30. Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe e
medianeira da graça
(Para o Tempo Comum)
Introdução
Em 1921, o
Cardeal Désiré-Joseph Mercier, Arcebispo de Bruxelas, solicitou ao Papa Bento
XV a aprovação da Missa de Nossa Senhora, Medianeira de todas as graças, a ser
celebrada em toda a Bélgica no dia 31 de maio. Posteriormente o uso desta Missa
foi concedido a outras dioceses e institutos religiosos.
Em 1971, a
Congregação para o Culto Divino aprovou novo formulário sob o título
“Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe e Medianeira da graça”, para o Próprio da
Ordem dos Irmãos Servos da Santíssima Virgem Maria (Servitas), que é
apresentada aqui, acrescida de um novo prefácio.
Importante
salientar antes de tudo que o único mediador entre nós e o Pai é Jesus (1Tm
2,5). Porém, o Concílio Vaticano II recorda que “a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou
diminui esta única mediação de Cristo; manifesta antes a sua eficácia. Com
efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao
beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos
méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente,
haurindo aí toda a sua eficácia; de modo nenhum impede a união imediata dos
fiéis com Cristo, antes a favorece” (Lumen Gentium, n. 60).
Portanto, chamar
Maria de “Mãe da graça” é simplesmente afirmar, como diz a Coleta, que ela nos
deu o Autor da graça; chamá-la de “Medianeira da graça” é recordar que, por
desígnio de Deus, ela está unida à obra salvadora de seu Filho, exercendo para
conosco uma mediação “de súplica e de perdão, de intercessão e de graça, de
reconciliação e de paz” (Prefácio).
Antífona de entrada
Ave, Santa
Maria, fonte da piedade,
tesouro de todas
as graças,
que trouxestes
em vosso seio virginal
o Deus e Homem
verdadeiro.
Ou:
Salve, Santa Mãe
de Deus,
por vós
recuperamos a vida,
porque
recebestes o Filho que desceu do céu
e destes `luz o
Salvador do mundo.
Oração do dia
Senhor, nosso
Deus, que na vossa inefável providência nos destes o autor da graça por meio da
bem-aventurada Virgem Maria e a associastes ao mistério da redenção humana,
concedei que ela nos alcance a abundância da graça e nos conduza ao porto da
salvação eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas*
Recebei, Senhor,
o sacrifício de reconciliação e de louvor que vos oferecemos ao celebrar a
memória da gloriosa Virgem Maria e, pela ação do Espírito Santo, convertei-o no
sacramento da redenção humana, que Jesus Cristo, supremo Mediador, instituiu
para nos reconciliar convosco, a fim de que se torne para nós fonte de graças e
manancial perene de salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio
Senhor, Pai
santo, Deus eterno e todo-poderoso, é verdadeiramente nosso dever, é nossa
salvação dar-vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo, Senhor nosso.
Ele, verdadeiro
Deus e verdadeiro Homem, foi por vós constituído único mediador entre vós e os
homens, sempre vivo a interceder por nós. Mas na vossa inefável bondade
estabelecestes que a bem-aventurada Virgem Maria, Mãe e cooperadora do
Redentor, exercesse a sua função materna na Igreja: de súplica e de perdão, de
intercessão e de graça, de reconciliação e de paz. A sua missão de amor materno
depende totalmente da única mediação de Cristo, da qual procede todo o seu
poder. Nas angústias e nos perigos da sua vida, os fiéis recorrem
confiantemente à santíssima Virgem, que invocam como Mãe de misericórdia e
despenseira da graça.
Por isso, com os
anjos e santos, proclamamos a vossa glória, cantando (dizendo) com alegria:
Antífona de Comunhão (Ap 22,17)
O Espírito e a
Esposa dizem: Vem!
E aquele que
ouvir diga: Vem!
Quem tem sede
venha,
e quem deseja
beber receba de graça a água da vida.
Oração após a Comunhão*
Senhor, que nos
renovastes nas fontes da graça, humildemente vos pedimos que, pelo poder deste
sacramento e pela intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, vivamos cada vez
mais unidos a Cristo Mediador e colaboremos com maior fidelidade na obra da
redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Leitura: Est 8,3-8.16-17a (“Como poderia eu suportar a desgraça que
atingiria meu povo”)
Salmo: Sl 66,2-3.4-5.6-7 (R: v. 2b)
Evangelho: Jo 2,1-11 (Bodas de Caná)
*Nas orações sobre as oferendas e após a
Comunhão a Coletânea apresenta a conclusão “Por nosso Senhor Jesus Cristo...”.
Porém, esta conclusão é própria das coletas. Aqui o correto é utilizar “Por
Cristo, nosso Senhor”, como indica a IGMR, nn. 77 e 89.
Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora.
Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 122-124.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 161-165.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 161-165.
Muito bom. Devia por num aplicativo o comum de Nossa Senhora.
ResponderExcluirPerfeita explicação , grande este conhecimento …
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