20. Santa Maria, nova mulher
(Para o Tempo Comum)
Introdução
Desde o século
II, pelos testemunhos de São Justino e Santo Irineu, Maria é reconhecida como a
“nova Eva” ou a “nova mulher”, estreitamente ligada a Cristo, novo Adão (1Cor
15,45), na obra da salvação.
Com efeito, a fé
e a obediência de Maria contrapõem-se à incredulidade e a desobediência de Eva,
como afirma Santo Irineu: “O nó da desobediência de Eva foi desatado pela
obediência de Maria” (Adversus haereses,
3,22,4).
Neste formulário
se celebra o “mistério da Mulher”, realizado por Maria e pela Igreja, anunciado
no “Protoevangelho” (Gn 3,15), proclamado por Jesus Cristo (Jo 2,4; 19,26) e
celebrado no livro do Apocalipse (Ap 12,1).
Nesta Missa
Maria é invocada como primícias da nova criação (Coleta); primícias do novo
povo, discípula da nova lei (Prefácio); virgem fiel (Sobre as oferendas);
mulher nova, alegre no serviço, ditosa pela fé e forte na tribulação
(Prefácio).
Antífona de entrada (Ap 12,1)
Um grande sinal
apareceu no céu:
uma Mulher vestida
de sol,
com a lua
debaixo de seus pés,
e uma coroa de
doze estrelas em sua cabeça.
Oração do dia
Senhor nosso
Deus, que fizestes da bem-aventurada Virgem Maria, formada pelo Espírito Santo,
as primícias da nova criação, concedei-nos que, rejeitando a antiga situação do
pecado, sigamos de coração sincero a vida nova do Evangelho e cumpramos
fielmente o mandamento novo do amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas
Ao celebrarmos a
memória da bem-aventurada Virgem Maria que se uniu plenamente ao sacrifício da
nova aliança, nós vos apresentamos Senhor estes dons e humildemente vos pedimos
a graça de viver santamente todos os dias de nossa vida. Por Cristo, nosso
Senhor.
Prefácio*
Na verdade, ó Pai,
Deus eterno e todo-poderoso, é nosso dever dar-vos graças, é nossa salvação
dar-vos glória, em todo tempo e lugar.
A Cristo, autor
da nova aliança, destes como Mãe a Santa Virgem Maria e a associastes ao seu
mistério de salvação, constituindo-a primícias do vosso novo povo. Concebida
sem mancha de pecado e enriquecida com os dons da vossa graça, ela é
verdadeiramente a mulher nova, a primeira discípula da nova lei. É a mulher
alegre no vosso serviço, dócil à voz do Espírito Santo e solícita na fidelidade
à vossa palavra. É a mulher ditosa pela sua fé, abençoada em seu Filho, e
exaltada entre os humildes. É a mulher forte na tribulação, firme junto à cruz
do seu Filho, gloriosa na sua partida deste mundo.
Por isso, com a
multidão dos anjos, proclamamos a vossa glória, dizendo (cantando) a uma só
voz:
Antífona de Comunhão (cf. Sl 86/87,3; Lc 1,49)
Grandes coisas
se dizem de vós, ó Virgem Maria,
porque em vós o
Senhor fez maravilhas.
Oração após a Comunhão**
Senhor, Pai
santo, que destes à Virgem Maria um coração novo, concedei-nos, pela força do
sacramento que recebemos, a graça de sermos fieis às inspirações do Espírito
Santo e nos configuremos dia a dia à imagem de Cristo, o homem novo. Que vive e
reina para sempre.
Leitura: Ap 21,1-5a (“Eis que faço
novas todas as coisas”)
Salmo: Is 61,10a-d.f.11;62,2-3 (R: Vós
sois, ó Maria, a cidade do Senhor em que habita a justiça)
Evangelho: Lc 1,26-38 (Anunciação) ou Jo 2,1-11 (Bodas de Caná)
*Na Coletânea, este Prefácio apresenta duas
vezes a introdução, com traduções diferentes. Optamos por manter apenas a
primeira.
**Na oração após a Comunhão, a Coletânea
apresenta a conclusão “Que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo”,
própria das coletas. Aqui o correto é utilizar “Que vive e reina para sempre”,
como indica a IGMR, n. 89.
Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora.
Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 85-89.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 119-122.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 119-122.
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