ano C (cf. Elenco das Leituras da Missa, n. 97).
O Prefácio próprio desse domingo, De transfiguratione Domini, retoma os próprios textos do Evangelho, lidos à luz do Mistério Pascal (cf. MISSAL ROMANO. Tradução portuguesa da 2ª edição típica para o Brasil. São Paulo: Paulus, 1991, p. 189).

[7] cf. MISSAL ROMANO, pp. 628-629.

Referências:

ADAM, Adolf. O Ano Litúrgico: Sua história e seu significado segundo a renovação litúrgica. São Paulo: Loyola, 2019, pp. 132-133.

DONADEO, Madre Maria. O Ano Litúrgico Bizantino. São Paulo: Ave Maria, 1998, pp. 60-64.

GUÉRANGER, Dom Prosper. L’Anno Liturgico, vol. II: Tempo Pasquale e dopo la Pentecoste. Alba: Edizioni Paoline, 1957, pp. 941-946.

SCHUSTER, Cardeal Alfredo Ildefonso. Liber Sacramentorum: Note storiche e liturgiche sul Messale Romano; v. VIII: I Santi nel Mistero della Redenzione (Le Feste dei Santi dall'ottava dei Principi degli Apostoli alla Dedicazione di S. Michele). Torino-Roma: Marietti, 1932, pp. 146-149.

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