Prosseguindo com as reflexões do Papa Francisco sobre a infância de Jesus dentro do ciclo de Catequeses do Jubileu Ordinário de 2025, “Jesus Cristo, nossa esperança”, confira nesta postagem a quinta e a sexta meditações: o nascimento de Jesus e a visita dos pastores (Lc 2,1-20) e a visita dos Magos (Mt 2,1-12).
Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
Jubileu 2025: Jesus Cristo, nossa esperança
1.5. A infância de Jesus: O Nascimento e a visita dos pastores (Lc 2,1-20)
Caríssimos irmãos e irmãs, bom dia!
No nosso percurso jubilar de Catequeses sobre Jesus, nossa
esperança, meditemos hoje sobre o acontecimento do seu nascimento em Belém.
O Filho de Deus entra na história fazendo-se nosso
companheiro de caminho, e começa a viajar quando ainda está no seio materno. O
evangelista Lucas narra-nos que, assim que foi concebido, partiu de Nazaré para
a casa de Zacarias e Isabel; e depois, no final da gravidez, de Nazaré a Belém,
para o recenseamento. Maria e José são obrigados a ir para a cidade do rei
Davi, onde também José tinha nascido. O Messias tão esperado, o Filho do Deus Altíssimo,
deixa-se contabilizar, isto é, ser contado e registrado, como qualquer cidadão.
Submete-se ao decreto de um imperador, César Augusto, que se julga senhor de
toda a terra.
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| Adoração dos pastores (Murillo) |
Lucas insere o nascimento de Jesus em um «tempo que se pode
datar com precisão» e em um «ambiente geográfico exatamente definido», de modo
que «o universal e o concreto tocam-se mutuamente» (Bento XVI, A
infância de Jesus, 2012, 57). Deus que entra na história não desarticula as
estruturas do mundo, mas quer iluminá-las e recriá-las desde dentro.
Belém significa «casa do pão». Foi ali que se cumpriram os
dias do parto para Maria e foi ali que nasceu Jesus, pão descido do céu para
saciar a fome do mundo (cf. Jo 6,51). O anjo Gabriel
tinha anunciado o nascimento do Rei messiânico no sinal da grandeza: «Eis que
conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será
grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de
seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu
reino não terá fim» (Lc 1,31-33).