sábado, 14 de julho de 2018

Homilia: XV Domingo do Tempo Comum - Ano B

Santo Ambrósio
Carta 26
Pregamos a Cristo

Quão formosos os pés do mensageiro que anuncia a paz, que traz a Boa Notícia! Quem são os que trazem a Boa Notícia senão Pedro, Paulo e todos os Apóstolos? E qual é a Boa Notícia que nos trazem, senão ao Senhor Jesus? Ele é a nossa paz, ele é aquele soberano bem, porque é bom e procede do bom: de uma árvore boa se colhe frutos bons. Bom é, finalmente, o espírito que dele recebe e que conduz aos servos de Deus pelo caminho reto.

E quem, tendo o Espírito de Deus em si, negará ao bom, quando ele mesmo diz: Ou tu vais ter inveja porque eu sou bom? Venha este bem à nossa alma, ao mais íntimo de nosso espírito; este bem que Deus concede generosamente àqueles que o pedem. Este é o nosso tesouro, este é o nosso caminho, esta é a nossa sabedoria, nossa justiça, nosso pastor, e pastor bom: ele é nossa vida. Já observas quantos bens em um só bom! Pois todos estes bens nos pregaram os evangelistas.

O Senhor Jesus é o sumo bem em pessoa, anunciado pelos profetas, pregado pelos anjos, prometido pelo Pai, evangelizado pelos apóstolos. Ele veio a nós qual fruto maduro: e não só qual fruto maduro, mas também como fruto que amadurece nos montes. E para que não tivesse nada duro nem imaturo em nossos projetos, nada violento nem áspero em nossas ações e em nossos costumes, ele foi o primeiro que se apresentou anunciando-nos a Boa Notícia.

Por isso ele disse: Eu que era o que falava, aqui estou. Isto é, eu que falava nos profetas, estou presente no corpo que assumi da Virgem; eu estou aqui, eu que sou a imagem do Deus invisível e figura de sua substância, e estou aqui também como homem. Mas quem me conhece? Viram ao homem e o creram super-homem por suas obras.

Portanto, apressemo-nos ao seu encontro, em quem está o soberano bem: porque ele é a bondade; ele é a paciência de Israel, que te chama à penitência, a fim de que não sejas convocado a juízo, mas possas receber a remissão dos pecados. Ele diz: Fazei penitência. Ele é o soberano bem que de ninguém necessita e superabunda em tudo. E é tal a sua substância, que de sua plenitude todos temos recebido e nele fomos cumulados, como diz o evangelista.


Fonte: Lecionário Patrístico Dominical, pp. 428-429. Para adquiri-lo no site da Editora Vozes, clique aqui.

Para ler uma homilia de São Gregório Magno para este domingo, clique aqui.

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