sexta-feira, 10 de junho de 2016

Papa eleva a memória de Santa Maria Madalena ao grau de Festa

Foi divulgado hoje, 10 de junho de 2016, um Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos determinando que, por expresso desejo do Papa Francisco, a Memória de Santa Maria Madalena, no dia 22 de julho, seja a partir de agora celebrada com o grau de Festa.


Segundo o Decreto, a elevação do grau de sua celebração deve-se a três fatores:
- primeiramente, para uma maior valorização da dignidade da mulher;
- em segundo lugar, para destacar a importância da nova evangelização: Maria Madalena é a primeira testemunha e  anunciadora da Ressurreição. Na expressão de Santo Tomás de Aquino, é a “apóstola dos Apóstolos”;
- e, por fim, esta mudança se insere no contexto do Ano da Misericórdia: ela é a “testemunha da divina misericórdia” como afirma São Gregório Magno, uma vez que foi testemunha tanto da Paixão do Senhor quanto de sua Ressurreição.

Quanto à Liturgia da Festa:

1. A partir de agora, canta-se ou reza-se o Glória.

2. As orações e as leituras para a Missa permanecem as mesmas: as orações do dia, sobre as oferendas e após a Comunhão conforme indicadas no Missal (pp. 618-619) e as leituras (Ct 3,1-4a ou 2Cor 5,14-17 / Sl 62(63),2-6.8-9 / Jo 20,1-2.11-18) indicadas no Lecionário Santoral (pp. 132-134).

3. Foi composto um novo Prefácio próprio para a Festa, intitulado “De Apostolorum apostola” (Apóstola dos Apóstolos). Contudo, só poderá ser usado em português quando uma tradução oficial for feita pela CNBB e aprovada pela Santa Sé. Por ora, podemos usar o Prefácio dos Santos I ou II (Missal Romano, p. 451-452) ou rezá-lo em latim:

Vere dignum et iustum est, aequum et salutáre, nos te, Pater omnípotens, cuius non minor est misericórdia quam potéstas, in ómnibus praedicáre per Christum Dóminum nostrum.
Qui in hortu maniféstus appáruit Maríae Magdalénae, quippe quae eum diléxerat vivéntem, in cruce víderat moriéntem, quaesíerat in sepúlcro iacéntem, ac prima adoráverat a mórtuis resurgéntem, et eam apostolátus offício coram apóstolis honorávit ut bonum novae vitae núntium ad mundi fines perveníret.
Unde et nos, Dómine, cum Angelis et Sanctis univérsis tibi confitémur, in exsultatióne dicéntes: Sanctus, Sanctus, Sanctus...

4. Para a Liturgia das Horas, permanecem os textos já utilizados. Toma-se o que faltar (salmodia e 1ª leitura do Ofício das Leituras, por exemplo) do Comum das Santas Mulheres.


Com informações do site da Santa Sé.

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