quinta-feira, 4 de julho de 2019

O sacerdote no Ofertório da Missa

Continuando nossas postagens da série sobre o sacerdote e a Celebração Eucarística, a partir dos textos divulgados pela Santa Sé durante o Ano Sacerdotal (2009-2010), segue o quarto texto, refletindo sobre o Ofertório da Missa:

Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice
O sacerdote no Ofertório da Missa

«Na Igreja antiga existia o costume de que o Bispo ou o sacerdote depois da homilia exortasse os fiéis exclamando: “Conversi ad Dominum” - “Voltai-vos para o Senhor”. Isto significava antes de tudo que eles se voltavam para o oriente, na direção da qual surge o sol como sinal do Cristo que retorna, ao encontro do qual vamos na Celebração Eucarística. Onde por qualquer razão isto não era possível, eles voltavam o olhar à imagem de Cristo na abside ou à cruz, a fim de orientar-se para o Senhor. Porque, em definitivo, se tratava deste gesto interior: da conversio, do dirigir a nossa alma para Jesus Cristo e, deste modo, para o Deus vivente, para a luz verdadeira» [1]. Estas palavras do Papa Bento XVI nos permitem introduzir o tema que agora nos interessa: «O sacerdote no Ofertório da Santa Missa».

Terminada a Liturgia da Palavra, entramos na Liturgia Eucarística. Como bem sabemos, as duas partes da Missa «são estritamente unidas entre si e formam um único ato de culto» [2]. Por isso, a oblatio donorum (oblação dos dons), ou apresentação das oferendas, primeiro gesto que o sacerdote, representando Cristo Senhor, realiza na Liturgia Eucarística [3], não é simplesmente um “intervalo” entre esta e a Liturgia da Palavra, mas constitui um ponto de união entre estas duas partes estritamente conexas para formar, sem confundir-se, um único rito. De fato, a Palavra de Deus, que a Igreja lê e proclama na Liturgia, conduz à Eucaristia.

A Liturgia da Palavra é um verdadeiro discurso, que espera e exige uma resposta. Essa possui um caráter de proclamação e de diálogo: Deus que fala ao seu povo e este que responde e faz sua a Palavra divina por meio do silêncio e do canto; que adere a ela professando a própria fé na professio fidei e que, pleno de confiança se apresenta com seus pedidos ao Senhor [4]. Por consequência, o recíproco dirigir-se de quem proclama ao que escuta, e vice-versa, implica que seja razoável que se ponham um de frente ao outro [5].

Todavia, quando o sacerdote deixa o ambão ou a sede para dirigir-se ao altar - centro de toda a Liturgia Eucarística [6] - nos preparamos de modo mais imediato à oração comum que o sacerdote e os fiéis dirigem ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo [7]. Nesta parte da celebração, o sacerdote fala ao povo unicamente do altar [8], dado que a ação sacrifical que tem lugar na Liturgia Eucarística não se dirige principalmente à comunidade. De fato, a orientação espiritual e interior de todos, do sacerdote - como representante de toda a Igreja - e dos fiéis, é versus Deum per Iesum Christum. Deste modo, compreendemos melhor a exclamação da Igreja antiga: Conversi ad Dominum. «Sacerdote e fiéis certamente não rezam um em direção ao outro, mas em direção ao único Senhor. Portanto, durante a oração olham na mesma direção, para uma imagem de Cristo na abside, ou para uma cruz, ou simplesmente para o céu, como fez o Senhor na oração sacerdotal na noite antes de sua Paixão» [9].


oblatio donorum, ou seja, o Ofertório ou apresentação dos dons, prepara o sacrifício. No início se tratava de uma simples preparação exterior do centro e vértice de toda a celebração, que é a Oração Eucarística. Assim se vê no testemunho de Justino [10], ou no desenvolvimento mais elaborado que apresenta o Ordo Romanus I já no século VII. De toda forma, limitar-se a considerar a oferta dos fiéis, nestes primeiros séculos, a partir apenas da simples aparência externa preparatória, significaria esvaziar o seu significado ideal e concreto [11].

Na realidade, muito cedo se entendeu este gesto material de modo muito mais profundo. Tal preparação não será concebida unicamente como uma ação exterior necessária, mas sim como um processo essencialmente interior. Por isto se relacionou com o gesto do pai de família judaico que eleva o pão em direção a Deus, para recebê-lo de novo d’Ele, renovado. Em um segundo momento, entendido de forma mais profunda, este gesto se associa com a preparação que Israel faz de si mesmo para apresentar-se diante do seu Senhor. Deste modo, o gesto externo de preparar os dons se compreenderá sempre mais como preparar-se interiormente diante da proximidade do Senhor, que busca os cristãos nas suas ofertas. Em realidade, «se torna manifesto que o verdadeiro dom do sacrifício conforme a Palavra somos nós, ou ao menos deveríamos chegar a sê-lo, com a participação no ato com o qual Jesus Cristo oferece a si mesmo ao Pai» [12].

Este aprofundamento do gesto da apresentação dos dons resulta uma consequência lógica da mesma forma externa que apresenta a Santa Missa [13]. O seu elemento primordial, o novum radical que Jesus insere na ceia sacrifical judaica, é precisamente a «Eucaristia», isto é, o fato de que seja uma oração memorial de ação de graças. Esta oratio – a solene Oração Eucarística – é qualquer coisa a mais que uma série de palavras: é actio divina que se realiza através do discurso humano. Por meio dela, os elementos da terra são transubstanciados, arrancados, por assim dizer, do seu enraizamento criatural, assumidos no fundamento mais profundo do próprio ser e transformados no Corpo e Sangue do Senhor. Nós mesmos, participando desta ação, somos transformados e nos convertemos no verdadeiro Corpo de Cristo.

Compreende-se, assim, que «o memorial da sua total doação não consiste na repetição da Última Ceia, mas propriamente na Eucaristia, ou seja, na novidade radical do culto cristão. Jesus nos confiou assim a missão de participar em sua hora. A Eucaristia nos insere no ato oblativo de Jesus. Nós recebemos o Logos apenas de modo passivo; mas somos envolvidos na dinâmica da sua doação. Ele nos atrai para si» [14].

É Deus mesmo aquele que atua na Oração Eucarística e nós nos sentimos atraídos a esta ação de Deus [15]. Neste caminho, que inicia com a apresentação dos dons, o sacerdote exercita uma função de mediação, como sucede no Cânon ou no momento da Comunhão. Se bem que com a atual procissão das oferendas seja sobretudo evidenciado o papel dos fiéis, permanece sempre a mediação sacerdotal, porque é o sacerdote que recebe as ofertas e as depõe sobre o altar [16].

Neste percurso rumo a oratio, que comporta a oferta de si mesmo, as ações externas são secundárias. Diante da oratio, o agir humano passa a segundo plano. Essencial é a ação de Deus, que através da Oração Eucarística quer transformar a nós mesmos e ao mundo. Por este motivo, é lógico que à Oração Eucarística nos aproximemos em silêncio e rezando. E é uma obrigação que, ao processo exterior da apresentação dos dons, corresponda um processo interior: «A preparação de nós mesmos; nos colocamos a caminho, nos apresentamos ao Senhor: peçamos-Lhe que nos prepara para a transformação. O silêncio comum é, portanto, oração comum, e também ação comum; é colocar-se a caminho do âmbito da nossa vida quotidiana rumo ao Senhor, para fazermo-nos seus contemporâneos» [17].

Portanto, o momento da oblatio donorum, «gesto humilde e simples, tem um significado muito grande: no pão e no vinho que levamos ao altar toda a criação é assumida por Cristo redentor para ser transformada e apresentada ao Pai» [18]. É o que podemos chamar o caráter cósmico e universal da Celebração Eucarística. O ofertório prepara a celebração e nos insere no «mysterium fidei que se realiza na Eucaristia: o mundo nascido das mãos de Deus criador retorna para Ele redimido por Cristo» [19].

Não é outro o significado do gesto da elevação dos dons e das orações que o acompanham: «Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão (pelo vinho) que recebemos de vossa bondade, fruto da terra (da videira) e do trabalho humano, que agora vos apresentamos e para nós vai se tornar o pão da vida (o vinho da salvação)». O conteúdo destas orações está relacionado com as orações que os hebreus recitavam à mesa. Orações que, na forma de bênçãos, têm como ponto de referência a Páscoa de Israel e são pensadas, declamadas e experimentadas pensando nela. Isto supõe que foram escolhidas como antecipações silenciosas do mistério pascal de Jesus Cristo. Por isto, a preparação e a realidade definitiva do sacrifício de Cristo se compenetram nestas palavras.

Por outro lado, «levamos ao altar também os sofrimentos e as dores do mundo, conscientes que tudo é precioso aos olhos de Deus» [20]. Na realidade, «o celebrante, enquanto ministro do sacrifício, é o autêntico sacerdote, que leva a cumprimento - em virtude do poder específico da sagrada ordenação - o verdadeiro ato sacrifical que conduz de novo todos os seres a Deus. Ao contrário, aqueles que participam da Eucaristia, sem sacrificar como ele, oferecem junto com ele, em virtude do seu sacerdócio comum, os próprios sacrifícios espirituais, representados pelo pão e o vinho, no momento da sua preparação sobre o altar» [21].

O pão e o vinho tornam-se, em certo sentido, símbolo de tudo aquilo que a assembleia eucarística enquanto tal leva em oferta a Deus e que oferece em espírito. Esta é a força e o significado espiritual da apresentação dos dons [22]. Nesta linha se compreende a incensação dos dons colocados sobre o altar, da cruz e do próprio altar, que significa a oblação da Igreja e a sua oração, que sobem como incenso à presença de Deus [23].

«Se compreende agora melhor porque a Liturgia Eucarística, com o seu valor de apresentação e de oferta da criação e de nós mesmos a Deus, iniciasse, na Igreja antiga, com a aclamação Conversi ad Dominum. Devemos sempre afastar-nos dos maus caminhos aos quais tantas vezes nos dirigimos com os nossos pensamentos e as nossas ações. Devemos, ao invés, sempre dirigir-nos a Ele. Devemos ser sempre convertidos, com a nossa vida inteira voltada para Deus» [24].

Este caminho de conversão, que deve ser mais intenso e imediato no momento prévio à Oração Eucarística, deveria ser orientado em primeiro lugar pela cruz. Uma proposta para atuar assim nos assinala Bento XVI: «Não proceder a novas transformações, mas dispor simplesmente a cruz ao centro do altar, em direção à qual possam olhar juntos o sacerdote e os fiéis, para deixar-se guiar assim ao Senhor, ao qual todos juntos rezamos» [25].

Por outro lado, o gesto da apresentação dos dons e a atitude com a qual se realiza, estimulam o desejo de conversão e de oblação de si mesmo. São diversos os gestos e as palavras que têm como finalidade a realização deste objetivo. Vejamos brevemente dois deles.

a) A oração «In spiritu humilitatis...» [26]. Esta fórmula entrou nos livros litúrgicos da França no século IX. Aparece pela primeira vez no Sacramentário de Amiens, na parte ofertorial [27]. Na Liturgia romana a encontramos já no Ordo da Cúria e dali passou ao Missal de São Pio V.

Como assinala Lodi, antes de iniciar o texto da grande Oração Eucarística (o Cânon Romano), que deve ser recitado fielmente e no qual as intenções pessoais são mais dificilmente exprimíveis, encontramos esta oração que permite ao celebrante exprimir os seus sentimentos. Ao mesmo tempo, por meio da Palavra bíblica que inspira toda esta oração, se exprime o senso último de toda oblação exterior: o dom do coração acompanhado da disposição interior ao sacrifício pessoal [28].

Notamos que a articulação plural (sacrificium nostrum...) parece indicar, uma vez mais, que o sacerdote celebrante a pronuncia em seu nome e do povo. O fato que ela seja pronunciada em segredo pelo sacerdote não nos parece razão suficiente para classificá-la como uma oração privada. Com efeito, as próprias orações de apresentação dos dons podem ser pronunciadas em voz alta ou em segredo e em nenhum caso se consideram como privadas.

O silêncio que se produz neste momento da oração da apologia e a posição do sacerdote - profundamente inclinado -, que manifesta uma clara índole penitencial, facilitam aos presentes à celebração penetrar nas coisas invisíveis e acentuam a ideia da necessidade da penitência e da humildade no encontrar-se com Deus. Humildade e reverência diante dos santos mistérios: atitudes que revelam a substância mesma de qualquer Liturgia [29].

b) O lavabo [30]. O lavabo na Missa por parte do presbítero não representa uma tradição universal (na Itália e na Espanha não o encontramos praticamente até o século XV, enquanto na França foi introduzido a partir dos Ordines que chegaram de Roma no século IX [31]). Em Roma ele tinha uma função unicamente prática, se bem que mais tarde adquira também um valor simbólico [32].

Atualmente, o lavabo é uma ação puramente simbólica, como se deduz da fórmula empregada, assim como do fato que, em geral, se lavam unicamente as pontas dos dedos indicador e polegar - aqueles que tocarão a sagrada hóstia. Podemos dizer que o rito exprime o desejo de purificação interior [33]. Por isso alguns haviam proposto e continuam a propor a supressão deste rito. Não partilhamos desta ideia, porque pensamos que tem um claro valor catequético e, além disso, representa um renovado ato penitencial para o sacerdote, que naquele momento se dispõe à ação eucarística e se prepara para ela. Ao mesmo tempo, como nota Lodi [34], a fórmula que acompanha o gesto do lavabo das mãos é presente já na antiguidade cristã como uso solene, praticado antes que o sacerdote se recolha em oração, como testemunhado por Tertuliano [35] e pela Traditio Apostolica [36].

O sacerdote conclui a apresentação dos dons dirigindo-se aos fiéis e pedindo-lhes que rezem a fim de que «o meu e vosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso».  «Estas palavras têm valor de compromisso enquanto exprimem o caráter de toda a Liturgia Eucarística e a plenitude do seu conteúdo tanto divino quanto eclesial» [37]. O mesmo pode ser dito da resposta dos fiéis: «Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para o nosso bem e de toda a santa Igreja». Resulta assim lógico que «a consciência do ato de apresentar as oferta deveria ser mantida durante toda a Missa» [38], porque os fiéis devem aprender a oferecer a si mesmos no ato de oferecer a hóstia imaculada, não apenas através das mãos do sacerdote, mas também junto com ele [39].


Notas
[1] Bento XVI, Homilia na Vigília Pascal, 22.03.2008.
[2] Institutio Generalis Missalis Romani (IGMR), n. 28; cf. Vaticano II, Sacrosanctum Concilium, n. 56.
[3] cf. IGMR, nn. 72-73.
[4] cf. ibid., n. 55.
[5] cf. J. Ratzinger. El espíritu de la liturgia. Una introducción, p. 102.
[6] cf. IGMR, n. 73.
[7] cf. ibid., n. 78.
[8] cf. «Pregare “ad Orientem versus”», Notitiae 322, vol. 29 (1993), p. 249.
[9] J. Ratzinger / Bento XVI. Gesammelte Schriften. Apresentação do vol. XI: Theologie der Liturgie.
[10] cf. Justino. I Apologia, 65ss.
[11] cf. V. Raffa. «Oblazione dei fedeli», inLiturgia eucaristica. Mistagogia della Messa: Dalla storia e dalla teologia alla pastorale pratica. CLV-Edizioni Liturgiche: Roma, 2003, p. 405.
[12] J. Ratzinger. El espíritu de la liturgia. Una introducción, p. 237.
[13] cf. J. Ratzinger. «Forma y contenido de la celebración eucarística», inLa fiesta de la fe, pp. 43-66.
[14] Bento XVI, Sacramentum caritatis, n. 11.
[15] «A grandeza da obra de Cristo consiste precisamente no fato de que Ele não permanece isolado e separado diante de nós, que não nos deixa em uma simples passividade; não apenas nos suporta, mas nos porta, se identifica conosco, de modo que a Ele pertençam os nossos pecados, a nós o seu ser: Ele nos acolhe realmente, para que nos tornemos ativos com Ele e a partir d’Ele, atuemos com Ele e participemos do seu sacrifício, compartilhando o seu mistério. Assim também nossa vida e nosso sofrimento, nossa esperança e nosso amor se tornam fecundos no novo coração que Ele nos deu» (J. Ratzinger, Il Dio vicino, pp. 47-48).
[16] cf. IGMR, n. 73.
[17] J. Ratzinger. El espíritu de la liturgia. Una introducción, p. 236.
[18] Bento XVI, Sacramentum caritatis, n. 47.
[19] João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, n. 8. «Se explique a coisa como se explique, objetivamente falando não parece poder-se negar a efetiva implicação já atual na ação e no movimento, que diríamos de natura oblativa (offerimus), da terra, do homem e da sua atividade criativa, obviamente não como objeto absoluto fechado em si mesmo e concluído definitivamente no momento, mas dinâmico, aberto a uma conversão e dirigido a um objetivo futuro em si mesmo, mas já presente na mente e no coração. O sacrifício ritual certamente se representará apenas na Oração Eucarística. Todavia, não será como um evento que emerge do nada. Será, ao contrário, o cume de uma ascensão vivida interiormente e dirigida completamente a ele» (V. Raffa, Liturgia Eucaristica. Mistagogia della Messa: Dalla storia e dalla teologia alla pastorale pratica, p. 415).
[20] Bento XVI, Sacramentum caritatis, n. 47.
[21] João Paulo II, Dominicae Cenae (24.02.1980), n. 9.
[22] cf. IGMR, n. 73.
[23] cf. ibid., 75.
[24] Bento XVI, Homilia na Vigília Pascal, 22.03.2008.
[25] J. Ratzinger / Benedetto XVI, Gesammelte Schriften, Apresentação ao vol. XI: Theologie der Liturgie.
[26] cf. J. Jungmann, El sacrificio eucarístico, II, nn. 52, 58, 60, 105; M. Righetti, Historia de la Liturgia, II, p. 292.
[27] cf. P. Tirot, «Histoire des prières d'offertoire dans la liturgie romaine du VIIe au XVIe siècle», Ephemerides Liturgicae 98 (1984), p. 169.
[28] cf. E. Lodi, «Les prières privées du prêtre dans le déroulement de la messe romain», inL'Eucharistie: Célebrations, rites, piétés. BEL Subsidia 79. CLV-Edizioni Liturgiche: Roma, 1995, p. 246.
[29] cf. João Paulo II, Mensagem à Assembleia Plenária da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (21.09.2001).
[30] cf. J. Jungmann, El sacrificio eucarístico, nn. 83-84; M. Righetti, Historia de la Liturgia, II, pp. 282-284.
[31] cf. P. Tirot, «Histoire des prières d'offertoire dans la liturgie romaine du VIIe au XVIe siècle», pp. 174-177.
[32] Convém não esquecer que uma ablução simbólica se encontra desde tempos muito antigos na Liturgia da Missa no Oriente. Ela é atestada já na Catequese Mistagógica atribuída a São Cirilo de Jerusalém, morto em 387 (cf. Catechesi mistagogiche, V, 2: ed. A. Piédagnel, SCh 126, 146-148) e também, entre o V e o VI séculos, no Pseudo-Dionísio (cf. Ecclesiastica Hierarchia, III, 3, 10: PG 3, 437D-440AB).
[33] IGMR, n. 76: «Deinde sacerdos manus lavat ad latus altaris, quo rito desiderium internae purificationis exprimitur».
[34] cf. E. Lodi, «Les prières privées du prêtre dans le déroulement de la messe romain», p. 246.
[35] cf. Tertuliano, De oratione, III: CSEL 20, 188.
[36] cfTraditio Apostolica, 41, SCh 22bis, 125.
[37] João Paulo II, Dominicae Cenae, n. 9.
[38] ibid.
[39] cf. Vaticano II, Sacrosanctum Concilium, n. 48.

Tradução livre nossa a partir do texto italiano.

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