- Todo o necessário para a celebração da Missa (Na patena, uma hóstia
a ser consagrada para a procissão);
- Turíbulo com naveta do incenso e colher. Para a procissão, dois
turíbulos e duas navetas, se houver;
- Cruz processional;
- Dois a seis castiçais com velas;
- Missal Romano;
- Livro dos Evangelhos;
- Sinetas;
- Ostensório;
- Capa pluvial e véu umeral (brancos/cor festiva);
- Quatro ou seis tochas;
- Pálio, se houver;
- Texto da Bênção do Santíssimo Sacramento;
- Teca (se necessário);
- Quatro ou seis castiçais sobre o altar ou junto dele.
Celebração Eucarística
A celebração inicia-se com a procissão de entrada, na
seguinte ordem:
- Turiferário e naveteiro;
- Cruciferário ladeado pelos acólitos com castiçais;
- Acólitos e demais ministros;
- Diácono (se houver) com o Livro dos Evangelhos;
- Sacerdote.
Chegando ao
altar, o sacerdote o venera e incensa, como de costume. Seguem-se os ritos
iniciais, como de costume: sinal da cruz, saudação presidencial, Ato Penitencial, Glória e Oração do dia.
As leituras, o
salmo e o Evangelho são proclamados como de costume, inclusive com a procissão
de incenso e velas ao Evangelho. Acrescenta-se, se for oportuno, o canto ou
recitação da Sequência após a segunda leitura. A Sequência é proferida por um
leitor ou cantada por um cantor do ambão ou de outro lugar oportuno. Durante a
Sequência todos permanecem sentados.
Após a homilia
segue-se a Profissão de fé e a Oração Universal. Ao Ofertório, é
conveniente organizar uma procissão dos fieis que trazem ao altar os dons do
pão e do vinho (âmbulas e galhetas). A apresentação das oferendas faz-se como
de costume, inclusive com o uso do incenso.
O Prefácio a ser
utilizado é o da Santíssima Eucaristia I ou II. Toma-se a Oração
Eucarística I ou III. Durante o Santo, faz-se a procissão com incenso e
velas e tocam-se as sinetas após a Consagração. Nesta celebração, convém que
todos possam receber a comunhão sob as duas espécies.
Procissão Eucarística
Após
a comunhão dos fiéis, deixa-se sobre o altar um corporal estendido e o ostensório
vazio. Em tempo oportuno o diácono ou o próprio sacerdote
depõe a hóstia no ostensório, faz a devida genuflexão e dirige-se ao seu lugar.
O sacerdote, ao chegar à sua sede, depõe a casula e reveste o pluvial ou, se
preferir, veste o pluvial após a Oração depois da Comunhão.
Recitada a
Oração depois da Comunhão, o sacerdote dirige-se para a frente do altar e os
acólitos trazem um ou dois turíbulos. O sacerdote impõe o incenso no(s)
turíbulo(s) e, ajoelhado no genuflexório preparado, toma um turíbulo e incensa
o Santíssimo Sacramento.
Em seguida,
recebe o véu umeral, genuflete e toma o ostensório nas mãos
cobertas com o véu. Tem início então a Procissão Eucarística, na seguinte
ordem:
- Cruciferário
ladeado pelos acólitos com velas acesas;
- Acólitos
e demais ministros, com velas acesas nas mãos;
- Turiferário(s)
e naveteiro(s);
- Sacerdote
com o Santíssimo Sacramento, ladeado por quatro ou seis acólitos com
tochas e encimado pelo pálio, se houver;
- Fieis, que podem levar velas acesas nas mãos.
É
conveniente que a procissão dirija-se de uma igreja a outra. Se não for
possível, que retorne à mesma igreja ou ainda que se encerre em outro lugar
digno, como em uma praça. Se for este o caso, que se prepare uma mesa ornada de
toalha branca, quatro ou seis castiçais com velas e flores.
Durante a procissão cantam-se cantos
eucarísticos e proferem-se orações adequadas. Pode-se parar durante a procissão
nas chamadas “estações” e inclusive dar a bênção eucarística. Conserve-se
igualmente o costume de enfeitar as ruas do trajeto da procissão com tapetes,
feitos dos mais diversos materiais.
Ao chegar ao altar da bênção, seja ele na
igreja ou em outro lugar digno, o sacerdote depõe o ostensório sobre o altar
(ou sobre a mesa), depõe o véu umeral e ajoelha-se no genuflexório preparado.
Tendo todos também ajoelhado (na medida do possível quando trata-se de lugar fora
da igreja), o sacerdote incensa o Santíssimo Sacramento enquanto entoa-se o hino “Tão sublime
Sacramento” (Tantum ergo):
Tão sublime Sacramento
adoremos
neste altar
Pois o Antigo Testamento
Pois o Antigo Testamento
deu
ao Novo o seu lugar.
Venha a fé por suplemento
Venha a fé por suplemento
os
sentidos completar.
Ao eterno Pai cantemos
Ao eterno Pai cantemos
e a
Jesus o Salvador.
Ao Espírito exaltemos
Ao Espírito exaltemos
na
Trindade eterno amor.
Ao Deus uno e trino demos
Ao Deus uno e trino demos
a
alegria do louvor. Amém.
Tantum ergo Sacramentum
Veneremur, cernui:
Et antiquum documentum
Novo cedat ritui;
Praestet fides supplementum
Sensuum defectui.
Veneremur, cernui:
Et antiquum documentum
Novo cedat ritui;
Praestet fides supplementum
Sensuum defectui.
Genitori, Genitoque
Laus et iubilatio,
Salus, honor, virtus quoque
Sit et benedictio:
Procedenti ab utroque
Compar sit laudatio. Amen.
Laus et iubilatio,
Salus, honor, virtus quoque
Sit et benedictio:
Procedenti ab utroque
Compar sit laudatio. Amen.
Em seguida,
ainda de joelhos, o sacerdote profere a invocação: “Do céu lhes destes o Pão” e a assembleia responde “Que contém todo sabor”. Em
seguida levanta-se e profere a seguinte oração:
Senhor Jesus Cristo, neste admirável
Sacramento nos deixastes o memorial de vossa paixão. Dai-nos venerar com tão
grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher
continuamente os frutos da vossa Redenção. Vós que viveis e reinais para
sempre. Amém.
O sacerdote celebrante
recebe novamente o véu umeral e, dirigindo-se ao altar, toma o ostensório e faz
com ele o sinal da cruz sobre o povo, em silêncio. Enquanto isso, o Santíssimo
Sacramento é incensado e tocam-se as sinetas.
O sacerdote
repõe o ostensório sobre o altar, ajoelha-se novamente no genuflexório e diz
com o povo as seguintes orações:
Bendito seja Deus.
Bendito seja seu santo nome.
Bendito seja seu santo nome.
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e
verdadeiro homem.
Bendito seja o nome de Jesus.
Bendito seja o seu sacratíssimo Coração.
Bendito seja seu preciosíssimo Sangue.
Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar.
Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.
Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria Santíssima.
Bendita seja a sua santa e Imaculada Conceição.
Bendita seja a sua gloriosa Assunção. Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe.
Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.
Bendito seja Deus nos seus anjos e nos seus santos.
Bendito seja o nome de Jesus.
Bendito seja o seu sacratíssimo Coração.
Bendito seja seu preciosíssimo Sangue.
Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar.
Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.
Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria Santíssima.
Bendita seja a sua santa e Imaculada Conceição.
Bendita seja a sua gloriosa Assunção. Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe.
Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.
Bendito seja Deus nos seus anjos e nos seus santos.
Deus e Senhor nosso, protegei a vossa
Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros. Derramai as vossas bênçãos
sobre o nosso Santo Padre, o Papa, sobre o nosso (Arce)Bispo (e seu Bispo Auxiliar/seus Bispos Auxiliares), sobre o nosso pároco, sobre todo o clero, sobre o(a) chefe da nação e
do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade, para que governem
com justiça. Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa.
Favorecei com os efeitos contínuos de vossa bondade o Brasil, este (arce)bispado,
a paróquia em que habitamos, cada um de nós em particular e todas as pessoas
por quem somos obrigados a orar, ou que se recomendaram às nossas orações.
Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes,
Senhor, o descanso e a luz eterna. Amém.
Reza-se então um
Pai Nosso, uma Ave Maria e uma pequena doxologia (Glória ao Pai...) nas
intenções do Santo Padre, o Papa Bento XVI. Em seguida, o diácono ou o próprio
sacerdote retira o Santíssimo Sacramento do ostensório e o repõe no sacrário. Se
a celebração encerrou-se fora da igreja, o diácono ou o sacerdote põe a hóstia
em uma teca e o diácono ou outro ministro leva o Santíssimo Sacramento
respeitosamente de volta à igreja, enquanto os outros ministros levam as demais
alfaias.
A celebração
encerra-se com a procissão de saída, na mesma ordem da procissão de entrada, se
a celebração encerrou-se em uma igreja. Se a celebração encerrou-se fora da
igreja, os ministros podem retornar processionalmente à igreja.
REFERÊNCIAS:
SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA O
CULTO DIVINO. Cerimonial dos Bispos, Cerimonial da Igreja: Tradução
portuguesa da Edição Típica. São Paulo: Paulus, 2004 (3ª edição).
SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA O
CULTO DIVINO. Missal Romano: Tradução portuguesa da 2ª Edição Típica para o
Brasil. São Paulo: Paulus, 2006 (10ª edição).
Excelente
ResponderExcluirMuito bem explicado. Não tem como errar.
ResponderExcluirMuito bom. Muito bem explicado todos os detalhes.
ResponderExcluirEsse conteúdo e exelente, recomendo muito
ResponderExcluirBoa tarde.
ResponderExcluirQual documento esta escrito essa ordem na procissão?
O Evangeliário é sempre a frente do Padre?
A ordem das procissões é descrita no Cerimonial dos Bispos (a procissão de Corpus Christi é referida no n. 391).
ExcluirO diácono com o Livro dos Evangelhos, como indica o mesmo Cerimonial dos Bispos (n. 128), caminha antes dos demais diáconos. Se não houver outros diáconos e/ou concelebrantes, o diácono com o Livro dos Evangelhos vai à frente do sacerdote.
Obrigado André, e se for um leitor com o Evangeliário, este também vai a frente do Sacerdote?
ResponderExcluirSim, se não houver diácono um leitor pode levar o Evangeliário diante do sacerdote, como indicado na Instrução Geral do Missal Romano, 3ª edição, n. 194.
ExcluirBom dia André.
ResponderExcluirSempre que houver turíbulo, quando os coroinhas incensam os dons na consagração.
O turíbulo é os tolhidos devem ir a frente do presbitério já na hora do Santo e se ajoelham na Epiclese, qual significado de eles irem na hora do Santo ?
Trata-se de um paralelo com a aclamação ao Evangelho. A procissão com incenso e velas acompanha o canto em louvor ao Senhor, tanto na aclamação como no Sanctus.
ExcluirCerto...qual documento e parágrafo está descrito ?
ExcluirOs livros litúrgicos não mencionam explicitamente a procissão com velas na consagração, apenas a incensação (Cerimonial dos Bispos, n. 155; Instrução Geral do Missal Romano, 3ª edição, nn. 150.276), indicando que se há um diácono disponível, é este que incensa.
ExcluirA procissão com velas no Sanctus é mais um costume do que uma norma, em paralelo com a aclamação ao Evangelho, como indiquei na resposta anterior, esta sim mencionada explicitamente (Cerimonial dos Bispos, n. 140; IGMR, nn. 133.175).
Turibulo e tocheiros
ResponderExcluirGostaria de saber quem pode carregar o palio que cobre o santíssimo , sendo sustentado por quatro bastões ???
ResponderExcluirOs livros litúrgicos não especificam quem deve carregar o pálio. Em tese poderia ser qualquer fiel.
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