Cardeal Raniero
Cantalamessa, OFMCap
I pregação de Quaresma
26 de fevereiro de 2021
“Convertei-vos e crede no Evangelho!”
Como de
costume, dedicamos esta primeira meditação a uma introdução geral ao tempo
quaresmal, antes de entrar no tema específico do programa, uma vez concluído o
retiro espiritual da Cúria. No Evangelho do I Domingo da Quaresma do ano B
ouvimos o anúncio programático com o qual Jesus inicia seu ministério público:
“O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede
no Evangelho!” (Mc 1,15). Vamos
meditar sobre este apelo sempre presente de Cristo.
De
conversão, fala-se em três momentos ou contextos diversos do Novo Testamento.
Cada vez, vem à luz um componente novo. Juntas, as três passagens nos dão uma
ideia completa sobre o que é a metanoia evangélica. Não está
dito que devemos experimentá-las todas as três juntas, com a intensidade. Há
uma conversão para cada estação da vida. O importante é que cada um de nós
descubra a que serve para si neste momento.
Convertei-vos,
isto é, crede!
A primeira
conversão é aquela que ressoa no início da pregação de Jesus e que está resumida
nas palavras: “Convertei-vos e
crede no Evangelho” (Mc
1,15). Procuremos entender o que significa aqui a palavra “conversão”. Antes de
Jesus, converter-se significava sempre um “voltar atrás” (o termo
hebraico, shub, significa inverter a rota, voltar nos próprios
passos). Indicava o ato de quem, a certo ponto da vida, percebe estar “fora do
rumo”. Então se detém, reconsidera; decide voltar à observância da lei e de
retornar à aliança com Deus. A conversão, neste caso, tem um significado
fundamentalmente moral e sugere a ideia de algo penoso a se cumprir: mudar
costumes, deixar de fazer isso ou aquilo...
Nos lábios
de Jesus, este significado muda. Não porque Ele se divirta em mudar os
significados das palavras, mas porque, com sua vinda, mudaram as coisas.
“Cumpriu-se o tempo, e está próximo o Reino de Deus!”. Converter-se não
significa mais voltar atrás, à antiga aliança e à observância da lei, mas
significa mais dar um salto adiante e entrar no Reino, agarrar a salvação que
veio aos homens gratuitamente, por livre e soberana iniciativa de Deus.
“Arrependei-vos
e crede” não significam duas coisas diversas e sucessivas, mas a mesma ação
fundamental: convertei-vos, isto é, crede! «Prima
conversio fit per fidem», escreveu S. Tomás de Aquino: a primeira conversão consiste em crer [1]. Tudo isso requer uma
verdadeira “conversão”, uma mudança profunda no modo de conceber as nossas
relações com Deus. Exige passar da ideia de um Deus que pede, que ordena, que
ameaça, à ideia de um Deus que vem com as mãos cheias para se dar todo a nós. É
a conversão da “lei” à “graça”, tão querida a São Paulo.
“Se não vos
converterdes e não vos tornardes como crianças...”
Escutemos
agora a segunda passagem em que, no Evangelho, volta a se falar de conversão:
“Naquela
hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: ‘Quem é o maior no
Reino dos Céus?’ Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: ‘Em
verdade vos digo, se não vos converterdes e nãos vos tornardes como crianças,
não entrareis no Reino dos Céus’” (Mt
18,1-3).
Esta vez,
sim, converter-se significa voltar atrás, até mesmo a quando se era criança! O
próprio verbo usado, strefo, indica inversão de marcha. Esta é a
conversão de quem já entrou no Reino, acreditou no Evangelho, já está há tempos
no serviço de Cristo. É a nossa conversão!
O que supõe
a discussão sobre quem é o maior? Que a preocupação maior não é mais o Reino,
mas o próprio lugar nele, o próprio eu. Cada um deles tinha algum título para
aspirar a ser o maior: Pedro tinha recebido a promessa do primado; Judas, a
caixa; Mateus podia dizer que tinha deixado mais do que os outros; André, que
tinha sido o primeiro a segui-lo; Tiago e João, que estiveram com ele no
Tabor... Os frutos desta situação são evidentes: rivalidades, suspeitas,
confrontos, frustração.
Jesus, de
imediato, tira o véu. Nem como primeiros, deste modo nem se entra no Reino! O
remédio? Converter-se, mudar completamente perspectiva e direção. A que Jesus
propõe é uma verdadeira revolução copernicana. É preciso “descentralizar-se de
si mesmo e recentralizar-se em Cristo”.
Jesus fala
mais simplesmente de “tornar-se criança”. Tornar-se criança, para os Apóstolos,
significava voltar a como eram no momento do chamado às margens do lago ou no
posto de arrecadação: sem pretensões, sem títulos, sem confrontos entre si, sem
invejas, sem rivalidades; ricos apenas de uma promessa - “Farei de vós pescadores
de homens” - e de uma presença, a de Jesus; voltar a quando eram ainda
companheiros de aventura, não concorrentes pelo primeiro lugar. Também para
nós, “tornar-se criança” significa voltar ao momento em que descobrimos sermos
chamados, ao momento da ordenação sacerdotal, da profissão religiosa, ou do
primeiro verdadeiro encontro pessoal com Jesus. Quando dizíamos: “Só Deus
basta!”, e acreditávamos.
“Não és
frio, nem quente”
O terceiro
contexto em que recorre, “martelante”, o convite à conversão, é dado pelas sete
cartas às igrejas do Apocalipse. As
sete cartas são dirigidas a pessoas e comunidades que, como nós, vivem há
tempos a vida cristã e, ainda mais, exercem nelas um papel-guia. São
endereçadas ao anjo das diversas Igrejas: “Ao anjo da igreja que está em Éfeso...”.
Não se explica este título senão em referência, direta ou indireta, ao pastor
da comunidade. Não se pode pensar que o Espírito Santo atribua a anjos a
responsabilidade das culpas e desvios que são denunciados nas diversas igrejas,
muito menos que o convite à conversão seja dirigido a anjos ao invés de homens.
Das sete
cartas do Apocalipse, a que deve nos
fazer refletir mais do que as outras é a carta à igreja de Laodiceia.
Conhecemos seu tom severo: “Conheço as tuas obras. Não és frio, nem quente...
porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca... Sê
zeloso, pois, e arrepende-te” (Ap
3,15ss). Aqui se trata da conversão da mediocridade e da tibieza.
Na história
da santidade cristã, o exemplo mais famoso da primeira conversão, a do pecado à
graça, é Santo Agostinho; o exemplo mais instrutivo da segunda conversão, a da
tibieza ao fervor, é Santa Teresa d’Ávila. O que ela diz de si em seu Livro
da Vida é certamente exagerado e ditado pela delicadeza da
sua consciência, mas, em todo caso, pode servir a todos nós para um útil exame
de consciência:
“Comecei,
pois, assim, de passatempo em passatempo, de vaidade em vaidade, de ocasião em
ocasião, a pôr novamente em risco a minha alma (...). As coisas de Deus me
davam prazer, e eu não sabia desvencilhar-me daquelas do mundo. Queria
conciliar estes dois inimigos entre si e tão contrários: a vida do espírito com
os justos e os passatempos dos sentidos”.
O resultado
deste estado era uma profunda infelicidade:
“Caía e me
reerguia, e me reerguia tão mal que voltava a cair. Eu estava tão por baixo em
relação à perfeição, que quase não me dava conta dos pecados veniais, e não
temia os mortais como deveria, pois não fugia de seus perigos. Posso dizer que
a minha vida era das mais penosas que se possam imaginar, pois eu não me
deleitava nem com Deus, nem me sentia contente com o mondo. Quando estava nos
passatempos mundanos, o pensamento daquilo que eu devia a Deus me fazia
transcorrê-los com pena; e quando estava com Deus, vinham-se a distrair os
afetos do mundo” [2].
Muitos
poderiam descobrir nesta análise o real motivo da própria insatisfação e
descontentamento.
Falamos,
portanto, de conversão da tibieza. São Paulo exortava os cristãos de Roma com
as palavras: “Não sejais lentos na solicitude, sede fervorosos no espírito” (Rm 12,11). Seria de se replicar: “Mas,
caro Paulo, justamente aqui está o problema! Como passar da tibieza ao fervor,
se alguém fatalmente aí caiu?” Nós podemos, pouco a pouco, escorregar na
tibieza, como se cai na areia movediça, mas não podemos sair sozinhos, quase
puxando-nos pelos cabelos.
Esta nossa
objeção nasce do fato de que negligenciamos ou interpretamos mal o acréscimo
“no espírito” (en pneumati), que o Apóstolo põe na exortação: “sede
fervorosos”. Em Paulo, a palavra “espírito” indica, ou inclui, quase sempre uma
referência ao Espírito Santo. Jamais se trata exclusivamente do nosso espírito
ou da nossa vontade, exceto em 1Ts
5,23, onde indica uma componente do homem, ao lado do corpo e da alma.
Somos
herdeiros de uma espiritualidade que concebia o caminho de perfeição segundo as
três etapas clássicas: via purgativa, via iluminativa e via unitiva. Em outras
palavras, é preciso exercitar-se longamente na renúncia e na mortificação,
antes de poder experimentar o fervor. Há uma grande sabedoria e uma experiência
secular à base de tudo isso, e ai de se pensar que tudo esteja superado. Não,
não está superado, mas não é a única via que segue a graça de Deus. Um esquema
assim rígido denota uma lenta e progressiva mudança do acento da graça ao
esforço do homem. Segundo o Novo Testamento, há uma circularidade e uma
simultaneidade, por isso, se é verdade que a mortificação é necessária para
chegar ao fervor do Espírito, é também verdade que o fervor do Espírito é
necessário para chegar a praticar a mortificação. Uma ascese assumida sem um
forte impulso inicial do Espírito seria um esforço morto, e não produziria nada
senão “vaidade da carne”. O Espírito nos é dado para estarmos em condições de
nos mortificarmos, mais do que como prêmio por termos nos mortificado. “Se,
pelo Espírito, matardes o procedimento carnal, então vivereis”, escreve o Apóstolo
(Rm 8,13),
Esta segunda
via que vai do fervor à ascese e à prática das virtudes foi a via que Jesus fez
percorrer os seus Apóstolos. Escreve o grande teólogo bizantino Cabasilas:
“Os Apóstolos
e pais da nossa fé tiveram a vantagem de serem instruídos em toda doutrina e,
ainda mais, do Salvador em pessoa. (...) Contudo, mesmo tendo conhecido tudo
isso, enquanto não foram batizados [em Pentecostes, com o Espírito], não
mostraram nada de novo, de nobre, de espiritual, de melhor do que o antigo. Mas
quando veio para eles o batismo e o Paráclito irrompeu em suas almas, então se
tornaram novos e abraçaram uma vida nova, foram guia para os demais e fizeram
arder a chama do amor por Cristo em si nos outros. (...) Do mesmo modo, Deus
conduz à perfeição todos os santos vindos depois deles” [3].
Os Padres da
Igreja expressavam tudo isso com a sugestiva imagem da “sóbria embriaguez”. O
que levou muitos deles a retomar este tema, já desenvolvido por Fílon de
Alexandria [4], foram as palavras de Paulo aos efésios:
“Não vos
embriagueis com vinho, que leva ao descontrole, mas enchei-vos do Espírito:
entoai juntos salmos, hinos e cânticos espirituais, cantai e salmodiai ao
Senhor, de todo o coração” (Ef
5,18-19).
A partir de
Orígenes, não se contam os textos dos Padres que ilustram este tema, jogando
ora com a analogia, ora com o contraste entre embriaguez material e embriaguez
espiritual. Quem, em Pentecostes, confundiu os Apóstolos como embriagados,
tinha razão - escrive São Cirilo de Jerusalém -; erravam apenas em atribuir tal
embriaguez ao vinho comum, enquanto se tratava do “vinho novo”, obtido a partir
da “verdadeira videira” que é Cristo; os Apóstolos estavam, sim, embriagados,
mas daquela sóbria embriaguez que mata o pecado e dá vida ao coração [5].
Como fazer
para retomar este ideal da sóbria embriaguez e encarná-lo na presente situação
histórica e eclesial? Onde está escrito, de fato, que um tão “forte” de
experimentar o Espírito era prerrogativa exclusiva dos Padres e dos primeiros
tempos da Igreja, mas que já não o é mais para nós? O dom de Cristo não é
limitado a uma época particular, mas oferecido a toda época. É justamente papel
do Espírito tornar universal a redenção de Cristo, disponível a cada pessoa, em
cada ponto do tempo e do espaço.
Uma vida
cristã cheia de esforços ascéticos e de mortificação, mas sem o toque
vivificante do Espírito, pareceria - dizia um antigo Padre - uma Missa na qual
fossem lidas tantas leituras, cumprissem-se todos os ritos e levassem tantas
ofertas, mas na qual não acontecesse a consagração das espécies por parte do
sacerdote. Tudo permaneceria o que era antes, pão e vinho.
“Assim -
concluía esse Padre - é também para o cristão. Se também ele tiver cumprido
perfeitamente o jejum e a vigília, a salmodia e toda a ascese e toda virtude,
mas não se cumpriu, pela graça, no altar do seu coração, a mística operação do
Espírito, todo este processo ascético será incompleto e quase em vão, porque
ele não tem a exultação do Espírito misticamente operante no coração” [6].
Quais são os
“lugares” onde o Espírito age hoje desta maneira pentecostal? Escutemos a voz
de Santo Ambrósio, que foi o cantor por excelência, entre os Padres latinos, da
sóbria embriaguez do Espírito. Após ter recordado os dois “lugares” clássicos
onde sorver o Espírito - a Eucaristia e as Escrituras -, ele acena a uma
terceira possibilidade. Diz:
“Há também outra
embriaguez que se opera por meio da penetrante chuva do Espírito Santo. Foi
assim que, nos Atos dos Apóstolos,
aqueles que falavam em línguas diversas pareciam aos ouvintes como se
estivessem cheios de vinho” [7].
Após ter
recordado os meios “ordinários”, Santo Ambrósio, com estas palavras, acena a um
meio diverso, “extraordinário”, no sentido de que não é determinado
antecipadamente, não é algo instituído. Consiste em reavivar a experiência que
os Apóstolos fizeram no dia de Pentecostes. Ambrósio certamente não queria
apontar para esta terceira possibilidade, para dizer aos ouvintes que esta era
excluída para eles, sendo reservada apenas aos Apóstolos e à primeira geração
de cristãos. Ao contrário, ele desejar estimular os seus fiéis a fazer a
experiência daquela “chuva penetrante do Espírito” que se verificou em
Pentecostes. É o que São João XXIII se repropunha com o Concílio Vaticano II:
um “novo Pentecostes” para a Igreja.
Portanto,
para nós há a possibilidade de sorver o Espírito por esta nova via, dependente
unicamente da livre e soberana iniciativa de Deus. Um dos modos em que se
manifesta aos nossos dias este modo de agir do Espírito para além dos canais
institucionais da graça é o chamado “batismo no Espírito”. Aceno a ele nesta
sede sem qualquer intenção de proselitismo, apenas para responder à exortação
que o Papa Francisco dirige aos adeptos da Renovação Carismática Católica para
compartilhar com todo o povo de Deus esta “corrente de graça” que se
experimenta no “batismo do Espírito”.
A expressão
“batismo no Espírito” procede do próprio Jesus. Referindo-se à próxima
Pentecostes, antes de subir ao céu, ele disse aos seus Apóstolos: “João batizou
com água; vós, porém, dentro de poucos dias, sereis batizados com o Espírito
Santo” (At 1,5). Trata-se de um rito
que não tem nada de esotérico, mas é feito mais de gestos de grande
simplicidade, calma e alegria, acompanhados de posturas de humildade,
arrependimento, disponibilidade em se tornar crianças.
É uma
renovação e uma atualização não apenas do Batismo e da Crisma, mas de toda a
vida cristã: para os casados, do sacramento do Matrimônio, para os sacerdotes,
da sua ordenação, para os consagrados, da sua profissão religiosa. O
interessado para tal se prepara, além de uma boa confissão, participando de
encontros de catequese, nos quais se põe em um contato vivo e alegre com as
principais verdades e realidades da fé: o amor de Deus, o pecado, a salvação, a
vida nova, a transformação em Cristo, os carismas, os frutos do Espírito. O
fruto mais frequente e mais importante é a descoberta do que significa ter “uma
relação pessoal” com Jesus ressuscitado e vivo. Na compreensão católica, o
batismo no Espírito não é um ponto de chegada, mas um ponto de partida rumo à
maturidade cristã e ao compromisso eclesial.
É justo
esperar que todos passem por esta experiência? É ela o único modo possível para
experimentar a graça de um renovado Pentecostes, desejada pelo Concílio? Se,
por batismo no Espírito, pensarmos em certo rito, em um certo contexto, devemos
responder que não; certamente, não é o único modo para fazer uma experiência
forte do Espírito. Houve e há inúmeros cristãos que fizeram uma experiência
análoga, sem nada saber do batismo no Espírito, recebendo um evidente
incremento de graça e uma nova unção do Espírito após um retiro, um encontro,
uma leitura. Até um curso de exercícios espirituais pode muito bem se concluir
com uma especial invocação do Espírito Santo, se quem orienta fez uma
experiência e os participantes o desejarem. O segredo é dizer uma vez “Vinde,
Santo Espírito”, mas dizê-lo com todo o coração, deixando o Espírito livre para
vir da maneira que ele quiser, não como gostaríamos que ele viesse,
possivelmente sem mudar nada em nossa maneira de viver e orar.
O “batismo
no Espírito” tem se revelado um meio simples e potente para renovar a vida de
milhões de fiéis em quase todas as Igrejas cristãs. Não se pode contar as
pessoas que eram cristãs só de nome e, graças a essa experiência, tornaram-se
cristãs de fato, dedicadas à oração de louvor e aos sacramentos, ativas na
evangelização e prontas a assumir encargos pastorais na paróquia. Uma
verdadeira conversão da tibieza ao fervor! É o caso de dizer a nós mesmos o que
Agostinho repetia a si mesmo, quase com desdém, ao escutar histórias de homens
e mulheres que, em suo tempo, abandonavam o mundo para se dedicar a Deus: “Si
isti et istae, cur non ego?” [8]: Se estes e estas,
por que também não eu?
Peçamos à
Mãe de Deus que nos obtenha a graça que obteve do Filho em Caná da Galileia.
Por sua oração, naquela ocasião, a água se converteu em vinho. Peçamos que, por
sua intercessão, a água da nossa tibieza se converta no vinho de um renovado
fervor. O vinho que em Pentecostes provocou nos Apóstolos a embriaguez do
Espírito e os tornou “fervorosos no Espírito”.
Notas:
[1] S. Tomás, S. Th.,
I-IIae, q. 113, a. 4.
[2] cf. Teresa d’Ávila, Livro da Vida, cc. 7-8.
[3] cf. N. Cabasilas, Vita
in Cristo, II, 8: PG 150,552ss.
[4] cf. Fílon de
Alexandria, Legum allegoriae, I,84 (methē nefalios).
[5] cf. S. Cirilo de
Jerusalém, Cat. XVII,18-19 (PG 33, 989).
[6] cf. Macário do Egito, in: Filocalia, 3, Torino
1985, p. 325.
[7] cf. Santo
Ambrósio, Comentário ao Salmo 35,19.
[8] Santo Agostinho, Confissões, VIII, 8,19.
Nota do autor do blog: Esta publicação reflete apenas a opinião pessoal do Padre Cantalamessa sobre o chamado “batismo no Espírito”. Recomendamos aos leitores as Orientações Pastorais sobre a Renovação Carismática Católica publicadas pela CNBB (Documento n. 53), no qual os Bispos orientam não usar este termo, preferindo “efusão do Espírito Santo”, a fim de evitar confusões.
Fonte: Vatican News
Nenhum comentário:
Postar um comentário