terça-feira, 4 de janeiro de 2022

História da devoção ao Santíssimo Nome de Jesus

“O significado do nome de Jesus, ‘Deus salva’, recorda que tudo o que se refere a Ele é salvífico” (Diretório para a Catequese, 2020, n. 171).

A afirmação do Diretório para a Catequese remete-nos àquela que, dentre as devoções cristológicas mais “recentes” (como o Sagrado Coração, o Preciosíssimo Sangue ou Cristo Rei), é na verdade a mais antiga: a devoção ao Santíssimo Nome de Jesus.

Assim, após nossa postagem sobre a história da Festa da Circuncisão do Senhor, celebrada no dia 01 de janeiro, propomos aqui um breve histórico da devoção ao Nome de Jesus, partindo dos seus fundamentos bíblicos e teológicos.

Para acessar nossas postagens sobre a Liturgia no novo Diretório para a Catequese, clique aqui.

IHS: Abreviatura do nome de Jesus em grego, IHΣOUΣ
(Altar da Chiesa del Gesù, Roma)

Antigo Testamento: “Eu Sou aquele que sou”

“Deus disse a Moisés: ‘Eu Sou aquele que sou’. E acrescentou: ‘Assim responderás aos filhos de Israel: Eu Sou enviou-me a vós’” (cf. Ex 3,13-15). No Antigo Testamento o nome de Deus, revelado a Moisés na sarça ardente no monte Sinai, era objeto de particular veneração (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 203-213).

Para os povo do Antigo Oriente, o nome era a essência, a identidade mais profunda da pessoa. Conhecer o nome de alguém era muito mais do que estabelecer uma relação: era exercer uma espécie de “poder” sobre essa pessoa.

Por isso, à revelação do nome de Deus segue-se o mandamento de “não pronunciá-lo em vão” (Ex 20,7; Dt 5,11; cf. Catecismo, nn. 2142-2159). Quando Deus revela seu nome, está entregando a Si mesmo a nós: seu nome é um dom, confiado em um gesto de confiança e de intimidade.

Adoração ao nome de Deus
(Francisco de Goya - Catedral de Saragoça, Espanha)

O nome de Deus, porém, permanece ao mesmo tempo um nome misterioso, inefável: nunca poderemos abarcá-lo totalmente. Assim, a expressão revelada na sarça ardente possui várias interpretações:
- em sentido ontológico: “Eu Sou aquele que sou”, “Eu Sou aquele que é”;
- em sentido causativo: “Eu sou aquele que faz ser” (Deus como criador), “Eu sou aquele que está presente” (Deus como libertador do povo no êxodo; cf. Ex 3,7-8);
- em um alcance “escatológico”: “Eu sou aquele que serei”, indicando Deus sempre presente (“Eu estarei contigo”: Ex 3,12).

Essa misteriosa expressão, Ehyeh Asher Ehyeh, é expressa em hebraico através do “tetragrama sagrado” (as quatro letras יהוה - yod, he, waw, he), geralmente transliterado como YHWH, Yahweh.

O respeito pelo nome de Deus, em atenção ao 2º mandamento, leva paulatinamente o Judaísmo a evitar pronunciar e mesmo a escrever o tetragrama. Na tradição rabínica Deus chega a ser invocado simplesmente como HaShem (השם): “O Nome”.

Inicialmente o “nome” era pronunciado pelos sacerdotes no contexto da “bênção de Aarão” (Nm 6,22-27). Com o tempo, porém, teria ficado restrito a um contexto “penitencial”, sendo pronunciado solenemente apenas uma vez ao ano, na Festa da Expiação (Yom Kippur).

Sempre que o texto bíblico trazia o tetragrama YHWH, se pronunciava em voz alta a palavra Adonai (Senhor). Quando as palavras “Adonai Yahweh” apareciam juntas, por sua vez, se pronunciava Adonai Elohim (Senhor Deus).

Por fidelidade a essa tradição, no dia 29 de junho de 2008 a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos enviou uma Carta Circular às Conferências Episcopais determinando que o tetragrama sagrado YHWH e suas transliterações (Yahweh ou Javé) [1] não deve ser pronunciado nas celebrações litúrgicas: nem nas orações, nem nas leituras, nem nos cantos, sendo sempre substituído por Senhor ou Senhor Deus [2].

O Tetragrama sagrado YHWH com as vogais de Adonai
(Igreja de São Carlos Borromeu em Viena, Áustria)

Novo Testamento: “Em nome de Jesus”

O Novo Testamento dá continuidade à tradição de Israel: com efeito, o primeiro dos sete pedidos da oração que o Senhor nos ensinou é justamente a santificação do nome de Deus: “sanctificetur nomen tuum...” (“santificado seja o vosso nome”; cf. Catecismo, nn. 2807-2815).

O Filho de Deus nascido da Virgem Maria, por sua vez, recebe o nome de Jesus (em hebraico, Yeshua; em grego, Ἰησοῦς - Iesous), uma forma abreviada do nome de Josué (‎Yehoshua). O significado do seu nome exprime sua identidade e sua missão: “Deus salva” (Mt 1,21; Lc 1,31; cf. Catecismo, nn. 430-435).

Ao nome de Jesus logo se acrescenta seu título por excelência: Cristo (Χριστός), tradução grega do hebraico Masiah (Messias), que significa “Ungido” (cf. Catecismo, nn. 436-440). Este título está presente na profissão de fé fundamental do Apóstolo Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16; cf. Catecismo, nn. 441-445).

No Evangelho, Jesus se apresenta não apenas como o “Filho de Deus”, mas como o próprio Deus, assumindo o “nome” revelado no Sinai: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que Eu Sou” (Jo 8,28); “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (Jo 8,58).

Por essa razão, nos ícones bizantinos Cristo geralmente aparece com o halo ou nimbo cruciforme com as letras gregas Ο - Ω - Ν (ômicron, ômega, ni), que formam a expressão ὁ ὤν: “Aquele que é” (Ex 3,14). Para saber mais sobre os ícones de Cristo, clique aqui.

Assim, Jesus é adorado pelo Apóstolo Tomé como “Senhor e Deus” (Jo 20,28), recebendo o título de Kyrios (cf. Catecismo, nn. 446-451):

“Perante o nome de Jesus se dobre reverente todo joelho, seja nos céus, seja na terra ou nos abismos. E toda língua reconheça, confessando, para a glória de Deus Pai e seu louvor: Na verdade Jesus Cristo é o Senhor!” (Fl 2,10-11).

A adoração ao nome de Jesus: nos céus, na terra e nos abismos (Fl 2,10)
(El Greco - Monasterio de El Escorial, Espanha)

A conclusão do hino cristológico da Carta aos Filipenses é, pois, um dos testemunhos mais antigos da reverência ao nome de Jesus. Seu nome está “elevado muito acima de todo nome” (Fl 2,9); “não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos” (At 4,12).

“Em nome de Jesus” os Apóstolos realizam curas (cf. Mc 16,17; At 3,6...), “em nome de Jesus” a Igreja, reunida no Espírito Santo, reza ao Pai (cf. Mt 18,20; Jo 15,16...): “Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo...”.

“O santíssimo nome de Jesus é o divino poema, que exprime quanto de mais sublime e de mais humilde a sabedoria e a misericórdia de Deus puderam realizar para salvar a  humanidade decaída” (Bem-aventurado Cardeal Alfredo Ildefonso Schuster).

A devoção ao nome de Jesus no início do Cristianismo

Talvez o símbolo cristão mais antigo seja o peixe. Uma vez que “peixe” em grego é ΙΧΘΥΣ (Ichthys), este era usado pelos cristãos ainda no tempo das perseguições como uma sigla de Ἰησοῦς Χριστός, Θεοῦ ͑Υιός, Σωτήρ (Iesous Christós, Theou Yiós, Sotér): “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.

Vitral com o peixe, ΙΧΘΥΣ (Ichthys)

A partir do século II da Era Cristã popularizaram-se os nomina sacra, “nomes sagrados”, abreviaturas usadas nos manuscritos tanto para “economizar” tempo e espaço quanto em respeito à santidade desses nomes.

Os nomina sacra são feitos de duas formas:

- por contração: com a primeira e a última letra do nome, geralmente marcadas com uma sobrelinha. Por exemplo, Jesus costuma ser abreviado como ΙC (Iota-Sigma) e Cristo como (-Sigma). A letra grega sigma (Σ) comumente era grafada nesses manuscritos como C (sigma lunar ou sigma crescente), a fim de não ser confundida com a letra épsilon (E).

Também são nomina sacra por contração a inscrição da cruz, INRI (em latim: Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum - Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus), e o próprio título que Jesus atribui a si em Ap 1,8: “Eu sou o Alfa e o Ômega”. Alfa (A,α) e Ômega (Ω,ω) são, com efeito, a primeira e a última letras do alfabeto grego.

IC XC, abreviatura de Jesus Cristo por contração,
e a palavra grega “nika”: “Jesus Cristo vence”

- por suspensão: usando as primeiras letras do nome, como no célebre monograma de Jesus popularizado por São Bernardino de Sena: IHS ou IHC (Iota-Épsilon-Sigma), como veremos adiante.

Após o Edito de Milão (313), pelo qual o Imperador Constantino I (†337) proibiu as perseguições aos cristãos, popularizou-se o monograma de Cristo ou cristograma através da sobreposição das duas primeiras letras, Chi- (ΧΡ), com as traves do X remetendo à cruz.

Segundo a tradição, Constantino teria adotado o Chi- ou chrismon como emblema na Batalha da Ponte Mílvio (ano 312), após ter uma visão da cruz e ouvido a expressão ἐν τούτῳ νίκα, ou, em latim, “in hoc signo vinces”: “neste sinal vencerás”.

O monograma de Cristo (Chi-Rô ou chrismon) com as letras Alfa e Ômega
(Sarcófago do século IV - Museus Vaticanos)

São Bernardino de Siena, “Apóstolo” do nome de Jesus

Apesar de sua origem tão antiga quanto o próprio Cristianismo, como vimos, a devoção propriamente dita ao nome de Jesus desenvolve-se sobretudo a partir dos séculos XII e XIII. Encontramos as primeiras referências à devoção ao “Santo Nome” nos textos de Santo Anselmo de Cantuária (†1109) e São Bernardo de Claraval (†1153).

Porém, o grande “Apóstolo” da devoção ao Santíssimo Nome de Jesus é São Bernardino de Sena (†1444). Este sacerdote franciscano percorreu a Itália pregando a devoção ao nome de Jesus, muitas vezes como meio de reconciliação de famílias e facções rivais.

São Bernardino costumava pregar tendo em mãos uma tábua como o monograma IHS, como vimos acima, formado pelas três primeiras letras do nome de Jesus em grego (Iota-Épsilon-Sigma). Posteriormente, porém, a abreviatura foi erroneamente entendida também como a sigla em latim “Jesus Hominum Salvator”, “Jesus Salvador dos Homens”.

São Bernardino com sua célebre tábua com o trigrama IHS
(Sano di Pietro - Metropolitan Museum of Art, Nova York)

Existem algumas variações, mas ao trigrama (isto é, às três letras do nome de Jesus) São Bernardino acrescentou uma cruz sobre a letra épsilon (H), em alusão à Paixão, e um sol circundando as três letras, remetendo à Ressurreição.

Deste sol saem comumente doze raios, em alusão à pregação do Evangelho pelos Doze Apóstolos, oito dos quais tocam a borda do quadro, em alusão às oito Bem-aventuranças (Mt 8,3-12).

Na moldura do quadro, por sua vez, geralmente estava inscrito o texto de Fl 2,10: In nomine Iesu omne genu flectat caelestium et terrestrium et infernorum.

Como São Bernardino costumava oferecer essa tábua à veneração dos fiéis, foi acusado de “heresia” e  “idolatria” por seus opositores em 1427. Em Roma foi defendido por seu discípulo São João de Capistrano (†1456), também franciscano, o qual argumentou que a veneração ao nome de Jesus era a mesma devida ao Evangelho, uma vez que o nome de Jesus é a sua síntese.

Assim, a devoção ao Santíssimo Nome de Jesus foi aprovada pelo Papa Martinho V (†1431) e logo se propagou. Santo Inácio de Loyola (†1556), fundador da Companhia de Jesus (jesuítas), tomou o trigrama IHS como emblema de sua Ordem, ao qual acrescentou os três cravos da Paixão. Assim, tanto franciscanos quanto jesuítas logo difundiram a devoção ao nome de Jesus.

O emblema da Companhia de Jesus (jesuítas)
(Catedral de Salvador, Bahia)

A Missa do Santíssimo Nome de Jesus

Em 1530 o Papa Clemente VII (†1534) teria autorizado aos franciscanos a recitação do Ofício em honra ao Santíssimo Nome de Jesus, no II Domingo após a Solenidade da Epifania do Senhor, celebrada a 06 de janeiro.

Para essa celebração eram entoadas três partes do hino Jesu, dulcis memoria (Jesus, doce memória), atribuído a São Bernardo de Claraval:
Vésperas: Jesu, dulcis memoria;
Matinas: Jesu, rex admirabilis;
Laudes: Jesu, decus angelicum.

Com o tempo, o Ofício e a Missa da Festa foram acolhidos por várias Congregações Religiosas e Dioceses, até que, em 1721, o Papa Inocêncio XIII (†1724) estendeu sua celebração para toda a Igreja de Rito Romano.

No dia 23 de outubro de 1913, através do Motu proprio Abhinc duos annos, o Papa São Pio X (†1914) transferiu a celebração para o domingo entre os dias 02 e 05 de janeiro, aproximando-a da Festa da Circuncisão do Senhor (01 de janeiro). Nos anos em que não houvesse um domingo entre 02 e 05 de janeiro, a Festa do Santíssimo Nome deveria ser celebrada no dia 02 de janeiro.

Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II e a promulgação do novo Calendário Romano Geral em 1969, a Festa do Santíssimo Nome foi suprimida, considerada como uma duplicata da Circuncisão.

Adoração do nome de Jesus
(Juan de Roelas - Igreja da Anunciação, Sevilha)

Assim, conservou-se o Santíssimo Nome de Jesus entre as Missas votivas [3], formulários que podem ser celebrados nos dias livres para promover a piedade dos fiéis [4], com várias opções de leituras [5].

A decisão de suprimir a Festa do Santíssimo Nome gerou algumas críticas, considerando que a atual celebração do dia 01 de janeiro não contempla suficientemente o mistério da imposição do nome de Jesus, prevalecendo os textos dedicados a Santa Maria, Mãe de Deus.

Assim, na 3ª edição típica do Missal Romano, promulgada pelo Papa São João Paulo II (†2005) em 2002, ainda sem tradução para o Brasil, foi retomada a Memória facultativa do Santíssimo Nome de Jesus, a ser celebrada no dia 03 de janeiro, primeiro dia livre após a Circuncisão (uma vez que no dia 02 de janeiro se celebra a Memória dos Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno).

Essa Memória possui leituras e orações próprias. As orações são distintas às da Missa votiva, que foi conservada na 3ª edição do Missal. As leituras da Memória Facultativa do dia 03 de janeiro são: Fl 2,6-11; Sl 8,4-9 (R: v. 2); Lc 2,21-24.

Devoções ao Santíssimo Nome de Jesus

Por fim, dentre as demais devoções ao Nome de Jesus, vale a pena destacar:

- a Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus: embora atribuída a São Bernardino de Sena e São João de Capistrano, teria sido aprovada apenas em 1585 pelo Papa Sisto V para uso privado. Posteriormente foi permitida para uso público em alguns lugares por Pio IX em 1862 e finalmente aprovada para toda a Igreja por Leão XIII em 16 de janeiro de 1886 [6].

Para acessar nossa postagem sobre a Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus, com seu texto em latim e em português, clique aqui.

Uma das tábuas com o trigrama do nome de Jesus distribuídas por São Bernardino

- o “rosário das claúsulas”: o núcleo da oração da Ave-Maria é a proclamação do nome de Jesus. Assim, entre os séculos XIV e XV surge o “rosário das cláusulas”, formado por 50 Ave-Marias (apenas a primeira parte) seguidas da invocação de uma “claúsula” da vida de Jesus:

“Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus, concebido pelo Espírito Santo ao anúncio do Anjo.
(...) Jesus, que junto a ti que o concebeste, visitou Isabel.
(...) Jesus, que tu, virgem de corpo e alma, deste à luz com alegria”.

O “rosário das cláusulas” foi recomendado pelo Papa São Paulo VI (†1978) em sua Exortação Apostólica Marialis cultus (n. 46) e por João Paulo II em sua Carta Apotólica Rosarium Virginis Mariae (n. 33) [7].

- a “oração do coração”: própria da tradição oriental, consiste na repetição orante de um versículo, centrado no nome de Jesus. Geralmente o verso repetido é: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor, tem piedade de mim, pecador” (cf. Catecismo, nn. 2666-2668).

Vale recordar, por fim, a rubrica da Instrução Geral sobre o Missal Romano (3ª edição, n. 275) que, à luz de Fl 2,10, prescreve a “inclinação da cabeça” cada vez que se profere o nome de Jesus nas celebrações litúrgicas [8].

Vitral da igreja de São Luís em Katowice, Polônia

Notas:

[1] “Jeová” é um erro de tradução, unindo o tetragrama às vogais da palavra Adonai (Senhor), que devia ser pronunciada em seu lugar.

[2] cf. Revista Notitiae 501-502, vol. 45 (2008), nn. 5-6 (maggio-giugno), pp. 177-201. O texto em português encontra-se nas pp. 193-196.

[3] cf. MISSAL ROMANO. Tradução portuguesa da 2ª edição típica para o Brasil. São Paulo: Paulus, 1991, pp. 944-945.

[4] As Missas votivas são:
Sempre permitidas: Nos dias de semana do Tempo Comum, mesmo quando ocorre uma memória facultativa;
Permitidas, a juízo do sacerdote: Nos dias de semana do Tempo Comum quando ocorre uma memória obrigatória; nos dias de semana do Advento até 16 de dezembro; nos dias de semana do Natal e da Páscoa;
Permitidas apenas com a autorização do Bispo diocesano: Nas festas; nos dias 17 a 24 de dezembro; na oitava do Natal; nos dias de semana da Quaresma; nos domingos do Tempo Comum;
Sempre proibidas: Nas solenidades; nos domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa; na oitava da Páscoa; na Comemoração dos Fiéis Defuntos; na Quarta-feira de Cinzas; na Semana Santa.
Para saber mais, cf. Instrução Geral sobre o Missal Romano, 3ª edição, nn. 374-377. in: ALDAZÁBAL, José. Instrução Geral sobre o Missal Romano: Comentários. São Paulo: Paulinas, 2007, pp. 214-215.

[5] Leituras do Antigo Testamento: Ex 3,11-15 ou Eclo 51,11-17;
Leituras do Novo Testamento: 1Cor 1,1-3 ou Fl 2,6-11 ou Cl 3,12-17;
Leituras do Novo Testamento (no Tempo Pascal): At 3,1-10 ou At 4,8-12 ou At 5,27b-32.40b-42;
Salmo: Is 12,2-6 ou Sl 112(113),1-6;
Evangelho: Mt 1,18-25 ou Lc 2,16-21 ou Jo 14,6-14.


[7] cf. também o n. 201 do Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia: CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS. Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia. São Paulo: Paulinas, 2003, p. 170.

[8] cf. ALDAZÁBAL, op. cit., p. 165. Confira também o n. 68 do Cerimonial dos Bispos.

Referências:

ADAM, Adolf. O Ano Litúrgico: Sua história e seu significado segundo a renovação litúrgica. São Paulo: Loyola, 2019, pp. 100-102.

RIGHETTI, Mario. Historia de la Liturgia, v. I: Introducción general; El año litúrgico; El Breviario. Madrid: BAC, 1955, pp. 713-715.

SCHUSTER, Cardeal Alfredo Ildefonso. Liber Sacramentorum: Note storiche e liturgiche sul Messale Romano; v. VI: La Chiesa Trionfante (Le Feste dei Santi durante il Ciclo Natalizio). Torino-Roma: Marietti, 1930, pp. 127-131.

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