10. Santa Maria, Discípula do Senhor
(Para o tempo da Quaresma)
Introdução
Durante o tempo
da Quaresma, os cristãos são chamados a recordar a graça que receberam no
Batismo através da escuta frequente da Palavra de Deus e da oração (cf. Sacrosanctum Concilium, n. 109). Em uma
palavra, a Quaresma é o tempo por excelência para renovarmos nosso identidade
de discípulos de Cristo.
Portanto, a
celebração da Virgem Maria na Quaresma recorda que ela é modelo de discípula
que guarda fielmente a Palavra da vida, como reza a coleta. Maria não foi
apenas Mãe de Cristo, mas também sua “primeira e perfeitíssima discípula”
(Paulo VI, Exortação Marialis Cultus,
n. 35). Nas palavras de Santo Agostinho, “valeu mais a Maria ter sido discípula
de Cristo do que Mãe de Cristo” (Sermão 25).
As orações e
leituras da Missa destacam a centralidade da Palavra de Deus na vida de Maria e
na vida dos discípulo. Pede-se reiteradas vezes a Deus a graça de acolher
sempre a sua Palavra, ao mesmo tempo em que se exorta aos fiéis colocá-la em
prática, à exemplo de Maria.
Embora a Introdução não indique, é razoável supor
que, de maneira análoga à Missa de Santa Maria de Nazaré, este formulário possa
celebrar-se também no Tempo Comum, recordando a identidade de Maria como
discípula e ouvinte da Palavra de Deus.
Antífona de entrada
Bendita és tu
Maria, que, ao receberes o anúncio do anjo,
Te tornaste Mãe
do verbo divino!
Bendita és tu
que, meditando em silêncio as palavras celestes,
Te tornaste
discípula do Verbo divino!
Oração do dia
Senhor nosso
Deus, que na santíssima Virgem Maria nos destes o modelo do discípulo que
guarda fielmente a Palavra da vida. Abri, vos pedimos, nossos corações para
receber a Palavra da salvação. Que pelo poder do Espírito Santo, ela ressoe
cada dia em nós e produza abundantes frutos em nossa vida. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas*
Olhai propício,
Senhor, para os dons que vos apresentamos com alegria em memória da santíssima
Virgem, mãe e discípula do vosso Filho. Concedei que alcancemos por ela a graça
e a sabedoria que por nossas forças não podemos alcançar. Por Cristo, nosso
Senhor.
Prefácio
Na verdade, Pai
santo, Deus eterno e todo-poderoso, é nosso dever dar-vos graças, é nossa
salvação dar-vos glória, por Cristo Senhor nosso. A sua Mãe, a gloriosa Virgem
Maria, com razão é proclamada bem-aventurada, porque concebeu o vosso Filho em
seu seio imaculado. Mas, com maior razão é proclamada ditosa, porque,
tornando-se discípula do Verbo encarnado, buscou sempre a vossa vontade e a
cumpriu fielmente. Por isso, com a multidão dos anjos, proclamamos a vossa
glória, dizendo (cantando) a uma só voz:
Antífona de Comunhão (Lc 11,28)
Felizes os que
ouvem a Palavra de Deus
e a põem em
prática.
Oração após a Comunhão*
Senhor, que nos encheis
de alegria com os vossos sacramentos, humildemente vos pedimos que, seguindo os
exemplos da santíssima Virgem, sejamos verdadeiros discípulos de Cristo que
ouvem solícitos sua Palavra e fielmente a põem em prática. Por Cristo, nosso
Senhor.
Leitura: Eclo 51,13-22 (“Procurei
abertamente a sabedoria”)
Salmo: Sl 118,8-9.10-11.15 (R: Jo 6,63)
Evangelho: Lc 2,41-52 (“Sua mãe
conservava no coração todas estas coisas”) ou Mt 12,46-50 (“Todo aquele que faz
a vontade do Pai”)
*Nas orações sobre as oferendas e após a
Comunhão a Coletânea apresenta a conclusão “Por nosso Senhor Jesus Cristo...”.
Porém, esta conclusão é própria das coletas. Aqui o correto é utilizar “Por
Cristo, nosso Senhor”, como indica a IGMR, nn. 77 e 89.
Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora.
Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 50-53.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 73-75.
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