41. Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da consolação
(Para o Tempo Comum)
Introdução
As intervenções
do Deus misericordioso em favor do seu povo que sofre são lidas na Sagrada
Escritura como “consolações de Deus”. A maior consolação que Ele nos enviou foi
seu próprio Filho, Jesus Cristo, que veio para consolar os aflitos de coração
(Is 61,2; Mt 5,4).
Também a Virgem
Maria é chamada com razão “Mãe da consolação” e “Consoladora dos aflitos”, pois
através dela Deus enviou seu Filho, consolação do seu povo (cf. Coleta). Sob
este título a Virgem é venerada em muitos lugares, sobretudo no Santuário a ela
dedicada em Turim, e em muitas famílias religiosas, como a Ordem de Santo
Agostinho e o Instituto das Missões da Consolata.
Maria, aos pés
da cruz, é presença consoladora junto ao seu Filho, embora ela mesma sofresse
dores atrozes; e “na ressurreição dele foi por Deus consolada” (cf. Prefácio).
Depois da Ascensão, “pediu instantemente e esperou confiante o Espírito da
consolação e da paz” (ibidem).
Assim, consolada
por Deus, Maria também é capaz de consolar “com maternal amor a todos os que
com fé a invocam” (ibidem). Por isso,
o Concílio Vaticano II, na Constituição Lumen
Gentium (n. 68), afirma que a Virgem Maria “brilha como sinal de
esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrino, até que
chegue o dia do Senhor”.
Antífona de entrada (2Cor 1,3)
Bendito seja
Deus, o Pai das misericórdias
e Deus de toda
consolação
que nos consola
em todas as tribulações.
Oração do dia
Ó Deus, que pela
Virgem Maria vos dignastes mandar Jesus, consolação do vosso povo, concedei
que, por sua intercessão materna, sejamos repletos de vossa consolação para que
possamos, por vós consolados, consolar os nossos irmãos. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas
Recebei, Pai
santo, a humilde oferenda que trazemos com alegria ao vosso altar ao
celebrarmos a memória da Virgem Maria, e fazei que, associados ao sacrifício de
Cristo, experimentemos a consolação temporal e a salvação eterna. Por Cristo,
nosso Senhor.
Prefácio
Na verdade, Pai
santo, Deus eterno e todo-poderoso, é nosso dever dar-vos graças, é nossa
salvação dar-vos glória, e oferecer-vos um hino de glorificação e louvor, por
Cristo Senhor nosso.
A Ele, consolador
do mundo, a bem-aventurada Virgem recebeu com alegria, e o gerou nas puríssimas
entranhas. Junto da cruz do Filho, suportou dores muito atrozes, e na
ressurreição dele foi por vós consolada. Rezando com os Apóstolos, pediu
instantemente e esperou confiante o Espírito da consolação e da paz. E agora,
elevada ao céu, consola com maternal amor a todos os que com fé a invocam, até
que brilhe o dia glorioso do Senhor.
Por isso, com
todos os santos e anjos, vos louvamos sem cessar, cantando (dizendo):
Antífona de Comunhão (cf. Sl
86/87,3.7)
Grandes coisas
se dizem de vós, ó Santa Virgem Maria:
alegremente
cantamos: “Todas as minhas fontes estão em vós”.
Oração após a Comunhão
Restaurados
pelos alimentos pascais, nós vos rogamos, Senhor, que cultuando a memória da
Mãe de vosso Filho, e experimentando cada dia o mistério da morte em nosso
corpo, apoiados na esperança do alto manifestemos cada dia o anúncio da
ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.
Leitura: Is 61,1-3.10-11 (“O Senhor me ungiu, enviou-me para dar a
boa-nova aos humildes”) ou 2Cor
1,3-7 (“Ele nos consola em todas as
nossas aflições”)
Salmo: Is 12,1.2-3.4bcd.5-6 (R: v. 3)
Evangelho: Mt 5,1-12 (Bem-aventuranças) ou Jo 14,15-21.25-27 (“Eu
rogarei ao Pai e Ele vos dará um outro Defensor”)
Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora.
Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 170-174.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB:
Brasília, 2016, pp. 211-213.
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