Continuando com os textos sobre o sacerdote e a Celebração Eucarística divulgados pela Santa Sé no contexto do Ano Sacerdotal (2009-2010), segue a reflexão sobre o encontro do sacerdote com Maria na Missa:
Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice
O encontro do sacerdote com Maria na Celebração Eucarística
1. Eucaristia, Igreja e Maria em relação ao sacerdote
«Se quisermos
redescobrir em toda a sua riqueza a relação íntima entre a Igreja e a
Eucaristia, não podemos esquecer Maria, Mãe e modelo da Igreja» [1]. Estas
palavras do Venerável João Paulo II constituem um caminho adequado para
introduzir-nos no tema que vamos tentar desenvolver brevemente com este artigo:
O encontro do sacerdote com Maria na
Celebração Eucarística.
Bento XVI celebra a Festa de Nossa Senhora de Guadalupe |
Quando a Igreja
celebra a Eucaristia, memorial da Morte e Ressurreição do Senhor, «se realiza a
obra da nossa redenção» [2] e por isso se pode afirmar que «existe um influxo
causal da Eucaristia nas próprias origens da Igreja» [3]. Na Eucaristia, Cristo
se entrega a nós, edificando-nos continuamente como seu Corpo. «Portanto, na
sugestiva circularidade entre a Eucaristia que edifica a Igreja e a própria Igreja
que faz a Eucaristia, a causalidade primária está expressa na primeira fórmula:
a Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia,
precisamente porque o próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da
Cruz» [4]. A Eucaristia precede cronologicamente e ontologicamente a Igreja e
deste modo se comprova de novo que o Senhor nos «amou por primeiro».
Ao mesmo tempo,
Jesus fez perpétua a sua doação pessoal mediante a instituição da Eucaristia
durante a Última Ceia. Naquela «hora», Jesus antecipa a sua Morte e
Ressurreição. A partir daqui podemos afirmar que neste dom «Jesus Cristo
entregava à Igreja a atualização perene do mistério pascal» [5]. Todo o Triduum paschale é como que incluído,
antecipado e «concentrado» para sempre no dom eucarístico. Por isto, cada
sacerdote que celebra a Santa Missa, assim como a comunidade que nela
participa, retorna à «hora» da cruz e da glorificação, retorna espiritualmente
ao lugar e à hora santa da redenção
[6]. Na Eucaristia, entramos no ato oblativo de Jesus e assim, participando da
sua oferta, do seu Corpo e do seu Sangue, nos unimos a Deus [7].
Neste «memorial»
do Calvário está presente tudo aquilo que Jesus realizou na sua Paixão e Morte.
«Portanto, não pode faltar o que Cristo fez para com sua Mãe em nosso favor»
[8]. Em toda celebração da Santa Missa nós ouvimos novamente aquele «Eis o teu
filho!», dito pelo Filho à sua Mãe, enquanto Ele mesmo repete a nós: «Eis a tua
Mãe!» (Jo 19,26-27).
«Receber Maria
significa introduzi-la no dinamismo da própria existência inteira - não é algo
exterior - e em tudo aquilo que constitui o horizonte do próprio apostolado» [9].
Por isto, «viver o memorial da Morte de Cristo na Eucaristia implica também
receber continuamente este dom. (...) Maria está presente, com a Igreja e como
Mãe da Igreja, em cada uma das nossas Celebrações Eucarísticas. Se Igreja e
Eucaristia são um binômio indivisível, o mesmo é preciso afirmar do binômio
Maria e Eucaristia» [10].
A recomendação
da celebração quotidiana da Santa Missa, mesmo quando não há participação de
fiéis, deriva por uma parte do valor objetivamente infinito de cada Celebração
Eucarística; «e é motivada ainda pela sua singular eficácia espiritual, porque,
se vivida com atenção e fé, a Santa Missa é formadora no sentido mais profundo
do termo, enquanto promove a configuração a Cristo e reforça o sacerdote na sua
vocação» [11]. Neste percurso de conformação e de transformação, o encontro do
sacerdote com Maria na Santa Missa se reveste de uma importância particular. Na
realidade, «pela sua identificação e conformação sacramental a Jesus, Filho de
Deus e Filho de Maria, cada sacerdote pode e deve sentir-se verdadeiramente
filho predileto desta Mãe excelsa e humilíssima» [12].
2. Na Missa de Paulo VI
Na editio typica tertia do Missal Romano,
expressão ordinária da lex orandi da
Igreja católica de rito latino, a presença materna de Maria se experimenta em
dois momentos significativos da Celebração Eucarística: o Confiteor do Ato Penitencial e a Oração Eucarística.
2.1. O Confiteor:
No caminho rumo ao Senhor, tomamos conta da nossa indignidade. O homem
diante de Deus se sente pecador e dos seus lábios brota espontânea a confissão
da própria miséria. Torna-se necessário pedir, no interior da celebração, que
Deus mesmo nos transforme e que aceite fazer-nos participar daquela actio Dei que constitui a Liturgia. De
fato, o espírito de contínua conversão é uma daquelas condições pessoais que
tornam possível a actuosa participatio
dos fiéis e do próprio sacerdote celebrante. «Não podemos esperar uma
participação ativa na Liturgia Eucarística, se nos abeiramos dela
superficialmente e sem antes nos interrogarmos sobre a própria vida» [13].
O Ato
Penitencial, que «se realiza através da fórmula de confissão geral de toda a
comunidade» [14], nos ajuda a conformar-nos aos sentimentos de Cristo e a colocar
os meios para que se realize o «estar com Deus»; enquanto nos «força» a sair de
nós mesmos, move-nos a rezar com e pelos outros: não estamos sozinhos. Graças à
comunhão dos santos, ajudamos e nos sentimos ajudados e sustentados uns pelos
outros. É neste contexto que encontramos uma das modalidades da oração
litúrgica mariana, a qual se apresenta como recordação da intercessão de Maria
no Confiteor. Como recordava Paulo
VI, «o Povo de Deus a invoca sob os títulos de Consoladora dos aflitos, Saúde
dos enfermos e Refúgio dos pecadores, a fim de alcançar conforto nas tribulações,
alívio nas doenças, força libertadora do pecado; porque ela, isenta de todo
pecado, leva os seus filhos a isto: a vencer, com enérgica determinação, o
pecado» [15].
O Confiteor, genuína fórmula de confissão,
se encontra em diversas redações, a partir do século IX, em ambiente monástico.
Dali passará às igrejas de clero secular e o encontramos como elemento fixo no Ordo da Cúria papal anterior a 1227 [16]: «Ideo precor beatam Mariam semper Virginem...» - «Por isto peço à
Bem-aventurada Maria, sempre Virgem...».
Maria, em
comunhão com Cristo, único Mediador, pede ao Pai por todos os fiéis, seus
filhos. Como recorda o Concílio Vaticano II: «A função maternal de Maria em
relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de
Cristo; manifesta antes a sua eficácia. Com efeito, todo o influxo salvador da
Virgem Santíssima sobre os homens não nasce de uma necessidade objetiva, mas de
uma disposição puramente gratuita de Deus, e deriva da superabundância dos
méritos de Cristo; portanto, funda-se na Sua mediação e dela depende
inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia; de modo nenhum impede a união
imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece» [17].
Maria «cuida, com
amor materno, dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham
ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada» [18]. Semelhante cuidado
ele demonstra particularmente para com os sacerdotes. «Maria tem predileção por
eles por dois motivos: porque são mais semelhantes a Jesus, amor supremo do seu
coração, e porque também eles, como ela, estão comprometidos na missão de
proclamar, testemunhar e oferecer Cristo ao mundo» [19]. Assim se explica que o
Concílio Vaticano II afirme: «Ela, a quem os presbíteros devem amar e venerar
com devoção e culto filial, como Mãe do sumo e eterno sacerdote, como rainha
dos Apóstolos e auxílio do seu ministério» [20].
Bento XVI em Fátima |
2.2. A Oração Eucarística:
No que se
refere à memória de Maria nas Orações Eucarísticas do Missal Romano, «tal
evocação cotidiana, pelo lugar em que foi colocada, no coração do Sacrifício
divino, deve ser considerada forma particularmente expressiva do culto que a
Igreja tributa à “Bendita do Altíssimo” (cf. Lc 1,28)» [21].
Esta recordação
de Maria Santíssima se manifesta de duas formas: a sua presença na Encarnação e
a sua intercessão gloriosa. Sobre a primeira forma, podemos recordar que o «sim»
de Maria é a porta pela qual Deus se encarna, entra no mundo. Desta forma,
Maria é realmente e profundamente envolvida no mistério da Encarnação e
portanto da nossa salvação. «A Encarnação, o fazer-se homem do Filho, tinha
desde o início como finalidade o dom de si; ao doar-se com muito amor na Cruz,
para se fazer pão pela vida do mundo. Assim, sacrifício, sacerdócio e
Encarnação caminham juntos, e Maria está no centro deste mistério» [22].
Assim se
encontra expresso, por exemplo, no Prefácio da Oração Eucarística II, que se
baseia na Traditio apostolica, bem
como no Post-sanctus da IV. As duas
expressões são muito similares: «Ele é o nosso
Salvador e Redentor, verdadeiro homem, concebido do Espírito Santo e nascido da
Virgem Maria» (OE II); «Verdadeiro
homem, concebido do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria...» (OE IV).
No contexto da
Oração Eucarística, esta profissão de fé evidencia a cooperação de Maria
Santíssima no mistério da Encarnação e a sua relação com Cristo, como pura ação
do Espírito Santo. Com isso se pretende apresentar a Eucaristia como presença
verdadeira e autêntica do Verbo encarnado que sofreu e foi glorificado. A
Eucaristia, enquanto se refere à Paixão e Ressurreição, está ao mesmo tempo em
continuidade com a Encarnação.
João Paulo II
assinala que «Maria, na anunciação, concebeu o Filho divino também na realidade
física do Corpo e do Sangue, em certa medida antecipando em si o que se realiza
sacramentalmente em cada crente quando recebe, no sinal do pão e do vinho, o Corpo
e o Sangue do Senhor» [23]. Maria aparece assim ligada à relação «Encarnação-Eucaristia».
Por outro lado,
a presença de Maria Santíssima na Oração Eucarística nos apresenta também a sua
intercessão gloriosa. A recordação dela na comunhão dos santos é elemento
típico do Cânon Romano e se encontra nas outras Orações Eucarísticas do Missal
Romano, em sintonia com as anáforas orientais. «A tensão escatológica suscitada
pela Eucaristia exprime e consolida a
comunhão com a Igreja celeste. Não é por acaso que nas Anáforas orientais e
nas Orações Eucarísticas latinas se recorda com veneração Maria sempre Virgem,
Mãe do nosso Deus e Senhor Jesus Cristo (...)» [24].
A memória de
Maria no Cânon Romano se enriquece com títulos solenes que recordam a
proclamação do dogma da maternidade divina do Concílio de Éfeso (431) e com
expressões que provavelmente derivam das homilias dos Sumos Pontífices [25]. A
menção solene do Cânon Romano recita: «(...) in primis gloriosae semper virginis Mariae
Genetricis Dei, et Domini nostri Iesu Christi» - «(...) veneramos
a (gloriosa e) sempre Virgem Maria, Mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo»
(Cânon Romano).
Maria Santíssima
é exaltada com os títulos de gloriosa
e sempre Virgem, como a chama Santo
Epifânio [26]. Por outro lado, a expressão Genetrix
Dei é utilizada com frequência pelos Padres latinos, especialmente por
Santo Ambrósio. A sua inserção no Cânon Romano é anterior à época do Papa Leão
Magno e muito provavelmente foi introduzida antes do Concílio de Éfeso [27].
Vai ainda evidenciado que Maria é recordada antes de todos os santos.
O significado
desta menção e desta recordação pode ser tríplice [28]: primeiro, a Igreja
fazendo memória de Maria entra em comunhão com ela; segundo, tal recordação é
lógica, porque deriva da condição de santidade e glória próprias da Mãe de Deus
[29]; e, por último, por causa da intercessão que ele exerce junto a Deus [30]:
«Por seus méritos e preces (de Maria e dos santos) concedei-nos (Senhor) sem
cessar a vossa proteção» (Cânon Romano).
Em um contexto
semelhante àquele do Cânon Romano, se bem que com pequenas variações, se
encontra o nosso pedido a Maria e aos santos para que cheguemos à vida eterna: «(...) dai-nos
participar da vida eterna, com a Virgem Maria, Mãe de Deus...» (OE II); «(...) para
alcançarmos a vida eterna com os vossos santos: a Virgem Maria, Mãe de Deus...»
(OE III) [31]; «(...) concedei,
ó Pai de bondade, que com a Virgem Maria, Mãe de Deus (...) possamos alcançar a
herança eterna no vosso reino...» (OE IV).
3. Na Missa de São Pio V
Por último,
recordemos que no Missal Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962,
expressão extraordinária da lex orandi
da Igreja católica de rito latino, encontramos mencionada Maria Santíssima em
outros dois momentos da Celebração Eucarística, além daqueles que permaneceram
na forma ordinária. Antes de tudo, na súplica à Santíssima Trindade que o
sacerdote reza depois do lavabo e que conclui os ritos do Ofertório. Lê-se: «Suscipe sancta Trinitas, hanc oblationem
quam tibi offerimus ob memoriam passionis (...); et in honorem beatae Mariae semper Virginis...».
Esta oração
resume as intenções e os frutos do sacrifício como epílogo ao Ofertório. Com
efeito, depois de ter recordado que a oferta se realiza em memória da Paixão,
Ressurreição e Ascensão do Senhor, se mencionam a Santíssima Virgem e os Santos
João Batista, Pedro e Paulo. A menção de Maria se coloca no contexto daquela
veneração que a santa Igreja com amor especial lhe tributa por motivo da
relação indissociável que existe entre ela e a obra salvífica do seu Filho. Ao
mesmo tempo, nela admira e exalta o fruto mais esplendente da redenção [32].
Nesta oração se recorda que «na Eucaristia a Igreja se une plenamente a Cristo
e ao seu sacrifício, fazendo próprio o espírito de Maria» [33].
A menção de
Maria se encontra depois no embolismo Libera
nos que segue o Pater noster, no
qual se exprime nestes termos: «Libera
nos, quaesumus Domine, ab omnibus malis, praeteritis, praesentibus et futuris:
et intercedente beata et gloriosa semper Virgine Dei Genitrice Maria (...) da propitius pacem in diebus nostris...».
Também esta
oração manifesta a perfeita unidade existente ente lex orandi e lex credendi,
pois «a fonte da nossa fé e da Liturgia Eucarística é o mesmo acontecimento: a
doação que Cristo fez de Si mesmo no Mistério Pascal» [34]. De fato, esta
oração mostra que «com este caráter de intercessão, que se manifestou pela
primeira vez em Caná da Galileia, a mediação de Maria continua na história da
Igreja e do mundo» [35].
4. Conclusão
Terminando esta
breve panorâmica sobre o Ordo Missae,
feita de significativos encontros com Maria Santíssima, podemos afirmar com um
dos grandes santos do nosso tempo: «Para mim a primeira devoção mariana - me
agrada pensar assim - é a Santa Missa (...). Esta é de fato uma ação da
Trindade: por vontade do Pai, cooperando com o Espírito Santo, o Filho se oferece
em oblação redentora. Neste insondável mistério, se observa, como através de um
véu, o rosto puríssimo de Maria: Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa
de Deus Espírito Santo. O encontro com Jesus no sacrifício do altar comporta
necessariamente o encontro com Maria, sua Mãe»[36].
Bento XVI celebra a Solenidade da Santa Mãe de Deus |
Notas
[1] João Paulo
II, Ecclesia de Eucharistia, n. 53.
[2] Concílio
Vaticano II, Lumen gentium, n. 3.
[3] João Paulo
II, Ecclesia de Eucharistia, n. 21.
[4] Bento XVI, Sacramentum caritatis, n. 14.
[5] João Paulo
II, Ecclesia de Eucharistia, n. 5.
[6] cf. ibid.,
n. 4.
[7] cf. Bento
XVI, Deus caritas est, n. 13.
[8] João Paulo
II, Ecclesia de Eucharistia, n. 57.
[9] Bento XVI, Audiência geral, 12/08/2009.
[10] João Paulo
II, Ecclesia de Eucharistia, n. 57.
[11] Bento XVI, Sacramentum caritatis, n. 80.
[12] idem, Audiência geral, 12 de agosto de 2009.
[13] idem, Sacramentum caritatis, n. 55.
[14] Institutio Generalis Missalis Romani, n.
55.
[15] Paulo VI, Marialis cultus, n. 57.
[16] V. Raffa, Liturgia Eucaristica. Mistagogia della
Messa: Dalla storia e dalla teologia alla pastorale pratica, Roma, 2003,
pp. 272-274.
[17] Concílio
Vaticano II, Lumen gentium, n. 60.
[18] ibid., n. 62.
[19] Bento XVI, Audiência geral, 12 de agosto de 2009.
[20] Concílio
Vaticano II, Presbyterorum ordinis, n. 18.
[21] Paulo VI, Marialis cultus, n. 10.
[22] Bento XVI, Audiência geral, 12 de agosto de 2009.
[23] João Paulo
II, Ecclesia de Eucharistia, n. 55.
[24] ibid., n. 19.
[25] cf. S. Meo,
«La formula mariana Gloriosa semper Virgo
Maria Genitrix Dei et Domini nostri Iesu Christi nel Canone romano e presso due
Pontefici del V secolo»; in:
Pontificia Academia Mariana Internationalis, De primordiis cultus mariani. Acta
Congressus Mariologici-mariani in Lusitania anno 1967 celebrati, Romae,
1970, II, pp. 439-458.
[26] cf. M.
Righetti, Historia de la liturgia,
Madrid, 1956, I, p. 334.
[27] M. Augé, L'anno liturgico: È Cristo stesso presente
nella sua Chiesa, Città del Vaticano, 2009, p. 247.
[28] cf. J.
Castellano, «In comunione con la Beata
Vergine Maria. Varietà di espressioni
della preghiera liturgica mariana», Rivista
liturgica 75 (1988), p. 59.
[29] «A
santidade exemplar da Virgem Santíssima estimula, realmente, os fiéis a
levantarem os olhos para Maria, que brilha como modelo de virtudes sobre toda a
comunidade dos eleitos» (Paulo VI, Marialis cultus,
n. 57).
[30] «A piedade
para com a Mãe do Senhor torna-se, pois, para o fiel, ocasião de crescimento na
graça divina, que é, de resto, a finalidade última de toda e qualquer atividade
pastoral. Na realidade, é impossível honrar a “cheia de graça” (Lc 1,28) sem
honrar o estado de graça em si próprio; quer dizer: a amizade com Deus, a
comunhão com Ele e a habitação do Espírito Santo» (ibid.).
[31] «A recente Oração
Eucarística III, que exprime com intensa súplica o desejo dos que oram de compartilhar
com a Mãe a herança de filhos» (ibid.,
n. 10).
[32] cf. Concílio Vaticano II, Sacrosanctum concilium, n. 102.
[33] João Paulo
II, Ecclesia de Eucharistia, n. 58.
[34] Bento XVI, Sacramentum caritatis, n. 34.
[35] João Paulo
II, Redemptoris mater, n. 40.
[36] J. Escrivá,
La Virgen del Pilar. Libro de Aragón,
Madrid, 1976, p. 99.
Tradução nossa a partir do original italiano.
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