sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Fotos da Missa do Papa com os agostinianos (2025)

Na tarde da segunda-feira, 01 de setembro de 2025, o Papa Leão XIVassistido por Dom Diego Giovanni Ravelli, celebrou a Missa votiva do Espírito Santo na Basílica de Santo Agostinho in Campo Marzio em Roma por ocasião da Abertura do Capítulo Geral dos Agostinianos.

O Capítulo Geral reúne representantes da Ordem de todo o mundo para refletir sobre a sua missão e para eleger o novo Prior Geral, que sucederá o Padre Alejandro Moral, o qual esteve à frente da Ordem por dois mandatos de seis anos (2013-2025).

Vale lembrar que o então Padre Robert Francis Prevost foi o Prior Geral dos agostinianos igualmente por dois mandatos (2001-2013).

Chegada do Papa à Basílica
Oração diante do altar com as relíquias de Santa Mônica
Procissão de entrada
Incensação
Ritos iniciais

Homilia do Papa: Missa com os agostinianos (2025)

Missa de Abertura do Capítulo Geral dos Agostinianos
Homilia do Papa Leão XIV
Basílica de Santo Agostinho “in Campo Marzio”, Roma
Segunda-feira, 01 de setembro de 2025

Foi celebrada a Missa votiva do Espírito Santo, com suas leituras.

Em inglês:
Meus queridos irmãos e irmãs,
Padre Alejandro Moral, Prior Geral, irmãos no Episcopado, Luis e Wilder [1], e todos vós, meus irmãos agostinianos, irmãos e irmãs aqui presentes. Antes de iniciar a homilia formal que está preparada, gostaria apenas de saudar todos vós. E para aqueles que compreendem inglês, mas não compreendem italiano: rezai para receber um dom do Espírito Santo! E talvez, durante este breve momento de reflexão sobre a Palavra de Deus e sobre o que o Senhor pede a todos vós, vós que estais prestes a iniciar este Capítulo Geral Ordinário, que vos seja concedido, não necessariamente o dom de compreender ou falar todas as línguas, mas o dom de ouvir, o dom de ser humilde e o dom de promover a unidade, dentro da Ordem e por toda a Ordem, em toda a Igreja e no mundo.

Em italiano:
Celebramos esta Eucaristia no início do Capítulo Geral, momento de graça para a Ordem Agostiniana e momento de graça para toda a Igreja.

Nesta Missa votiva do Espírito Santo, peçamos que seja Ele, pelo qual o amor de Cristo habita nos nossos corações (cf. Rm 5,5), a guiar dia a dia o vosso trabalho.


Um autor antigo, falando do Pentecostes (cf. At 2,1-11), descreve-o como uma «abundante e irresistível prevalência do Espírito» (Dídimo o Cego, De Trinitate, 6, 8: PG 39, 533). Peçamos ao Senhor que assim seja também para vós: que o seu Espírito prevaleça sobre toda a lógica humana, de forma “abundante e irresistível”, para que a Terceira Pessoa divina se torne verdadeiramente protagonista dos dias que virão.

O Espírito Santo fala, hoje como no passado. Ele o faz “in penetralia cordis” [no interior do coração] e através dos irmãos e das circunstâncias da vida. Por isso é importante que o clima do Capítulo, em harmonia com a tradição secular da Igreja, seja um clima de escuta, escuta de Deus, escuta dos outros.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Ângelus: XXII Domingo do Tempo Comum - Ano C (2025)

Papa Leão XIV
Ângelus
Praça de São Pedro
Domingo, 31 de agosto de 2025

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
Estar à mesa juntos, especialmente nos dias de descanso e de festa, é um sinal de paz e comunhão, em todas as culturas. No Evangelho deste domingo (Lc 14,1.7-14), Jesus é convidado por um dos chefes dos fariseus para um almoço. Receber convidados amplia o espaço do coração e ser convidado requer a humildade de entrar no mundo do outro. Uma cultura do encontro se alimenta desses gestos que aproximam.

Encontrar-se nem sempre é fácil. O evangelista observa que os convidados “observavam” Jesus (v. 1), que geralmente era visto com certa desconfiança pelos intérpretes mais rigorosos da tradição. Apesar disso o encontro acontece, porque Jesus se aproxima realmente, não permanece alheio à situação. Ele torna-se verdadeiramente hóspede, com respeito e autenticidade. Renuncia àquelas “boas maneiras” que são meras formalidades para evitar o envolvimento mútuo. Assim, no seu estilo próprio, com uma parábola, descreve o que vê e convida aqueles que o observavam a pensar. Com efeito, Jesus percebeu que há uma corrida para ocupar os primeiros lugares. Isto também acontece hoje, não na família, mas nas ocasiões em que é importante “ser notado”; então, o estar juntos transforma-se em uma competição.

Irmãos e irmãs, sentar-nos juntos à mesa eucarística, no dia do Senhor, significa também para nós deixar a palavra a Jesus. Ele torna-se de bom grado nosso hóspede e pode descrever-nos como nos vê. É muito importante ver-nos com o seu olhar: repensar como muitas vezes reduzimos a vida a uma competição; como mudamos quem somos para obter algum reconhecimento; como nos comparamos inutilmente uns aos outros. Parar para refletir, deixar-nos abalar por uma Palavra que questiona as prioridades que ocupam o nosso coração, é uma experiência libertadora. E Jesus nos chama à liberdade.

No Evangelho, Ele usa a palavra “humildade” para descrever a forma plena da liberdade (cf. v. 11). A humildade é, em verdade, a liberdade de si mesmo. Ela nasce quando o Reino de Deus e a sua justiça realmente despertam o nosso interesse e podemos nos permitir olhar para longe: não para a ponta dos nossos pés, mas para longe! Quem se exalta, em geral, parece não ter encontrado nada mais interessante do que si mesmo e, no fundo, é muito inseguro. Mas quem compreendeu ser tão precioso aos olhos de Deus, quem sente profundamente ser filho ou filha de Deus, tem coisas maiores pelas quais se exaltar e tem uma dignidade que brilha por si mesma. Ela vem em primeiro plano, está em primeiro lugar, sem esforço e sem estratégias, cada vez que aprendemos a servir, em vez de nos servirmos das situações.

Queridos irmãos, peçamos hoje que a Igreja seja para todos uma academia de humildade, ou seja, aquela casa onde todos são sempre bem-vindos, onde os lugares não precisam ser conquistados, onde Jesus ainda pode tomar a palavra e educar-nos na sua humildade, na sua liberdade. Maria, a quem agora rezamos, é verdadeiramente a Mãe dessa casa.

Jesus à mesa na casa do fariseu
(Paolo Veronese)

Fonte: Santa Sé.