sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Celebrações do início de dezembro em Milão (2025)

O início de dezembro é marcado por duas importantes celebrações na Arquidiocese de Milão (Itália): a Solenidade de Santo Ambrósio, Bispo e Doutor da Igreja, co-padroeiro da Arquidiocese (junto com São Carlos Borromeu) no dia 07 e a Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria no dia 08.

Publicamos a seguir algumas imagens das celebrações neste ano de 2025, presididas pelo Arcebispo de Milão, Dom Mario Enrico Delpini, segundo o Rito Ambrosiano, próprio da Arquidiocese:

No domingo, dia 07, o Arcebispo presidiu a Missa na Basílica de Santo Ambrósio, precedida pela oração das I Vésperas com o tradicional “Discurso à cidade” na tarde da sexta-feira, dia 05 [1].

Na segunda-feira, dia 08, por sua vez, o Arcebispo presidiu a Missa da Imaculada na Catedral Metropolitana da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria, o Duomo de Milão.

05 de dezembro: I Vésperas e “Discurso à cidade”

Nesta celebração, como de costume, o Arcebispo usou uma estola que pertenceu a São Paulo VI (†1978), que antes de ser eleito Papa havia sido Arcebispo de Milão.

Discurso à cidade

Oração das Vésperas

07 de dezembro: Missa da Solenidade de Santo Ambrósio

Procissão com o Livro dos Evangelhos
Homilia

Solenidade da Imaculada Conceição em Manila (2025)

O Cardeal Jose Fuerte Advincula, Arcebispo de Manila (Filipinas), celebrou no dia 08 de dezembro de 2025 a Missa da Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria na Catedral Metropolitana da Imaculada Conceição em Manila:

Imagem da Imaculada
Procissão de entrada

Incensação do altar
Ritos iniciais

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Fotos da Homenagem do Papa à Imaculada (2025)

Na tarde da segunda-feira, 08 de dezembro de 2025, Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria, o Papa Leão XIV presidiu a tradicional homenagem à Imaculada na Praça da Espanha em Roma.

Como de costume, a celebração teve início com o sinal da cruz, a saudação e uma oração do Papa, que em seguida abençoou algumas flores a serem depositadas diante da imagem. Seguiram-se a Ladainha da Virgem Maria (do Ritual da Coroação), a oração do Papa e a bênção. Antes e após a celebração, por sua vez, foram entoados vários cantos marianos.

O Papa foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Didier Jean-Jacques Bouable. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Imagem da Imaculada
Chegada do Papa


Sinal da cruz

Oração do Papa Leão XIV à Imaculada (2025)

Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria
Ato de veneração à Imaculada
Oração do Papa Leão XIV
Praça da Espanha, Roma
Segunda-feira, 08 de dezembro de 2025

Ave, ó Maria!
Alegra-te, cheia de graça, daquela graça que, como luz gentil, torna radiantes aqueles sobre os quais reverbera a presença de Deus.

O Mistério envolveu-te desde o princípio, a partir do ventre da tua mãe começou a fazer em ti grandes coisas, que logo exigiram o teu consentimento, aquele “Sim” que inspirou muitos outros “sins”.

Imaculada, Mãe de um povo fiel, a tua transparência ilumina Roma com luz eterna, o teu caminho perfuma as suas ruas mais do que as flores que hoje te oferecemos.
Muitos peregrinos do mundo inteiro, ó Imaculada, percorreram as ruas desta cidade ao longo da história e neste ano jubilar.
Uma humanidade provada, por vezes esmagada, humilde como a terra da qual Deus a moldou e na qual não cessa de soprar o seu Espírito de vida.

Olha, ó Maria, para tantos filhos e filhas nos quais a esperança não se apagou: germine neles o que o teu Filho semeou, Ele, Palavra viva que em cada um pede para crescer ainda mais, para tomar carne, rosto e voz.
Que floresça a esperança jubilar em Roma e em todos os cantos da terra, esperança no mundo novo que Deus prepara e do qual tu, ó Virgem, és como a gema e a aurora.
Depois das Portas Santas, abram-se agora outras portas de casas e oásis de paz onde refloresça a dignidade, se eduque para a não violência, se aprenda a arte da reconciliação.

Venha o Reino de Deus, novidade que tanto esperaste e à qual te abriste inteiramente, desde criança, jovem mulher e mãe da Igreja nascente.
Inspira novas intuições à Igreja que caminha em Roma e às Igrejas particulares que em cada contexto recolhem as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos nossos contemporâneos, sobretudo dos pobres, e de todos aqueles que sofrem.
Que o Batismo gere homens e mulheres santos e imaculados, chamados a tornar-se membros vivos do Corpo de Cristo, um Corpo que age, consola, reconcilia e transforma a cidade terrena na qual se prepara a Cidade de Deus.
Intercede por nós, confrontados com mudanças que parecem encontrar-nos despreparados e impotentes.
Inspira sonhos, visões e coragem, tu que sabes melhor do que ninguém que nada é impossível para Deus e que Deus não faz nada sozinho.

Coloca-nos a caminho, com a pressa que um dia moveu os teus passos em direção à tua prima Isabel e a trepidação com que te tornaste exilada e peregrina, para seres abençoada, sim, mas entre todas as mulheres, primeira discípula do teu Filho, Mãe do Deus conosco.
Ajuda-nos a ser sempre Igreja com e entre as pessoas, fermento na massa de uma humanidade que invoca justiça e esperança.
Imaculada, mulher de infinita beleza, cuida desta cidade, desta humanidade.
Indica-lhe Jesus, leva-a a Jesus, apresenta-a a Jesus.
Mãe, Rainha da paz, roga por nós!


Fonte: Santa Sé.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Ângelus: Imaculada Conceição de Maria (2025)

Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria
Papa Leão XIV
Ângelus
Praça de São Pedro
Segunda-feira, 08 de dezembro de 2025

Hoje celebramos a Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria. Expressamos a nossa alegria porque o Pai do Céu a quis «inteiramente imune da mancha do pecado original» (cf. Beato Pio IX, Constituição Apostólica Ineffabilis Deus, 08 de dezembro de 1854), cheia de inocência e santidade para poder confiar-lhe, para a nossa salvação, «o seu Filho Unigênito... amado como a si mesmo» (ibid.).

O Senhor concedeu a Maria a graça extraordinária de um coração totalmente puro, em vista de um milagre ainda maior: a vinda ao mundo, como homem, do Cristo Salvador (cf. Lc 1,31-33). A Virgem recebeu esta notícia, com o espanto típico dos humildes, pela saudação do Anjo: «Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!» (v. 28), e com fé respondeu o seu “sim”: «Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra» (v. 38).

Comentando estas palavras, Santo Agostinho diz que «Maria acreditou e, aquilo em que acreditou, nela se realizou» (Sermão 215, 4). O dom da plenitude da graça, na jovem de Nazaré, pôde dar fruto porque ela, na sua liberdade, o acolheu abraçando o projeto de Deus. O Senhor age sempre assim: faz-nos grandes dons, mas deixa-nos livres para os aceitar ou não. Por isso Agostinho acrescenta: «Acreditemos também nós, para que o que se realizou [nela] possa beneficiar-nos também» (ibid.). Assim, esta festa, que nos alegra pela beleza imaculada da Mãe de Deus, convida-nos também a acreditar como ela acreditou, dando o nosso consentimento generoso à missão para a qual o Senhor nos chama.

O milagre que aconteceu a Maria na sua concepção renovou-se para nós no Batismo: lavados do pecado original, nos tornamos filhos de Deus, sua morada e templos do Espírito Santo. E como Maria, por graça especial, pôde acolher em si Jesus e doá-lo aos homens, assim «o Batismo permite que Cristo viva em nós e a nós que vivamos unidos a Ele, para colaborar na Igreja, cada um segundo a própria condição, para a transformação do mundo» (Francisco, Catequese, 11 de abril de 2018).

Caríssimos, grande é o dom da Imaculada Conceição, mas também é grande o dom do Batismo que recebemos! O “sim” da Mãe do Senhor é maravilhoso, mas o nosso “sim” também pode sê-lo, se renovado todos os dias com fidelidade, gratidão, humildade e perseverança, na oração e nas obras concretas de amor, desde os gestos mais extraordinários até os compromissos e serviços mais quotidianos, para que Jesus seja conhecido, acolhido e amado em toda a parte e a sua salvação chegue a todos.

Pedimos isso hoje ao Pai, por intercessão da Imaculada, enquanto rezamos juntos com as palavras nas quais ela mesma acreditou por primeiro.

Imaculada Conceição de Maria
(Raúl Berzosa Fernández)

Fonte: Santa Sé.

Catequeses do Jubileu 2025: Infância de Jesus 1

Ao longo do Jubileu Ordinário de 2025 os Papas Francisco (até sua morte em abril) e Leão XIV (a partir da sua eleição em maio) proferiram uma série de Catequeses inspiradas no “tema ” do Ano Santo, intituladas “Jesus Cristo, nossa esperança”.

A partir desta postagem gostaríamos de repropor essas reflexões, começando com a seção dedicada à infância de Jesus. Confira nessa primeira parte, portanto, as meditações sobre a genealogia de Jesus (Mt 1,1-17) e sobre a Anunciação a Maria (Lc 1,26-28).

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
Jubileu 2025: Jesus Cristo, nossa esperança
1.1. A infância de Jesus: Genealogia de Jesus (Mt 1,1-17)

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje começamos o ciclo de Catequeses que decorrerá durante todo o Ano Jubilar. O tema é “Jesus Cristo, nossa esperança”: com efeito, Ele é a meta da nossa peregrinação e Ele mesmo é o caminho, a estrada a percorrer.

A primeira parte tratará da infância de Jesus, que nos é narrada pelos Evangelistas Mateus e Lucas (cf. Mt 1–2; Lc 1–2). Os Evangelhos da infância narram a concepção virginal de Jesus e o seu nascimento do seio de Maria; evocam as profecias messiânicas que n’Ele se cumprem e falam da paternidade legal de José, que enxerta o Filho de Deus no “tronco” da dinastia davídica. Jesus nos é apresentado recém-nascido, menino e adolescente, submisso aos seus pais e, ao mesmo tempo, consciente de ser totalmente dedicado ao Pai e ao seu Reino. A diferença entre os dois Evangelistas é que, enquanto Lucas narra os acontecimentos com os olhos de Maria, Mateus o faz com os olhos de José, insistindo sobre uma paternidade realmente inédita.

Antepassados de Jesus (Michael Willmann)

Mateus começa o seu Evangelho e todo o cânon do Novo Testamento com a «origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão» (Mt 1,1). Trata-se de uma lista de nomes já presente nas Escrituras hebraicas, para mostrar a verdade da história e a verdade da vida humana. Com efeito, «a genealogia do Senhor é constituída a partir da história verdadeira, onde se encontram nomes no mínimo problemáticos e se sublinha o pecado do rei Davi (cf. Mt 1,6). Tudo, porém, se conclui e floresce em Maria e em Cristo (v. 16)» (Carta sobre a renovação do estudo da História da Igreja, 21 de novembro de 2024). Depois manifesta-se a verdade da vida humana que passa de geração em geração, confiando três elementos: um nome que encerra uma identidade e uma missão únicas; a pertença a uma família e a um povo; e, por último, a adesão de fé ao Deus de Israel.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Ângelus: II Domingo do Advento - Ano A (2025)

Papa Leão XIV
Ângelus
Praça de São Pedro
Domingo, 07 de dezembro de 2025

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
O Evangelho deste II Domingo do Advento anuncia-nos a vinda do Reino de Deus (Mt 3,1-12). Antes de Jesus, surge em cena o seu Precursor, João Batista. Ele pregava no deserto da Judeia, dizendo: «Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo!» (v. 1).

Todos os dias, na oração do Pai nosso, pedimos: «Venha a nós o vosso reino», como o próprio Jesus nos ensinou. E com essa invocação nos orientamos para o Novo que Deus tem reservado para nós, reconhecendo que o curso da história não é algo já determinado pelos poderosos deste mundo. Colocamos os nossos pensamentos e energias a serviço de um Deus que vem reinar não para nos dominar, mas para nos libertar. É um “evangelho”: uma verdadeira boa notícia, que nos motiva e nos envolve.

Certo, o tom do Batista é severo, mas o povo ouve-o porque nas suas palavras ouve ressoar o apelo de Deus para não brincar com a vida, para aproveitar o momento presente para se preparar para o encontro com Aquele que não julga com base nas aparências, mas nas obras e nas intenções do coração.

O próprio João ficará surpreso com a forma como o Reino de Deus se manifestará em Jesus Cristo: na mansidão e na misericórdia. O profeta Isaías compara-o a um rebento: uma imagem não de poder ou destruição, mas de nascimento e novidade. Sobre o rebento, que brota de um tronco aparentemente morto, começa a soprar o Espírito Santo com os seus dons (cf. Is 11,1-10). Cada um de nós pode pensar em uma surpresa semelhante que lhe aconteceu na vida.

É a experiência que a Igreja viveu no Concílio Vaticano II, que terminou há exatamente sessenta anos: uma experiência que se renova quando caminhamos juntos em direção ao Reino de Deus, todos ansiosos para acolhê-lo e servi-lo. Então, não só brotam realidades que pareciam fracas ou marginais, mas realiza-se o que humanamente se diria impossível. Com as imagens do profeta: «O lobo e o cordeiro viverão juntos e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão juntos e até mesmo uma criança poderá tangê-los» (Is 11,6).

Irmãos e irmãs, como o mundo precisa dessa esperança! Nada é impossível para Deus. Preparemo-nos para o seu Reino, o acolhamos. O Menino, Jesus de Nazaré, nos guiará! Ele, que se colocou nas nossas mãos, desde a noite do seu nascimento até a hora sombria da morte na cruz, brilha sobre a nossa história como o Sol nascente. Um novo dia começou: despertemos e caminhemos na sua luz!

Eis a espiritualidade do Advento, tão luminosa e concreta. As luzes ao longo das ruas lembram-nos que cada um de nós pode ser uma pequena luz, se acolher Jesus, rebento de um mundo novo. Aprendamos a fazê-lo com Maria, nossa Mãe, mulher da espera confiante e da esperança.

Pregação de São João Batista (Rembrandt)

Fonte: Santa Sé.