Na tarde da terça-feira, 28 de junho de 2022, teve
lugar no Palácio Apostólico Vaticano uma conferência para a apresentação do logotipo oficial do Jubileu de 2025.
Na tradição bíblica, o jubileu, um ano especial de
ação de graças, era celebrado a cada 50 anos. No final da Idade Média, porém, a
Igreja reduziu a frequência dos Jubileus Ordinários para 25 anos, de modo a
favorecer a participação dos fiéis. Para saber mais sobre a história dos Jubileus, clique aqui.
Além disso, o Papa pode convocar um Jubileu
Extraordinário, fora da contagem dos 25 anos. Foi o caso do Ano da Misericórdia
celebrado pelo Papa Francisco entre 2015 e 2016. O último Jubileu Ordinário,
por sua vez, foi o Grande Jubileu do ano 2000, celebrado por São João Paulo II.
O primeiro passo rumo ao Jubileu 2025 foi a Carta enviada pelo Papa Francisco no dia 11 de fevereiro de 2022 a Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, confiando-lhe a preparação do Jubileu e determinando que este terá como lema “Peregrinos de esperança” (em latim, “Peregrinantes in spem”).
Foi o mesmo Dom Rino Fisichella a apresentar o
logotipo oficial do Jubileu no dia 28 de junho. Logo após a publicação da Carta do Papa Francisco em fevereiro, foi aberto um concurso internacional para a
escolha do logo, ao qual foram enviadas 249 propostas de 48 países distintos.
O desenho escolhido foi o do italiano Giacomo Travisani: o logo apresenta
quatro figuras estilizadas, representando a humanidade dos “quatro cantos da
terra”, que se abraçam umas às outras, expressão de caridade fraterna.
As figuras se dirigem à cruz, como que em
peregrinação sobre as ondas nem sempre calmas da vida. A cruz, que é abraçada
pela primeira figura e que se curva em direção à humanidade, é símbolo da fé, mas também da esperança, uma vez sua extremidade inferior termina em uma âncora,
tradicional símbolo da esperança em meio às ondas.
Completam o logotipo a data e o lema do Ano Santo, em
latim e nas diversas línguas: Iubilaeum
A. D. MMXXV - Peregrinantes in Spem
/ Jubileu 2025 - Peregrinos da esperança.
Dom Rino Fisichella indicou também que o Papa
Francisco, como já havia mencionado em sua Carta de 11 de fevereiro, deseja que
os dois anos que antecedem o Jubileu
sejam dedicados à sua preparação.
Assim, no ano de 2023 somos convidados a “revisitar” as quatro Constituições do Concílio Vaticano II: Dei Verbum sobre a Revelação Divina, Lumen Gentium sobre a Igreja, Gaudium et Spes sobre a Igreja no mundo atual e Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia.
No dia 11 de outubro de 2022, com efeito, comemoram-se os 60 anos da abertura do Concílio Vaticano II, enquanto em dezembro de 2023, ocorrem os 60 anos da publicação dos seus primeiros documentos (incluindo a Constituição Sacrosanctum Concilium).
O ano de 2024, por sua vez, será dedicado à oração, recordando-nos que o Jubileu é antes de tudo um evento espiritual.
Em breve será divulgado o site oficial do Jubileu, com os eventos que acompanharão estes dois anos e os materiais em várias línguas para auxiliar na sua preparação.
Dom Fisichella indicou, por fim, que posteriormente
será divulgado também o calendário com os grandes eventos do Jubileu. O
elemento característico do Ano Santo, com efeito, é a peregrinação às quatro
Basílicas Maiores em Roma (São João do Latrão, São Pedro, São Paulo e Santa
Maria Maior), cada uma das quais possui uma Porta Santa, aberta apenas durante
os Jubileus.
Como nos Jubileus anteriores, serão previstas peregrinações por grupos a Roma:
famílias, crianças, jovens, movimentos eclesiais, idosos e avós, pessoas com
deficiência, esportistas, enfermos e profissionais da saúde, universidades,
trabalhadores, corais, confrarias, sacerdotes, religiosos, Igrejas Orientais,
catequistas, pobres, presos, entre outros.
Falta, porém, uma referência ao alcance ecumênico do Jubileu, uma vez
que em 2025 celebraremos também o XVII
Centenário do Concílio de Niceia, cuja profissão de fé foi acolhida pelas
Igrejas tanto do Oriente quanto do Ocidente.
A Conferência concluiu com as palavras do Papa
Francisco em sua Carta de 11 de fevereiro, reiterando a centralidade do tema da
esperança:
“Devemos manter acesa a chama da esperança que nos
foi dada e fazer todo o possível para que cada um recupere a força e a certeza
de olhar para o futuro com espírito aberto, coração confiante e mente
clarividente. O próximo Jubileu poderá favorecer imensamente a recomposição de um
clima de esperança e confiança, como sinal de um renovado renascimento do qual
todos sentimos a urgência”.
Fontes: Vatican News e Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.
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