Entrando em uma nova semana do Saltério na série de Catequeses do Papa João Paulo II sobre os salmos e cânticos da Liturgia das Horas, propomos hoje suas reflexões sobre os textos do domingo da III semana,
proferidas nos dias 03 de julho (Sl 92), 10 de julho (Dn 3,57-88.56) e 17 de
julho de 2002 (Sl 148).
45. A grandeza do Deus
Criador: Sl 92(93),1-5
03 de julho de 2002
1. O conteúdo do Salmo 92, sobre o qual hoje nos
detemos, é sugestivamente expresso por alguns versículos do hino que a
Liturgia das Horas propõe para as Vésperas da segunda-feira [na I e na III
semanas do Saltério]: “Ó Deus, organizando, o líquido elemento, / as águas
dividistes firmando o firmamento. / As nuvens fazem sombra, os rios dão
frescor; / assim tempera a água, dos astros o calor”.
Antes de entrar no coração
do Salmo, dominado pela imagem das águas, desejamos captar a sua tonalidade de
fundo, o gênero literário que o domina. De fato, este Salmo, como os Salmos
95-98, é definido pelos estudiosos da Bíblia como “cântico do Senhor rei”.
Exalta aquele Reino de Deus, fonte de paz, de verdade e de amor, que nós
invocamos no Pai nosso quando
imploramos: “Venha a nós o vosso Reino!”.
Com efeito, o Salmo 92
começa precisamente com uma exclamação de júbilo que diz assim: “Deus é Rei”
(v. 1). O salmista celebra a realeza de Deus, isto é, a sua ação eficaz e
salvífica, criadora do mundo e redentora do homem. O Senhor não é um imperador
impassível, confinado no seu céu distante, mas está presente no meio do seu
povo como Salvador poderoso e grande no amor.
2. Na primeira parte do hino
de louvor prevalece o Senhor rei. Como um soberano, Ele senta-se num trono de
glória, um trono inabalável e eterno (v. 2). O seu manto é o esplendor da
transcendência, o cinto das suas vestes é a onipotência (v. 1). Precisamente a
soberania onipotente de Deus revela-se no centro do Salmo, caracterizado por
uma imagem impressionante, a das águas caudalosas.
O salmista menciona de modo
mais particular a “voz” dos rios, ou seja, o bramido das suas águas.
Efetivamente, o fragor de grandes cataratas produz, sobre aqueles que estão
ensurdecidos e com todo o seu corpo tomado pelo estremecimento, uma sensação de
grande força. O Salmo 41 recorda esta sensação quando diz: “Como o abismo atrai
outro abismo, ao fragor das cascatas, vossas ondas e vossas torrentes sobre mim
se lançaram” (v. 8). Em face desta força da natureza o ser humano sente-se
pequeno. Mas o salmista usa-a como trampolim para exaltar o poder, muito maior,
do Senhor. À tripla repetição da expressão “levantaram as torrentes sua voz” (Sl 92,3), corresponde a tripla
afirmação do poder superior de Deus.
"Deus é rei e se vestiu de majestade..." (Sl 92,1) (Vitral da igreja de Santa Maria em Buckland, Inglaterra) |
3. Os Padres da Igreja
gostam de comentar este Salmo aplicando-o a Cristo “Senhor e Salvador”. Orígenes,
traduzido por São Jerônimo em latim, afirma: “O Senhor reinou, revestiu-se de
beleza. Isto é: aquele que anteriormente tinha tremido na miséria da carne,
resplandece agora na majestade da divindade”. Para Orígenes, os rios e as águas
que elevam as suas vozes representam as “figuras eminentes dos profetas e dos
apóstolos”, que “proclamam o louvor e a glória do Senhor, anunciam os seus
juízos para todo o mundo” (cf. 74 homilias sobre o Livro dos
Salmos, Milão, 1993, pp.
666.669).
Santo Agostinho desenvolve
de modo ainda mais amplo o símbolo das correntes e dos mares. Como rios
repletos de águas fluentes, isto é, cheios do Espírito Santo e fortificados, os
Apóstolos já não têm receio e finalmente levantam a sua voz. Mas “quando Cristo
começou a ser anunciado por tantas vozes, o mar começou a agitar-se”. Na
agitação do mar do mundo, escreve Agostinho, parece que a barca da Igreja
flutua receosa, contrariada por ameaças e perseguições, mas “no alto, o Senhor
é admirável”: ele “caminhou sobre as águas do mar e acalmou o seu fragor” (Exposições
sobre os Salmos, III,
Roma, 1976, p. 231).
4. Mas o Deus soberano de
todas as coisas, onipotente e invencível, está sempre próximo do seu povo, ao
qual dá os seus ensinamentos. Eis a ideia que o Salmo 92 oferece no seu último
versículo: ao trono altíssimo do céu sucede o trono da arca do Templo de
Jerusalém, o poder da sua voz cósmica é substituído pela doçura da sua Palavra
santa e inefável: “Verdadeiros são os vossos testemunhos, refulge a
santidade em vossa casa, pelos séculos dos séculos, Senhor!” (v. 5).
Encerra-se desta maneira um
hino breve mas de grande intensidade. É uma oração que gera confiança e
esperança nos fiéis que muitas vezes se sentem agitados, receosos de serem
arrastados pela tempestade da história e atingidos por ameaçadoras forças
obscuras.
Podemos reconhecer um eco
deste salmo no Apocalipse de João,
quando o autor inspirado, ao descrever a grande assembleia celeste, celebra a
derrocada da Babilônia opressiva, e afirma: “Ouvi, então, como que a voz de uma
grande multidão, como o ruído de muitas águas e como o ribombar de grandes
trovões que dizia: ‘Aleluia! Eis que o Senhor, nosso Deus, o
Todo-Poderoso, tomou posse do Seu Reino’” (Ap
19,6).
5. Concluímos a nossa
reflexão sobre o Salmo 92 dando a palavra a São Gregório Nazianzeno, o
“teólogo” por excelência entre os Padres. Fazemo-lo com um bonito cântico seu,
no qual o louvor a Deus, soberano e criador, assume um aspecto trinitário: “Tu
[Pai], criaste o universo, a cada coisa atribuíste o lugar que lhe compete e
tudo mantiveste em virtude da tua providência... é Deus-Filho o teu Verbo: de
fato, é consubstancial ao Pai, e igual a Ele na honra. Ele conciliou
harmoniosamente o universo, para reinar sobre tudo. E, abraçando tudo, o
Espírito Santo, Deus, de tudo cuida e tudo defende. A Ti proclamarei, Trindade
viva, como único e só monarca... força inabalável que rege os céus, cuja visão
não é acessível aos olhos mas que contempla todo o universo e conhece qualquer
profundidade secreta da terra até aos abismos. Ó Pai, sê benigno
comigo: (...) que eu possa encontrar misericórdia e graça, porque a ti são
dadas glória e graças até ao fim dos tempos” (Cântico 31, em Poesias/1, Roma, 1994, pp. 65-66).
46. Louvor das criaturas ao Senhor:
Dn 3,57-88.56
10 de julho de 2002
1. No capítulo 3 do Livro de Daniel encontra-se inserida uma luminosa oração litânica, um
verdadeiro e peculiar cântico das criaturas, que a Liturgia das Laudes nos
propõe várias vezes, em diversos fragmentos (cf. Catequese n. 4).
Ouvimos agora a parte
fundamental, um grandioso coro cósmico, emoldurado por duas antífonas que o
resumem: “Bendito sois, Senhor, no firmamento dos céus! Sois digno de
louvor e de glória eternamente! Obras do Senhor, bendizei o Senhor, louvai-o e
exaltai-o pelos séculos sem fim!” (vv. 56-57).
Entre estas duas aclamações
desenvolve-se um solene hino de louvor, que se exprime com o convite repetido
“bendizei”: formalmente, trata-se apenas de um convite a bendizer a Deus
dirigido a toda a criação; na realidade, trata-se de um cântico de
agradecimento que os fiéis elevam ao Senhor por todas as maravilhas do
universo. O homem faz-se voz da criação inteira para louvar e agradecer a Deus.
2. Este hino, cantado por
três jovens hebreus, que convidam todas as criaturas a louvar a Deus, nasce
numa situação dramática. Os três jovens, perseguidos pelo soberano da
Babilônia, encontram-se imersos na fornalha ardente devido à sua fé. E,
contudo, mesmo se estavam prestes a sofrer o martírio, eles não hesitam em
cantar, em rejubilar, em louvar. O sofrimento áspero e violento da prova
desaparece, parece que se dissolve na presença da oração e da contemplação.
É precisamente esta atitude
de abandono confiante que suscita a intervenção divina. De fato, como afirma a
sugestiva narração de Daniel, “o anjo do Senhor, porém, tinha descido até
Azarias e seus companheiros, na fornalha, e afastava o fogo. Mudou o lugar da
fornalha em lugar onde soprava como que uma brisa matinal: o fogo nem sequer os
tocou e nem lhes causou qualquer mal nem a menor dor” (vv. 49-50). Os pesadelos
desaparecem como o nevoeiro ao sol, os receios dissipam-se, o sofrimento é
eliminado quando todo o ser humano se torna louvor e confiança, expectativa e
esperança. Eis a força da oração quando é pura, intensa, abandono total a Deus,
providencial e redentor.
3. O cântico dos três jovens
faz desfilar diante dos nossos olhos uma espécie de procissão cósmica, que
parte do céu povoado de anjos, onde também brilham o sol, a lua e as estrelas.
Lá de cima Deus derrama sobre a terra o dom das águas que estão acima dos céus
(v. 60), isto é, as chuvas e a brisa matinal (v. 64).
Contudo, eis que começam
também a soprar os ventos, a explodir os relâmpagos e a irromper as estações
com o calor e com o gelo, com o fervor do verão, mas também com a geada, o
gelo, a neve (vv. 65-70.73). O poeta insere no cântico de louvor ao Criador
também o ritmo do tempo, o dia e a noite, a luz e as trevas (vv. 71-72). No
final o olhar pousa também sobre a terra, partindo dos cumes dos montes,
realidades que parecem unir terra e céu (vv. 74-75).
Eis que então se unem no
louvor a Deus as criaturas vegetais que germinam na terra (v. 76), as nascentes
que trazem vida e frescor, os mares e os rios com as suas águas abundantes e
misteriosas (vv. 77-78). De fato, o cantor evoca também “os monstros marinhos”
ao lado dos peixes (v. 79), como sinal do caos aquático primordial ao qual Deus
impôs regras para serem observadas (cf. Sl 92,3-4; Jó 38,8-11; 40,15; 41,26). Depois é a vez
do grande e variado reino animal, que vive e se move nas águas, na terra e
nos céus (Dn 3,80-81).
4. O último ator da criação
que entra em cena é o homem. Primeiro, o olhar alarga-se a todos os “filhos do
homem” (v. 82); depois, a atenção concentra-se em Israel, o povo de Deus (v.
83); a seguir, é a vez de quantos se consagraram totalmente a Deus não só como
sacerdotes (v. 84), mas também como testemunhas de fé, de justiça e de verdade.
São os “servos do Senhor”, as “almas dos justos”, os “santos e humildes” e,
entre eles, sobressaem os três jovens, Ananias, Azarias e Misael, que deram voz
a todas as criaturas num louvor universal e perene (vv. 85-88).
Ressoaram constantemente os
três verbos da glorificação divina, como numa ladainha: “bendizei, louvai,
exaltai” o Senhor. Esta é a alma autêntica da oração e do cântico: celebrar o
Senhor sem parar, na alegria de pertencer a um coro que engloba todas as
criaturas.
5. Gostaríamos de concluir a
nossa meditação dando voz aos Padres da Igreja, como
Orígenes, Hipólito, Basílio de Cesareia e Ambrósio de Milão, que
comentaram a narração dos seis dias da criação (cf. Gn 1,1–2,4a) precisamente em conexão
com o cântico dos três jovens.
Limitamo-nos a citar o
comentário de Santo Ambrósio, o qual, ao referir-se ao quarto dia da criação (cf. Gn 1,14-19), imagina que a terra fala
e, ao falar sobre o sol, encontra todas as criaturas unidas no louvor a Deus:
“Bom é deveras o sol, porque serve, ajuda a minha fecundidade, alimenta os meus
frutos. Ele foi-me dado para o meu bem, está submetido comigo às canseiras.
Geme comigo, para que chegue a adoção dos filhos e a redenção do gênero humano,
para que possamos ser, também nós, libertados da escravidão. Ao meu lado,
juntamente comigo louva o Criador, juntamente comigo eleva um hino ao Senhor
nosso Deus. Onde o sol bendiz, ali bendiz a terra, bendizem as árvores de
fruto, bendizem os animais, bendizem comigo as aves” (Os
seis dias da criação, Saemo,
I, Milão-Roma, 1977-1994, pp. 192-193).
Ninguém é excluído da bênção
do Senhor, nem sequer os monstros do mar (Dn 3,79). Com efeito, Santo Ambrósio
prossegue: “Até as serpentes louvam o Senhor, porque a sua natureza e o seu
aspecto revelam aos nossos olhos alguma beleza e mostram ter a sua
justificação” (ibid., pp.
103-104).
Com mais razão nós, seres
humanos, devemos acrescentar a este concerto de louvor a nossa voz feliz e
confiante, acompanhada por uma vida coerente e fiel.
47. Glorificação do Deus
Criador: Sl 148,1-14
17 de julho de 2002
1. O Salmo 148 que agora
elevamos a Deus constitui um verdadeiro “cântico das criaturas”, uma espécie de Te Deum do Antigo Testamento, um “aleluia”
cósmico que envolve tudo e todos no louvor divino.
Assim comenta um exegeta
contemporâneo: “O salmista, chamando-os pelo nome, ordena os seres: em
cima o céu, dois astros segundo os tempos, e, separadas, as estrelas; de um
lado as árvores de fruto, do outro os cedros; num plano os répteis, e noutro as
aves; aqui os príncipes e além os povos; em duas filas, talvez dando as mãos,
jovens e moças... Deus estabeleceu-os atribuindo-lhes um lugar e uma função; o
homem acolhe-os, dando-lhes lugar na linguagem, e assim dispostos os conduz à
celebração litúrgica. O homem é ‘pastor do ser’ ou liturgo da criação” (L.
Alonso Schökel, Trinta Salmos:
poesia e oração, Bolonha,
1982, p. 499).
Sigamos também nós este coro
universal, que ressoa no firmamento do céu e que tem como templo todo o cosmos. Deixemo-nos conquistar pelo
alcance do louvor que todas as criaturas elevam ao seu Criador.
2. No céu encontramos os
cantores do universo estrelar: os astros mais distantes, as legiões dos anjos,
o sol e a lua, as estrelas reluzentes, os “céus dos céus” (v. 4), isto é, o
espaço estrelar, as águas superiores que o homem da Bíblia pensa que estão
conservadas em depósitos antes de caírem como chuva sobre a terra.
O “aleluia”, ou seja, o
convite a “louvar o Senhor”, ressoa pelo menos oito vezes e tem como meta final
a ordem e a harmonia dos seres celestes: “deu a tudo uma lei que é imutável”
(v. 6).
O olhar dirige-se depois
para o horizonte terrestre onde se segue uma procissão de cantores, pelo menos
vinte e dois, isto é, uma espécie de alfabeto de louvor, espalhado no nosso
planeta. Eis os monstros marinhos e os abismos, símbolos do caos aquático sobre
o qual a terra está fundada (cf. Sl 23,2), segundo a concepção
cosmológica dos antigos semitas.
O Padre da Igreja, São
Basílio, observa: “Nem sequer o abismo foi considerado desprezível pelo
salmista, que o acolheu no coro geral da criação, aliás, com uma linguagem
própria, também ele completa harmoniosamente o hino ao Criador” (Homiliae in
hexaemeron, III, 9: PG 29, 75).
3. A procissão continua com
as criaturas da atmosfera: o fogo dos relâmpagos, o granizo, a neve, o
nevoeiro e o vento da tempestade, considerado um veloz mensageiro de Deus (Sl 148,8).
Entram depois em cena os montes
e as colinas, consideradas popularmente as criaturas mais antigas da terra (v.
9a). O reino vegetal está representado pelas árvores de fruto e pelos cedros (v.
9b). Ao contrário, o mundo animal está presente através das feras, dos animais
domésticos, dos répteis e das aves (v. 10).
E por fim, eis o homem que
preside à Liturgia da criação. Ele é definido de acordo com todas as idades e
distinções: crianças, jovens e anciãos, príncipes, reis e nações (vv. 11-12).
4. Confiemos agora a São
João Crisóstomo a tarefa de lançar um olhar de conjunto sobre este imenso coro.
Ele faz isto com palavras que reenviam também para o cântico dos três jovens na
fornalha ardente, por nós meditado na última catequese.
O grande Padre da Igreja e
Patriarca de Constantinopla afirma: “Devido à sua grande retidão de alma, os
santos, quando se preparam para dar graças a Deus, costumam chamar muitos para
participar no seu louvor, exortando-os a empreender juntamente com eles esta
bonita Liturgia. Também os três jovens na fornalha ardente fizeram isto, quando
chamaram toda a criação para louvar o benefício recebido e para cantar hinos a
Deus (Dn 3). Também este Salmo
faz o mesmo, chamando as duas partes do mundo, a que está no alto e a que está
em baixo, a sensível e a inteligível. Assim fez também o profeta Isaías, quando
disse: “Cantai, ó Céus, exulta de alegria ó terra... porque o Senhor
consola o seu povo” (Is 49,13).
E o Saltério exprime-se de novo assim: “Quando Israel saiu do Egito, a casa de
Jacó de um povo estranho, os montes saltaram como carneiros, as colinas como
cordeiros” (Sl 113,1.4). E
em Isaías: “As nuvens façam chover a justiça” (Is 45,8). De fato, os santos,
considerando-se eles próprios insuficientes para louvar o Senhor, dirigem-se a
todas as partes envolvendo todos na hinologia comum” (Expositio in psalmum, CXLVIII: PG 55, 484-485).
5. Também nós somos
convidados a associar-nos a este coro imenso, tornando-nos voz explícita de
cada criatura e louvando a Deus nas duas dimensões fundamentais do seu
mistério. Por um lado, devemos adorar a sua grandeza transcendente, “porque
somente o seu nome é excelso! A majestade e esplendor de sua glória ultrapassam
em grandeza o céu e a terra”, como diz o nosso Salmo (v. 13). Por outro lado,
reconhecemos a sua bondade condescendente, porque Deus está próximo das suas
criaturas e vem, sobretudo, em ajuda do seu povo: “Ele exaltou seu povo
eleito em poderio... este povo que ele ama e lhe pertence” (v. 14), como ainda
afirma o salmista.
Face ao Criador onipotente e
misericordioso aceitemos, então, o convite de Santo Agostinho para louvá-lo,
exaltá-lo e celebrá-lo através das suas obras: “Quando observas estas
criaturas e por isso te regozijas e te elevas até o Artífice de tudo e, através
do intelecto, contemplas os atributos invisíveis das coisas criadas, então
eleva-se a sua confissão sobre a terra e no céu... Se as criaturas são belas,
quanto mais não o será o Criador?” (Exposições
sobre os Salmos, IV, Roma,
1977, pp. 887-889).
"Obras do Senhor, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim" (Dn 3,57) (Mosaico da criação - Basílica de São Marcos em Veneza) |
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