sábado, 19 de agosto de 2017

Missas de Nossa Senhora: Maria, Mãe da unidade

38. Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da unidade
(Para o Tempo Comum)

Introdução
O exemplo de Cristo, que rogou ao Pai “para que todos sejam um” (Jo 17,21), leva todos os seus discípulos a rezar e a empenhar-se na promoção da unidade.
Nesta celebração suplicamos a Deus, para que “todas as famílias dos povos, por intercessão da Virgem Maria, Mãe dos seres humanos, se reúnam no único povo da nova aliança” (Coleta). A Igreja entende, pois, que a causa da unidade está ligada também ao mistério da maternidade espiritual de Maria. O Papa Leão XIII confia a ela esta causa na Encíclica Adiutricem Populi (1985). O Beato Papa Paulo VI referiu-se diversas vezes à Virgem como “Mãe da unidade”.
As orações desta Missa recordam, primeiramente, que Deus é a “fonte da unidade e origem da concórdia” (Coleta). Da mesma forma, recorda-se a participação de Maria em alguns eventos da história da salvação ligados ao mistérios da unidade:
- na Encarnação, quando o Verbo Divino “uniu a natureza divina à humana” (Sobre as oferendas);
- em sua maternidade virginal, imagem da Igreja, “esposa una e indivisa” (Prefácio);
- na Paixão, quando Cristo “congregou na unidade os seus filhos dispersos” pelo vínculo do amor (Prefácio);
- no Pentecostes, quando ela, junto com os Apóstolos, recebeu o “Espírito da concórdia e da unidade” (Prefácio).

Antífona de entrada (cf. Tb 13,13)
Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria!
Por vós se reunirão todos os filhos de Deus,
para bendizer o Senhor do universo.

Ou (At 1,14)
Os discípulos perseveravam unidos na oração
com Maria, Mãe de Jesus.

Oração do dia
Senhor, Pai santo, fonte da unidade e origem da concórdia, concedei que todas as famílias dos povos, por intercessão da Virgem Maria, Mãe dos seres humanos, se reúnam no único povo da nova aliança. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Oração sobre as oferendas
Ao celebrarmos a memória da Virgem Maria, em cujo seio puríssimo vosso Filho uniu a natureza divina à humana, humildemente vos pedimos, Senhor, que esta oferenda seja para nós sacramento de piedade, sinal de unidade e vínculo de caridade. Por Cristo, nosso Senhor.

Prefácio
Na verdade, Pai santo, é nosso dever dar-vos graças, é nossa salvação dar-vos glória, em todo o tempo e lugar, por Cristo, Senhor nosso.
Ele, fruto da plenitude e artífice da unidade, escolheu para si Mãe toda pura de corpo e alma, e quis sua Igreja como esposa una e indivisa. Ele, elevado da terra com a Virgem Mãe de pé ao seu lado, congregou na unidade os seus filhos dispersos, unindo-os a si pelos vínculos de amor. Tendo subido aos céus e sentado à vossa direita, enviou sobre a Virgem Santa a orar com os Apóstolos o Espírito da concórdia e da unidade, da paz e do perdão.
Por isso, também Senhor, com todos os anjos e santos, vos louvamos com alegria, cantando (dizendo):

Antífona de Comunhão (Cf. 1Cor 10,17)
Porque há um só pão, todos nós formamos um só corpo,
Pois todos participamos do mesmo pão e do mesmo cálice.

Oração após a Comunhão
Por este sacramento que recebemos, Senhor, nesta comemoração da Virgem Maria, Mãe da unidade, infundi em nós o espírito de mansidão e de paz, para que, trabalhando na concórdia, apressemos a vinda do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.

Leitura: Sf 3,14-20 (“Eu farei que toda as nações da terra reconheçam vosso nome”) ou 1Tm 2,5-8 (“Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens”)
Salmo: Jr 31,10.11-12ab.13-14 (R: cf. 10c)
Evangelho: Jo 11,45-52 (“Jesus iria morrer... para reunir os filhos de Deus dispersos”) ou Jo 17,20-26 (“Para que todos sejam um”)


Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 153-157.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 197-199.

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