26. Bem-aventurada Virgem Maria, imagem e
Mãe da Igreja (II)
(Para o Tempo Comum)
Introdução
Este formulário
celebra Deus que, em sua imensa bondade, deu-nos a Virgem Maria como “admirável
exemplo de virtudes” (Antífona de entrada). O fundamento desta celebração é o
n. 65 da Constituição Dogmática Lumen Gentium do Concílio Vaticano II: “Ao passo que, na Santíssima Virgem,
a Igreja alcançou já aquela perfeição sem mancha nem ruga que lhe é própria
(cf. Ef 5,27), os fiéis ainda têm de trabalhar por vencer o pecado e crescer na
santidade; e por isso levantam os olhos para Maria, que brilha como modelo de
virtudes sobre toda a família dos eleitos”.
Recorda-se,
primeiramente, Maria como modelo das três virtudes teologais: a fé, a esperança
e a caridade, como expresso na Oração após a Comunhão. A virtude da caridade é
recordada igualmente na Coleta, juntamente com a virtude da humildade.
Maria também é
lembrada como modelo na virtude da piedade, perseverando na oração com os
Apóstolos (At 1,14) e oferecendo continuamente a Deus o culto espiritual (Rm
12,1).
O Prefácio, por
fim, é inspirado na Exortação Apostólica Marialis Cultus, do Beato Paulo VI, nn. 16-21, nos quais Maria é apresentada como
modelo para a Igreja na celebração dos divinos mistérios: é a Virgem ouvinte
(n. 17), orante (n. 18), fecunda (n. 19), oferente (n. 20), vigilante. Em suma,
Maria “é modelo, sobretudo, daquele culto que consiste em
fazer da própria vida uma oferenda a Deus” (n. 21).
Antífona de entrada
Sois digna de
todo louvor, ó Santa Virgem Maria,
porque de vós
nasceu Jesus Cristo, nosso Deus
e resplandeceis
na Igreja como admirável exemplo de virtudes.
Oração do dia
Senhor Deus, que
nos destes a bem-aventurada Virgem Maria como exemplo de caridade sublime e de
profunda humildade, concedei à vossa Igreja que, prosseguindo como Maria no
mandamento do amor, se consagre à vossa glória e ao serviço dos homens, e seja,
em meio de todos os povos sacramento de vossa caridade. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas
Transformai,
Senhor, em sacramento de salvação os dons que apresentamos com alegria ao vosso
altar, celebrando a memória da Virgem Maria, que resplandece em vossa Igreja
como exemplo do verdadeiro culto espiritual, pelo qual nos devemos oferecer a
nós mesmos como vítima santa que vos agrade. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio
Senhor, Pai
santo, Deus eterno e onipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa
salvação dar-vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo, nosso Senhor;
Na vossa
infinita bondade destes à Igreja, Virgem e Mãe, como modelo do verdadeiro
culto, a Virgem Maria. Ela, virgem ouvinte, escuta com alegria as vossas
palavras e, guardando-as no coração, silenciosa as medita. Virgem orante, com
seu cântico de louvor exalta a vossa misericórdia, solícita intercede pelos
esposos em Caná e se associa no Cenáculo à oração dos Apóstolos. Virgem
fecunda, que dá à luz o Filho gerado por obra do Espírito Santo e, junto à
cruz, é proclamada Mãe do povo da nova aliança. Virgem oferente, vos apresenta
no templo seu Primogênito e, junto à árvore da vida, se une à sua oblação
redentora. Virgem vigilante, espera firmemente a ressurreição do seu Filho e
aguarda confiante a descida do Espírito Santo.
Por isso, com todos
os anjos e santos, proclamamos a vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz:
Antífona de Comunhão
Bendita sois
vós, Virgem Maria, cheia de graça.
Para vós
erguemos os nossos olhos,
porque para toda
a comunidade dos eleitos
brilhais como
exemplo de virtude.
Oração após a Comunhão*
Depois de
participarmos nos santos mistérios da vossa mesa, recebendo com espírito de
piedade o Corpo e o Sangue do vosso Filho, humildemente vos pedimos, Senhor,
que a vossa Igreja, contemplando a Santa Virgem Maria, seja sempre fervorosa na
fé, fortalecida na caridade e confirmada na esperança da futura glória. Por
Cristo, nosso Senhor.
Leitura: At 1,12-14 (“Perseveravam na oração em comum... com
Maria, Mãe de Jesus”)
Salmo: Sl 86,1-2.3.5.6-7 (R: v. 3)
Evangelho: Jo 2,1-11 (Bodas de Caná)
* Na oração após a Comunhão a Coletânea
apresenta a conclusão “Por nosso Senhor Jesus Cristo...”. Porém, esta conclusão
é própria das coletas. Aqui o correto é utilizar “Por Cristo, nosso Senhor”,
como indica a IGMR, n. 89.
Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora.
Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 109-111.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 143-146.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 143-146.
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