“A Verdade manifestada
é o amor; o amor realizado é a Beleza” (Pavel Florenskij)
No mês de fevereiro apresentamos como sugestão de leitura a
obra “Projetar o espaço sagrado: O que é e como se constrói uma igreja”, de autoria do Padre Fernando López Arias.
Neste mês vamos apresentar a segunda obra sobre arquitetura
e arte litúrgica publicada pelas Edições CNBB em 2019: trata-se do livro “A
arte como expressão da vida litúrgica”, do Padre Marko Ivan Rupnik.
Na verdade este livro é a transcrição de sete conferências
que o Padre Rupnik proferiu durante o 11º Encontro Nacional de Arquitetura e
Arte Sacra (ENAAS), promovido pelo Setor Espaço Litúrgico da Comissão Episcopal
para a Liturgia da CNBB. Este encontro ocorreu de 19 a 23 de setembro de 2017
em Curitiba (PR).
O Padre Marko Rupnik, famoso por seus mosaicos, seguiu uma
abordagem histórica sobre a arte litúrgica, a fim de “aprender as inspirações e
evitar as tentações” dos diferentes períodos históricos. Complementam o livro
mais de 100 ilustrações de diversas obras de arte de todo o mundo.
Na sequência apresentamos brevemente cada um dos sete
capítulos-conferências:
1. Origens da arte
cristã: A arte como expressão da vida litúrgica (pp. 13-51)
Partindo da distinção entre a “grande arte”, que expressa a
visão de um povo, e a “decadência da arte”, que retrata a visão do indivíduo, o
autor apresenta três níveis de arte, inspirados nas três palavras usadas no
Novo Testamento para “vida”: bios, psiché e zoé. Esta última é a arte autenticamente litúrgica, fruto do
encontro com Deus.
2. Símbolo: o lugar
do encontro (pp. 53-81)
Neste segundo capítulo o autor reflete sobre o símbolo como
lugar do encontro, da relação, do amor, trazendo alguns exemplos da arte e da
arquitetura litúrgicas.
3. O edifício
cristão: O Corpo de Cristo como modelo perfeito pra a arquitetura litúrgica
(pp. 83-104)
Aqui o autor reflete sobre o fundamento para a construção do
templo cristão: o duplo movimento do divino que acolhe o humano e o humano que
é trazido pelo Filho. Segundo o Padre Rupnik, “nós precisamos de igrejas na
medida da Igreja”.
4. A crise na
arquitetura e na arte litúrgica (pp.
105-137)
O autor introduz neste capítulo o tema da crise na
arquitetura e na arte litúrgicas, que tiveram início com o Renascimento, com a
idealização do indivíduo.
5. Renascimento,
barroco e modernidade: Análise da arte e da arquitetura sacras (pp. 139-167)
Na sequência do capítulo anterior, aqui Padre Marko Rupnik
analisa a arte do Renascimento (particularmente a Capela Sistina), do Barroco e
da modernidade como expressões da crise subjetivista, individualista.
6. Época crítica e
época orgânica: A história e seus ciclos (pp. 169-198)
Para refletir sobre o momento histórico atual e o futuro, o
autor apresenta dois períodos que se seguem na história: a “época orgânica”,
centrada na vida, e a “época crítica”, com o primado da técnica.
7. A Eucaristia como
modelo para a arquitetura e para a vida (pp.
199-214)
Por fim, Padre Rupnik apresenta a Eucaristia (e em um
sentido mais amplo a Liturgia) como modelo tanto para a arte quanto para a
vida, em sua dimensão de comunhão, de relação e também escatológica.
Para adquirir o livro,
clique aqui para acessar o site das Edições CNBB.
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