“Celebremos com alegria o nascimento da Virgem Maria: por ela nos veio o Sol da justiça, o Cristo, nosso Deus”.
Este é o convite que a Igreja nos dirige no início da Missa
do dia 08 de setembro, data na qual
os cristãos do Oriente e do Ocidente celebram juntos a Festa da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria, cuja história gostaríamos de
traçar brevemente nesta postagem.
1. As origens da festa no Oriente
A Sagrada Escritura não faz nenhuma referência ao nascimento
de Maria, uma vez que os Evangelhos - sobretudo Mateus e Lucas - começam
diretamente com os relatos do nascimento de Jesus. Assim, será preciso recorrer aos textos apócrifos: mesmo não
tendo sido acolhidos na Sagrada Escritura, estes contêm alguns elementos
que sim fazem parte da tradição da Igreja.
Natividade de Maria (Mosaico do séc. XIII) (Basílica de Santa Maria in Trastevere, Roma) |
As tradições sobre o nascimento da Virgem encontram-se particularmente no Protoevangelho de Tiago, escrito em grego na metade do século II e atribuído a Tiago, o “Irmão do Senhor”. Esse texto é chamado de Protoevangelho porque narra sobretudo acontecimentos que ocorreram antes do relato dos quatro Evangelhos canônicos: o nascimento de Maria, sua apresentação no Templo, seu compromisso com José... [1].
O relato mescla vários temas do Antigo e do Novo Testamento:
por exemplo, inicia narrando a esterilidade dos pais de Maria, Joaquim e Ana, tema
recorrente nos textos bíblicos, desde Abraão e Sara (Gn 16–18) até Zacarias e Isabel (Lc 1).
Joaquim retira-se para o deserto para rezar por quarenta
dias, pedindo a Deus o dom de um filho, alusão ao êxodo e à peregrinação do
povo de Israel. Ana, por sua vez, reza em sua casa, remetendo-nos a Ana, mãe do
profeta Samuel (1Sm 1,1–2,11). Ambos recebem então a visita de um anjo, anunciando que suas
preces foram ouvidas, fazendo eco aos anúncios angélicos de Lc 1–2.
Joaquim retorna para casa e encontra-se com Ana na porta da
cidade, tradicionalmente identificada como a “Porta Dourada” de Jerusalém. Como
essa porta posteriormente foi selada, faz alusão aqui à virgindade de Maria, à
luz da profecia de Ezequiel (Ez
44,1-3).
Na Idade Média, com efeito, alguns autores viram neste
encontro a “concepção virginal” de Maria. Contudo, a Igreja crê que a única
concepção virginal é a de Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, concebido
pelo Espírito Santo no seio de Maria (cf. Lc 1,34-35); ela,
totalmente humana, foi concebida de maneira natural, isto é, através do ato
sexual entre Joaquim e Ana.
Para saber mais sobre esses santos, confira nossa postagem sobre o culto a São Joaquim e Santa Ana.
Nove meses depois nasce a menina, que recebe o nome de Maryam (aramaico) ou Miryam (hebraico), isto é, Maria (de etimologia
incerta, talvez “amada” ou “senhora”), mesmo nome da irmã de Moisés, que entoa
o núcleo do “cântico do mar” em Ex 15.
Igreja de Santa Ana em Jerusalém Para saber mais sobre essa igreja, clique aqui |
Embora tradições posteriores tenham relacionado o nascimento de Maria com Nazaré ou com Séforis, na Galileia, ou mesmo com Belém, a tradição mais consolidada situa o local do seu nascimento - isto é, a casa de Joaquim e Ana - junto à Piscina de Betesda em Jerusalém (cf. Jo 5,1-9).
A Piscina de Betesda - palavra que significa “casa da misericórdia” ou “casa da graça” - situa-se ao norte da cidade, próximo da chamada Porta dos Leões. Ali foi construída uma primeira igreja em honra da Virgem Maria em meados do século V. A dedicação da igreja no dia 08 de setembro foi também a data escolhida para a celebração da Natividade de Maria.
A “igreja de Santa Ana” foi destruída pelos persas em 614 e reconstruída entre 1131 e 1138, sob o patrocínio da rainha Melisenda de Jerusalém (†1161). Após a queda do reino cristão de Jerusalém em 1187, foi transformada em uma escola islâmica (madrasa), sendo posteriormente abandonada. Restaurada pelo governo francês entre 1856 e 1878, foi confiada à Congregação dos Missionários da África (“Padres Brancos”).
A partir de Jerusalém, a Festa da Natividade de Maria logo se
difundiu entre as Igrejas Orientais, como testemunham, por exemplo, os hinos de
São Romanos o Melode (†556) e as homilias de Santo André de Creta (†740) e São
João Damasceno (†749).
Uma vez que o Ano Litúrgico Bizantino começa no dia 01 de
setembro, a Natividade da Santíssima Theotokos
(Mãe de Deus), no dia 08, é a primeira das Doze Grandes Festas do Rito
Bizantino e a sua Dormição (15 de agosto) é a última. Assim, a vida de Maria
serve de “moldura” ao mistério de Cristo
Cabe recordar, porém, que a maioria das Igrejas Orientais
(Católicas e Ortodoxas) segue o calendário juliano, com 13 dias de diferença em
relação ao gregoriano. Assim, o dia 08 de setembro no calendário juliano
corresponde a 21 de setembro no gregoriano.
Eis o tropárion da festa, entoado também na Liturgia das Horas do Rito Romano, como antífona do cântico evangélico das Laudes, o Benedictus:
“O teu nascimento, ó Mãe de Deus, anuncia a alegria ao mundo
inteiro; pois de ti nasceu o Sol da justiça, Cristo nosso Deus, o qual,
abolindo a maldição, nos deu a bênção e, destruindo a morte, nos presenteou com
a vida eterna”
Ícone da Natividade de Maria - igreja de Santa Ana em Jerusalém Para conhecer o simbolismo desse ícone, clique aqui. |
2. A acolhida da festa no Ocidente
No Ocidente, por sua vez, celebravam-se nos primeiros
séculos apenas dois nascimentos, como testemunha, por exemplo, Santo Agostinho
(†430): o Nascimento de Cristo (25 de dezembro) e o nascimento de São João Batista (24 de junho). Os santos, com efeito, particularmente os mártires, são
celebrados geralmente no dia da sua morte, denominada dies natalis, o dia do seu nascimento para o céu.
Assim, a Festa da Natividade de Maria chega ao Ocidente um
pouco mais tarde. Esta é atestada primeiramente na Gália (atual França), em
meados do século VII. O Sacramentário
Gelasiano (séc. VII-VIII), sob influência galicana, contém as três orações
da Missa In Nativitate Sanctae Mariae.
Em Roma, desde o século IV, a Mãe de Deus era celebrada no dia 01 de janeiro, oito dias após o Natal. A partir dos séculos VI-VII, porém,
quando o Império Bizantino conquistou Roma, foram acolhidas diversas festas orientais,
incluindo as celebrações marianas.
Como testemunha o Liber
Pontificalis (n. 86), o Papa São Sérgio I (†701) - nascido em Palermo
(Itália), mas de origem síria - prescreveu procissões solenes (litanias) para as festas da Apresentação do Senhor (02 de fevereiro), da Anunciação (25 de março), da Dormição (15 de
agosto) e da Natividade de Maria (08 de setembro), que iam da igreja de Santo
Adriano al Foro até a Basílica de
Santa Maria Maior [2].
Entre os séculos IX e X, quando se popularizaram no Rito
Romano as sequências, composições poéticas entoadas antes do Evangelho na
Missa, destacam-se em honra da Natividade de Maria:
- a sequência Stirpe Maria regia, atribuída a Notker Balbulus (†912), monge beneditino da Abadia
de Sankt Gallen (Suíça);
- e Nativitas Mariae
virginis, de autoria anônima, popularizada pelos dominicanos no século
XIII.
Em 1243 o Papa Inocêncio IV (†1254) enriqueceria a Festa do
dia 08 de setembro com uma oitava, isto é, com uma celebração prolongada por
oito dias, e Gregório XI (†1378) acrescentaria uma Missa da Vigília a ser
celebrada na tarde do dia 07.
Na Itália, com efeito, é muito forte a devoção à Bambina, isto é, à Virgem Maria
“Menina”, paralela à devoção ao Menino Jesus. Além disso, em alguns lugares até hoje se
realiza a bênção da fogueira na noite do dia 07 de setembro, como na Vigília da Natividade de São João Batista, associada à passagem do verão ao outono no
hemisfério norte.
Imagem de Maria Bambina venerada em Milão |
Na Arquidiocese de Milão (Itália) - a qual possui um rito
próprio, o Rito Ambrosiano - a festa foi acolhida apenas no século XII. Não
obstante, São Carlos Borromeu (†1584) consagraria o novo Duomo de Milão em 1577 tomando como padroeira “Santa Maria Nascente”.
Ao redor de todo o mundo, de fato, são diversos os títulos
marianos celebrados no dia 08 de setembro, como Nossa Senhora da Luz
dos Pinhais, padroeira da Arquidiocese e da cidade de Curitiba (PR).
“A Igreja celebra três natividades, a saber, a de Cristo, a
de Santa Maria e a de João Batista, que designam três natividades espirituais:
renascemos com João pela água, com Maria pela penitência e com Cristo na
glória”
Jacopo de Varazze (†1298) [3].
3. A reforma do Concílio Vaticano II
A reforma litúrgica do Concílio Vaticano II conservou a
Festa da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria (In Nativitate Beatae Mariae Virginis) no dia 08 de setembro. A vigília e a oitava já haviam sido suprimidas na primeira
metade do século XX.
Quanto às orações, foram conservadas a oração do dia e a oração sobre as
oferendas do anterior Missale Romanum,
que remontam ao Sacramentário
Gregoriano (séc. VIII), sendo acrescentada uma nova oração após a Comunhão,
inspirada em textos do Missale Parisiense
de 1738 [4].
Em relação às leituras, até então eram lidos Pr 8,22-35 e Mt 1,1-16, enquanto no lugar do salmo eram entoados alguns versos em honra
da Mãe de Deus (Benedicta et venerabilis
es, Virgo Maria...). Atualmente são propostas duas opções de leitura à escolha,
um novo salmo e duas formas para o Evangelho, longa e breve: Mq 5,1-4a ou Rm 8,28-30 / Sl 70,6;
12,6 (R: Is 61,10) / Mt 1,1-16.18-23 (forma breve: Mt 1,18-23).
Natividade de Maria (Giotto - Cappella degli Scrovegni, Pádua) |
Na Liturgia das Horas, além das antífonas inspiradas na
tradição bizantina, destacam-se os dois hinos próprios resgatados pela
reforma litúrgica, o primeiro de um autor anônimo do século X, e o segundo de São Pedro Damião (†1072).
Laudes: O Sancta mundi
Domina (Dona e senhora da terra);
Vésperas e Ofício das Leituras: Beata Dei genetrix (Ó florão da humana raça).
As “palavras-chave” que percorrem todos os textos da festa
são luz e alegria. Gaetano Meaolo faz uma interessante interpretação a partir
do Evangelho do dia: as sucessivas gerações da genealogia de Jesus seriam como
as horas da noite (Mt 1,1-16); o
nascimento de Maria seria a aurora, a claridade que precede o nascer do
sol; por fim, “chegada a plenitude do tempo” (Gl 4,4), brilhou o sol da justiça (Lc 1,78), nasceu da Virgem-Mãe o nosso Salvador, (Lc 2,11), Jesus, que é chamado o Cristo
(Mt 1,16).
Também o Bem-aventurado Cardeal Alfredo Ildefonso Schuster (†1954) resume
poeticamente o significado da festa em seu Liber Sacramentorum:
“Assim como a primeira Eva foi tirada do lado de Adão, toda
irradiante de vida e de inocência, também Maria, esplêndida e imaculada, saiu
do coração do Verbo eterno, que, por obra do Espírito Santo, como ensina a Liturgia,
quis Ele mesmo modelar aquele corpo e aquela alma que deveriam um dia
servir-lhe de tabernáculo e altar.
Esse é, portanto, o significado sublime da
Natividade de Maria.
Ela é a aurora que anuncia o dia que já vem surgindo por
detrás das colinas eternas; é o místico rebento que surge da veneranda raiz de
Jessé; é o rio novo que brota do paraíso e que se dispõe a irrigar o mundo
inteiro; é o véu simbólico que foi estendido sobre o solo árido da nossa terra
para recolher o prodigioso orvalho; é a nova Eva, isto é, a vida e a Mãe dos
viventes, que nasce para aqueles que tiveram Eva como mãe do pecado e da
morte”.
4. A devoção ao nome de Maria
Por fim, cabe aqui uma palavra a respeito da devoção ao Nome
de Maria, uma vez que é por ocasião do nascimento que recebemos nosso nome. Desde o século VI, com efeito, celebra-se no dia 01 de
janeiro, oito dias após o Natal, a circuncisão e a imposição do nome de Jesus. Posteriormente
surgiria uma festa autônoma em honra do Santíssimo Nome de Jesus no domingo entre os dias 02 e 05 de janeiro.
Natividade de Maria - Domenico Ghirlandaio (Igreja de Santa Maria Novella, Florença) |
A devoção ao Nome de Maria foi promovida inicialmente por
São Bernardo de Claraval (†1153). No início da Idade Moderna, por sua vez,
surge a Festa do Santo Nome de Maria, inicialmente a 15 de setembro, oito dias
após a Festa da Natividade da Virgem.
Mario Righetti (†1975) indica que a Festa do Nome de Maria foi
aprovada pela primeira vez pelo Papa Júlio II (†1513) para algumas Dioceses da
Espanha. Em 1683 o Papa Inocêncio II (†1689) determinou que fosse celebrada por
toda a Igreja no domingo após o dia 08 de setembro.
O Papa estendeu a festa para toda a Igreja em comemoração à
vitória dos cristãos contra os turcos otomanos na Batalha de Kahlenberg,
travada no dia 12 de setembro de 1683, quando uma grande carga de cavalaria dos
chamados “hussardos alados” poloneses rompeu o cerco à cidade de Viena [5].
No início do século XX, por sua vez, o Papa São Pio X
(†1914), buscando recuperar a centralidade do domingo, transferiu a celebração
do Nome de Maria para o dia 12 de setembro. Vale lembrar que o mesmo Papa
estabelecera a Memória de Nossa Senhora das Dores no dia 15 de setembro, até
então celebrada no 3º domingo desse mês.
A reforma litúrgica do Concílio Vaticano II suprimiu tanto a
Festa do Santíssimo Nome de Jesus quanto a Festa do Nome de Maria,
conservando-as apenas como Missas votivas (Missas que podem ser celebradas à
escolha para promover a piedade dos fiéis).
A Missa votiva do Nome de Maria possui apenas a coleta ou
oração do dia própria [6]. A Coletânea de Missas de Nossa Senhora, por sua vez, publicada em 1986, oferece-nos um
formulário completo de Missa votiva ao Santo Nome da Bem-aventurada Virgem Maria (n. 21), indicado para o Tempo Comum
[7].
Veneração do Nome de Maria (Basílica de La Macarena, Sevilla) |
Assim, dado o rico simbolismo bíblico do “nome” e a devoção de algumas famílias religiosas, a 3ª edição típica do Missal Romano (2002) resgatou tanto a Memória facultativa do Santíssimo Nome de Jesus, a 03 de janeiro, quanto a Memória facultativa do Santíssimo Nome de Maria (Sanctissimi Nominis Mariae) no dia 12 de setembro, com orações próprias.
O único nome pelo qual nos vem a salvação é o de Jesus
(At 4,12; Fl 2,10). Porém, também o nome de Maria, “indissoluvelmente unida à
obra de salvação do seu Filho” (Sacrosanctum
Concilium, n. 103), pode ser invocado pelos fiéis como forma de recordar a
sua materna intercessão.
“Bendita sois vós pelo Senhor, Deus Altíssimo, entre todas
as mulheres da terra, ó bem-aventurada Virgem Maria. O Senhor deu tanta glória
ao vosso nome que todas as gerações cantarão os vossos louvores” (cf. Jt 13,18-19)
(Antífona de
entrada da Missa votiva do Santo Nome de Maria).
Notas:
[1] cf. PROENÇA,
Eduardo de [org.]. Apócrifos e
pseudo-epígrafos da Bíblia, vol. I. São Paulo: Fonte Editorial, 2005, pp. 519-530.
[2] cf. CORDEIRO,
José de Leão [org.]. Antologia Litúrgica:
Textos Litúrgicos, Patrísticos e Canónicos do Primeiro Milénio.
Secretariado Nacional de Liturgia: Fatima, 2003, p. 1325.
Coincidentemente, Sérgio I faleceria justamente no dia 08 de
setembro de 701. Também Santo Adriano, soldado romano martirizado em Nicodémia
entre o final do século III e o início do IV, é comemorado nessa mesma data.
Sua igreja, porém, situada no Fórum Romano, junto à Cúria Júlia (antigo
edifício do Senado), infelizmente foi destruída durante o século XX.
[3] DE VARAZZE, Jacopo. Legenda
Aurea: Vidas de Santos. São Paulo: Companhia das Letras, 2003, pp. 751-752.
[4] cf. MISSAL
ROMANO. Tradução portuguesa da 2ª edição
típica para o Brasil. São Paulo: Paulus, 1991, pp. 653-654.
[5] Vale lembrar que também a Festa da Transfiguração do Senhor (06 de agosto) foi estendida a toda a Igreja de Rito Romano pelo Papa
Calisto III (†1458) em comemoração à vitória contra os turcos otomanos no cerco
de Belgrado em 1456.
[6] cf. MISSAL
ROMANO, p. 954.
[7] cf. MISSAS DE
NOSSA SENHORA. Brasília: Edições CNBB, 2016, pp. 90-92; LECIONÁRIO para Missas de Nossa Senhora. Brasília:
Edições CNBB, 2016, pp. 123-125.
Natividade de Maria (Albrecht Altdorfer) |
Referências:
ADAM, Adolf. O Ano
Litúrgico: Sua história e seu significado segundo a renovação litúrgica.
São Paulo: Loyola, 2019, pp. 157-158.
DONADEO, Madre Maria. O
Ano Litúrgico Bizantino. São Paulo: Ave Maria, 1998, pp. 34-38.
LODI, Enzo. Os Santos
do Calendário Romano: Rezar com os Santos na Liturgia. São Paulo: Paulus,
1992, pp. 369-371.
MEAOLO, Gaetano. Natividade
de Maria. in: DE FIORES, Stefano;
MEO, Salvatore [org.]. Dicionário de
Mariologia. São Paulo; Paulus, 1995, pp. 970-974.
RIGHETTI, Mario. Historia
de la Liturgia, vol. I: Introducción general; El año litúrgico; El Breviario.
Madrid: BAC, 1955, pp. 911-912.914.
SCHUSTER, Cardeal Alfredo Ildefonso. Liber Sacramentorum: Note storiche e liturgiche sul Messale Romano; v.
VIII: I Santi nel Mistero della Redenzione (Le Feste dei Santi dall'ottava dei Principi degli Apostoli alla
Dedicazione di S. Michele). Torino-Roma: Marietti, 1932, pp. 234-237.243-244.
Confira também:
Missas votivas da Terra Santa (11) (incluindo a igreja de Santa Ana)
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