Com suas Catequeses nn. 25-26 sobre Jesus Cristo, o Papa São João Paulo II deu início à seção sobre o Filho como “verdadeiro Deus”.
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Catequeses do Papa João Paulo II sobre o Creio
CREIO EM JESUS CRISTO
III. Jesus Cristo, verdadeiro Deus
e verdadeiro homem
B. Jesus Cristo,
verdadeiro Deus
25. Jesus Cristo, verdadeiro Deus
e verdadeiro homem
João Paulo II - 26 de agosto de
1987
1. “Creio... em Jesus Cristo, seu único
Filho (de Deus Pai), nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito
Santo, nasceu da Virgem Maria”. O ciclo de Catequeses sobre Jesus Cristo, que aqui
desenvolvemos, faz constante referência à verdade expressa nas palavras do
Símbolo Apostólico que acabamos de citar. Essas nos apresentam Cristo
como verdadeiro Deus, Filho do Pai, e, ao mesmo tempo, como verdadeiro Homem, Filho
da Virgem Maria. As Catequeses anteriores já nos permitiram aproximar-nos
a esta verdade fundamental da fé. Agora, porém, devemos buscar aprofundar seu
conteúdo essencial: devemos perguntar-nos o que significa “verdadeiro Deus e verdadeiro
Homem”. Esta é uma realidade que se desvela diante dos olhos da nossa fé
mediante a autorrevelação de Deus em Jesus Cristo. E dado que esta - como qualquer
outra verdade revelada - só pode ser retamente acolhida mediante a fé, entra
aqui em jogo o “rationabile obsequium fidei”, o obséquio racional
da fé. As próximas Catequeses, centradas no mistério do Deus-Homem, querem
favorecer uma fé assim.
Jesus Cristo (Bertel Thorvaldsen) |
2. Já vimos anteriormente que Jesus
falava muitas vezes de si mesmo utilizando o apelativo de “Filho do homem” (cf. Mt 16,28; Mc 2,28).
Tal título estava vinculado à tradição messiânica do Antigo Testamento e, ao mesmo
tempo, respondia àquela “pedagogia da fé” à qual Jesus recorria
deliberadamente. Ele, com efeito, desejava que os seus discípulos e os seus
ouvintes descobrissem por si mesmos que o “Filho do homem” era ao mesmo
tempo o verdadeiro Filho de Deus. Temos uma demonstração particularmente
significativa disso na profissão de fé de Simão Pedro próximo a Cesareia de
Filipe, à qual já nos referimos nas Catequeses anteriores. Jesus provoca os Apóstolos
com perguntas, e quando Pedro atinge o reconhecimento explícito da sua
identidade divina, confirma seu testemunho chamando-o “bem-aventurado”, “porque
não foi carne nem sangue que te revelaram isso, mas meu Pai” (Mt 16,17).
É o Pai que dá testemunho do Filho, porque só Ele conhece o Filho (cf. Mt 11,27).
3. No entanto, apesar da discrição
à qual Jesus se atinha, aplicando aquele princípio pedagógico do qual falamos, a
verdade da sua filiação divina se tornava cada vez mais evidente, a
partir do que El dizia e, particularmente, do que fazia. Mas, enquanto
para uns isso constituía objeto de fé, para outros era causa de contradição e
de acusação. Isto se manifestou de forma definitiva durante o processo diante do
Sinédrio. Narra o Evangelho de Marcos: “O sumo sacerdote tornou a
perguntar: ‘És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?’. Jesus respondeu: ‘Eu
sou. E vereis o Filho do homem sentado à direita do Poderoso, vindo sobre as
nuvens do céu’” (Mc 14,61-62). No Evangelho de Lucas a pergunta
é formulada assim: “‘Tu és, portanto, o Filho de Deus?’. Jesus respondeu:
‘Vós mesmos estais dizendo que Eu o sou’” (Lc 22,70).
4. A reação dos presentes é unânime:
“Blasfemou! (...) Ouvistes agora a blasfêmia. (...) É réu de morte!” (Mt 26,65-66).
Esta acusação é, por dizer assim, fruto de uma interpretação material da lei antiga.
Lemos, com efeito, no Livro do
Levítico: “Quem blasfemar contra o nome do Senhor, será morto. A comunidade
toda o apedrejará” (Lv 24,16). Jesus de Nazaré, que diante dos representantes
oficiais do Antigo Testamento declara ser o verdadeiro Filho
de Deus, pronuncia - segundo a convicção deles - uma blasfêmia.
Por isso “é réu de morte”, e a condenação é executada, embora não com o apedrejamento,
segundo a disciplina veterotestamentária, mas com a crucificação, segundo a
legislação romana. Chamar-se “Filho de Deus” significava “fazer-se Deus” (cf. Jo 10,33),
o que suscitava um protesto radical por parte dos guardiões do monoteísmo do Antigo
Testamento.
5. O que ao final se cumpriu no
processo instaurado contra Jesus na realidade já havia sido objeto de ameaça, como
referem os Evangelhos, particularmente o de João. Lemos que em mais de
uma ocasião os ouvintes queriam apedrejar Jesus, quando o que ouviam
de sua boca lhes parecia uma blasfêmia. Identificaram tal blasfêmia, por exemplo,
em suas palavras sobre o tema do Bom Pastor (cf. Jo 10,27.29),
e na conclusão a que Ele chegou nessa ocasião: “Eu e o Pai somos um” (v. 30). O
relato evangélico prossegue assim: “De novo, os judeus apanharam pedras para
apedrejá-lo. Jesus, porém, lhes disse: ‘Eu vos mostrei muitas boas obras da
parte do Pai. Por qual delas quereis me apedrejar?’. Os judeus responderam: ‘Não
queremos apedrejar-te por uma boa obra, mas por causa da blasfêmia, pois tu,
sendo apenas homem, te fazes Deus” (vv. 31-33).
6. Análoga foi a reação a estas outras
palavras de Jesus: “Antes que Abraão existisse, Eu sou” (Jo 8,58). Também
aqui Jesus se encontrava diante de uma pergunta e uma acusação idênticas: “Quem
pretendes ser?” (v. 53), e a resposta a tal pergunta teve como consequência a
ameaça de apedrejamento (cf. v. 59).
Está claro, pois, que embora Jesus
falasse de si mesmo sobretudo como “Filho do homem”, todo o conjunto do que fazia
e ensinava dava testemunho de que Ele era o Filho de Deus no
sentido literal da palavra: isto é, que era um só com o Pai e, portanto, como
o Pai, também Ele era Deus. O conteúdo unívoco deste testemunho é comprovado
tanto pelo fato de que Ele foi reconhecido e escutado por uns: “muitos creram n’Ele”
(cf., por exemplo, Jo 8,30); como, ainda mais, pelo fato
de ter encontrado em outros uma oposição radical, e mesmo a acusação de blasfêmia,
unida à disposição de lhe infligir a pena prevista para os blasfemos segundo a Lei
do Antigo Testamento.
7. Entre as afirmações de Cristo
relativas a este tema, é particularmente significativa a expressão “Eu
sou”. O contexto em que é pronunciada indica que Jesus remete
aqui à resposta dada pelo próprio Deus a Moisés, quando interrogado a respeito
do seu nome: “Eu sou aquele que sou... Assim responderás aos israelitas: ‘Eu
sou’ enviou-me a vós” (Ex 3,14). Cristo usa a mesma expressão
- “Eu sou” - em contextos muito significativos, como aquele do qual falamos, a
respeito de Abraão (“Antes que Abraão existisse, Eu sou”), mas não só este. Assim,
por exemplo: “Se não crerdes que ‘Eu sou’, morrereis nos
vossos pecados” (Jo 8,24); e também: “Quando tiverdes
levantado o Filho do homem, então sabereis que ‘Eu sou’” (v. 28); e ainda:
“Desde agora, antes que aconteça, Eu vo-lo digo, para que, quando acontecer,
creiais que ‘Eu sou’” (Jo 13,19).
Este “Eu sou” se encontra também em
outros lugares, presentes nos Evangelhos Sinóticos (por exemplo: Mt 28,20; Lc 24,39);
mas nas afirmações citadas sobre o uso do Nome de Deus, próprio do Livro
do Êxodo, aparece particularmente límpido e firme. Cristo fala da sua
“elevação” pascal mediante a Cruz e a sucessiva Ressurreição: “Então sabereis
que ‘Eu sou’”; o que quer dizer: então se manifestará plenamente que Eu sou
aquele ao qual corresponde o Nome de Deus. Com tal expressão, portanto, Jesus
indica que é o verdadeiro Deus. E antes ainda da sua Paixão Ele roga ao Pai assim:
“Tudo o que é meu é teu; e tudo o que é teu, é meu” (Jo 17,10),
que é outro modo de afirmar: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30).
Diante de Cristo, Verbo de Deus
encarnado, unamo-nos também nós a Pedro e repitamos com a mesma elevação de fé:
“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16).
26. Jesus Cristo, Verbo eterno de
Deus
João Paulo II - 02 de setembro
de 1987
1. Na Catequese anterior dedicamos
particular atenção às afirmações nas quais Cristo fala de si mesmo utilizando a
expressão “Eu sou”. O contexto no qual tais afirmações aparecem, sobretudo no Evangelho
de João, nos permite pensar que, ao recorrer a essa expressão, Jesus
faz referência ao Nome com o qual o Deus da antiga aliança qualifica
a si mesmo diante de Moisés, no momento de confiar-lhe a missão à qual
era chamado: “Eu sou aquele que sou... Assim responderás aos israelitas: ‘Eu
sou’ enviou-me a vós” (Ex 3,14).
Jesus fala de si mesmo desse modo,
por exemplo, no âmbito da discussão sobre Abraão: “Antes que Abraão existisse, Eu
sou” (Jo 8,58). Esta expressão nos permite compreender que o “Filho do Homem” dá
testemunho da sua divina preexistência. E tal afirmação não é isolada.
2. Mais de uma vez Cristo fala do mistério
da sua Pessoa, e a expressão mais sintética parece ser esta: “Saí do Pai e vim ao mundo. De novo, deixo o
mundo e vou para o Pai” (Jo 16,28). Jesus dirige estas palavras aos Apóstolos
no discurso de despedida, na véspera dos acontecimentos pascais. Elas indicam
claramente que, antes de “vir” ao mundo, Cristo “estava”
junto ao Pai como Filho; indicam, pois, sua preexistência em Deus. Jesus dá
a entender claramente que a sua existência terrena não pode ser separada de tal
preexistência em Deus. Sem ela a sua realidade pessoal não pode ser corretamente
entendida.
3. Expressões semelhantes são
numerosas. Quando Jesus alude à sua vinda do Pai ao mundo, suas palavras geralmente
fazem referência à sua preexistência divina. Isto é particularmente claro no Evangelho
de João. Jesus diz diante de Pilatos: “Eu nasci e vim ao mundo para isto: para
dar testemunho da verdade” (Jo 18,37);
e talvez não seja sem importância o fato de que Pilatos lhe pergunte mais
tarde: “De onde és tu?” (Jo 19,9). Antes ainda lemos: “Meu testemunho
é verdadeiro, porque sei de onde venho e para onde vou” (Jo 8,14).
A propósito desse “De onde és tu?”, no diálogo noturno com Nicodemos podemos ouvir
uma significativa declaração: “Ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do
céu: o Filho do homem” (Jo 3,13). Esta “vinda” do céu, do Pai, indica a
“preexistência” divina de Cristo também em relação com a sua “partida”: “Que
será, então, quando virdes o Filho do homem subir para onde estava
antes?” (Jo 6,62), pergunta Jesus no contexto do “discurso
eucarístico” próximo a Cafarnaum.
4. Toda a existência terrena de Jesus
como Messias deriva-se daquele “antes” e a ele se reconecta como a uma “dimensão”
fundamental, segundo a qual o Filho é “um só” com o Pai. Quão eloquentes são, desse
ponto de vista, as palavras da “oração sacerdotal” no Cenáculo: “Eu te glorifiquei
na terra levando a termo a obra que me deste a fazer. E agora, Pai, glorifica-me
junto de ti mesmo, com a glória que Eu tinha, junto de ti, antes que o mundo existisse”
(Jo 17,4-5).
Também nos Evangelhos Sinóticos se
fala em muitas passagens da “vinda” do Filho do homem para a salvação do mundo
(cf., por exemplo, Lc 19,10; Mc 10,45; Mt 20,28);
no entanto, os textos de João contêm uma referência particularmente clara à preexistência
de Cristo.
5. A síntese mais plena desta
verdade está contida no Prólogo do Quarto Evangelho. Podemos
dizer que nesse texto a verdade sobre a preexistência divina do Filho do homem
adquire uma ulterior explicitação, em certo sentido definitiva: “No princípio
era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio
com Deus. Tudo foi feito por meio d’Ele... N’Ele havia vida, e a vida era a luz
dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não a dominaram” (Jo 1,1-5).
Nestas frases o evangelista
confirma aquilo que Jesus dizia de si mesmo quando declarava: “Saí do Pai e
vim ao mundo” (Jo 16,28), ou então quando rogava que o Pai o glorificasse
com a glória que tinha junto a Ele antes que o mundo existisse (cf. Jo 17,5).
Ao mesmo tempo, a preexistência do Filho no Pai está estreitamente vinculada com
a revelação do mistério trinitário de Deus: o Filho é o Verbo eterno, é “Deus
de Deus”, da mesma natureza do Pai (como expressará o Concílio de Niceia no Símbolo
da fé). A fórmula conciliar reflete precisamente o Prólogo de João: “O Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Afirmar a preexistência de Cristo no Pai
equivale a reconhecer sua divindade. À sua natureza (substância), assim como à
natureza do Pai, pertence a eternidade. Isto é indicado com a referência à preexistência
eterna no Pai.
6. O Prólogo de João,
mediante a revelação da verdade sobre o Verbo, constitui como que o definitivo
complemento daquilo que já o Antigo Testamento havia dito sobre a Sabedoria. Vejam-se,
por exemplo, as seguintes afirmações: “Desde o princípio, antes de todos os séculos,
fui criada e até o mundo futuro não deixarei de existir” (Eclo 24,14);
“Aquele que me criou marcou o lugar de repouso na minha tenda e me disse: ‘Habita
em Jacó...’” (vv. 12-13). A Sabedoria sobre a qual fala o Antigo
Testamento, é uma criatura e, ao mesmo tempo, possui atributos que a
colocam acima de todo o criado”: “Embora sendo uma só, tudo pode;
permanecendo imutável, tudo renova” (Sb 7,27).
A verdade sobre o Verbo contida no Prólogo de João em certo sentido confirma a
revelação acerca da sabedoria presente no Antigo Testamento e, ao mesmo
tempo, a transcende de modo definitivo. O Verbo não só “está com Deus”,
mas “é Deus”. Ao vir a este mundo na pessoa de Jesus Cristo, o Verbo “vem para
o que era seu”, uma vez que “o mundo foi feito por meio d’Ele” (cf. Jo 1,10-11).
Veio “aos seus” porque é “a luz verdadeira que a todos ilumina” (cf. v.
9). A autorrevelação de Deus em Jesus Cristo consiste nesta “vinda” ao mundo do
Verbo, que é o Filho eterno.
7. “O
Verbo se fez carne e veio morar entre nós, e nós contemplamos a sua glória,
glória como do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14).
Digamo-lo mais uma vez: o Prólogo de João é o eco eterno das palavras que Jesus
diz: “Saí do Pai e vim ao mundo” (Jo 16,28), e daquelas com as quais
roga que o Pai o glorifique com a glória que tinha junto a Ele antes que o mundo
existisse (cf. Jo 17,5). O evangelista tem diante dos olhos a revelação
veterotestamentária acerca da Sabedoria e, ao mesmo tempo, todo o
acontecimento pascal: a partida mediante a Cruz e a Ressurreição, na qual a
verdade sobre Cristo, Filho do homem e verdadeiro Deus, se fez completamente clara
a quantos foram suas testemunhas oculares.
8. Em estreita relação com a
revelação do Verbo, isto é, com a divina preexistência de Cristo, encontra confirmação
também a verdade sobre o Emmanuel. Esta palavra - que em
tradução literal significa “Deus conosco” - expressa uma presença particular
e pessoal de Deus no mundo. Aquele “Eu sou” de Cristo manifesta justamente
esta presença já anunciada por Isaías (cf. Is 7,14), proclamada
seguindo os passos do profeta no Evangelho de Mateus (cf. Mt 1,23)
e confirmada no Prólogo de João: “O Verbo se fez carne e veio morar entre nós”
(Jo 1,14). A linguagem dos evangelistas é multiforme, mas a verdade
que eles expressam é a mesma. Nos Sinóticos Jesus pronuncia seu “Eu
estou convosco” particularmente nos momentos difíceis (como, por exemplo,
Mt 14,27; Mc 6,50; Jo 6,20), por ocasião
da tempestade acalmada, assim como na perspectiva da missão apostólica da Igreja:
“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20).
9. A expressão de Cristo: “Saí do Pai
e vim ao mundo” (Jo 16,28) contém um significado salvífico,
soteriológico. Todos os evangelistas o manifestam. O Prólogo de João o expressa
nas palavras: “A quantos o receberam (o Verbo), deu-lhes poder de se tornarem filhos
de Deus”, isto é, a possibilidade de ser gerados de Deus (cf. Jo 1,12-13).
Esta é a verdade central de toda a
soteriologia cristã, organicamente vinculada com a realidade revelada do Deus-Homem.
Deus se fez homem a fim de que o homem pudesse participar realmente da vida de Deus,
mais ainda, pudesse chegar a ser, em certo sentido, “Deus”. Já os antigos Padres
da Igreja tinham clara consciência disso. Basta recordar Santo Irineu, que, exortando
a seguir a Cristo, único Mestre verdadeiro e seguro, afirmava: “Por seu imenso
amor Ele se fez o que nós somos, para nos dar a possibilidade de ser o que Ele é”
(Adversus haereses, V, Prefácio).
Esta verdade nos abre horizontes ilimitados,
nos quais situar a expressão concreta da nossa vida cristã, à luz da fé em Cristo,
Filho de Deus, Verbo do Pai.
Ícone de Cristo Salvador |
Tradução nossa a partir do texto
italiano divulgado no site da Santa Sé (26 de agosto e 02 de setembro de 1987).
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