terça-feira, 30 de setembro de 2025

Ângelus: XXV Domingo do Tempo Comum - Ano C (2025)

Papa Leão XIV
Ângelus
Praça de São Pedro
Domingo, 21 de setembro de 2025

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
A parábola que ouvimos hoje no Evangelho (Lc 16,1-13) nos faz refletir sobre o uso dos bens materiais e, de um modo geral, sobre como temos administrado o bem mais precioso de todos, que é a nossa própria vida.

Nessa história, vemos que um administrador é chamado pelo seu senhor a «prestar contas». Trata-se de uma imagem que nos diz algo importante: não somos senhores da nossa vida, nem dos bens de que usufruímos; tudo nos foi dado como dom pelo Senhor, que confiou este patrimônio ao nosso cuidado, à nossa liberdade e responsabilidade. Um dia seremos chamados a prestar contas do modo como administramos a nossa vida, os nossos bens e os recursos da terra, tanto perante Deus como perante os seres humanos, a sociedade e, sobretudo, aqueles que virão depois de nós.

O administrador da parábola procurava simplesmente o próprio lucro, mas, ao chegar o dia em que a administração lhe é retirada e tem de prestar contas, deve pensar no que fazer em relação ao seu futuro. Nessa situação difícil, ele compreende que o mais importante não é a acumulação de bens materiais, porque as riquezas deste mundo são passageiras; então, concebe uma ideia brilhante: chama os devedores e «abate» as suas dívidas, renunciando, portanto, à parte que lhe caberia. Desta maneira, ele perde riqueza material, mas ganha amigos, que estarão prontos a ajudá-lo e apoiá-lo.

A partir dessa história, Jesus nos exorta: «Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas» (v. 9).

Com efeito, se o administrador da parábola, mesmo na gestão da riqueza desonesta deste mundo, consegue encontrar uma maneira de fazer amigos, saindo da solidão do seu egoísmo, mais ainda nós, que somos discípulos e vivemos à luz do Evangelho, devemos usar os bens do mundo e a nossa própria vida pensando na verdadeira riqueza, que é a amizade com o Senhor e com os irmãos.

Caríssimos, a parábola convida a nos perguntarmos: como estamos administrando os bens materiais, os recursos da terra e a vida que Deus nos confiou? Podemos seguir o critério do egoísmo, colocando a riqueza em primeiro lugar e pensando apenas em nós mesmos; mas isto nos isola dos outros e espalha o veneno de uma competição que muitas vezes gera conflitos. Ou podemos reconhecer tudo o que temos como um dom de Deus a ser administrado, e usá-lo como instrumento de partilha para criar redes de amizade e solidariedade, para edificar o bem, para construir um mundo mais justo, equitativo e fraterno.

Rezemos à Santíssima Virgem, para que interceda por nós e nos ajude a administrar bem o que o Senhor nos confia, com justiça e responsabilidade.

O administrador infiel
(Andrei Mironov)

Fonte: Santa Sé.

Missa do XXV Domingo do Tempo Comum no Vaticano (2025)

No dia 21 de setembro de 2025 o Papa Leão XIV celebrou a Missa do XXV Domingo do Tempo Comum (Ano C) na Paróquia Pontifícia de Santa Ana no Vaticano, assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli.

A igreja de Sant'Anna dei Palafrenieri foi elevada a Paróquia pelo Papa Pio XI em 1929, sendo confiada à Ordem de Santo Agostinho, à qual pertence o Papa Leão XIV.

O Papa reza diante do Santíssimo Sacramento
Ritos iniciais
Liturgia da Palavra
Evangelho

Homilia do Papa: XXV Domingo do Tempo Comum - Ano C (2025)

Missa do XXV Domingo do Tempo Comum (Ano C)
Homilia do Papa Leão XIV
Paróquia de Santa Ana no Vaticano
Domingo, 21 de setembro de 2025

Queridos irmãos e irmãs!
Estou particularmente feliz por presidir esta Eucaristia na Paróquia Pontifícia de Santa Ana. Saúdo com gratidão os religiosos agostinianos que prestam aqui o seu serviço, em particular o Pároco, Padre Mario Millardi, bem como o novo Prior-Geral da Ordem, que está hoje aqui conosco, Padre Joseph Farrell; e quero saudar também o Padre Gioele Schiavella, que acabou de completar a venerável idade de 103 anos.

Esta igreja ergue-se em uma posição especial, que é também uma chave para o ministério pastoral que aqui se desempenha: estamos, por assim dizer, “na fronteira”, e diante de Santa Ana passam quase todos aqueles que entram e saem da Cidade do Vaticano. Há quem passe por trabalho, quem como hóspede ou peregrino, quem com pressa, quem com ansiedade ou serenidade. Que cada um possa experimentar que aqui há portas e corações abertos à oração, à escuta e à caridade!


A propósito, o Evangelho que acaba de ser proclamado (Lc 16,1-13) leva-nos a examinar com atenção a nossa ligação com o Senhor e, portanto, entre nós. Jesus coloca uma alternativa muito clara entre Deus e a riqueza, pedindo-nos que tomemos uma posição clara e coerente. «Ninguém pode servir a dois senhores», portanto «não podeis servir a Deus e à riqueza» (v. 13). Não se trata de uma escolha contingente, como tantas outras, nem de uma opção a ser revisada ao longo do tempo, dependendo das situações. É preciso decidir um verdadeiro estilo de vida. Trata-se de escolher onde colocar o nosso coração, de esclarecer quem amamos sinceramente, a quem servimos com dedicação e qual é realmente o nosso bem.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Fotos da Vigília do Jubileu da Consolação (2025)

Na tarde da segunda-feira, 15 de setembro de 2025, Memória de Nossa Senhora das Dores, o Papa Leão XIV presidiu uma Vigília de Oração na Basílica de São Pedro por ocasião do Jubileu da Consolação, análoga à “Vigília para enxugar as lágrimas” celebrada durante o Jubileu Extraordinário da Misericórdia em 2016.

A celebração teve início com o sinal da cruz, a saudação e uma oração. Seguiu-se a Liturgia da Palavra (2Cor 1,3-7; Sl 33; Lc 10,25-37), dois testemunhos e a homilia do Papa. Seguiram-se uma série de preces por aqueles que sofrem, recitadas em vários idiomas, e a oração do Pai nosso.

Em seguida, como na Vigília do Ano da Misericórdia, o Papa abençoou os Agnus Dei, discos de cera com a imagem do Cordeiro de Deus que tradicionalmente eram distribuídos aos fiéis durante a Oitava da Páscoa.

A celebração foi concluída com a bênção, precedida por uma invocação mariana, durante a qual o Papa incensou a imagem de “Nossa Senhora da Esperança” do Santuário de Battipaglia (Itália), a qual esteve presente na abertura do Jubileu e nas demais celebrações do Tempo do Natal.

O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Imagem da Madonna della Speranza
Procissão de entrada

Oração inicial
Liturgia da Palavra

Homilia do Papa: Vigília do Jubileu da Consolação (2025)

Vigília de Oração no Jubileu da Consolação 
Homilia do Papa Leão XIV
Basílica de São Pedro
Segunda-feira, 15 de setembro de 2025

«Consolai, consolai o meu povo» (Is 40,1). Este é o convite do profeta Isaías que, de modo desafiante, chega também hoje a nós: ele nos chama a partilhar a consolação de Deus com tantos irmãos e irmãs que vivem situações de fraqueza, tristeza e dor. Para aqueles que estão em pranto, desespero, doença e luto, ressoa claro e forte o anúncio profético da vontade do Senhor de pôr fim ao sofrimento e transformá-lo em alegria. Neste sentido, gostaria de agradecer novamente às duas pessoas que deram o seu testemunho [1]. É possível transformar toda dor com a graça de Jesus Cristo. Obrigado! Esta Palavra compassiva, que se fez carne em Cristo, é o bom samaritano do qual nos fala o Evangelho: é Ele que alivia as nossas feridas, é Ele que cuida de nós. Nos momentos de escuridão, mesmo contra todas as evidências, Deus não nos deixa sozinhos; pelo contrário, é precisamente nestas circunstâncias que, mais do que nunca, somos chamados a pôr a nossa esperança na proximidade do Salvador que jamais nos abandona.


Procuramos quem nos console e muitas vezes não encontramos. Às vezes, torna-se até insuportável a voz daqueles que, com sinceridade, pretendem partilhar a nossa dor. E isto é verdade: há situações em que as palavras não servem e tornam-se quase supérfluas. Nestes momentos, talvez restem apenas as lágrimas do pranto, se é que estas não se esgotaram. O Papa Francisco recordava as lágrimas de Maria Madalena, desorientada e sozinha, junto ao túmulo vazio de Jesus: «Ela simplesmente chora. Vede, às vezes, na nossa vida, os óculos para ver Jesus são as lágrimas. Há um momento na nossa vida em que só as lágrimas nos preparam para ver Jesus. E qual é a mensagem desta mulher? “Eu vi o Senhor”» (Meditação na Capela da Casa Santa Marta, 02 de abril de 2013).).

Queridos irmãos e irmãs, as lágrimas são uma linguagem que expressa os sentimentos profundos do coração ferido. As lágrimas são um grito mudo que implora compaixão e conforto. Mas, antes de tudo, são libertação e purificação dos olhos, do sentir, do pensar. Não devemos ter vergonha de chorar; é uma forma de expressar a nossa tristeza e a necessidade de um mundo novo; é uma linguagem que fala da nossa humanidade fraca e posta à prova, mas chamada à alegria.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Nota de falecimento: Cardeal Lucian Muresan

Faleceu na quinta-feira, 25 de setembro de 2025, aos 94 anos, o Cardeal Lucian Mureşan, Arcebispo-Maior de Fagaras e Alba-Iulia dos Romenos, hierarca da Igreja Greco-Católica Romena.


Lucian Mureşan nasceu em 23 de maio de 1931 em Ferneziu, atualmente distrito de Baia Mare, no norte da Romênia. Quando jovem, o país vivia sob o regime comunista, que perseguiu duramente a Igreja.

De 1951 a 1954 prestou o serviço militar obrigatório. Em seguida foi acolhido no Institutul Teologic Romano-Catolic de Alba Iulia, onde iniciou os estudos em preparação ao sacerdócio.

Quatro anos depois, porém, os alunos foram expulsos por ordem do governo. Lucian retornou à sua cidade natal, onde conseguiu emprego como operário de uma pedreira e posteriormente no Departamento de Manutenção de Estradas e Pontes de Maramureş, no qual trabalhou até 1990.

Recebeu a Ordenação Presbiteral em 19 de dezembro de 1964 pela imposição das mãos do Bispo Auxiliar da Eparquia de Maramureș, Dom Ioan Dragomir, passando a exercer seu ministério de maneira clandestina. Após a morte de Dom Dragomir em 1985, o Padre Lucian serviu como Administrador da Eparquia, vacante desde a morte de Dom Alexandru Rusu em 1963.

Com a queda do regime comunista no final de 1989, a Igreja Greco-Católica Romena pode sair da clandestinidade. Assim, em 14 de março de 1990 o Papa João Paulo II confirmou a eleição do Padre Lucian como novo Bispo de Maramureș. Este recebeu a Ordenação Episcopal no dia 24 de maio do mesmo ano, sendo ordenante principal o Arcebispo de Fagaras e Alba Iulia, Dom Alexandru Todea (criado Cardeal no ano seguinte).


Após a renúncia do Cardeal Todea (falecido em 2002), Dom Lucian foi eleito seu sucessor em 04 de julho de 1994, tomando posse como novo Arcebispo de Fagaras e Alba Iulia em 27 de agosto do mesmo ano. Cinco anos depois, em 1999, recebeu o Papa João Paulo II em sua visita à Romênia.

Em 16 de dezembro de 2005 o Papa Bento XVI elevou a Igreja Greco-Católica Romena à categoria de Arcebispado Maior, de modo que Dom Lucian tornou-se o primeiro Arcebispo-Maior de Fagaras e Alba Iulia dos Romenos.

O mesmo Papa Bento XVI o criou Cardeal no Consistório de 18 de fevereiro de 2012, concedendo-lhe o Título Presbiteral de Santo Atanásio, uma das igrejas de Rito Bizantino em Roma. Tendo sido criado Cardeal com mais de 80 anos, porém, não possuía direito de participar de um eventual Conclave.

Em 1997 ele iniciou o processo de Canonização dos sete Bispos greco-católicos martirizados durante o regime comunista, os quais seriam beatificados pelo Papa Francisco durante uma Divina Liturgia em Blaj no dia 02 de junho de 2019.

Aos 94 anos, o Cardeal Muresan era o mais velho dos Patriarcas e Arcebispos Maiores das Igrejas Católicas Orientais e aquele que exercia a mais tempo o seu ofício. Com sua morte o Colégio Cardinalício passa a contar com 247 membros, sendo 128 eleitores em um eventual Conclave.


“Concede, ó Salvador nosso, o repouso às almas dos teus servos, com os justos que alcançaram a perfeição guarda-os contigo, na vida divina, no lugar do teu repouso, Senhor, onde descansam os teus santos”.
(Da Liturgia Bizantina pelos falecidos)

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Fotos da Comemoração dos Mártires do Século XXI (2025)

Na tarde do domingo, 14 de setembro de 2025, Festa da Exaltação da Santa Cruz, o Papa Leão XIV presidiu a Comemoração dos Mártires e Testemunhas da Fé do Século XXI na Basílica de São Paulo fora dos muros.

A celebração, que se insere no contexto do Jubileu 2025, análoga àquela presidida por São João Paulo II durante o Grande Jubileu do Ano 2000, teve um alcance ecumênico, com representantes das Igrejas Ortodoxas (Bizantinas e Orientais) e das comunidades protestantes.

Essa teve início com a entronização da cruz, colocada em um lugar de destaque, e os ritos iniciais (sinal da cruz, saudação, oração). Seguiu-se a Liturgia da Palavra (Sb 3,1-5.7-8; Sl 120; 2Tm 4,1-8; Mt 5,1-12) e a homilia do Papa.

Em seguida teve lugar a memória das Testemunhas da Fé seguindo o esquema das bem-aventuranças, com preces em vários idiomas, cantos e a oferta de lâmpadas acesas junto à cruz.

A celebração concluiu com a profissão de fé (Símbolo Niceno-Constantinopolitano), a oração do Pai nosso e a bênção.

O Papa, endossando as vestes corais com uma estola vermelha de São Paulo VI, foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Procissão de entrada
O Papa venera a cruz
Ritos iniciais

Monição

Homilia do Papa: Comemoração dos Mártires do Século XXI (2025)

Comemoração dos Mártires e Testemunhas da Fé do Século XXI
Homilia do Papa Leão XIV
Basílica de São Paulo fora dos muros
Domingo, 14 de setembro de 2025

Irmãos e irmãs,
«Quanto a mim, que eu me glorie somente da cruz do Senhor nosso, Jesus Cristo» (Gl 6,14). As palavras do Apóstolo Paulo, estando reunidos em torno ao seu túmulo, nos introduzem à Comemoração dos Mártires e Testemunhas da Fé do século XXI, na Festa da Exaltação da Santa Cruz.

Aos pés da cruz de Cristo, nossa salvação, descrita como a “esperança dos cristãos” e a “glória dos mártires” (cf. Vésperas da Liturgia Bizantina para a Festa da Exaltação da Cruz), saúdo os representantes das Igrejas Ortodoxas, das Antigas Igrejas Orientais, das comunidades cristãs e das organizações ecumênicas, a quem agradeço por terem aceitado o meu convite para esta celebração. A vós todos aqui presentes, dirijo o meu abraço de paz!


Estamos convencidos de que o martyria (testemunho) até à morte é «a comunhão mais verdadeira que possa existir com Cristo que derrama o seu Sangue e, neste sacrifício, aproxima aqueles que outrora estavam longe (cf. Ef 2,13)» (Encíclica Ut unum sint, n. 84). Também hoje podemos afirmar com João Paulo II que, onde o ódio parecia permear todos os aspectos da vida, estes audaciosos servos do Evangelho e mártires da fé demonstraram de forma evidente que «o amor é mais forte que a morte» (Comemoração das Testemunhas da Fé do Século XX, 07 de maio de 2000).

Recordemos estes nossos irmãos e irmãs com o olhar voltado para o Crucificado. Com a sua cruz, Jesus revelou-nos o verdadeiro rosto de Deus, a sua infinita compaixão pela humanidade; tomou sobre si o ódio e a violência do mundo, para compartilhar o destino de todos aqueles que são humilhados e oprimidos: «Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, carregou as nossas dores» (Is 53,4).

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Ângelus: Festa da Exaltação da Santa Cruz (2025)

Papa Leão XIV
Ângelus
Praça de São Pedro
Domingo, 14 de setembro de 2025

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
Hoje a Igreja celebra a Festa da Exaltação da Santa Cruz, na qual se recorda o momento em que Santa Helena encontra o madeiro da Cruz, em Jerusalém, no século IV, e a devolução da preciosa Relíquia à Cidade Santa, por obra do Imperador Heráclio.

Mas o que significa para nós, hoje, celebrar esta Festa? O Evangelho que nos propõe a Liturgia (Jo 3,13-17) ajuda-nos a compreender este significado. A cena se passa à noite: Nicodemos, um dos chefes dos judeus, pessoa reta e de mente aberta (cf. Jo 7,50-51), vem ao encontro de Jesus. Ele precisa de luz, de orientação: procura Deus e pede ajuda ao Mestre de Nazaré, porque reconhece n’Ele um profeta, um homem que realiza sinais extraordinários.

O Senhor o acolhe, o escuta e, no final, lhe revela que o Filho do Homem deve ser elevado, «para que todos os que n’Ele crerem tenham a vida eterna» (Jo 3,15), e acrescenta: «Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para que não morra todo o que n’Ele crer, mas tenha a vida eterna» (v. 16). Nicodemos, que talvez naquele momento não compreendera plenamente o sentido dessas palavras, certamente o compreenderá quando, após a Crucificação, ajudar a sepultar o corpo do Salvador (cf. Jo 19,39): compreenderá que Deus, para redimir os homens, se fez homem e morreu na cruz.

Jesus fala disso a Nicodemos recordando um episódio do Antigo Testamento, quando os israelitas no deserto, atacados por serpentes venenosas, se salvavam olhando para a serpente de bronze que Moisés, obedecendo à ordem de Deus, tinha feito e colocado sobre uma haste (cf. Nm 21,4-9).

Deus salvou-nos revelando-se a nós, oferecendo-se como nosso companheiro, mestre, médico, amigo, até se tornar para nós Pão partido na Eucaristia. E para realizar esta obra serviu-se de um dos instrumentos de morte mais cruéis que o homem já inventou: a cruz.

Por isso, hoje celebramos a sua «exaltação»: pelo amor imenso com que Deus, abraçando-a para a nossa salvação, de instrumento de morte a transformou em instrumento de vida, ensinando-nos que nada pode separar-nos d’Ele (cf. Rm 8,35-39) e que a sua caridade é maior do que o nosso próprio pecado (cf. Francisco, Catequese, 30 de março de 2016).

Peçamos, então, pela intercessão de Maria, a Mãe presente no Calvário ao lado do seu Filho, que também em nós se enraíze e cresça o seu amor que salva, e que também nós saibamos doar-nos uns aos outros, como Ele se doou totalmente a todos.

O Papa venera a Cruz
(Audiência Geral, 10 de setembro de 2025)

Fonte: Santa Sé.

Festa da Exaltação da Santa Cruz em Jerusalém (2025)

Nos dias 13 e 14 de setembro de 2025 o novo Vigário da Custódia Franciscana da Terra Santa, Padre Padre Ulises Zarza [1], presidiu as celebrações da Festa da Exaltação da Santa Cruz em Jerusalém.

Na tarde do sábado, dia 13, foram celebradas as I Vésperas na igreja da Condenação, parte do Convento da Flagelação em Jerusalém. Na ocasião foi abençoada a histórica imagem do “Bom Jesus” ou “Ecce Homo” (Jo 19,9), devidamente restaurada após ser danificada em um ataque anticristão no dia 02 de fevereiro de 2023.

Na manhã do domingo, dia 14, por sua vez, o Vigário da Custódia presidiu a Missa da Festa no altar do Calvário da Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém.

13 de setembro: I Vésperas
Igreja da Condenação

Procissão de entrada

Hino das Vésperas
Salmodia

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Vésperas da Santa Cruz em Milão (2025)

Na tarde do sábado, 13 de setembro de 2025, o Arcebispo de Milão (Itália), Dom Mario Enrico Delpini, presidiu a oração das I Vésperas da Exaltação da Santa Cruz com o tradicional “Rito da Nivola” na Catedral Metropolitana da Natividade da Virgem Maria, o Duomo de Milão.

Esta celebração é uma das particularidades do Rito Ambrosiano, próprio da Arquidiocese de Milão, com a qual se abre o Tríduo do “Santo Chiodo” (Santo Cravo), a suposta relíquia de um dos cravos da Paixão exposta em um artístico relicário em forma de cruz.

O “Rito da Nivola” tem lugar no sábado mais próximo à Festa da Exaltação da Santa Cruz: durante as Vésperas (oração da tarde da Liturgia das Horas) a relíquia é transladada do alto da abside até o presbitério em um “andor” em forma de nuvem (nivola).

O Santo Chiodo fica exposto do sábado até a segunda-feira, quando é novamente guardado em seu relicário no alto da abside do Duomo.

Procissão de entrada
Procissão até a abside
Transladação do Santo Chiodo


terça-feira, 16 de setembro de 2025

Festa da Natividade de Maria em Jerusalém (2025)

No dia 08 de setembro de 2025 o Padre Stéphane Milovitch, da Custódia Franciscana da Terra Santa, presidiu a Missa da Festa da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria na igreja de Santa Ana junto à Piscina de Betesda em Jerusalém.

A igreja, sob responsabilidade da Congregação dos Missionários da África (Padres Brancos), pertence à República Francesa. Por isso a Missa é celebrada em francês e conta sempre com a presença de uma delegação oficial do país. Para saber mais sobre a igreja de Santa Ana, clique aqui.

Infelizmente este ano foram divulgadas poucas imagens da celebração:

Igreja de Santa Ana em Jerusalém
Oração Eucarística


"Eis o Cordeiro de Deus"

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Fotos da Canonização de dois novos Santos (2025)

No dia 07 de setembro de 2025, como anunciado no Consistório do dia 13 de junho, o Papa Leão XIV celebrou a Missa do XXIII Domingo do Tempo Comum (Ano C) na Praça de São Pedro para a Canonização de dois novos Santos: Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis.

O Papa foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Yala Banorani Djetaba. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Leão XIV endossou uma casula dourada do Papa Bento XVI (†2022) com as imagens de vários santos, além da dalmática pontifical, que os Bispos usam sob a casula nas Missas mais solenes.

Imagem de São Pier Giorgio Frassati
Imagem de São Carlo Acutis
Procissão de entrada
Incensação

Homilia do Papa: Canonização de dois novos Santos (2025)

Santa Missa e Canonização dos Beatos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis
Homilia do Papa Leão XIV
Praça de São Pedro
Domingo, 07 de setembro de 2025

Foi celebrada a Missa do XXIII Domingo do Tempo Comum (Ano C).

Queridos irmãos e irmãs,
Na 1ª leitura ouvimos uma pergunta:  Acaso alguém teria conhecido o teu desígnio [Senhor], sem que lhe desses sabedoria e do alto lhe enviasses teu santo espírito?» (Sb 9,17). Ouvimos essa pergunta depois que dois jovens Beatos, Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis, foram proclamados Santos, e isso é providencial. Com efeito, no Livro da Sabedoria essa pergunta é atribuída justamente a um jovem como eles: o rei Salomão. Ele, com a morte de Davi, seu pai, percebeu que tinha muitas coisas: poder, riqueza, saúde, juventude, beleza e realeza. Mas justamente essa grande abundância de meios fez surgir em seu coração outra pergunta: “O que devo fazer para que nada disso se perca?”. E compreendeu que a única maneira de encontrar uma resposta era pedir a Deus um dom ainda maior: a sua sabedoria, para conhecer os seus projetos e aderir fielmente a eles. Na verdade, ele percebeu que só assim tudo encontraria o seu lugar no grande desígnio do Senhor. Sim, porque o maior risco da vida é desperdiçá-la fora do projeto de Deus.

Também Jesus, no Evangelho, fala-nos de um projeto ao qual devemos aderir totalmente. Ele diz: «Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo» (Lc 14,27); e ainda: «Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo» (v. 33). Assim, convida-nos a aderir sem hesitação à aventura que Ele nos propõe, com a inteligência e a força que vêm do seu Espírito e que podemos acolher na medida em que nos despojamos de nós mesmos, das coisas e ideias às quais estamos apegados, para nos colocarmos à escuta da sua palavra.


Muitos jovens, ao longo dos séculos, tiveram de enfrentar esta encruzilhada na vida. Pensemos em São Francisco de Assis: tal como Salomão, também ele era jovem e rico, sedento de glória e fama. Por isso partiu para a guerra, na esperança de ser nomeado “cavaleiro” e cobrir-se de honras. Mas Jesus apareceu-lhe ao longo do caminho e fez-lhe refletir sobre o que estava fazendo. Recuperando a lucidez, dirigiu a Deus uma pergunta simples: «Senhor, o que queres que eu faça?» [1]. E a partir daí, voltando atrás, começou a escrever uma história diferente: a maravilhosa história de santidade que todos conhecemos, despojando-se de tudo para seguir o Senhor (cf. Lc 14,33), vivendo na pobreza e preferindo o amor pelos irmãos, especialmente os mais fracos e pequenos, ao ouro, à prata e aos tecidos preciosos do seu pai.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Fotos da inauguração do Borgo Laudato si’

Na tarde da sexta-feira, 05 de setembro de 2025, o Papa Leão XIV presidiu uma Liturgia da Palavra por ocasião da inauguração do Borgo Laudato si’ nos jardins da residência pontifícia de Castel Gandolfo, mesmo espaço onde o Papa presidiu pela primeira vez a Missa pelo cuidado da criação em julho.

A celebração foi centrada no Evangelho (Mt 6,24-32), seguido do Salmo 18, ambos do novo formulário «pro custodia creationis».

Após a breve homilia do Papa foi recitada a oração com a criação presente na Encíclica Laudato si’ (n. 246) e o Pai nosso; Após a bênção o célebre cantor Andrea Bocelli entoou a música Dolce è sentire, inspirada no Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis.

Leão XIV, endossando a veste coral e a estola vermelha, foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli.

Oração diante da imagem da Virgem Maria

Sinal da cruz e saudação
Evangelho
Homilia

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Fotos da Missa do Papa com os agostinianos (2025)

Na tarde da segunda-feira, 01 de setembro de 2025, o Papa Leão XIVassistido por Dom Diego Giovanni Ravelli, celebrou a Missa votiva do Espírito Santo na Basílica de Santo Agostinho in Campo Marzio em Roma por ocasião da Abertura do Capítulo Geral dos Agostinianos.

O Capítulo Geral reúne representantes da Ordem de todo o mundo para refletir sobre a sua missão e para eleger o novo Prior Geral, que sucederá o Padre Alejandro Moral, o qual esteve à frente da Ordem por dois mandatos de seis anos (2013-2025).

Vale lembrar que o então Padre Robert Francis Prevost foi o Prior Geral dos agostinianos igualmente por dois mandatos (2001-2013).

Chegada do Papa à Basílica
Oração diante do altar com as relíquias de Santa Mônica
Procissão de entrada
Incensação
Ritos iniciais