Com a Solenidade
de Pentecostes o círio pascal é retirado do presbitério e conduzido ao
batistério, onde permanece ao longo de todo o ano para ser aceso durante o
Batismo. Como indica a Carta Circular Paschalis Solemnitatis, da Congregação
para o Culto Divino (n. 99), ao referir-se ao Tempo Pascal:
“O círio pascal, colocado junto do ambão ou perto do altar, permaneça
aceso ao menos em todas as celebrações litúrgicas mais solenes deste tempo,
tanto na missa como nas laudes e vésperas, até ao domingo de Pentecostes,
Depois, o círio é conservado com a devida honra no batistério, para acender
nele os círios dos neo-batizados. Na celebração das exéquias o círio pascal
seja colocado junto do féretro, para indicar que a morte é para o cristão a sua
verdadeira Páscoa. Fora do tempo da Páscoa não se acenda o círio pascal nem
seja conservado no presbitério”
O gesto de apagar e
retirar o círio pascal do presbitério na Solenidade de Pentecostes costuma ser solenizado em
alguns lugares. Contudo, tal gesto não deve ser acompanhado de orações, uma vez
que não há nenhum formulário aprovado pela autoridade competente, isto é, a
Santa Sé.
Portanto, tal rito deve ser feito em silêncio ou acompanhado de um canto de índole pascal ou pneumatológica (relativa ao Espírito Santo).
Portanto, tal rito deve ser feito em silêncio ou acompanhado de um canto de índole pascal ou pneumatológica (relativa ao Espírito Santo).
“Na verdade, o círio pascal é apagado, para
simbolizar a conclusão da presença visível do Senhor e o início daquela invisível
por obra do Espírito. Esse gesto indica a diferença entre Páscoa e Pentecostes”
Dom Peter
Elliot, em seu livro Ceremonies of the
Liturgical Year According to the Modern Roman Rite dá a seguinte sugestão:
“Após a despedida, o incenso é preparado e
abençoado. O diácono (ou, em sua falta, o celebrante) leva o Círio Pascal, e,
precedido pelo turiferário, cruciferário e ceroferários (preferencialmente sem
as velas), carrega-o até o batistério, onde é colocado em seu castiçal ou
suporte. O celebrante pode incensá-lo com três ductos; então a procissão
retorna à sacristia ou sala das vestimentas, como de costume. O Círio deverá
ser apagado quando todo o povo tiver saído da igreja.”
(Trecho publicado no blog Salvem a Liturgia)
Foi a partir de
tal sugestão que a cerimônia realizou-se no Seminário São José (Arquidiocese de
Curitiba) no dia 31 de maio de 2009, Solenidade de Pentecostes. Presidiu as II
Vésperas da Solenidade e a Bênção do Santíssimo Sacramento o então reitor do Seminário:
Hino das Vésperas: Veni Creator |
Bênção do Santíssimo Sacramento |
Incensação do círio pascal |
Procissão ao batistério |
Deposição do círio no batistério e apagar da chama |
Boa tarde André, tudo bom ? O rito para apagar o Círio já esta no missal atualmente, porém tenho uma dúvida, este rito pode ser feito na missa da Vigilia tb, pq celebraremos a missa da vigilia no sabado as 19h e 3 missas no domingo - missa do dia...em qual momento apagar o cirio?
ResponderExcluirEm todas as missas, na ultima ?
Qual orientação?
Obrigado!
O círio pascal deve ser apagado na última missa do domingo de pentecostes.
ExcluirDesculpe a demora em responder.
ExcluirAs normas não especificam, mas o mais adequado parece ser realizar esse gesto apenas na última Missa do Domingo de Pentecostes, marcando realmente a conclusão do Tempo Pascal.
Obrigado André pelo retorno, quando você menciona que a norma não especifica, qual norma seria essa ?
ResponderExcluirPois o rito para apagar o Círio não é sobre Piedade Popular ?
Eu quis dizer que não há uma norma sobre como apagar o círio, apenas quando (Paschalis Solemnitatis, n. 99).
ExcluirNão creio que esse gesto se classifique como piedade popular. Está mais para "paraliturgia".