quarta-feira, 26 de julho de 2017

Missas de Nossa Senhora: Maria, nova mulher

20. Santa Maria, nova mulher
(Para o Tempo Comum)

Introdução
Desde o século II, pelos testemunhos de São Justino e Santo Irineu, Maria é reconhecida como a “nova Eva” ou a “nova mulher”, estreitamente ligada a Cristo, novo Adão (1Cor 15,45), na obra da salvação.
Com efeito, a fé e a obediência de Maria contrapõem-se à incredulidade e a desobediência de Eva, como afirma Santo Irineu: “O nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria” (Adversus haereses, 3,22,4).
Neste formulário se celebra o “mistério da Mulher”, realizado por Maria e pela Igreja, anunciado no “Protoevangelho” (Gn 3,15), proclamado por Jesus Cristo (Jo 2,4; 19,26) e celebrado no livro do Apocalipse (Ap 12,1).
Nesta Missa Maria é invocada como primícias da nova criação (Coleta); primícias do novo povo, discípula da nova lei (Prefácio); virgem fiel (Sobre as oferendas); mulher nova, alegre no serviço, ditosa pela fé e forte na tribulação (Prefácio).

Antífona de entrada (Ap 12,1)
Um grande sinal apareceu no céu:
uma Mulher vestida de sol,
com a lua debaixo de seus pés,
e uma coroa de doze estrelas em sua cabeça.

Oração do dia
Senhor nosso Deus, que fizestes da bem-aventurada Virgem Maria, formada pelo Espírito Santo, as primícias da nova criação, concedei-nos que, rejeitando a antiga situação do pecado, sigamos de coração sincero a vida nova do Evangelho e cumpramos fielmente o mandamento novo do amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Oração sobre as oferendas
Ao celebrarmos a memória da bem-aventurada Virgem Maria que se uniu plenamente ao sacrifício da nova aliança, nós vos apresentamos Senhor estes dons e humildemente vos pedimos a graça de viver santamente todos os dias de nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.

Prefácio*
Na verdade, ó Pai, Deus eterno e todo-poderoso, é nosso dever dar-vos graças, é nossa salvação dar-vos glória, em todo tempo e lugar.
A Cristo, autor da nova aliança, destes como Mãe a Santa Virgem Maria e a associastes ao seu mistério de salvação, constituindo-a primícias do vosso novo povo. Concebida sem mancha de pecado e enriquecida com os dons da vossa graça, ela é verdadeiramente a mulher nova, a primeira discípula da nova lei. É a mulher alegre no vosso serviço, dócil à voz do Espírito Santo e solícita na fidelidade à vossa palavra. É a mulher ditosa pela sua fé, abençoada em seu Filho, e exaltada entre os humildes. É a mulher forte na tribulação, firme junto à cruz do seu Filho, gloriosa na sua partida deste mundo.
Por isso, com a multidão dos anjos, proclamamos a vossa glória, dizendo (cantando) a uma só voz:

Antífona de Comunhão (cf. Sl 86/87,3; Lc 1,49)
Grandes coisas se dizem de vós, ó Virgem Maria,
porque em vós o Senhor fez maravilhas.

Oração após a Comunhão**
Senhor, Pai santo, que destes à Virgem Maria um coração novo, concedei-nos, pela força do sacramento que recebemos, a graça de sermos fieis às inspirações do Espírito Santo e nos configuremos dia a dia à imagem de Cristo, o homem novo. Que vive e reina para sempre.

Leitura: Ap 21,1-5a (“Eis que faço novas todas as coisas”)
Salmo: Is 61,10a-d.f.11;62,2-3 (R: Vós sois, ó Maria, a cidade do Senhor em que habita a justiça)
Evangelho: Lc 1,26-38 (Anunciação) ou Jo 2,1-11 (Bodas de Caná)

*Na Coletânea, este Prefácio apresenta duas vezes a introdução, com traduções diferentes. Optamos por manter apenas a primeira.
**Na oração após a Comunhão, a Coletânea apresenta a conclusão “Que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo”, própria das coletas. Aqui o correto é utilizar “Que vive e reina para sempre”, como indica a IGMR, n. 89.


Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 85-89.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 119-122.

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