quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

“Espero a ressureição dos mortos, e a vida do mundo que há de vir”
(Símbolo Niceno-Constantinopolitano)

A Comemoração de todos os Fiéis Defuntos, popularmente chamada “Dia de Finados”, celebra-se no dia 02 de novembro. Neste dia a Igreja peregrina sobre a terra implora o auxílio espiritual a todos os seus filhos que adormeceram em Cristo e inspira aos vivos consolo e esperança.

Esta celebração deve revestir-se de sobriedade: não se ornamenta o altar com flores e os instrumentos devem apenas sustentar o canto. Não obstante, permite-se o uso do incenso e o altar pode ser ornado com quatro ou mesmo seis velas.

Não apenas para esta Missa, mas para todas as Missas pelos fiéis defuntos, os paramentos são roxos ou pretos. Excetuam-se as missas por crianças falecidas já batizadas, cujos paramentos são brancos. Infelizmente, após a reforma conciliar, o preto caiu em desuso, mas nunca foi abolido. Antes, deve ser motivado seu uso, repleto de sentido.

D. Keller com paramentos pretos (2011)
A Missa celebra-se como de costume, omitidos o Glória e o Creio e utilizando-se um dos três formulários de orações próprios para este dia. As leituras escolhem-se dentre aquelas propostas no Lecionário.

Nos cemitérios e em igrejas nas quais estão sepultados corpos de defuntos, pode-se fazer a bênção das sepulturas, conforme o rito proposto no Cerimonial dos Bispos. Cumpre notar que este rito não pode realizar-se se nos túmulos não estão presentes corpos de defuntos.

Após a Oração pós-comunhão, o sacerdote faz uma breve monição, explicando o sentido do rito da aspersão dos sepulcros. Pode-se utilizar a proposta no Ritual de Exéquias:

Irmãos e irmãs, para o Apóstolo Paulo, o túmulo é como uma sementeira: coloca-se nele um corpo corruptível e ressuscitará um corpo glorioso. Oremos pedindo a Deus que abençoe estas sepulturas.

Após alguns instantes de silêncio, o sacerdote recita a oração da bênção, proposta no Ritual das Exéquias:

Senhor Jesus Cristo, permanecendo três dias no sepulcro, santificastes os túmulos dos que creem em vós, para lhes aumentar a esperança da ressurreição. Concedei, misericordioso, que os corpos destes vossos filhos descansem em paz nestes sepulcros, até que vós, que sois a ressurreição e a vida, os ressusciteis, para que possam contemplar, no esplendor de vossa glória, a luz eterna no céu. Vós que sois Deus, com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Cristo que ressuscitou como primogênito dentre os mortos, transformará os corpos destes nossos irmãos à imagem de seu corpo glorioso. O Senhor os receba na sua paz e lhes conceda a ressurreição no último dia.

Em seguida, o sacerdote passa aspergindo os túmulos (se for oportuno pode também incensá-los), enquanto se canta um canto apropriado. A celebração encerra-se com a bênção própria para as Missas dos Defuntos e a despedida. 


A todos os fiéis que, no período de 01 a 08 de novembro, visitarem um cemitério e rezarem, ainda que mentalmente, pelos defuntos, concede-se a Indulgência Plenária, neste caso só aplicável aos defuntos. Recordem-se porém as disposições para receber a indulgência: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Papa (Pai nosso, Ave Maria e Glória).

Para saber mais sobre a história desta comemoração, clique aqui.

Seguem um vídeo do Pe. Paulo Ricardo ressaltando a importância da cor preta:


4 comentários:

  1. No dia dos fiéis defuntos deve-se ser posto no presbitério o círio pascal ?

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    1. Não. O n. 99 da Carta Circular Paschalis Sollemnitatis é bem enfático: "Fora do tempo da Páscoa não se acenda o círio pascal nem seja conservado no presbitério", exceto, como indica no parágrafo anterior, nas celebrações do Batismo e das Exéquias.

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    2. Saberia informar o porque de ter sido feito o uso do círio na missa em que o Papa celebrou hoje ?

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    3. Foi um erro, assim como as flores sobre o altar. Nota-se a ausência do Monsenhor Guido Marini...

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