“Meus olhos viram a tua salvação: Luz para
iluminar as nações e glória do teu povo Israel” (Lc 2,30.32).
O Evangelho de Lucas nos narra como, 40
dias após o seu nascimento, o Menino Jesus é levado por Maria e José ao Templo
de Jerusalém para ser apresentado ao Senhor, onde é acolhido pelo justo Simeão
e pela profetisa Ana (Lc 2,22-40).
As Igrejas do
Oriente e do Ocidente celebram esse acontecimento evangélico no dia
02 de fevereiro, 40 dias após a Solenidade do Natal do Senhor. Trata-se da
Festa da Apresentação do Senhor, cuja história veremos brevemente nesta
postagem.
Apresentação do Senhor no Menologion de Basílio II Uma das mais antigas representações desse mistério (séc. X-XI) |
O simbolismo da Festa da Apresentação do
Senhor
Antes de tudo
cabe recordar que o episódio descrito por Lucas remete-nos a duas prescrições
do Antigo Testamento:
- o resgate do
primogênito (Ex 13,1-2.11-16),
recordação do êxodo, quando os primogênitos do Egito morreram e os filhos de
Israel foram poupados (Ex 12). Assim,
todo primogênito “pertencia” a Deus e deveria ser “resgatado” pelos pais com
uma oferta de cinco siclos de prata, a serem entregues a qualquer sacerdote (Nm 18,15-16).
O Papa Bento XVI
chama a atenção para o fato de que Lucas não menciona que Maria e José tenham
realizado o “resgate” propriamente dito. Com efeito, o Menino pertence
totalmente a Deus - afinal, é o próprio Deus (cf.
Jo 1,1-18) -, inteiramente unido ao Pai na comunhão de amor do Espírito
Santo [1].
- a purificação
da mãe (Lv 12). A Lei judaica era
baseada no “horror sanguinis”: o
contato com sangue, incluindo o parto, gerava impureza. Assim, no 40º dia após
o nascimento do filho a mulher devia oferecer um sacrifício expiatório. Por isso, como
veremos, a celebração do dia 02 de fevereiro no Rito Romano foi conhecida por
muito tempo como “Purificação de Maria”.
O número 40,
além disso, é particularmente simbólico na Sagrada Escritura: remete à aliança
- a aliança de Deus com a humanidade após o dilúvio, a aliança do Sinai após os 40
dias que Moisés permaneceu sobre o monte - e ao tempo da provação e da
penitência - a peregrinação de Israel pelo deserto por 40 anos, os 40 dias de Jesus no
deserto em oração...
Apresentação do Senhor - Giovanni Bellini (séc. XV) Note-se o Menino envolto em faixas, prefigurando sua sepultura |
Entre os cristãos orientais, a Festa da Apresentação do Senhor é chamada de Hypapanté (ὑπαπαντή), “Encontro”. Aqui vemos sintetizada a teologia da Encarnação, pela qual se realiza o “admirável intercâmbio de dons entre o céu e a terra”:
- Jesus, verdadeiro Deus, encontra-se com o seu povo, o povo da primeira aliança, representado por Simeão e Ana, e dá início ao caminho rumo ao seu sacrifício, com o qual será inaugurada a nova e eterna aliança (Lc 22,20);
- Jesus, verdadeiro homem, “nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei” (Gl 4,4-5), vai ao encontro do Pai, oferecendo-lhe a nossa humanidade, para elevá-la à divindade (Lc 23,46).
A origem da Festa da Apresentação do Senhor
A peregrina
Etéria (ou Egéria), que visitou a Terra Santa no final do século IV,
oferece-nos em seu “diário de viagem” (Itinerarium
ad loca sancta) o primeiro testemunho de uma celebração litúrgica da
Apresentação de Jesus no Templo:
“O quadragésimo
dia depois da Epifania é aqui celebrado com a maior solenidade. De facto, neste
dia há uma procissão na Anástasis; todos
se incorporam e tudo decorre segundo a ordem habitual com grandes festejos,
como na Páscoa. Todos os presbíteros pregam, assim como o bispo, comentando
sempre aquele passo do Evangelho onde
se diz que, no quadragésimo dia, José e Maria levaram o Senhor ao templo e em
que Simeão e a profetisa Ana, filha de Fanuel, O viram, e se mencionam as
palavras que eles disseram ao verem o Senhor e a oferenda que os pais
apresentaram. E, depois de celebradas todas as coisas, como de costume, segundo
a ordem habitual, celebram-se os mistérios e faz-se a despedida” [2].
Note-se, antes
de tudo, que a celebração tinha lugar no 40º dia após a Epifania, portanto, no
dia 14 de fevereiro. Com efeito, como vimos em nossas postagens sobre a história do Natal e sobre a história da Epifania, no século IV as Igrejas Orientais celebravam
no dia 06 de janeiro tanto o nascimento do Senhor quanto a sua manifestação. A
partir do século V praticamente todas as igrejas acolheriam a celebração do
Natal no dia 25 de dezembro, de modo que a Festa da Apresentação fixou-se a 02
de fevereiro [3].
Note-se também que Etéria não nos dá o nome da festa, que lhe será atribuído posteriormente. Em contrapartida, a peregrina descreve bem os ritos: a procissão na Basílica do Santo Sepulcro, chamada aqui de Basílica da Ressurreição (Anástasis), a pregação da Palavra de Deus e a celebração da Eucaristia, ou melhor, dos “Santos Mistérios” (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 1328-1332).
Entre os séculos
V e VI a festa foi se difundindo entre as Igrejas Orientais, sendo oficialmente
instituída no Império Romano do Oriente (Império Bizantino) durante o reinado
de Justiniano I (†565), com o nome grego de Hypapanté,
“Encontro”.
Não obstante, já
no século V São Cirilo de Alexandria (†444) em uma de suas homilias exorta: “Celebremos
o mistério deste dia com lâmpadas flamejantes”. Com efeito, a partir do cântico
de Simeão, o Nunc dimittis (Lc 2,29-32), centrado no tema da luz, a
festa logo passou a ser acompanhada de uma procissão com tochas ou velas
acesas.
Assim, a festa
passou a ser conhecida também como “Candelária”, isto é, “Festa das Lâmpadas”
ou “das Luzes”. Posteriormente surgiriam também as respectivas devoções marianas:
Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora da Luz...
A profecia de
Simeão a Maria - “uma espada te traspassará a alma” (Lc 2,35) -, por sua vez, aparece ligada à devoção às “dores de Nossa Senhora”, relacionada à Quaresma e à Memória do dia 15 de
setembro.
A Festa da Apresentação do Senhor no
Ocidente
Do Oriente a
festa chegou a Roma no século VII: o Sacramentário
Gelasiano contém três formulários de Missa para esse dia, intitulado In Purificatione Sanctae Mariae (Na
Purificação de Santa Maria), embora as orações tenham um acento mais
cristológico que mariano.
Não é mencionada, porém, a procissão, que teria sido introduzida um pouco mais tarde, provavelmente pelo Papa Sérgio I (†701). Natural de Palermo (Itália), sua família era de origem síria. Portanto, após sua eleição como Bispo de Roma em 687, introduziu ou popularizou diversas festas orientais.
As procissões ou “ladainhas” instituídas sob Sérgio I [4] ajudaram a reforçar o caráter mariano da festa, uma vez que a procissão ia da igreja de Santo Adriano al Foro até a Basílica de Santa Maria Maior.
O Abade Mario
Righetti (†1975), grande historiador da Liturgia, defende que essa procissão
nada tinha que ver com a antiga festa romana da Lupercália, extinta duzentos
anos antes, no tempo do Papa São Gelásio I (†496).
A Lupercália,
celebrada entre 13 e 15 de fevereiro, era uma festa romana muito antiga, de
caráter pastoril, ligada ao final do inverno no hemisfério norte: era uma
espécie de “exorcismo” contra os lobos, para que esses não atacassem os
rebanhos. Portanto, aparece relacionada com a loba que segundo a lenda amamentou
Rômulo e Remo, e ao deus Fauno, protetor dos rebanhos.
Aparentemente em
fevereiro também se realizava um procissão expiatória, chamada Amburbalia (ao redor da cidade). O
próprio nome do mês de fevereiro vem da palavra latina para “purificar”, februare. Porém, parece que essa
procissão era celebrada apenas em circunstâncias extraordinárias, tendo desaparecido
no final do século IV [5].
Não obstante,
dado o simbolismo de “mortificação” da natureza próprio do final do inverno (no hemisfério norte) e a
proximidade da festa com o início da Quaresma (posteriormente convertida em
Septuagésima), a procissão da Apresentação do Senhor em Roma logo adquiriu um
caráter penitencial.
Um Ordo (Ritual) do século IX, com efeito,
descreve como o Papa revestia paramentos pretos (induit se vestimentis nigris), posteriormente
substituídos por roxos, e iniciava a
celebração na igreja de Santo Adriano com a oração inicial.
O Beato Cardeal Alfredo
Ildefonso Schuster (†1954) em seu Liber
Sacramentorum indica que caso já houvesse iniciado a Septuagésima, antes
dessa oração todos se prostravam no chão, rezando por alguns instantes em
silêncio (salvo se a festa caísse no domingo, que foi sempre considerado dia
festivo em honra da Ressurreição).
Formava-se então
a procissão até a Basílica de Santa Maria Maior, onde o Papa celebrava a Missa.
Nessa Missa não se entoava o Glória e no final, ao invés da bênção solene, o
Papa recitava uma oração sobre o povo (oratio
super populum), como na Quaresma e na Sexta-feira Santa. Esta, porém,
posteriormente foi suprimida.
Confira nossa postagem sobre o ícone bizantino da Apresentação do Senhor clicando aqui.
Na procissão
o clero e os fiéis portavam velas acesas nas mãos e muitos iam a pés descalços.
Um Ordo do século XII acrescenta que
alguns diáconos, representando as várias regiões da cidade, conduziam
estandartes em honra da Virgem Maria. Também em Milão, em Aquileia e na Alemanha
ícones marianos eram conduzidos nessa procissão. Em contrapartida, a Catholic
Encyclopedia indica que em outros lugares o sacerdote levava uma imagem do
Menino Jesus na procissão.
Em Roma, a
princípio, não se menciona a oração de bênção das velas, a qual parece ter
surgido na Gália (atual França). As cinco orações prescritas no Missale Romanum até a reforma do Concílio Vaticano II remontam aos
séculos X e XI.
Assim, nesse
período teria sido acrescentada à Liturgia Papal uma “estação” na igreja de São Lucas e Santa Martina, próxima à igreja de Santo Adriano, onde o Bispo de Roma
distribuía as velas aos Cardeais antes da procissão.
Nesse mesmo período, quando se popularizaram no Rito Romano as sequências, o Liber Sequentiarum de Notker Balbulus (†912) prescreve para o dia 02 de fevereiro a sequência Concentu parili, de caráter fortemente mariano.
Ao centro, a igreja de São Lucas e Santa Martina junto as ruínas do Fórum romano (A igreja de Santo Adriano foi demolida no século XX) |
No século XI,
por sua vez, destaca-se a sequência Laetabundus
exsultet fidelis chorus, inicialmente prevista para a Solenidade do Natal do Senhor, mas logo estendida a todo o Tempo do Natal, que em alguns lugares só
terminava na Apresentação do Senhor. Aparecem associados a essa festa, com
efeito, sobretudo as últimas duas estrofes dessa sequência: Isaias cecinit.
Em outras
igrejas do Ocidente, por fim, a festa foi de importância secundária. Por
exemplo, no Rito Hispano-Mozárabe (Espanha), o Evangelho da Apresentação do
Senhor é lido já na Festa da Circuncisão do Senhor, celebrada no dia 01 de janeiro.
A Festa da Apresentação do Senhor hoje
Como vimos,
durante muitos séculos a celebração do dia 02 de fevereiro no Rito Romano foi
fortemente mariana, conhecida como Purificação de Maria. A reforma litúrgica do
Concílio Vaticano II resgatou seu caráter cristológico, retomando o título de
“Apresentação do Senhor”.
O Papa São Paulo
VI (†1978), em sua Exortação Apostólica Marialis
Cultus, promulgada justamente na Festa da Apresentação do Senhor de 1974, a
elenca entre “as celebrações que comemoram eventos ‘salvíficos’, em que a Virgem
Maria esteve intimamente associada ao Filho” (n. 6):
“A festa que se
celebra a 02 de fevereiro, à qual foi restituída a denominação de ‘Apresentação
do Senhor’, deve ser considerada, a fim de que se possa captar plenamente o seu
riquíssimo conteúdo; nela se evoca, de fato, a memória, ao mesmo tempo, do
Filho e da Mãe; quer dizer, é a celebração de um mistério da salvação operado
por Cristo, em que a Virgem Santíssima esteve a Ele intimamente unida, como Mãe
do Servo sofredor de Iahweh e como
executora de uma missão respeitante ao antigo Israel, e, ainda, qual exemplar
do novo Povo de Deus, constantemente provado na fé e na esperança, pelo
sofrimento e pela perseguição (cf. Lc
2,21-35)” (Marialis Cultus, n. 7).
Virgen de la Candelaria - Bernardo Bitti (séc. XVI) |
O mesmo exprime o Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia em seu n. 123: “Não seria certo que a piedade popular, celebrando a Apresentação do Senhor, descuidasse do seu principal objeto cristológico, a fim de se ater quase exclusivamente aos aspectos mariológicos” [6].
A reforma
litúrgica conservou algumas orações, já centradas no mistério de Cristo como
“luz das nações”, e acrescentou outras novas, incluindo um Prefácio próprio [7] e a 2ª leitura para quando a festa cai em um domingo.
Com efeito,
sendo uma Festa do Senhor, a Apresentação tem precedência sobre um domingo do
Tempo Comum. Assim, quando o dia 02 de fevereiro cai em um dia de semana,
celebra-se como Festa: canta-se ou reza-se o Glória e profere-se uma das duas
leituras à escolha. Quando, porém, cai em um domingo, passa a ser celebrado
como se fosse uma Solenidade: possui I Vésperas (isto é, sua celebração começa
na tarde do dia anterior), reza-se o Creio e proferem-se as
duas leituras, além do salmo e do Evangelho: Ml 3,1-4; Sl 23 (24); Hb 2,14-18; Lc 2,22-40 [8].
A bênção e a
procissão com as velas, por sua vez, perderam seu caráter penitencial e são
celebradas com um aspecto festivo, com o uso dos paramentos brancos desde o
início, como autêntica celebração em honra de Cristo Rei.
Velas acesas diante do ícone da Crucificação A profecia de Simeão, com efeito, aponta para a Paixão (Lc 2,34-35) |
Há duas opções de rito: a procissão propriamente dita, que começa fora da igreja; e a entrada solene, na qual toda a celebração se desenvolve na mesma igreja. Para a bênção das velas também há duas opções de oração à escolha, além de uma monição introdutória.
Infelizmente a
reforma litúrgica suprimiu a rubrica que previa que o sacerdote e os fiéis
tivessem as velas acesas nas mãos novamente durante o Evangelho da Missa (como
se prevê no Domingo de Ramos, quando o sacerdote ouve o Evangelho da entrada de
Jesus em Jerusalém com o ramo na mão).
As velas são em
seguida conservadas piedosamente pelos fiéis em suas casas, como sinal de
Cristo, “luz do mundo” (Jo 8,12).
Evita-se, porém, uma interpretação supersticiosa, que atribui às velas “poderes
mágicos”.
Antes, como
recorda o Cerimonial dos Bispos (n.
241), nós mesmos somos exortados a ser esta luz do mundo (Mt 5,14-16): “Exortem-se, portanto, os fiéis a proceder em toda a
sua vida como filhos da luz, pois a todos devem levar a luz de Cristo, feitos
eles próprios, em suas obras, lâmpadas ardentes”.
Para a Liturgia
das Horas, por sua vez, destacam-se os três hinos próprios:
Ofício das
Leituras: Legis sacratae sanctis
ceremoniis (Dignou-se obedecer à lei mosaica);
Laudes: Adorna, Sion, thalamum (Sião, na espera
do Senhor);
Vésperas: Quod chorus vatum venerandum olim (O que
o coro dos profetas).
O Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia
(n. 121) pede ainda que nesse dia se destaque o valor da vida, podendo ser
realizadas a bênção das mulheres grávidas e/ou das mães com seus filhos [9].
Cumpre recordar,
por fim, que desde 1997 o dia 02 de fevereiro é também o Dia Mundial da Vida
Consagrada, instituído pelo Papa São João Paulo II (†2005). Nas atitudes de
Maria e José na Apresentação do Senhor, com efeito, muitos religiosos viram
refletidos os três conselhos evangélicos: a pobreza, a castidade e a obediência
(Diretório sobre Piedade Popular e
Liturgia, n. 122).
Notas:
[1] cf. RATZINGER, Joseph (Bento XVI). A infância de Jesus. São Paulo: Planeta,
2012, pp. 69-75.
[2] ETÉRIA. Itinerarium ad loca sancta, n. 26. in: CORDEIRO, José de Leão [org.]. Antologia Litúrgica: Textos Litúrgicos,
Patrísticos e Canónicos do Primeiro Milénio. Secretariado Nacional de
Liturgia: Fatima, 2003, p. 451.
[3] Cabe
recordar, porém, que a maioria das Igrejas Orientais, tanto Católicas quanto
Ortodoxas, utiliza o calendário juliano, com uma diferença de 13 dias em
relação ao gregoriano. Assim, o dia 02 de fevereiro no calendário juliano corresponde
ao dia 15 de fevereiro no calendário gregoriano.
[4] Além da
Apresentação do Senhor, o Liber
Pontificalis atribui-lhe a difusão em Roma das procissões da Anunciação do Senhor (25
de março), da Assunção de Maria (15 de agosto) e da Natividade de Maria (08 de setembro) (Liber Pontificalis, n. 86. in: CORDEIRO, op. cit., p. 1325). A essas festas podemos acrescentar ainda a Exaltação da Santa Cruz (14 de setembro).
[5] Não
confundir com a Ambarvalia (através
dos campos), procissão ligada às colheitas, que tinha lugar anualmente no final
de maio.
[6] cf. CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A
DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS. Diretório
sobre Piedade Popular e Liturgia. São Paulo: Paulinas, 2003, pp. 109-112.
[7] cf. MISSAL ROMANO. Tradução portuguesa da 2ª edição típica para o Brasil. São Paulo:
Paulus, 1991, pp. 547-551. Até então se proferia nessa festa o Prefácio do
Natal.
[8] cf. Normas Universais sobre o Ano Litúrgico
e o Calendário, n. 13. in: MISSAL
ROMANO, p. 105. O mesmo vale para as Festas da Transfiguração do Senhor (06 de agosto), da
Exaltação da Santa Cruz (14 de setembro) e da Dedicação da Basílica do Latrão
(09 de novembro).
As Festas da
Sagrada Família e do Batismo do Senhor, por sua vez, inserem-se dentro do Tempo
do Natal. Vale recordar que o Evangelho da Festa da Sagrada Família no ano B é
justamente o relato da Apresentação do Senhor.
[9] cf. RITUAL DE BÊNÇÃOS. Tradução portuguesa da edição típica para o
Brasil. São Paulo: Paulus, 1990, pp. 79-85 (Bênção antes do parto); pp. 85-92 (Bênção depois do parto).
Referências:
ADAM, Adolf. O Ano Litúrgico: Sua história e seu
significado segundo a renovação litúrgica. São Paulo: Loyola, 2019, pp. 109-112.
BERGAMINI,
Augusto. Cristo, festa da Igreja: O Ano
Litúrgico. São Paulo: Paulinas, 2004, pp. 238-241.
HOLWECK,
Frederick. Candlemas. in: The Catholic
Encyclopedia, vol. 3, 1908. Disponível em: New Advent.
RIGHETTI, Mario.
Historia de la Liturgia, v. I:
Introducción general; El año litúrgico; El Breviario. Madrid: BAC, 1955,
pp. 724-727.
SCHUSTER,
Cardeal Alfredo Ildefonso. Liber
Sacramentorum: Note storiche e liturgiche sul Messale Romano; v. VI: La Chiesa
Trionfante (Le Feste dei Santi durante il Ciclo Natalizio). Torino-Roma:
Marietti, 1930, pp. 205-214.
Postagem
publicada originalmente em 31 de janeiro de 2012. Revista e ampliada em 23 de novembro de 2021.
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