Publicamos aqui o texto sobre a reforma litúrgica do Vaticano II publicado pela Rádio Vaticano no dia 25 de outubro:
Na edição de hoje deste nosso espaço damos continuidade ao
tema da reforma litúrgica trazida pelo Concílio Vaticano II. O tema do programa passado foi “A excelência e a eficácia da Liturgia". Vimos como ela, como exercício da função sacerdotal de Cristo cabeça,
realiza em modo próprio a cada um, a santificação dos homens, membros do Corpo
Místico”.
Na edição de hoje, Padre Gerson Schmidt nos traz a reflexão
sobre “Dez aspectos da renovação litúrgica do Concílio”:
"Na Constituição Sacrosanctum Concilium se apresentam diversos
aspectos para que a renovação litúrgica aconteça. Afirma-se no número 21 da SC:
“A santa mãe Igreja, para permitir ao povo cristão o acesso mais seguro à
abundância de graças que a liturgia contém, deseja fazer uma acurada reforma
geral da liturgia".
Na verdade, a Liturgia compõe-se de uma parte imutável,
porque de instituição divina, e de partes suscetíveis de mudanças. Estas, com o
passar dos tempos, podem ou mesmo devem variar, se nelas se introduzirem
elementos que menos correspondam à natureza íntima da própria liturgia, ou se
estes se tenham tornado menos oportunos.
Nesta reforma, porém, o texto e as cerimônias devem
ordenar-se de tal modo, que de fato exprimam mais claramente as coisas santas
que eles significam e o povo cristão possa compreendê-las facilmente, à medida
do possível, e também participar plena e ativamente da celebração comunitária.
Nos interessa aqui de modo particular essa frase: o texto e as cerimônias (da
liturgia) devem ordenar-se de tal modo, que de fato exprimam mais claramente as
coisas santas.
Diante da controvérsia luterana, sabemos que na história, na Liturgia, se acentuou demasiadamente no catolicismo o princípio da eficácia do
sacramento, em detrimento aos sinais litúrgicos e celebrativos – dessa clareza
pedida pela SC. Se acentuou muito a frase: “ex
opere operato” – frase latina que traduzida significa realizar com eficácia
o que significa e simboliza o sacramento. Bastava o padre celebra ex opere operato havendo matéria e forma
do sacramento para que se realize o que opera pelo sacramento. Por causa dessa
eficácia operante, não se deu mais tanta importância aos sinais litúrgicos e
essa expressão mais clara das coisas santas (SC, 21), pedida pelo
Concílio.
Por isso, é possível entender o apelo dos padres conciliares:
“Nesta reforma, porém, o texto e as cerimônias devem ordenar-se de tal modo,
que de fato exprimam mais claramente as coisas santas que eles significam e o
povo cristão possa compreendê-las facilmente, à medida do possível, e também
participar plena e ativamente da celebração comunitária”. Ou seja, a
importância dos sinais – não só da eficácia sacramental.
Nessa reforma do Concílio, percebemos 10 aspectos de
renovação, a partir da Constituição Sacrosanctum
Concilium, que aqui enumeramos:
1. O valor da assembleia litúrgica - CIC 1141; 1142; SC 07
2. O uso da língua vernácula - SC 36; 63
3. A importância das duas espécies eucarísticas, Pão e Vinho
- SC 55; Missal Romano 240, 241, 14, 283.
5. A participação ativa dos fiéis - SC 48,14,19,30,50
8. A importância da Oração Universal (Preces) - SC 53;
Missal 46
9. A valorização da Vigília Pascal - SC 102
10. O Mistério Pascal como centro - SC 47, 05,06
Nesse espaço "Memória Histórica", queremos ir nos adentrando em cada um desses aspectos.
Nesse espaço "Memória Histórica", queremos ir nos adentrando em cada um desses aspectos.
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