Pe. Raniero
Cantalamessa, OFMCap
I Pregação de Advento
07/12/2018
Deus existe!
Introdução
Na Igreja estamos tão pressionados
por tarefas a serem executadas, problemas a serem resolvidos, desafios a serem
superados, que corremos o risco de perder de vista, ou deixar para trás, o “porro unum
necessarium” do Evangelho, que
é a nossa relação pessoal com Deus e com Cristo. Acima de tudo, sabemos por
experiência que um relacionamento pessoal genuíno com Deus é a primeira
condição para enfrentar todas as situações e problemas que surgem, sem perder a
paz e a paciência.
Por isso pensei, Veneráveis Padres,
irmãos e irmãs, deixar de lado todos os outros temas e todas as referências a
problemas atuais. Vamos tentar fazer o que santa Angela de Foligno recomendava
aos seus filhos espirituais: “reunir-nos em unidade e mergulhar a nossa alma no
infinito que é Deus”. Tomar um
banho matinal de fé, antes de começar o dia de trabalho.
O tema destas homilias de Advento (e,
se Deus quiser, também de Quaresma) será o versículo do Salmo: “Minha alma tem
sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 41,3). Os homens do nosso tempo são apaixonados
por procurar sinais da existência de seres vivos e inteligentes em outros
planetas. É uma busca legítima e compreensível, apesar de bastante incerta.
Poucos, no entanto, buscam e estudam sinais do Ser vivo que criou o universo,
que entrou nele, em sua história e vive nele. “Nele vivemos, nos movemos e
existimos” (At 17,28) e não nos damos conta. Temos a Vida real em nosso meio
e a negligenciamos para buscar seres vivos hipotéticos que, na melhor das
hipóteses, pouco poderiam fazer por nós, certamente não nos salvariam da morte.
Quantas vezes somos obrigados a dizer
a Deus, com Santo Agostinho: “Você estava comigo, mas eu não estava com você”. De fato, ao contrário de nós, o Deus vivo nos
busca. É o único que Ele faz desde a criação do mundo. Continua a dizer: “Adão,
onde está você?” (Gn 3,9). Pretendemos captar os sinais deste Deus vivo,
responder ao seu chamado, “bater à sua porta”, para entrar em um contato novo,
vivo, com ele.
Apoiamo-nos na palavra de Jesus:
“Buscai e achareis. Batei e vos será aberto” (Mt 7,7). Quando alguém lê essas
palavras, imediatamente pensa que Jesus promete nos dar todas as coisas que
pedimos a ele, e ficamos perplexos porque vemos que isso raramente acontece. No
entanto, Ele quis dizer especialmente uma coisa: “Buscai-me e me encontrareis,
batei e vos abrirei”. Ele promete dar a si mesmo, muito além das coisas
triviais que lhe pedimos, e essa promessa é sempre infalivelmente mantida. Quem
o busca, o encontra; quem bate, ele abre e uma vez encontrado, todo o resto vai
para o segundo lugar.
A alma que tem sede do Deus vivo o
encontrará infalivelmente e com Ele e Nele encontrará tudo, como nos recorda as
palavras de Santa Teresa de Ávila: “Nada te perturbe, Nada te espante, Tudo
passa, Deus não muda, A paciência tudo alcança; Quem a Deus tem, Nada lhe
falta: Só Deus basta”. Com esses sentimentos, começamos nossa jornada de busca
do rosto do Deus vivo.
A Bíblia é cheia de textos que falam
de Deus como “o vivente”. “Ele é o Deus vivo”, diz Jeremias (Jr 10,10); “Eu
sou o vivente”, diz o próprio Deus em Ezequiel (Ez 33,11). Em um dos mais belos
salmos do saltério, escrito durante o exílio, o orante exclama: “A minha alma
tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 41,3). E novamente: “Meu coração e minha
carne exultam pelo Deus vivo” (Sl 83,3). Pedro, em Cesaréia de Filipe,
proclamou Jesus “Filho do Deus vivo” (Mt 16,16).
Evidentemente é uma metáfora tirada
da experiência humana. Israel se resignou a usá-la para distinguir o seu Deus
dos ídolos dos outros povos que são divindades “mortas”. Em contraste com eles,
o Deus da Bíblia é “um Deus que respira” e a sua respiração ou sopro (ruah) é o Espírito Santo.
Depois do longo predomínio do
idealismo e do triunfo da “ideia”, em tempos mais próximos de nós, até mesmo o
pensamento secular sentiu a necessidade de um retorno à “realidade” e
expressou-a no grito programático: “Retornar às coisas!”. Ou seja: não ficar nas formulações dadas da
realidade, nas teorias construídas, ao que comumente se pensa sobre ela, mas
olhar diretamente a própria realidade que está na base de tudo; remover as
várias camadas de terra exposta e descobrir a rocha subjacente.
Também devemos aplicar este programa
à área da fé. Sobre a fé, de fato, santo Tomás de Aquino escreveu que “não
termina nos enunciados, mas nas coisas”.
Quando se trata da “coisa” suprema no contexto da fé, isto é, de Deus, “voltar
às coisas” significa retornar ao Deus vivo; romper, por assim dizer, a parede
terrível da ideia que nós fizemos dele e correr, de braços abertos, para
encontrar Deus em pessoa. Descobrir que Deus não é uma abstração, mas uma
realidade; que entre as nossas ideias de Deus e o Deus vivo existe a mesma
diferença que entre um céu pintado em uma folha de papel e o céu verdadeiro.
O programa: “Retornar às coisas!”
teve uma aplicação justamente famosa: a que levou à descoberta de que as coisas
… existem. Vale a pena reler a famosa página de Sartre:
“Eu estava no jardim público. A
raiz da castanheira afundava no chão, bem debaixo do meu banco. Eu não me
lembrava mais que era uma raiz. As palavras haviam desaparecido, com elas, o
significado das coisas, os modos de seu uso, os leves sinais de reconhecimento
que os homens traçaram em sua superfície […] E então eu tive um flash de
iluminação. Perdi o fôlego. Nunca antes desses últimos tempos eu tinha
pressentido o que quer dizer ‘existir’ […] Normalmente, a existência está
escondida: está aí ao nosso redor, somos nós, não podemos dizer duas palavras
sem falar sobre ela e, finalmente, não tocamos nela … E então, eis que: de
repente, estava lá, clara como o dia: a existência tinha subitamente se
revelado”.
O filósofo que fez essa “descoberta”
declarava-se ateu, por isso não foi além da constatação de que eu existo, que o
mundo existe, que as coisas existem. Nós, no entanto, podemos partir desta
experiência e usá-la como trampolim para a descoberta de outro Existente, a
faísca que torna possível uma outra iluminação. O que foi possível com a raiz
da castanheira, por que não deveria ser possível com Deus? É Deus, para a mente
do homem, menos real do que a raiz da castanheira é para o olho dele? Os Padres
não hesitavam em colocar a serviço da fé as intuições de verdade presentes nos
filósofos pagãos, mesmo daqueles cuja autoridade era voluntariamente adotada
contra os cristãos. Nós devemos imitá-los e fazer o mesmo em nosso tempo.
O que podemos, portanto, considerar
da “iluminação” daquele filósofo? Nenhuma aplicação direta, ou de conteúdo, mas
apenas uma indireta e de método. Lido com certa disposição mental favorecida
pela graça, aquela história parece feita de propósito para sacudir-nos, para
despertar em nós primeiro a suspeita, depois a certeza de que existe um
conhecimento de Deus que ainda é desconhecido para nós. Que, talvez, até agora,
nunca tenhamos entendido o que significa dizer que Deus “existe”, que ele é um
Deus-existente ou, como a Bíblia diz, um Deus vivo. Que, portanto, temos uma
tarefa diante de nós, uma descoberta a ser feita: descobrir que Deus “existe”,
a tal ponto que, também nós, por um momento, perdemos o fôlego! Seria a
aventura da vida.
Nos ajuda a entender do que se trata
a experiência de certos convertidos, a quem a existência de Deus se revelou
subitamente, em algum momento da vida, depois de tenazmente tê-la ignorado ou
negado. Um deles foi o jornalista francês Andrè Frossard, falecido em 2 de
fevereiro de 1995. Assim ele descreve sua vida antes da conversão:
“Deus não existia. A Sua imagem, as
imagens em essência que evocam sua existência ou aquilo que poderia ser chamado
de descendência histórica: os santos, os profetas, os heróis da Bíblia, nunca
estiveram em nossa casa. Ninguém nos falava dele. Nós éramos ateus perfeitos,
daqueles que não fazem mais perguntas sobre seu ateísmo. Os últimos
anticlericais que ainda se atiravam contra a religião em reuniões públicas nos
pareciam patéticos e um pouco ridículos, como se fossem historiadores
comprometidos em refutar a história da Chapeuzinho Vermelho”.
Em um dia de verão, cansado de
esperar pelo amigo com quem tinha um compromisso, o jovem Frossard entra na
igreja próxima, observa a sua arquitetura e olha para as pessoas que estão
orando ali. E é assim que ele narra o que aconteceu:
“No início, estas palavras são
sugeridas para mim: ‘Vida espiritual’. Não pronunciadas e nem mesmo formadas
por mim mesmo: ouvidas como se tivessem sido pronunciadas ao meu lado, em um
sussurro, por uma pessoa que vê o que eu não vejo ainda. A última sílaba desse
prelúdio sussurrado alcança o fio da minha consciência, que começa a avalanche de
cabeça para baixo. […] Como descrever isso com essas pobres palavras? Um outro
mundo com tal esplendor e densidade que faz o nosso parecer sombras frágeis de
sonhos possíveis. Este mundo é a realidade, a verdade: vejo-o da margem escura
à qual ainda estou preso.
Há uma ordem no universo, e no topo,
além deste brilhante véu de neblina, a evidência de Deus, a evidência feita
presença e a evidência feita pessoa daquele que eu tinha anteriormente negado
[…] A sua irrupção total, transbordante, vem acompanhada de uma alegria que não
é outra senão a exultação dos salvos”. Saindo da Igreja, seu amigo, vendo que
algo aconteceu, pergunta-lhe: “O que aconteceu? – “Ele responde: “Eu sou
católico” e, como se temesse não ter sido suficientemente explícito, acrescentei
“apostólico e romano”.
A expressão que em nossa língua
melhor expressa este evento é: Dar-se conta de Deus. “Dar-se conta” indica uma
súbita abertura dos olhos, um sobressalto da consciência, e então começamos a
ver algo que estava lá antes, mas não víamos.
Vamos tentar reler, na onda da
“iluminação” descrita por Sartre, o episódio da sarça ardente. Nos ajudará,
entre outras coisas, a ver como até mesmo o pensamento “existencial” moderno
pode nos ajudar a descobrir, na Bíblia, algo novo, que o pensamento antigo,
todo orientado em sentido ontológico, mesmo com toda a sua riqueza, não foi
capaz de entender.
A página da Bíblia que fala da sarça
ardente (Ex 3,1ss) é em si uma sarça ardente. Queima, mas não consome. Depois
de milhares de anos não perdeu nada de seu poder para transmitir o sentido do
divino. Isso mostra, melhor do que qualquer discurso, o que acontece quando
realmente se encontra o Deus vivo. “Moisés pensou: ‘quero me aproximar…'”.
Ainda pensa e quer. É senhor de si mesmo; é ele que conduz (ou acredita
conduzir) o jogo. Mas eis que o divino irrompe com o seu ser e impõe a sua lei.
“Moisés, Moisés! Não se aproxime. Eu sou o Deus do seu pai”. Tudo mudou de
repente. Moisés repentinamente se torna dócil e submisso. “Aqui estou!”,
responde e cobre o rosto, como os Serafins cobriam os olhos com as asas (ver Is
6,2). O “numinoso” está no ar. Moisés entra no mistério.
Nesta atmosfera, Deus revela seu
nome: “Eu sou aquele que sou”. Transplantada ao terreno cultural helenístico,
já com a Septuaginta, esta palavra foi interpretada como uma definição do que é
Deus, o Ser absoluto como uma afirmação da sua essência mais profunda. Mas uma
tal interpretação, dizem os exegetas, é “totalmente sem relação com o modo de
pensar do Antigo Testamento”. A frase significa, pelo contrário: “Eu sou aquele
que está; ou mais simplesmente ainda: “Eu estou aqui (ou estarei) por vós!“. É uma declaração concreta, não abstrata, que
se refere mais à existência de Deus do que à sua essência, mais aos seu “estar
perto”, do que ao “o que é”. Não estamos longe do ”Eu vivo”, “Eu sou o
vivente”, que Deus fala em outras partes da Bíblia.
Naquele dia, portanto, Moisés
descobriu uma coisa muito simples, mas capaz de pôr em movimento e apoiar todo
o processo de libertação que se seguirá. Descobriu que o Deus de Abraão, de
Isaac e de Jacó existe, é uma realidade presente e operando na história, alguém
com quem se pode contar. Além disso, isso era o que Moisés precisava saber
naquele momento, não uma definição abstrata de Deus.
Há algo que une a experiência do
filósofo perante a raiz da castanheira e aquela de Moisés perante a sarça
ardente. Ambos descobrem o mistério do ser: o primeiro, o ser das coisas, o
segundo o Ser de Deus. Mas enquanto descobrir que Deus existe é uma fonte de
coragem e de alegria, apenas descobrir que as coisas existem só produz, de
acordo com esse mesmo filósofo, “náusea”.
Deus,
sentimento de uma presença
O que significa e como se define o
Deus vivo? Por um momento, cultivei o propósito de responder a essa pergunta,
traçando um perfil do Deus vivo, a partir da Bíblia, mas depois vi que teria
sido uma grande loucura. Querer descrever o Deus vivo, delinear um perfil, até
mesmo fundamentando-se na Bíblia, é recair na tentativa de reduzir o Deus vivo
à ideia do Deus vivo.
O que podemos fazer, até mesmo com
relação ao Deus vivo, é ir além dos “sinais sutis de reconhecimento que os
homens traçaram sobre a sua superfície”, quebrar as pequenas conchas das nossas
ideias de Deus, ou os “vasos de alabastro” onde o mantemos fechado, de modo que
o seu perfume se expanda e “encha a casa”. Santo Agostinho nos ensina muito
sobre isso. O santo nos deixou uma espécie de método para nos elevar com o
coração e a mente ao Deus vivo e verdadeiro. Consiste em repetir para nós
mesmos, após cada reflexão sobre Deus: “Mas Deus não é isso, mas Deus não é
isso!”. Pense na terra, pense no céu, pense nos anjos ou em qualquer coisa ou
pessoa; pense, finalmente, no que você mesmo pensa de Deus, e toda vez repita:
“Sim, mas Deus não é isso, Deus não é isso!”. “Procure acima de nós”,
respondem, uma a uma, todas as criaturas questionadas. Precisamos acreditar em
um Deus que está além do Deus em quem acreditamos!
É possível intuir o Deus vivo, em
quanto vivo, de forma muito vaga, ter uma espécie de suspeita ou
pressentimento. Pode-se despertar o desejo Dele, a nostalgia. Não mais do que
isso. Não se pode encerrar a vida em uma ideia. Por isso é possível ter Dele
mais facilmente o sentimento, ou o pressentimento, do que a ideia, porque a
ideia circunscreve a pessoa, enquanto que o sentimento revela a presença Dele,
deixando-a na sua totalidade e indeterminação. São Gregório Nisseno fala da
mais alta forma de conhecimento de Deus como de um “sentimento de presença”.
O divino é uma categoria
absolutamente diferente de qualquer outra, que não pode ser definida, mas
apenas insinuada; só se pode falar dele por analogias e opostos. Uma imagem que
na Bíblia nos fala assim de Deus é a da rocha. Poucos títulos bíblicos são
capazes de criar em nós um sentimento tão vivo de Deus – especialmente do que
Deus é para nós – como este do Deus-rocha. Procuremos, também nós, sugar, como
diz a Escritura, “mel da rocha” (cf. Dt 32,13).
Mais do que um simples título, rocha
aparece, na Bíblia, como uma espécie de nome pessoal de Deus, a ponto de ser
escrito, por vezes, com letra maiúscula. “Ele é a Rocha, e sua obra é perfeita”
(Dt 32,4); “O Senhor é uma rocha eterna” (Is 26,4). Mas como essa imagem não
nos inspira medo e reverência pela dureza e impenetrabilidade que evoca, eis
que a Bíblia acrescenta imediatamente uma outra verdade: ele é a “nossa” rocha,
a “minha” rocha. Ou seja, uma rocha para nós, não contra nós. “O Senhor é a
minha rocha” (Sl 18,3), a “rocha da minha defesa” (Sl 31,4), a “rocha da nossa salvação”
(Sl 95,1).
Os primeiros tradutores da Bíblia, os
Setenta, ficaram assustados perante uma imagem tão material de Deus que parecia
rebaixá-lo e sistematicamente substituíram o concreto “rocha” por abstrações,
como “força”, “refúgio”, “salvação”. Mas, com razão, todas as traduções
modernas devolveram a Deus o título original de rocha.
Rocha não é um título abstrato; não
diz apenas o que é Deus, mas também o que nós devemos ser. A rocha é feita para
ser escalada, para buscar refúgio, não só para ser contemplada de longe. A
rocha atrai, apaixona. Se Deus é rocha, o homem deve se tornar um “alpinista”.
Jesus dizia:
“Aprendam do dono da casa”; “Olhem os
pescadores”; São Thiago continua dizendo: “Olhem para os agricultores”. Nós
podemos acrescentar: “Olhem para os alpinistas!”. Se cai a noite ou vem uma
tempestade eles não cometem a imprudência de tentar descer, mas se agarram mais
ainda à rocha e esperam a tempestade passar.
A insistência da Bíblia no Deus-rocha
visa incutir confiança na criatura, afastando o medo do seu coração. “E por
isso não tememos se a terra vacila, se as montanhas se abalam no seio do mar;”
diz um salmo; e o motivo que dá é: “Nossa fortaleza é o Deus de Jacó” (Sl
46,3.8).
Deus existe
e isso basta!
O primeiro biógrafo de São Francisco
de Assis, Tomás de Celano, descreve um tempo de escuridão e quase de desespero
que o santo viveu no final de sua vida, por causa dos desvios que via em torno
a si sobre o estilo de vida primitivo dos seus frades.
Incomodado – escreve – pelos maus
exemplos, e tendo recorrido um dia, tão amargo, à oração, sentiu-se tratado
desta forma pelo Senhor: “Por que tu, pequeno homem, te perturbas? Talvez eu o
tenha designado pastor da minha Ordem de tal forma que esquecestes que eu
continuo sendo o patrono principal? […] Não te preocupes, portanto, mas esperes
a tua salvação, porque se a Ordem fosse reduzida a apenas três frades, minha
ajuda sempre permanecerá estável”.
O estudioso franciscano francês Pe.
Eloi Leclerc, que melhor do que todos ilustra esta fase conturbada da vida de
Francisco, diz que o santo foi, de tal forma, reconfortado pelas palavras de
Cristo que repetia para si mesmo uma exclamação: “Dieu est, et cela suffit”. “Francisco, Deus existe e isso basta!
Deus existe e isso basta!”.
Aprendamos, também nós, a repetir
estas simples palavras quando, na Igreja ou em nossa vida, nos encontramos em
situações semelhantes às de Francisco e muitas nuvens se dissiparão.
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