38. Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da unidade
(Para o Tempo Comum)
Introdução
O exemplo de
Cristo, que rogou ao Pai “para que todos sejam um” (Jo 17,21), leva todos os
seus discípulos a rezar e a empenhar-se na promoção da unidade.
Nesta celebração
suplicamos a Deus, para que “todas as famílias dos povos, por intercessão da
Virgem Maria, Mãe dos seres humanos, se reúnam no único povo da nova aliança”
(Coleta). A Igreja entende, pois, que a causa da unidade está ligada também ao
mistério da maternidade espiritual de Maria. O Papa Leão XIII confia a ela esta
causa na Encíclica Adiutricem Populi
(1985). O Beato Papa Paulo VI referiu-se diversas vezes à Virgem como “Mãe da
unidade”.
As orações desta
Missa recordam, primeiramente, que Deus é a “fonte da unidade e origem da
concórdia” (Coleta). Da mesma forma, recorda-se a participação de Maria em
alguns eventos da história da salvação ligados ao mistérios da unidade:
- na Encarnação,
quando o Verbo Divino “uniu a natureza divina à humana” (Sobre as oferendas);
- em sua
maternidade virginal, imagem da Igreja, “esposa una e indivisa” (Prefácio);
- na Paixão,
quando Cristo “congregou na unidade os seus filhos dispersos” pelo vínculo do
amor (Prefácio);
- no
Pentecostes, quando ela, junto com os Apóstolos, recebeu o “Espírito da
concórdia e da unidade” (Prefácio).
Antífona de entrada (cf. Tb 13,13)
Exultai e
alegrai-vos, ó Virgem Maria!
Por vós se
reunirão todos os filhos de Deus,
para bendizer o
Senhor do universo.
Ou (At 1,14)
Os discípulos
perseveravam unidos na oração
com Maria, Mãe
de Jesus.
Oração do dia
Senhor, Pai
santo, fonte da unidade e origem da concórdia, concedei que todas as famílias
dos povos, por intercessão da Virgem Maria, Mãe dos seres humanos, se reúnam no
único povo da nova aliança. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas
Ao celebrarmos a
memória da Virgem Maria, em cujo seio puríssimo vosso Filho uniu a natureza
divina à humana, humildemente vos pedimos, Senhor, que esta oferenda seja para
nós sacramento de piedade, sinal de unidade e vínculo de caridade. Por Cristo,
nosso Senhor.
Prefácio
Na verdade, Pai
santo, é nosso dever dar-vos graças, é nossa salvação dar-vos glória, em todo o
tempo e lugar, por Cristo, Senhor nosso.
Ele, fruto da
plenitude e artífice da unidade, escolheu para si Mãe toda pura de corpo e
alma, e quis sua Igreja como esposa una e indivisa. Ele, elevado da terra com a
Virgem Mãe de pé ao seu lado, congregou na unidade os seus filhos dispersos,
unindo-os a si pelos vínculos de amor. Tendo subido aos céus e sentado à vossa
direita, enviou sobre a Virgem Santa a orar com os Apóstolos o Espírito da
concórdia e da unidade, da paz e do perdão.
Por isso, também
Senhor, com todos os anjos e santos, vos louvamos com alegria, cantando
(dizendo):
Antífona de Comunhão (Cf. 1Cor 10,17)
Porque há um só
pão, todos nós formamos um só corpo,
Pois todos
participamos do mesmo pão e do mesmo cálice.
Oração após a Comunhão
Por este
sacramento que recebemos, Senhor, nesta comemoração da Virgem Maria, Mãe da
unidade, infundi em nós o espírito de mansidão e de paz, para que, trabalhando
na concórdia, apressemos a vinda do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.
Leitura: Sf 3,14-20 (“Eu farei que toda as nações da terra
reconheçam vosso nome”) ou 1Tm
2,5-8 (“Há um só Deus e um só mediador
entre Deus e os homens”)
Salmo: Jr 31,10.11-12ab.13-14 (R: cf. 10c)
Evangelho: Jo 11,45-52 (“Jesus iria morrer... para reunir os filhos
de Deus dispersos”) ou Jo 17,20-26 (“Para
que todos sejam um”)
Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora.
Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 153-157.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB:
Brasília, 2016, pp. 197-199.
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