No mês de setembro apresentamos aqui no blog como sugestão
de leitura a obra O sentido espiritual da Liturgia, de Goffredo Boselli, primeiro volume da Coleção Vida e Liturgia da Igreja das Edições CNBB.
Pulando o segundo volume,
dedicado ao tema da homilia (que apresentaremos em outra ocasião), propomos
aqui o terceiro volume da coleção: A arte de celebrar: Guia pastoral, organizado
pelo Centro Nacional de Pastoral Litúrgica da França (Centre National de Pastorale Liturgique) [1], ligado à respectiva Conferência
Episcopal.
A obra foi publicada em francês (L’art de célébrer: Guide pastoral) em 2003, sendo traduzida para o
Brasil pelas Edições CNBB em 2015.
De acordo com a apresentação de Dom Armando Bucciol, então
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, o livro é na
verdade a compilação de uma série de artigos publicados na Revista Célébrer e dedicados ao tema da ars celebrandi, isto é, da arte de
celebrar.
A obra possui 37 breves capítulos, agrupados em quatro
partes, além de dois anexos. A seguir apresentamos brevemente um plano da obra
(os nomes dos capítulos são indicados em
itálico).
Primeira parte:
Celebrar: uma arte (pp. 17-48)
Esta primeira parte possui cinco capítulos, de caráter mais
introdutório: o capítulo 1 tenta responder a pergunta: o que é a arte de celebrar? A arte de celebrar é celebrar com arte,
com aquela “nobre simplicidade” proposta pelo Concílio Vaticano II, permitindo
que “o invisível se manifeste”.
O capítulo 2 destaca a atuação
do Concílio Vaticano II, o capítulo 3 a dimensão eclesial da Liturgia, epifania da Igreja, o capítulo
4 chama a atenção para as diversas linguagens da celebração e, por fim, o
capítulo 5 indica algumas “máximas” para uma
participação frutífera.
Segunda parte:
Celebrar com a música e o canto (pp. 51-71)
Esta segunda parte possui apenas dois capítulos: o primeiro
dedicado à música litúrgica em geral
e o segundo sobre a arte de celebrar com o
corpo nos diversos cantos que integram a celebração. O tema do canto e da
música, porém, será retomado na IV parte.
Terceira parte:
Celebrar no espaço litúrgico (pp. 75-90)
A terceira parte, por sua vez, é integrada por três
capítulos: o primeiro introduz a arte de
celebrar em um local, o segundo elenca seus vários elementos e o terceiro
propõe torná-lo “um espaço vivo”,
valorizando, por exemplo, as procissões. Também este tema será retomado na IV
parte.
Quarta parte:
Elementos da arte de celebrar (pp. 93-181)
A quarta e última parte do livro é seguramente a mais longa,
composta por 27 capítulos. Partindo do conceito de participação no capítulo 1,
são feitas primeiramente algumas observações introdutórias: a entonação (cap.
2), o celebrar voltado para o povo
(cap. 3), o respeitar as distâncias (cap.
4).
O capítulo 5, intitulado “Técnica, oração e celebração” propõe valorizar as possibilidades
indicadas pelo próprio Missal; o capítulo 6 - Celebrar e rezar - reforça o primado da oração; e, por fim, os
capítulos 7 e 8 exortam respectivamente à preparar
a celebração e ao respeito pelas
regras litúrgicas.
Os quatro capítulos seguintes são voltados aos diferentes
ministros: os capítulos 9 e 10 são destinados ao ministério da presidência; o
cap. 11, Proclamar a Palavra de Deus,
é dirigido aos leitores; e o cap. 12 aos cantores.
A partir do capítulo 13 o tema volta-se mais uma vez para o
espaço sagrado: o capítulo 14 reflete sobre seus diversos elementos e sua
decoração; os cap. 15-16 trazem o tema das vestes
litúrgicas; o cap. 17 é dedicado à arte
de celebrar com as flores; e, por fim, o capítulo 18 ao tema da difusão do som.
Uma vez abordado o espaço, os dois capítulos seguintes são
dedicados ao tempo: o cap. 19 exorta ao cuidado com os “ritmos” da celebração e
o capítulo 20 reflete a respeito do
silêncio.
O capítulo 21 abre um novo bloco, composto por três capítulos
sobre o canto e a música: após refletir sobre os “ritmos” dos diferentes cantos
(um canto que é um rito não é o mesmo que um canto que acompanha um rito), os
capítulos 22 e 23 - O canto adequado e
O canto litúrgico - reforçam a
importância de escolher cantos que estejam de acordo com a Liturgia celebrada.
Por fim, os últimos quatro capítulos trazem o tema dos
gestos litúrgicos: após uma introdução ao gesto
ritual no capítulo 24, se abordam as atitudes
comuns: estar em pé, estar sentados... (cap. 25); os gestos rituais breves: o sinal da cruz, o gesto da paz... (cap. 26)
e os gestos que acompanham o Rito de
Comunhão: a procissão, receber a Comunhão na boca ou na mão... (cap. 27).
Anexos (pp. 185-191)
Completam a obra dois breves anexos, os únicos textos nos
quais é identificado o autor: “A
Liturgia: um agir simbólico”, de Jeanne Signard; e “Um espaço que situa cada um no seu lugar”, de Philippe Barras.
[1] Em 2007 o Centre
National de Pastorale Liturgique foi renomeado como Service National de la Pastorale Liturgique et Sacramentelle
(Serviço Nacional de Pastoral Litúrgica e Sacramental). Porém, como o livro foi
publicado em 2003, leva o nome antigo.
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