quinta-feira, 22 de agosto de 2019

O encontro do sacerdote com Maria na Missa

Continuando com os textos sobre o sacerdote e a Celebração Eucarística divulgados pela Santa Sé no contexto do Ano Sacerdotal (2009-2010), segue a reflexão sobre o encontro do sacerdote com Maria na Missa:

Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice
O encontro do sacerdote com Maria na Celebração Eucarística

1. Eucaristia, Igreja e Maria em relação ao sacerdote

«Se quisermos redescobrir em toda a sua riqueza a relação íntima entre a Igreja e a Eucaristia, não podemos esquecer Maria, Mãe e modelo da Igreja» [1]. Estas palavras do Venerável João Paulo II constituem um caminho adequado para introduzir-nos no tema que vamos tentar desenvolver brevemente com este artigo: O encontro do sacerdote com Maria na Celebração Eucarística.

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Quando a Igreja celebra a Eucaristia, memorial da Morte e Ressurreição do Senhor, «se realiza a obra da nossa redenção» [2] e por isso se pode afirmar que «existe um influxo causal da Eucaristia nas próprias origens da Igreja» [3]. Na Eucaristia, Cristo se entrega a nós, edificando-nos continuamente como seu Corpo. «Portanto, na sugestiva circularidade entre a Eucaristia que edifica a Igreja e a própria Igreja que faz a Eucaristia, a causalidade primária está expressa na primeira fórmula: a Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz» [4]. A Eucaristia precede cronologicamente e ontologicamente a Igreja e deste modo se comprova de novo que o Senhor nos «amou por primeiro».

Ao mesmo tempo, Jesus fez perpétua a sua doação pessoal mediante a instituição da Eucaristia durante a Última Ceia. Naquela «hora», Jesus antecipa a sua Morte e Ressurreição. A partir daqui podemos afirmar que neste dom «Jesus Cristo entregava à Igreja a atualização perene do mistério pascal» [5]. Todo o Triduum paschale é como que incluído, antecipado e «concentrado» para sempre no dom eucarístico. Por isto, cada sacerdote que celebra a Santa Missa, assim como a comunidade que nela participa, retorna à «hora» da cruz e da glorificação, retorna espiritualmente ao lugar e à hora santa da redenção [6]. Na Eucaristia, entramos no ato oblativo de Jesus e assim, participando da sua oferta, do seu Corpo e do seu Sangue, nos unimos a Deus [7].

Neste «memorial» do Calvário está presente tudo aquilo que Jesus realizou na sua Paixão e Morte. «Portanto, não pode faltar o que Cristo fez para com sua Mãe em nosso favor» [8]. Em toda celebração da Santa Missa nós ouvimos novamente aquele «Eis o teu filho!», dito pelo Filho à sua Mãe, enquanto Ele mesmo repete a nós: «Eis a tua Mãe!» (Jo 19,26-27).

«Receber Maria significa introduzi-la no dinamismo da própria existência inteira - não é algo exterior - e em tudo aquilo que constitui o horizonte do próprio apostolado» [9]. Por isto, «viver o memorial da Morte de Cristo na Eucaristia implica também receber continuamente este dom. (...) Maria está presente, com a Igreja e como Mãe da Igreja, em cada uma das nossas Celebrações Eucarísticas. Se Igreja e Eucaristia são um binômio indivisível, o mesmo é preciso afirmar do binômio Maria e Eucaristia» [10].

A recomendação da celebração quotidiana da Santa Missa, mesmo quando não há participação de fiéis, deriva por uma parte do valor objetivamente infinito de cada Celebração Eucarística; «e é motivada ainda pela sua singular eficácia espiritual, porque, se vivida com atenção e fé, a Santa Missa é formadora no sentido mais profundo do termo, enquanto promove a configuração a Cristo e reforça o sacerdote na sua vocação» [11]. Neste percurso de conformação e de transformação, o encontro do sacerdote com Maria na Santa Missa se reveste de uma importância particular. Na realidade, «pela sua identificação e conformação sacramental a Jesus, Filho de Deus e Filho de Maria, cada sacerdote pode e deve sentir-se verdadeiramente filho predileto desta Mãe excelsa e humilíssima» [12].

2. Na Missa de Paulo VI

Na editio typica tertia do Missal Romano, expressão ordinária da lex orandi da Igreja católica de rito latino, a presença materna de Maria se experimenta em dois momentos significativos da Celebração Eucarística: o Confiteor do Ato Penitencial e a Oração Eucarística.

2.1. O Confiteor:

No caminho rumo ao Senhor, tomamos conta da nossa indignidade. O homem diante de Deus se sente pecador e dos seus lábios brota espontânea a confissão da própria miséria. Torna-se necessário pedir, no interior da celebração, que Deus mesmo nos transforme e que aceite fazer-nos participar daquela actio Dei que constitui a Liturgia. De fato, o espírito de contínua conversão é uma daquelas condições pessoais que tornam possível a actuosa participatio dos fiéis e do próprio sacerdote celebrante. «Não podemos esperar uma participação ativa na Liturgia Eucarística, se nos abeiramos dela superficialmente e sem antes nos interrogarmos sobre a própria vida» [13].

O Ato Penitencial, que «se realiza através da fórmula de confissão geral de toda a comunidade» [14], nos ajuda a conformar-nos aos sentimentos de Cristo e a colocar os meios para que se realize o «estar com Deus»; enquanto nos «força» a sair de nós mesmos, move-nos a rezar com e pelos outros: não estamos sozinhos. Graças à comunhão dos santos, ajudamos e nos sentimos ajudados e sustentados uns pelos outros. É neste contexto que encontramos uma das modalidades da oração litúrgica mariana, a qual se apresenta como recordação da intercessão de Maria no Confiteor. Como recordava Paulo VI, «o Povo de Deus a invoca sob os títulos de Consoladora dos aflitos, Saúde dos enfermos e Refúgio dos pecadores, a fim de alcançar conforto nas tribulações, alívio nas doenças, força libertadora do pecado; porque ela, isenta de todo pecado, leva os seus filhos a isto: a vencer, com enérgica determinação, o pecado» [15].

O Confiteor, genuína fórmula de confissão, se encontra em diversas redações, a partir do século IX, em ambiente monástico. Dali passará às igrejas de clero secular e o encontramos como elemento fixo no Ordo da Cúria papal anterior a 1227 [16]: «Ideo precor beatam Mariam semper Virginem...» - «Por isto peço à Bem-aventurada Maria, sempre Virgem...».

Maria, em comunhão com Cristo, único Mediador, pede ao Pai por todos os fiéis, seus filhos. Como recorda o Concílio Vaticano II: «A função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; manifesta antes a sua eficácia. Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens não nasce de uma necessidade objetiva, mas de uma disposição puramente gratuita de Deus, e deriva da superabundância dos méritos de Cristo; portanto, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia; de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece» [17].

Maria «cuida, com amor materno, dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada» [18]. Semelhante cuidado ele demonstra particularmente para com os sacerdotes. «Maria tem predileção por eles por dois motivos: porque são mais semelhantes a Jesus, amor supremo do seu coração, e porque também eles, como ela, estão comprometidos na missão de proclamar, testemunhar e oferecer Cristo ao mundo» [19]. Assim se explica que o Concílio Vaticano II afirme: «Ela, a quem os presbíteros devem amar e venerar com devoção e culto filial, como Mãe do sumo e eterno sacerdote, como rainha dos Apóstolos e auxílio do seu ministério» [20].

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2.2. A Oração Eucarística: 

No que se refere à memória de Maria nas Orações Eucarísticas do Missal Romano, «tal evocação cotidiana, pelo lugar em que foi colocada, no coração do Sacrifício divino, deve ser considerada forma particularmente expressiva do culto que a Igreja tributa à “Bendita do Altíssimo” (cf. Lc 1,28)» [21].

Esta recordação de Maria Santíssima se manifesta de duas formas: a sua presença na Encarnação e a sua intercessão gloriosa. Sobre a primeira forma, podemos recordar que o «sim» de Maria é a porta pela qual Deus se encarna, entra no mundo. Desta forma, Maria é realmente e profundamente envolvida no mistério da Encarnação e portanto da nossa salvação. «A Encarnação, o fazer-se homem do Filho, tinha desde o início como finalidade o dom de si; ao doar-se com muito amor na Cruz, para se fazer pão pela vida do mundo. Assim, sacrifício, sacerdócio e Encarnação caminham juntos, e Maria está no centro deste mistério» [22].

Assim se encontra expresso, por exemplo, no Prefácio da Oração Eucarística II, que se baseia na Traditio apostolica, bem como no Post-sanctus da IV. As duas expressões são muito similares: «Ele é o nosso Salvador e Redentor, verdadeiro homem, concebido do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria» (OE II); «Verdadeiro homem, concebido do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria...» (OE IV).

No contexto da Oração Eucarística, esta profissão de fé evidencia a cooperação de Maria Santíssima no mistério da Encarnação e a sua relação com Cristo, como pura ação do Espírito Santo. Com isso se pretende apresentar a Eucaristia como presença verdadeira e autêntica do Verbo encarnado que sofreu e foi glorificado. A Eucaristia, enquanto se refere à Paixão e Ressurreição, está ao mesmo tempo em continuidade com a Encarnação.

João Paulo II assinala que «Maria, na anunciação, concebeu o Filho divino também na realidade física do Corpo e do Sangue, em certa medida antecipando em si o que se realiza sacramentalmente em cada crente quando recebe, no sinal do pão e do vinho, o Corpo e o Sangue do Senhor» [23]. Maria aparece assim ligada à relação «Encarnação-Eucaristia».

Por outro lado, a presença de Maria Santíssima na Oração Eucarística nos apresenta também a sua intercessão gloriosa. A recordação dela na comunhão dos santos é elemento típico do Cânon Romano e se encontra nas outras Orações Eucarísticas do Missal Romano, em sintonia com as anáforas orientais. «A tensão escatológica suscitada pela Eucaristia exprime e consolida a comunhão com a Igreja celeste. Não é por acaso que nas Anáforas orientais e nas Orações Eucarísticas latinas se recorda com veneração Maria sempre Virgem, Mãe do nosso Deus e Senhor Jesus Cristo (...)» [24].

A memória de Maria no Cânon Romano se enriquece com títulos solenes que recordam a proclamação do dogma da maternidade divina do Concílio de Éfeso (431) e com expressões que provavelmente derivam das homilias dos Sumos Pontífices [25]. A menção solene do Cânon Romano recita: «(...) in primis gloriosae semper virginis Mariae Genetricis Dei, et Domini nostri Iesu Christi» - «(...) veneramos a (gloriosa e) sempre Virgem Maria, Mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo» (Cânon Romano).

Maria Santíssima é exaltada com os títulos de gloriosa e sempre Virgem, como a chama Santo Epifânio [26]. Por outro lado, a expressão Genetrix Dei é utilizada com frequência pelos Padres latinos, especialmente por Santo Ambrósio. A sua inserção no Cânon Romano é anterior à época do Papa Leão Magno e muito provavelmente foi introduzida antes do Concílio de Éfeso [27]. Vai ainda evidenciado que Maria é recordada antes de todos os santos.

O significado desta menção e desta recordação pode ser tríplice [28]: primeiro, a Igreja fazendo memória de Maria entra em comunhão com ela; segundo, tal recordação é lógica, porque deriva da condição de santidade e glória próprias da Mãe de Deus [29]; e, por último, por causa da intercessão que ele exerce junto a Deus [30]: «Por seus méritos e preces (de Maria e dos santos) concedei-nos (Senhor) sem cessar a vossa proteção» (Cânon Romano).

Em um contexto semelhante àquele do Cânon Romano, se bem que com pequenas variações, se encontra o nosso pedido a Maria e aos santos para que cheguemos à vida eterna: «(...) dai-nos participar da vida eterna, com a Virgem Maria, Mãe de Deus...» (OE II); «(...) para alcançarmos a vida eterna com os vossos santos: a Virgem Maria, Mãe de Deus...» (OE III) [31]; «(...) concedei, ó Pai de bondade, que com a Virgem Maria, Mãe de Deus (...) possamos alcançar a herança eterna no vosso reino...» (OE IV).

3. Na Missa de São Pio V

Por último, recordemos que no Missal Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962, expressão extraordinária da lex orandi da Igreja católica de rito latino, encontramos mencionada Maria Santíssima em outros dois momentos da Celebração Eucarística, além daqueles que permaneceram na forma ordinária. Antes de tudo, na súplica à Santíssima Trindade que o sacerdote reza depois do lavabo e que conclui os ritos do Ofertório. Lê-se: «Suscipe sancta Trinitas, hanc oblationem quam tibi offerimus ob memoriam passionis (...); et in honorem beatae Mariae semper Virginis...».

Esta oração resume as intenções e os frutos do sacrifício como epílogo ao Ofertório. Com efeito, depois de ter recordado que a oferta se realiza em memória da Paixão, Ressurreição e Ascensão do Senhor, se mencionam a Santíssima Virgem e os Santos João Batista, Pedro e Paulo. A menção de Maria se coloca no contexto daquela veneração que a santa Igreja com amor especial lhe tributa por motivo da relação indissociável que existe entre ela e a obra salvífica do seu Filho. Ao mesmo tempo, nela admira e exalta o fruto mais esplendente da redenção [32]. Nesta oração se recorda que «na Eucaristia a Igreja se une plenamente a Cristo e ao seu sacrifício, fazendo próprio o espírito de Maria» [33].

A menção de Maria se encontra depois no embolismo Libera nos que segue o Pater noster, no qual se exprime nestes termos:  «Libera nos, quaesumus Domine, ab omnibus malis, praeteritis, praesentibus et futuris: et intercedente beata et gloriosa semper Virgine Dei Genitrice Maria (...) da propitius pacem in diebus nostris...».

Também esta oração manifesta a perfeita unidade existente ente lex orandi e lex credendi, pois «a fonte da nossa fé e da Liturgia Eucarística é o mesmo acontecimento: a doação que Cristo fez de Si mesmo no Mistério Pascal» [34]. De fato, esta oração mostra que «com este caráter de intercessão, que se manifestou pela primeira vez em Caná da Galileia, a mediação de Maria continua na história da Igreja e do mundo» [35].

4. Conclusão

Terminando esta breve panorâmica sobre o Ordo Missae, feita de significativos encontros com Maria Santíssima, podemos afirmar com um dos grandes santos do nosso tempo: «Para mim a primeira devoção mariana - me agrada pensar assim - é a Santa Missa (...). Esta é de fato uma ação da Trindade: por vontade do Pai, cooperando com o Espírito Santo, o Filho se oferece em oblação redentora. Neste insondável mistério, se observa, como através de um véu, o rosto puríssimo de Maria: Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo. O encontro com Jesus no sacrifício do altar comporta necessariamente o encontro com Maria, sua Mãe»[36].

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Notas
[1] João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, n. 53.
[2] Concílio Vaticano II, Lumen gentium, n. 3.
[3] João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, n. 21.
[4] Bento XVI, Sacramentum caritatis, n. 14.
[5] João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, n. 5.
[6] cf. ibid., n. 4.
[7] cf. Bento XVI, Deus caritas est, n. 13.
[8] João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, n. 57.
[9] Bento XVI, Audiência geral, 12/08/2009.
[10] João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, n. 57.
[11] Bento XVI, Sacramentum caritatis, n. 80.
[12] idem, Audiência geral, 12 de agosto de 2009.
[13] idem, Sacramentum caritatis, n. 55.
[14] Institutio Generalis Missalis Romani, n. 55.
[15] Paulo VI, Marialis cultus, n. 57.
[16] V. Raffa, Liturgia Eucaristica. Mistagogia della Messa: Dalla storia e dalla teologia alla pastorale pratica, Roma, 2003, pp. 272-274.
[17] Concílio Vaticano II, Lumen gentium, n. 60.
[18] ibid., n. 62.
[19] Bento XVI, Audiência geral, 12 de agosto de 2009.
[20] Concílio Vaticano II, Presbyterorum ordinis, n. 18.
[21] Paulo VI, Marialis cultus, n. 10.
[22] Bento XVI, Audiência geral, 12 de agosto de 2009.
[23] João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, n. 55.
[24] ibid., n. 19.
[25] cf. S. Meo, «La formula mariana Gloriosa semper Virgo Maria Genitrix Dei et Domini nostri Iesu Christi nel Canone romano e presso due Pontefici del V secolo»; in: Pontificia Academia Mariana Internationalis, De primordiis cultus mariani. Acta Congressus Mariologici-mariani in Lusitania anno 1967 celebrati, Romae, 1970, II, pp. 439-458.
[26] cf. M. Righetti, Historia de la liturgia, Madrid, 1956, I, p. 334.
[27] M. Augé, L'anno liturgico: È Cristo stesso presente nella sua Chiesa, Città del Vaticano, 2009, p. 247.
[28] cf. J. Castellano, «In comunione con la Beata Vergine Maria. Varietà di espressioni della preghiera liturgica mariana», Rivista liturgica 75 (1988), p. 59.
[29] «A santidade exemplar da Virgem Santíssima estimula, realmente, os fiéis a levantarem os olhos para Maria, que brilha como modelo de virtudes sobre toda a comunidade dos eleitos» (Paulo VI, Marialis cultus, n. 57).
[30] «A piedade para com a Mãe do Senhor torna-se, pois, para o fiel, ocasião de crescimento na graça divina, que é, de resto, a finalidade última de toda e qualquer atividade pastoral. Na realidade, é impossível honrar a “cheia de graça” (Lc 1,28) sem honrar o estado de graça em si próprio; quer dizer: a amizade com Deus, a comunhão com Ele e a habitação do Espírito Santo» (ibid.).
[31] «A recente Oração Eucarística III, que exprime com intensa súplica o desejo dos que oram de compartilhar com a Mãe a herança de filhos» (ibid., n. 10).
[32] cf. Concílio Vaticano II, Sacrosanctum concilium, n. 102.
[33] João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, n. 58.
[34] Bento XVI, Sacramentum caritatis, n. 34.
[35] João Paulo II, Redemptoris mater, n. 40.
[36] J. Escrivá, La Virgen del Pilar. Libro de Aragón, Madrid, 1976, p. 99.

Tradução nossa a partir do original italiano.

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