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Observação
inicial: Uso de instrumentos musicais
Desde o Glória
da Missa da Ceia do Senhor até o início da Vigília Pascal proíbe-se o uso de
instrumentos musicais, manifestando sobriedade ante a Paixão do Senhor. Podem
ser utilizados apenas para sustentar o canto (Cerimonial dos Bispos, n. 300).
A procissão de
entrada faz-se em silêncio (Missal Romano, p. 254). Omitem-se o Ato
Penitencial e o Glória.
1. Salmo: Sl
30,2.6.12-13.15-16.17.25 (R.: Lc 23,46)
Lecionário Dominical, pp. 159-160, 473-474,
787-788.
R. Ó Pai, em
tuas mãos eu entrego o meu espírito.
Senhor, eu ponho em vós minha esperança;
Que eu não fique envergonhado eternamente!
Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu
espírito,
Porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
Tornei-me o opróbrio do inimigo,
O desprezo e zombaria dos vizinhos,
E objeto de pavor para os amigos;
Fogem de mim os que me veem pela rua.
Os corações me esqueceram como um morto,
E tornei-me como um vaso espedaçado.
A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio,
E afirmo que só vós sois o meu Deus!
Eu entrego em vossas mãos o meu destino;
Libertai-me do inimigo e do opressor!
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo,
E salvai-me pela vossa compaixão!
Fortalecei os corações, tende coragem,
Todos vós que ao Senhor vos confiais!
2. Aclamação
ao Evangelho
Lecionário Dominical, pp. 160, 474, 788.
R. Glória e louvor a vós, ó Cristo.
Jesus Cristo se
tornou obediente,
Obediente até a
morte numa cruz.
Pelo que o
Senhor Deus o exaltou,
E deu-lhe um
nome muito acima de outro nome (Fl 2,8-9).
3.
Apresentação da Cruz
No rito da apresentação da Cruz,
utilizando-se uma das duas formas propostas no Missal (pp. 260-261), o
sacerdote ou diácono canta por três vezes a aclamação, seguida pela resposta do
povo:
Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a
salvação do mundo.
R. Vinde,
adoremos!
4. Adoração
da cruz
Durante a adoração da cruz, cantam-se os
hinos propostos no Missal (pp. 261-266) ou outros cantos adequados:
a) Lamentos
do Senhor, com o Trisagion como refrão (Missal, pp.
262-263):
Que te fiz meu povo eleito?
Dize em que te contristei!
Que mais podia ter feito,
Em que foi que eu te faltei?
R. Deus
santo, Deus forte, Deus imortal,
Tende piedade
de nós!
Eu te fiz sair do Egito,
Com maná te alimentei;
Preparei-te bela terra:
Tu, a cruz para o teu rei!
Bela vinha eu te plantara,
Tu plantaste a lança em mim;
Águas doces eu te dava,
Foste amargo até o fim!
Flagelei por ti o Egito,
Primogênitos matei;
Tu porém me flagelaste,
Entregaste o próprio Rei!
Eu te fiz sair do Egito,
Afoguei o Faraó;
Aos teus sumos sacerdotes
Entregaste-me sem dó!
Eu te abri o mar Vermelho,
Tu me abriste o coração;
A Pilatos me levaste,
Eu levei-te pela mão!
Pus maná no teu deserto,
Teu ódio me flagelou;
Fiz da pedra correr água,
O teu fel me saturou!
Cananeus por ti batera,
Bateu-me uma cana à toa;
Dei-te cetro e realeza,
Tu, de espinhos a coroa!
Só na cruz tu me exaltaste,
Quando em tudo te exaltei;
Por que à morte me entregaste?
Em que foi que eu te faltei?
b) Hino Cruz
Fiel (Missal, pp. 263-266):
R. Cruz fiel, árvore nobre, que flor e
fruto nos dais!
Árvore alguma se cobre das mesmas pompas
reais.
Lenho que o sangue recobre, ao Homem Deus
sustentais!
Cantemos hoje em
memória da luta que houve na cruz,
Este sinal da
vitória, que todo um povo conduz;
Nela, coberto de
glória, morrendo, vence Jesus!
O Criador,
apiedado da maldição que ocorreu
Quando, do lenho
vetado, Adão o fruto mordeu,
Para curar o
pecado um outro lenho escolheu.
Que um lenho ao
outro vencesse, com arte Deus decretou,
E a salvação nos
viesse pela cruz que ele abraçou,
De novo a vida
irrompesse onde o pecado brotou.
Quando, do tempo
sagrado, a plenitude chegou,
Pelo seu Pai
enviado, o Filho ao mundo baixou:
De um corpo a
Deus consagrado a nossa carne tomou.
Na manjedoura
ele chora, o rei eterno dos céus;
Enfaixa-o Nossa
Senhora, que pobres panos os seus!
Por frágeis
laços embora, cativo o corpo de Deus.
Já tendo o tempo
cumprido da sua vida mortal,
Só pelo amor
impelido, numa oblação sem igual,
Na dura cruz foi
erguido, nosso Cordeiro pascal!
Cravam-lhe os
cravos tão fundo, seu lado vão traspassar;
Já corre o
sangue fecundo, a água põe-se a brotar:
Estrelas, mar,
terra e mundo, a tudo podem lavar!
Inclina, ó
árvore, os ramos, acolhe o teu Criador;
Para o que em ti
nós pregamos, do tronco abranda o rigor:
Para o rei que
hoje adoramos sejas um leito de amor!
Só a ti isto foi
dado: ao Salvador sustentar
E a todos que
hão naufragado ao porto eterno levar,
Pois o Cordeiro,
imolado, quis o teu tronco sagrar.
Louvor e glória
ao Deus trino, fonte de luz, sumo bem.
Ao Pai e ao
Filho divino louvor eterno convém.
Ergamos todos um
hino ao que de ambos provém. Amém.
5. Comunhão
Pode-se cantar algum dos cantos tradicionais
de Semana Santa: “Prova de amor maior não há” ou “Eu vim para que todos tenham
vida”.
No final da
celebração, todos retiram-se em silêncio (Missal, p. 269).
Esta celebração não tem:
ResponderExcluir1 - ato penitencial, porque é o momento em que nossos pecados são redimidos
2 - Glória, que retorna na Vigília Pascal
3 - ofertório, porque Cristo se oferece na Cruz para nossa salvação
4 - Santo, porque não tem Oração Eucarística
5 - canto do Cordeiro, porque o Cordeiro de Deus está entregue na cruz, para tirar nossos pecados
6 - canto final, porque ela não terminou, continua na Vigília Pascal