O Colégio dos Cardeais, responsável pela eleição de um novo
Papa, é o “herdeiro espiritual” daqueles que tinham esta responsabilidade no
início da Igreja: os diáconos e presbíteros da Diocese de Roma e os Bispos das
Dioceses vizinhas (chamadas suburbicárias).
Na prática, todos os Cardeais são Bispos (salvo raras
exceções de Cardeais que são presbíteros), mas dentro do Colégio Cardinalício
há três ordens, que indicam diferentes responsabilidades na Igreja: os Cardeais
Diáconos são os colaboradores do Papa na Cúria Romana e os Cardeais Presbíteros
são, geralmente, os que estão à frente das dioceses.
Quanto aos Cardeais Bispos, são um grupo mais restrito, historicamente
formado por 6 Cardeais do rito romano, que recebem cada um o título de uma das
antigas dioceses vizinhas de Roma (dioceses suburbicárias), e os Patriarcas
Orientais criados Cardeais. Os Cardeais Bispos possuem a precedência sobre os
demais Cardeais, cabendo a eles algumas funções específicas, como, por exemplo,
a presidência do conclave.
Em 26 de junho de 2018 o Papa Francisco publicou um decreto elevando quatro Cardeais à Ordem dos Bispos. Estes não receberam o título de
uma diocese suburbicária, mantendo seus atuais títulos.
Hoje, 01 de maio de 2020, o Santo Padre elevou dois Cardeais
à Ordem dos Bispos:
Cardeal Beniamino
Stella, Prefeito da Congregação para o Clero, a quem foi confiado o título da
Igreja Suburbicária de Porto-Santa Rufina (vacante desde a morte do Cardeal Etchegaray)
Cardeal Luis Antonio Tagle, Prefeito da Congregação para a
Evangelização dos Povos, que mantém o seu título (São Félix de Cantalice in Centocelle).
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