Continuando as postagens sobre as reflexões litúrgicas publicadas pela Rádio Vaticano, segue o texto divulgado na quarta-feira dia 18 de outubro:
No
nosso espaço “Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II”, vamos
continuar a tratar no programa de hoje sobre a renovação litúrgica trazida pelo
Concílio.
No programa passado, Padre Gerson Schmidt nos trouxe em sua reflexão as cinco maneiras de
Cristo estar presente na celebração eucarística: pelo ministro que celebra, nas
espécies eucarísticas, nos sacramentos, na Palavra e na comunidade de amor.
Na
edição de hoje deste nosso espaço, o sacerdote incardinado na Arquidiocese de
Porto Alegre nos fala sobre “Excelência e eficácia da Liturgia”:
“Comentamos anteriormente as presenças de Cristo na Liturgia, na ação eucarística,
comentando a Constituição Sacrossanctum
Concilium, sobre a renovação da Liturgia, em seu número 7. Neste
número fala de 5 presenças de Cristo na liturgia, em especial na Santa Missa:
Presente Cristo na liturgia pelo ministro que celebra, presente na espécies
eucaristias, no sacramento como tal, na sua palavra e na comunidade de dois ou
mais reunidos em seu nome. Arriscamos ainda em afirmar aqui, nesse espaço, uma
sexta presença de Cristo pelo amor vivido, construído, celebrado. Onde está o
amor, ali está Deus.
Na
segunda parte desse número 07 da Sacrossanctum Concilium há
algo importante que gostaríamos aqui de destacar. Diz assim o documento
conciliar da renovação litúrgica:
“Com
razão, portanto, a liturgia é considerada como exercício da função sacerdotal
de Cristo. Ela simboliza através de sinais sensíveis e realiza em modo próprio
a cada um a santificação dos homens; nela o corpo místico de Jesus Cristo,
cabeça e membros, presta a Deus o culto público integral. Por isso, toda
celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote e do seu corpo, que é a
Igreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia nenhuma outra
ação da Igreja iguala, sob o mesmo título e grau” (SC, 07).
Em
outras palavras: A liturgia, como exercício da função sacerdotal de Cristo
cabeça realiza, em modo próprio a cada um, a santificação dos homens, membros
do Corpo Místico. Diz mais nessa declaração conciliar: que não existe outra
ação da Igreja mais eficaz e sagrada do que a Santa Missa. Palavras textuais do
SC: “é uma ação sagrada por excelência”. É o ponto de convergência de toda a ação
da Igreja.
A
Eucaristia é cume e ápice de toda a obra da Igreja, de toda a ação pastoral, de
toda a obra de evangelização. É o que vemos claramente descrito, um pouco mais
adiante, no número 10 da SC: “Contudo, a Liturgia é o cimo - o cume para
o qual se dirige a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte donde emana
toda a sua força.
Na
verdade, o trabalho apostólico ordena-se a conseguir que todos os que se
tornaram filhos de Deus pela fé e pelo batismo, se reúnam em assembleia, louvem
a Deus na Igreja, participem no sacrifício e comam a Ceia do Senhor” (SC,10).
E completa esse mesmo número assim: “Da liturgia, portanto, e particularmente
da eucaristia, como de uma fonte, corre sobre nós a graça, e por meio dela
conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo e a
glorificação de Deus, a que se ordenam como a seu fim todas as outras obras da
Igreja”.
Tudo
emana, converge e se impulsiona por meio da Eucaristia. “A missa é um ato
divino em volta do qual gravita a vida da Igreja, e de que é a irradiação: o
Centro onde ela recebe todos os impulsos e para o qual ela tende sem cessar; a
nascente viva de onde ela emana e o oceano onde regressa. É sacrifício de
Redenção, simultaneamente eterno e perpetuado no tempo, no Céu diante de Deus,
na terra entre nós [1] .
[1]
Jean du Ceur de Jesus D’elbée, Confiar no amor - Retiro de Vida
Interior, tradução Maria da Soledade, Livraria Apostolado da
Imprensa, Porto, pp. 178-179.
Fonte: Rádio Vaticano - Programa Brasileiro
Fonte: Rádio Vaticano - Programa Brasileiro
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