32. Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe e
mestra espiritual
(Para o Tempo Comum)
Introdução
Os irmãos e
irmãs carmelitas veneram principalmente a Virgem Maria sob o título do “Monte
Carmelo” (Nossa Senhora do Carmo). Porém, meditando o mistério todo de Maria,
sobretudo sua atitude de contemplação, de oração, de recolhimento, sempre a
veneraram igualmente como “Mãe e Mestra Espiritual”. Este formulário, portanto,
é tomado do Próprio dos Irmãos Descalços da Ordem da Beatíssima Virgem Maria do
Monte Carmelo (Carmelitas Descalços). Notem-se as referências ao “monte” na
antífona de entrada e na Coleta.
A Virgem Maria é
celebrada como Mãe e Mestra Espiritual porque foi a perfeita discípula de
Cristo e, com seu exemplo, atrai os seus filhos à perfeita caridade. Ela é a
“Mãe” que “não cessa de gerar os novos filhos da Igreja” (Prefácio) e
conduzi-los com seu amor e exemplo na subida “do monte que é Cristo” (Coleta).
Ela é a “Mestra” que “guarda no coração as palavras do Senhor” (Ant. de
Comunhão, Lc 2,19.51), é “a imagem sublime da vida evangélica” (Prefácio):
olhando para ela, para seu exemplo, sua atitude espiritual, seu coração,
aprendemos a amar Deus e os irmãos. Em suma, com esta celebração pedimos
“imitar fielmente as virtudes bem-aventurada Virgem Maria” (Oração após a
Comunhão).
Antífona de entrada (Sl 33/34,12; Is 2,3)
Vinde, filhos,
ouvi-me:
Eu vos ensinarei
o temor do Senhor.
Vinde, subamos
ao monte do Senhor
e andemos em
seus caminhos.
Oração do dia
Ajude-nos,
Senhor, nós vos rogamos, a valiosa intercessão da gloriosa Virgem Maria, para
que, fortalecidos por seu auxílio, possamos chegar ao monte que é Cristo. Pelo
mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas
Por estes dons
que vos apresentamos com alegria, nós vos rogamos, santificai Senhor os vossos
servos, que a Virgem Maria ensina com seus exemplos e guarda com a sua
proteção, para que cumprindo fielmente as promessas do Batismo, sirvam de
coração sincero a vós e aos irmãos. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio
Senhor, Pai
santo, Deus eterno e todo-poderoso, é verdadeiramente nosso dever, é nossa
salvação dar-vos graças, sempre e em toda a parte. Nós vos louvamos, vos bendizemos, vos glorificamos, na memória da
bem-aventurada sempre Virgem Maria.
Associada intimamente
ao mistério de Cristo, não cessa de gerar para vós os novos filhos da Igreja,
que estimula com amor e ensina com seu exemplo, para os conduzir à caridade
perfeita. Ela é a imagem sublime da vida evangélica e, olhando para ela
suplicantes, aprendemos os vossos caminhos: com a sua inspiração, ela nos
ensina a amar-vos sobre todas as coisas; com a sua atitude espiritual, nos
convida a contemplar o vosso Verbo; e com o seu coração, nos anima a servir os
irmãos.
Por Ele, com os
coros dos anjos, proclamamos a vossa glória, cantando (dizendo) com alegria:
Antífona de Comunhão (Lc 2,19)
Maria guardava
todas estas palavras,
meditando-as em
seu coração.
Oração após a Comunhão*
Alimentados, Senhor,
neste sacramento com o precioso Corpo e Sangue do vosso Filho, humildemente
suplicamos da vossa bondade a graça de imitar fielmente as virtudes da
bem-aventurada Virgem Maria. Por Cristo, nosso Senhor.
Leitura: Pv 8,17-21.34-35 (“Quem me encontrar, encontrará a vida”) ou Is 56,1.6-7 (“Cumpri o dever e praticai a justiça”)
Salmo: Sl 14,2-3a.3bc-4.5 (R: v. 1b)
Evangelho: Mt 12,46-50 (“Todo aquele que faz a vontade do meu Pai,
que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã, minha mãe”) ou Jo 19,25-27
(“Esta é a tua Mãe”)
*Na oração após a Comunhão a Coletânea
apresenta a conclusão “Por nosso Senhor Jesus Cristo...”. Porém, esta conclusão
é própria das coletas. Aqui o correto é utilizar “Por Cristo, nosso Senhor”,
como indica a IGMR, n. 89.
Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora.
Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 131-134.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 171-173.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 171-173.
Olá!
ResponderExcluirHá um tempo procuro informações sobre a celebração litúrgica da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo no Brasil, porém, sem muito sucesso. O autor deste blog saberia dizer qual a motivação para, no Missal brasileiro, a memória facultativa ser elevada ao grau de festa, e quando se deu tal elevação?
Não saberia dizer. Realmente é um pouco estranho esse grau de Festa, considerando que a celebração de 16 de julho tem poucos textos próprios. Também não sei se haverá alguma alteração na 3ª edição do Missal Romano, cuja tradução entrará em vigor em alguns meses.
ExcluirSe a intenção foi valorizar a devoção do povo brasileiro a este título mariano e o apreço por sua festa, certamente torná-la memória obrigatória seria suficiente (esta é minha opinião).
ExcluirSobre a 3ª edição do Missal, recentemente a Edições CNBB divulgou em seu Facebook o arquivo com os novos formulários para o mês de julho. Ao que me parece, para completar a eucologia de 16 de julho, as orações e as antífonas foram tomadas do Comum da Bem-aventurada Virgem Maria.
Agradeço a indicação. Vi agora o arquivo e de fato a celebração permanece com o grau de Festa.
ExcluirTambém creio que o grau de Memória seria mais adequado. Não pretendo diminuir sua importância, mas não creio que seja a devoção mariana mais difundida no Brasil.