9. Bem-aventurada Virgem Maria em Caná
(Para o tempo do Natal)
Introdução
O milagre de
Jesus nas bodas de Caná, referido pelo evangelista João como “o início dos
sinais de Jesus” (Jo 2,11), pertence ao ciclo das festas epifânicas, isto é, da
manifestação do Senhor. Como diz a antífona do Magnificat nas Vésperas da
Epifania: “Celebramos neste dia três mistérios: hoje a estrela guia os magos ao
presépio; hoje a água se faz vinho para as bodas; hoje Cristo no Jordão é
batizado para salvar-nos. Aleluia, aleluia” (LH, v. I, p. 519).
Além disso, no
II Domingo do Tempo Comum do Ano C se recorda o episódio de Caná. Portanto,
esta Missa pode celebrar-se entre a Solenidade da Epifania e o II Domingo do
Tempo Comum, sobretudo nos anos em que não se lê esse texto (anos A e B).
Nesta Missa
celebra-se de maneira especial a intercessão da Virgem Maria, não apenas em
favor dos esposos e dos discípulos (pois o milagre lhes suscita a fé), mas de
todos nós, pois ela é contínua intercessora em nosso favor.
Ao mesmo tempo,
esta celebração é uma exortação à Igreja a “fazer o que Jesus disser”,
unindo-se sempre ao mistério de sua Paixão, prefigurada por este milagre.
Antífona de entrada (Jo 2, 1.11)
Celebrou-se um
casamento em Caná da Galileia
e estava lá a
Mãe de Jesus.
Cristo mostrou
sua glória e seus discípulos creram nele.
Oração do dia
Senhor, Pai
santo, que na vossa admirável providência quisestes que a Santa Virgem Maria
cooperasse nos mistérios da nossa salvação, concedei, nós vos pedimos, que
obedientes às palavras da Mãe de Jesus, façamos o que vosso Filho nos mandou no
Evangelho. Ele que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas*
Recebei, Senhor,
estes dons que alegremente vos apresentamos e transformai-os no Corpo e Sangue
de Jesus Cristo, vosso Filho, que a pedido de sua Mãe mudou a água em vinho e
prenunciou a hora de sua Paixão gloriosa. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio
Na verdade, ó
Pai, Deus eterno e todo-poderoso, é nosso dever dar-vos graças, é nossa
salvação dar-vos glória, em todo o tempo e lugar, ao celebrarmos a memória da
gloriosa sempre Virgem Maria. Ela, solícita pelos esposos, roga ao Filho e
manda aos serventes executar as ordens dele. As talhas se tingem de vinho e os
convivas se alegram naquele banquete nupcial, que simboliza o que Cristo
oferece cada dia a sua Igreja. Por esse sinal maravilhoso se anuncia os tempos
messiânicos, se prediz a efusão do Espírito de santidade de antemão se assinala
a hora misteriosa em que Cristo se adornará com a púrpura da Paixão e dará sua
vida na cruz pela Igreja, sua Esposa. Por Ele, a multidão dos anjos adora vossa
majestade alegrando-se eternamente na vossa presença. A eles pedimos associeis
as nossas vozes, para juntos cantarmos (dizermos) a uma só voz:
Antífona de Comunhão
Bendita sejas
tu, Virgem Maria,
por ti realizou
teu Filho o primeiro dos seus milagres;
por ti o Esposo
preparou o vinho para sua Esposa;
por ti, os
discípulos acreditaram no Mestre.
Oração após a Comunhão*
Senhor, que nos
alimentastes nesta mesa santa com o Corpo e Sangue do vosso Filho, concedei-nos
que seguindo o exemplo da Virgem Maria, comunguemos com as necessidades da
Igreja, preparando pela união dos corações a vinda do vosso Reino. Por Cristo,
nosso Senhor.
Leitura: Ex 9,3-8a (“Faremos tudo o que
o Senhor disse”)
Salmo: Sl 118,1-2.10-11.12.14.15-16 (R:
v. 1)
Evangelho: Jo 2,1-11 (As bodas de Caná)
*Nas orações sobre as oferendas e após a
Comunhão a Coletânea apresenta a conclusão “Por nosso Senhor Jesus Cristo...”.
Porém, esta conclusão é própria das coletas. Aqui o correto é utilizar “Por
Cristo, nosso Senhor”, como indica a IGMR, nn. 77 e 89.
Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora.
Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 46-48.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB:
Brasília, 2016, pp. 67-70.
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