23. Bem-aventurada Virgem Maria, templo do
Senhor
(Para o Tempo Comum)
Introdução
Jesus no
Evangelho apresenta-se como o templo (Jo 2,19-22), através do qual se adora o
Pai “em espírito e verdade” (Jo 4,23). A teologia paulina estende esta imagem
do templo para a Igreja, seja ela considerada em sua totalidade (Ef 2,19-21),
seja em relação a cada fiel (1Cor 3,16-17): “Não sabeis que sois santuário de
Deus e que o Espírito de Deus mora em vós?”.
Sendo cada fiel
cristão “templo do Senhor”, por especial razão este título pode ser aplicado à
Virgem Maria, que carregou em seu seio o próprio Filho de Deus e conservou
fielmente em seu coração a Palavra de Deus (Lc 2,16-17). A imagem do templo
aplicada a Maria celebra, pois, sua maternidade e sua santidade de vida.
Note-se que o
próprio relato da Anunciação (proposto como Evangelho desta Missa) encontra
notáveis paralelos com a dedicação do templo de Salomão (sugerida como opção de
leitura). Ambos são descritos com a imagem da nuvem/sombra de Deus que desce e
santifica o seio de Maria e o templo.
Ainda nesta
Missa se recordam outros títulos de Maria relacionados à imagem do templo: casa
de ouro, palácio do rei, cidade santa, arca da aliança (Prefácio), morada do
Altíssimo (Antífona de Comunhão).
Antífona de entrada (Ap 21,3)
Do trono ouvi
uma voz forte que dizia:
“Eis a morada de
Deus com os homens.
Deus habitará
com os homens:
eles serão o seu
povo
e o próprio
Deus, no meio deles, será o seu Deus”.
Oração do dia
Ó Deus, que de
modo admirável edificastes uma digna habitação para o vosso Filho no seio
virginal de Maria, concedei que guardando fielmente a graça do Batismo, vos
adoremos em espírito e verdade e mereçamos também nós ser templos vivos de
vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas
Recebei, Senhor,
as oferendas que vos apresentamos ao celebrar a memória da Virgem Maria, cuja
vida é para nós perfeito exemplo de oração e de louvor. Concedei-nos que,
seguindo o caminho de santidade por ela percorrido, vos ofereçamos nossa vida
como sacrifício perfeito. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio*
Na verdade, ó Pai,
Deus eterno e todo-poderoso, é nosso dever dar-vos graças, é nossa salvação
dar-vos glória, em todo tempo e lugar.
Em nossos
corações preparais vossa morada, a qual, pela graça do Espírito Santo,
purificais iluminando e santificais habitando. Assim, pela obediência da fé e
pelo mistério da encarnação, a Virgem Maria se tornou templo singular de vossa
glória; casa de ouro, ornada pelo Espírito com abundantes virtudes; palácio do
rei, radiante do esplendor da verdade; cidade
santa, à qual os canais da graça alegram; arca da nova aliança, que contém
o autor da nova lei, Jesus Cristo, Senhor nosso.
Por Ele a
multidão dos anjos adora a vossa majestade e perante os vossos olhos se dobra
eternamente. Pedimos que associeis a eles nossas vozes, para em unânime
exultação cantar (dizer):
Antífona de Comunhão (Cf. Sl 45,5-6)
Bendita seja a
Santa Virgem Maria,
a mais santa das
moradas do Altíssimo.
Deus está no
meio dela e a torna inabalável.
Oração após a Comunhão
Sustentados pelo
alimento celeste, Senhor, dai que a exemplo da Virgem Maria vos sirvamos com
pureza de vida, vos respeitemos presente em nossos irmãos, e junto com ela vos
exaltemos com dignos louvores. Por Cristo, nosso Senhor.
Leitura: 1Rs 8,1.3-7.9-11 (“Uma nuvem
encheu o templo do Senhor”) ou Ap
21,1-5a (“Esta é a morada de Deus entre os homens”)
Salmo: Sl 83,3.4.5.10.11 (R: Ap 21,3b)
Evangelho: Lc 1,26-38 (Anunciação)
* A frase em itálico no Prefácio foi omitida
nesta tradução da Coletânea. Curiosamente, ela é citada na introdução à Missa duas
páginas antes.
Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora.
Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 97-100.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 131-133.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 131-133.
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