segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Missas de Nossa Senhora: Visitação de Maria

3. Visitação da Bem-aventurada Virgem Maria
(Para o tempo do Advento)

Observação: Esta não é a Missa da Festa da Visitação de Nossa Senhora, celebrada no dia 31 de maio. Neste dia tomam-se as orações indicadas no Missal Romano (p. 585) e as leituras do Lecionário III, que em parte coincidem com as da Missa votiva.
A Missa descrita a seguir pode ser celebrada no Tempo do Advento, sobretudo antes do dia 16 de dezembro, contemplando o mistério da Visitação como forma de preparação para o Natal.

Introdução
Assim como no tempo do Advento a Igreja recorda a Anunciação, recorda também o episódio que é narrado por Lucas logo na sequência: a Visitação de Maria a Isabel. Este mistério é celebrado na Missa do dia 21 de dezembro e no IV Domingo do Advento no Ano C.
Com efeito, ao visitar Isabel, Maria é imagem do Deus que visita seu povo e da salvação que vem ao nosso encontro. Nesta liturgia, Maria é com razão chamada “arca da nova aliança”, pois porta em seu seio aquele que é a nova aliança, isto é, Jesus Cristo, o Verbo Encarnado.
Maria é também aqui modelo da Igreja, que guiada pelo Espírito Santo, é chamada a ir ao encontro de todos os povos, anunciando-lhes a salvação.

Antífona de entrada (Lc 1,68-70)
Bendito seja o Senhor, Deus de Israel,
Porque a seu povo visitou e libertou;
E fez surgir um poderoso Salvador,
Como falara pela boca de seus santos,
Os profetas desde os tempos mais antigos.

Oração do dia
Ó Deus, Salvador dos homens, que pela Virgem Maria, arca da nova aliança, levastes a salvação e a alegria à casa de Isabel, concede-nos que, obedecendo à inspiração do Espírito, possamos levar Cristo aos nossos irmãos, glorificando-vos com os nossos louvores e a santidade de nossa vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo...

Oração sobre as oferendas*
Nós vos pedimos, Senhor, que estes dons sejam santificados pelo mesmo Espírito que plasmou a Virgem Maria como nova criatura, (para que dela, inundada pelo orvalho celeste, nascesse o fruto da salvação, Jesus Cristo, vosso Filho). Que vive e reina para sempre.

Prefácio
Na verdade, ó Pai, Deus eterno e todo-poderoso, é nosso dever dar-vos graças, é nossa salvação dar-vos glória, em todo tempo e lugar. Pelas palavras proféticas de Isabel, inspiradas pelo Espírito Santo, Vós nos manifestastes a sublime grandeza da Virgem Maria. Pela sua fé na salvação prometida ela é saudada como a bendita entre todas as mulheres, e pelo seu caridoso serviço é reconhecida pela mãe do Precursor como a Mãe do seu Senhor. Por isso, ao cântico da Virgem Mãe de Deus nos unimos e glorificamos humildemente a vossa majestade, em comunhão com todos os Anjos e Santos, cantando (dizendo) sem cessar...

Antífona de Comunhão (Lc 1,48)
O Senhor viu a pequenez de sua serva,
Eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita.

Oração após a Comunhão**
A vossa Igreja, Senhor, fortalecida pelos divinos sacramentos e cheia do Espírito Santo, sem demora caminhe alegre ao encontro de todos os povos, a fim de que ouvindo a sua palavra salvadora, exultem pela redenção já realizada e reconheçam o Cristo como Salvador de todas as nações. Que vive e reina para sempre.

Leitura: Sf 3,14-18a (“O Senhor está no meio de ti”) ou Ct 2,8-14 (“O meu amado vem”)
Salmo: Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R: v. 6b)
Evangelho: Lc 1,39-56 (Visitação e Magnificat)

*Na oração sobre as oferendas falta uma frase, que apresentamos entre parênteses, tomando-a da primeira edição da Coletânea (1987). Sem esta frase, a oração fica sem sentido. Além disso, a Coletânea apresenta a conclusão “Que é Deus convosco, na unidade do Espírito Santo”, própria das coletas. O correto seria “Que vive e reina para sempre”, como indica a IGMR, n. 77.

**Na oração após a Comunhão a Coletânea propõe a conclusão “Que é Deus convosco, na unidade do Espírito Santo”. Porém, esta é própria das coletas. Aqui o correto seria “Que vive e reina para sempre”, como indica a IGMR, n. 89.

Visitação (Luca della Robbia - séc. XV)

Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 22-25.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 41-43.

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